Capítulo 43:

Pov. Tati

Sabe quando tudo parece ser perfeito? Isso está acontecendo agora. Eu e o Thiago estamos juntos e Binho e Ana já sabem disso. Era super divertido namorar escondido, mas eu me sentia mal por não contar para a Ana. Eu ainda não tinha contado para o meu Pai, mas pretendia fazer isso logo. Estava no meu quarto, até que alguém bateu na minha porta.

Tati- Quem é? – Gritei

– Sou eu filha! – Disse meu pai e eu levantei para abrir a porta.

Tati- Tava pensando em você, acredita? – Disse rindo.

Pai- Pensando em que? – Me lembrei que era do namoro.

Tati- Ah, nada de interessante... – Tentei disfarçar.

Pai- Sei... Bom, eu só queria avisar que seu primo Gustavo vai passar as férias com a gente.

Tati- Que legal... – Falei pouco animada.

Pai- Não gostou filha? – Eu gosto do meu pai porque ele me conhece muito bem.

Tati- Não é isso, é que o Gustavo é um pouco... Encrenqueiro, ou sei lá o que.

Pai- Te entendo, ele é um pouco difícil de lidar, mas nós temos que entender, afinal, você sabe por tudo que ele passou e está ainda passando.

Tati- Que a mãe dele morreu e ele se revoltou com a vida. – Eu disse revirando os olhos. – Você já disse isso papai, mas eu e a Vivi também não temos mãe e nem por isso agimos que nem ele.

Pai- Você sabe como o seu tio é, ele só pensa no trabalho e por causa disso recompensa a atenção que ele não dá comprando presentes. Eu me esforço ao máximo para ser um bom pai, apesar de nem sempre conseguir.

Tati- Ta maluco? Você é o melhor pai, sem mas. – O abracei. – Pai, eu preciso te contar uma coisa.

Pai- Lá vem bomba... Conta.

Tati- Eu to... Eu to namorando! – Disse com medo de ele brigar, apesar de a Vivi também estar namorando.

Pai- Namorando? – Disse assustado, depois levantou e ficou pensando. – Meu Deus, minhas duas meninas namorando? Eu to ficando mesmo velho. – Ri.

Tati- Você ficou bravo?

Pai- Claro que não, mas só se você prometer não abandonar seu velho pai aqui.

Tati- Seu bobo! – Corri e o abracei. – Você sabe que isso nunca vai acontecer.

Pov. Thiago

Ia sair com a Tati, Binho e Ana, parece que os dois também tinham se acertado. Passei com meu motorista na casa da Tati por primeiro. Toquei o interfone e Vivi abriu.

Vivi- TATI- Gritou chamando a Tati sem nem mesmo dizer oi, ela sempre fazia isso.

Thiago- Oi pra você também. – Entrei e vi que Duda, Mathias e Bia estavam na sala. – Beleza? – Disse e eles me cumprimentaram.

Tati- Oi Thi! – Disse descendo as escadas.

Vivi- Só não baba.

Thiago- O que? – Perguntei confuso.

Vivi- Nada não cunhadinho. – Disse rindo e voltando para o sofá.

Tati- Não liga pra ela, adora provocar.

Vivi- Eu ouvi isso. – Cantarolou.

Bia- Deixa os pombinhos em paz Vivi.

Duda- É, deixa eles viverem a história de amor deles – Riram.

Tati- Obrigada pelo apoio pessoal. – Disse irônica e saímos.

Fomos até a casa de Binho para buscar os dois, já que Ana estava na casa dele.

Pov. Binho

Eu estava sentado na sala assistindo a Seção da Tarde enquanto Ana se arrumava, pois o Thiago ia passar aqui para sairmos. Ouvi uma buzina e olhei pela janela para ver quem era, era Thiago.

Binho- ENTREM! – Gritei, pois pelo o que eu conheço a Ana, ela iria demorar.

Eles desceram do carro e entraram na casa, depois sentaram no sofá junto comigo.

Tati- Lagoa Azul de novo?

Binho- Sim, para variar um pouco.

