Lost In Paradise escrita por Lady


Capítulo 4
04 - He.


Notas iniciais do capítulo

Yoooo.
Nem sei quanto tempo passou desde que postei o ultimo capítulo.... =o
E nem sei quando poderei postar o proximo, tenho que fazer os capitulos de One Day Too Late e Never Be The Same =w=, sem contar o ultimo de Nebbia e quem sabe uma one para Paginas Desconhecidas -q
Enfim.... Boa leitura.



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Lost In Paradise

04 – He.

Abriu os olhos logo ao sentir o vazio como companhia.

Fitou o teto, notando as estrelas que enfeitavam-no, estas que haviam passado despercebidas por ele na noite anterior. Os minutos correram calmos, e quando desviou o olhar para o relógio que havia sob o criado mudo ao lado da cama ele dera pela falta da mulher com a qual dormira.

Será que era vingança por ele sempre abandoná-la pelas manhas quando dormiam juntos em sua casa?

Sentou-se sobre a cama macia e passou os olhos pelo aposento. Seus olhos gravaram cada detalhe que lhe passara despercebido no dia anterior. Estava tudo arrumado e perfeitamente organizado – da forma como ele gostava -, os livros que jaziam na pequena estante mais ao canto estavam todos em ordem alfabética, e pelo que ele pode constatar na ordem alfabética de autores também.

O guarda-roupa jazia fechado e frente ao mesmo – pendurado por uma cruzeta – encontrava-se o uniforme limpo e perfeitamente dobrado da disciplinadora. Frente à cama em que se encontrava havia uma porta – da qual Hibari sabia que levava ao corredor – e a esquerda, ao lado do guarda-roupa, outra porta – a provável passagem para o banheiro.

Suspirou, erguendo-se do leito e catando as roupas espalhadas pelo chão; vestindo-as uma a uma. Esperava apenas que não houvesse ninguém na casa naquele horário.

Desceu calmamente pelas escadas, logo avistando Adel na cozinha preparando o café da manha usando apenas um short negro curto e uma camiseta rosada de alças finas, finalizando com um avental avermelhado de babados. Seus cabelos estavam presos num coque dando a perfeita visão das marcas avermelhadas que o Kyoya tendia a deixar na pele macia dos ombros. E ao ver as marcas o moreno quase sorriu, quase.

– Kyoya. – chamou-a, ao notá-lo divagar lhe fitando.

– Hm... – o murmúrio teve tantos significados quanto à morena pode distinguir, mas isso não impediu de Hibari se aproximar da mesa, contemplando ali uma das poucas refeições que dera o privilegio de seu paladar degustar.

– Fiz para nós dois, espero que goste. – disse-a, tão gentil que ninguém jamais cogitaria que tal mulher fosse uma rainha, ainda por cima uma rainha de gelo.

Sem hesitação o disciplinador sentou-se a mesa e não tardou para que Adel o servisse de forma hábil e rápida. Sempre o surpreendendo.

Fitou-a se afastar e retirar o avental, tornando a se aproximar para que pudessem tomar café juntos. Como um casal. Como uma família.

Como o tipo de pessoa que eles não poderiam ser em publico por causa do maldito orgulho.

(...)

O sol já estava a se por quando chegou a sua casa, cansado, mas - mesmo que não admitisse - feliz. Aquele sorriso que ela lhe dera pela manha, o mesmo sorriso que ela lhe oferecera durante grande parte do silencioso jantar que tiveram, fora algo que o marcara e que ficara fixo em suas memórias. Hibari amara aquele singelo ato.

Logo que pôs-se frente a porta franziu a testa, desviando sua atenção para a caixa de correio que agora se encontrava vazia. De alguma forma sentia que coisa boa não viria. Suspirou, tendo em mente quem já se encontrava dentro de sua casa, e não, não eram pessoas que mereciam sua felicidade, ou mesmo uma boa surra sua.

Logo quando se pôs no interior da residência e tirou os sapatos, uma mulher de cabelos negros presos em um coque por um enfeite de flores de sakura, trajando um kimono longo antigo e negro com vermelho; veio lhe receber.

Formal, educada e sorridente; afinal qual mãe não sorria perante a chegada de seu filho em casa?

– Bem vindo Kyo-kun. – dito isso aproximou-se ignorando o muxoxo baixo, quase inaudível, do moreno menor; e o abraçou. Hibari se quer se deu ao trabalho de devolver tal ato, há tempos tal mulher desmerecia qualquer afeição sua.

E assim a dona se afastou, fitando-o com seus puxados olhos azulados. O sorriso em seus lábios vermelhos era tão culpado quanto o olhar, mas ainda sim esta nutria alguma esperança no seu interior.

Desfazendo-se da proximidade o disciplinador caminhou para a sala, constatando o obvio. Sob uma almofada ao chão frente à mesa baixo bebendo saque, estava seu pai.

O Senhor Hibari era o típico homem americanizado – diferente de sua mãe que era uma japonesa pura, ainda dos primórdios. Cabelos alinhados de tom cobre, olhos esverdeados com aparência mais jovem do que a idade. Um terno de linha e marca conhecida – negro – era sua marca oficial, mesmo em casa. E ao fim sempre tinha sua pasta, ou um jornal, próximo.

O homem ergueu o olhar para figura do filho que o encarava num misto de frieza e indignação por o mesmo ainda ter a coragem de se mostrar a sua frente, e assim sorriu ignorando a afronta que lhe era dirigida.

Kyoya sequer dirigiu a palavra ao homem, ou mesmo a mãe, quando deu as costas e rumou para a escadaria apesar de que teve de parar no meio do percurso devido a seu celular que começara a tocar.

A mulher ainda tendia a fitar o filho, triste diante da ignorância do mesmo para consigo. E quando já virava-se para ir de encontro ao marido a senhora viu algo único e precioso, algo que ela só vira poucas vezes e isso já tinha mais de uma década; mas mesmo assim ainda possuía a mesma simplicidade e beleza.

Era o sorriso de Kyoya.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado do agrado de todos o/
Ja'ne