Lost In Paradise escrita por Lady


Capítulo 1
01 - She.


Notas iniciais do capítulo

Yooo.Então.... Eu deveria está me dedicando a minhas outras fics, mas não resisti e vim postar esta u.uNão, vocês não podem me bater -qBoa leitura.



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Lost In Paradise

01 – She.

Com suavidade abriu os olhos fitando o teto desconhecido do aposento ainda mais desconhecido, mas, de certa forma, conhecia do residente dali.

Deslizou a mão sobre o tecido fino que cobria seu corpo desnudo, e quase sorriu diante das lembranças que lhe vieram à mente.

Era errado o que estava fazendo. Deitara-se com um homem que, além de mal conhecer – e também de tê-lo como “chefe” e rival – não nutria sentimento algum. Mas ela não se importava, apesar de que sabia em algum lugar no fundo de seu coração de Rainha da Geleira que deveria se importar com aquele fato.

Ergueu-se, ainda completamente despida, catou peça por peça de sua vestimenta estudantil que se encontrava espalhada pelo aposento, e por fim rumou para o banheiro.

Debaixo do chuveiro permitiu que a água livrasse seu corpo de todas as impurezas de uma noite luxuriosa ao lado do ser mais improvável do mundo.

Os dedos longos e finos – de unhas perfeitamente pintadas e cuidadas – passaram por cada ponto em que ele lhe tocara na noite anterior, sem desperdiçar nem um mínimo contato gélido. Adelheid gostara, ou melhor, amara a noite que tivera ao lado dele.

Amara cada toque, cada beijo, cada caricia. E não houve palavras entre eles. Nenhuma troca de dialogo, ou mesmo um monólogo vazio. Nada. Apenas se entregaram um ao outro. Apenas deixaram sentir um ao outro entre movimentos precisos e meticulosos.

Assim permitira-se um sorriso triste.

Naquela noite ela sentira-se completa. Sentira o que nunca conseguiu sentir quando estava com Julie. Sentira-se a mulher mais incrível e amada do mundo, mesmo sabendo que nunca viria nenhum sentimento daquele homem que lhe levara para a cama.

Desligou o chuveiro e puxou a toalha, secando-se habilmente e logo vestindo o uniforme de Namimori – não esquecendo a braçadeira do Conselho Disciplinar ao qual fazia parte como único membro feminino.

Saiu do quarto, descendo as escadas e rumando para a cozinha. Um simples café da manha seria o suficiente para si. A cada passo que dava notava que toda a residência era limpa e arrumada, e também quem havia apenas ela ali. Aparentemente, mesmo sendo tão jovem, o rapaz morava sozinho.

Chegando a cozinha deparou-se com um simples recado sobre a mesa. A letra curvilínea e bela – que Adel poucas vezes chegou a ver – dizia-lhe apenas que seu café encontrava-se dentro do microondas, e apenas isso.

Sorriu de canto. Mesmo que não houvesse levado seu café pra cama – o que Adelheid tinha plena certeza de que ele jamais faria – ele ainda sim havia preparado a refeição dela. Ele havia se preocupado com ela.

(...)

A mulher adentrou imponente no colégio. Estava atrasada e sabia que Hibari – talvez – não a perdoasse, mas mesmo que fosse lhe ordenado que voltasse para casa, que prontamente não o faria, Adelheid ainda sim seguiu em direção ao Conselho disciplinar, isso sob os cochichos curiosos dos alunos de Namimori.

Sem cerimônias abriu a porta do escritório do demônio de Namimori e adentrou no aposento em pisadas suaves.

– Está atrasada. – o soar gélido do imponente e assustador prefeito estudantil chegou a si, mas o moreno se quer desviou o olhar da papelada que preenchia.

– Deveria ter me acordado então. – informou, assim fazendo-o erguer o olhar para si. Aproximou-se da mesa, depositando um obentou frente ao demônio estudantil. – Não pense que me arrependo do que fizemos. – dito isso virou-se, seguindo para fora, mas parando com a mão no trinco da porta. – Obrigado por ontem Kyoya.

Caminhou calmamente pelo corredor, tinha o rumo único do térreo do prédio. Já havia alguns minutos que as aulas haviam recomeçado, e nesse meio tempo sabia que não precisaria rondar a escola, pois o restante dos membros do Conselho Disciplinar assim o faria, com ou sem ela.

Sentou-se ao sol erguendo o olhar ao céu para contemplar as solitárias e únicas nuvens que seguiam seu rumo pela extensão azulada.

Fitou por alguns minutos o vazio acima de si, mas de alguma forma sentia que aquele vazio era mais completo do que ela. Mais amado do que ela. Por que, afinal, quem amaria a Rainha de Gelo de Namimori? As possibilidades de alguém acreditar que nela havia sentimentos eram tão grandes quanto às chances de Hibari constranger-se em publico. Inóspitas.

Suspirou debilmente, desviando o olhar para a mão direito – mais especificadamente para o dedo anelar -, desejava um dia poder carregar uma aliança ali. Mesmo que para um compromisso simples como Namoro.

Às vezes, ser quem ela era, era cansativo e frustrante.


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Notas finais do capítulo

Hahaha, espero que tenha sido.... agradavel de se ler.Ja'ne.