Thiago- A Ana vai demorar muito?

Ana- Se acalme, eu já to pronta! – Disse descendo as escadas.

Binho- Até que em fim né!

Ana- Desculpa se eu não sabia ligar o chuveiro.

Binho- Porque não me chamou? Eu ligava pra você. – Disse como se fosse óbvio.

Ana- Talvez porque nesse momento eu já estava sem roupa?!

Binho- E daí? – Brinquei.

Ana- Binho! – Eu, Thiago e Tati rimos. – Não tem graça.

Binho- Ta, desculpa então.

Ana- Não sei, vou pensar. – Disse olhando para as unhas com um meio sorrisinho.

Binho- O que você quer? Fale logo.

Ana- Quero, por favor, dormir na sala hoje! – Disse como se estivesse se rendendo. – Desculpa Binho, mas vocês estão precisando trocar aquele colchão. – Eu ri.

Binho- Ta bom, eu deixo. – Zoei.

Thiago- Em fim, né? Chega de mimimi e vamos logo que já ta tarde.

Entramos no carro e fomos direto para o shopping, as meninas queriam muito ver A Culpa é das Estrelas, eu só fui porque se não fosse, elas provavelmente me dopariam e me levariam na marra. Estava Tati, Thiago, eu e Ana sentados nas poltronas. Sinceramente, eu me enjoei de ver aquele filme, era muita melação, mil vezes algum filme de terror, suspense ou ação, mas fazer o que? Quando o filme estava acabando percebi que Ana estava chorando, por isso não perdi a oportunidade de ser fofo e ganhar algo em troca. Peguei na sua mão e ela rapidamente me olhou com um sorriso, depois voltou o olhar para a tela.

Binho- Não chore ruivinha! – Limpei as lágrimas.

Ana- Impossível Rúbens, impossível.

Binho- Ah, então se distraia um pouquinho... – Me aproximei para nos beijarmos, mas ela olhou para a tela.

Ana- Calma Binho, eu não posso perder essa parte. – Mas mulher é complicada mesmo.

Depois olhei para Thiago e notei algo estranho, ele estava vidrado do filme, me curvei um pouco para frente para ver melhor e era isso mesmo, eu não pude evitar o riso.

Binho- Você ta chorando? – Disse um tento alto de mais, recebendo alguns xingamentos das pessoas, mas ignorei.

Thiago- Nada a ver. – Disse limpando a cara. – Entrou um cisco no meu olho.

Binho- Sei... – Me encostei ainda rindo.

Pov. Pata

Eu sempre tive asma, desde quando era bebê, estava acostumada a ter esses ataques algumas vezes e é por isso que carrego a bombinha em todos os lugares, mas naquele dia eu havia esquecido ela no camarim, e quando cheguei no quarto não tinha ninguém pra ir buscar pra mim. Por causa da falta de ar acabei desmaiando e só fui acordar no outro dia no hospital, fiquei bastante assustado com isso, mas o que mais me abalou foi saber que por todo esse tempo o Juca estava apenas me usando, rindo da minha cara... Isso me deixou verdadeiramente mal, acho que no fundo eu gostava dele de verdade, ou ainda gosto, to muito confusa e não sei em que pensar. No meu celular havia 48 ligações perdidas, todas no Juca, ele mandou algumas mensagens também, mas eu não respondi nenhuma.

Mili- Pata? – Disse abrindo a porta do meu quarto.

Pata- Oi Mili, tudo bem? – Disse tentando disfarçar meu desânimo.

Mili- Você ta triste por causa do lance do Juca, né? – Sentou na minha cama.

Pata- Eu confesso que sim, não esperava isso dele.

Mili- É, ás vezes as pessoas fazem coisas que a gente não acredita mesmo. – Parecia abatida.

Pata- O que aconteceu? Meu irmão fez alguma coisa pra você?

Mili- Não exatamente... Mas vamos deixar esse assunto pra lá, né? – Disse tentando se animar. – O que acha de irmos ao parque? Sua mãe disse que você já pode sair de casa.

Continua...