- Ei, Lucy, me lembro do seu nome. – um garoto de cabelos rosados, estava ajoelhado, seu olhar possuía total melancolia. - Eu só vim aqui para conversar um pouco. – dizia agora colocando um buquê de rosas na lápide a sua frente. - Eu tenho algumas coisas que preciso dizer.

Natsu estava de joelhos em frente à lápide, se sentia um completo inútil, necessitava de ser amparado, mas quem ele queria não podia ter. Seu choro era tão alto que podia ser ouvido a distancia. Largado em sua própria tristeza, se permitiu jogar o corpo para frente e se apoiar pelos braços, suas lagrimas inundando o gramado abaixo de si.

- Eu só quero abraçá-la. – junto a lagrimas vieram os soluços. – Trocaria o mundo, para ter você de volta para mim. Só queria abraça-la novamente. – o mesmo encostou a testa na grama. - Tenho que viver com as escolhas que eu fiz. E eu não posso viver comigo hoje.

- Eu não quero te ver nunca mais! – gritava uma mulher em prantos, que andava apressada pela calçada.

- Lucy, por favor, me escuta. – Pedia Natsu. – Me deixe explicar!

Lucy parou subitamente e se virou para o rosado. – Então se explique. – falou com a voz embargada de tristeza.

- Acontece é que... é meio que... é. – Natsu gesticulava com as mão enquanto tentava falar, procurando uma maneira de se explicar.

- Então me deixe melhorar. - Lucy engoliu o choro que insistia em sair. – Natsu, você sente alguma coisa pela Lisanna?

- Eu não sei... – respondeu Natsu tristemente. - ...ainda. – completou.

Lucy teve que se segurar bastante para não desabar na frente dele, e continuou. – Voce ainda me ama? – Na hora que viu a feição que Natsu fez, Lucy teve sua resposta, sem nem mesmo o rosado responder.

Saiu correndo na mesma hora atravessando a rua sem nem olhar para os lados. Natsu que permaneceu no mesmo lugar, teve tempo somente de gritar.

- Lucy!

Caiu de joelhos em total desespero após ver Lucy ser lançada para longe por um carro.

- Ei, Lucy, me lembro do seu aniversário. – falou Natsu levantando novamente ficando somente de joelho. - Eles disseram que eles iriam parar um pouco de falar seu nome. – forçou um sorriso triste. - Sei que faria tudo diferente se eu tivesse a chance, mas tudo que tenho são essas rosas para dar. – olhou para o buque sobre a lápide. - E elas não podem me ajudar a fazer as pazes, né?

- Ei, Lucy, que nome você quer dar? – Natsu estava sentando no sofá, com Lucy sentada em seu colo de costa para o mesmo.

- Eu ainda não pensei nisso. – falou a loira com um sorriso tímido no rosto e as mãos sobre a barriga. – Porque você não escolhe?

Natsu abriu um enorme sorriso.

- Nós estávamos prontos, para viver uma vida juntos. – o rosado sentiu alguém se aproximando.

- Natsuu, seu maldito! – gritava uma Lucy com os cabelos arrepiados e uma áurea negra lhe envolvendo. – Quantas vezes vou ter que dizer para não comer toda a comida?

- Foi mal Lucy, estava com fome, sabe como é né. – se arrependeu do que disse, pois recebeu um olhar assassino em troca. – Desculpa. – disse engolindo em seco.

- Eu e Lucy andando de mãos dadas. – disse para a pessoa que havia se aproximado e agachando ao seu lado. - Eu e sua mãe nunca queríamos terminar. – disse agora olhando para a garota ao seu lado.

- Eu sei papai. – respondeu gentilmente.

-Lucy, Lucy! – um rapaz de cabelos rosados entrou correndo pela casa ofegante.

- Ei, ei, calma Natsu. – falava a loira sentada no sofá. – O que foi?

- Eu pensei em um nome. – anunciou alegremente. – Que tal Yuri?

- Yuri? – questionou Lucy, com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, significa lírio. – sorriu após ver a mulher a sua frente sorrir. – Um pequeno lírio em nossas vidas. - falou agora se aproximando e agachado na frente da loira, passando a mão sobre a barriga da mesma.

Lucy sorriu novamente, pousou a mão sobre o rosto de Natsu, deslizando ate o queixo e puxou gentilmente, forçando assim o rosado a olhar para ela. – Então que tal Sayuri? - viu os olhos de seu amado Natsu brilhar. – Então ela será um pequeno lírio. – disse por fim, beijando-o logo em seguida.

- Sei também, que o senhor não teve culpa no acidente. – disse a garota de cabelos rosa que chegava ate a cintura, sua pele tão delicada e branca e seus olhos castanhos, aparentava ter 15 anos. – Então, por favor, para de se sentir culpado. – suplicou.

Natsu forçou um sorriso.

- Eu só quero abraçá-la. – as lagrimas que havia sessado retornaram a seu rosto com mais força. - Eu trocaria todo o mundo para ver aquele pedacinho do céu olhando de volta para mim. – desabafou novamente, voltou suas vista para a lápide. – Só queria poder voltar no tempo e dizer o que eu queria aquela noite Sayuri.

-Papai. – a garota abraço o rosado, escondendo o rosto em seu ombro.

- Ei, Lucy. – Natsu parou de chorar. – Você se lembra daquele dia, em que a gente brigou porque eu te derrubei da cama. – pela primeira vez no dia se permitiu da um sorriso sincero. – ou daquela vez em que te dei a coleção de chaves raras e você me mostrou o sorriso mais lindo. – olhou para cima admirando o lindo céu azul, tornou a voltar às vistas. – Me lembro também da primeira vez em que você disse que me amava. – uma lagrima insistiu em descer pelo seu rosto. – Mas sabe, tem muitas coisas que não me lembro. – disse desta vez se levantando mais sua filha. – Mas sempre me lembrarei do teu nome.

Os dois se viraram para irem embora, Natsu parou e olhou para traz.

- Ei, Lucy. – abriu um enorme sorriso. – Eu amo você, e sempre amarei.