Capítulo 7 - Reencontro

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

William Shakespeare

Alice terminou o que havia ido fazer, nos despedimos do Jasper, voltamos para a casa da Rosi, ajudei ela preparar o jantar, enquanto Emmett, não chegava.

Assim que Emmett chegou jantamos, Emmett contava tudo o que havia feito, deixando tudo encaminhado para viajarmos no sábado. Terminamos o jantar e saímos com Emmett para fazer uma caminhada com o Pimpão conversando sobre coisas aleatórias.

Os dias passavam voando, Emmett na empresa, Rosalie também teve que ir até a escola para avisar da Diretora da viagem, Alice confirmou que Jasper ficaria na Cullen’s Modas e também cuidaria do Pimpão Tudo estava caminhado para que desse certo.

[..]

Chegamos ao aeroporto de Roma com uma hora de atraso, pegamos nossa bagagem, realizamos todos os tramitem legais. Rosi, Emmet e Alice e eu pegamos um taxi, passaram no hotel para me deixar e seguiram para a casa do Edward. Alice e eu havíamos acertado tudo, amanha a noite às vinte horas em ponto, Edward e eu nos encontraríamos em um restaurante para que pudéssemos conversar sem a interferência de ninguém. Estou rezando mentalmente para ele não sair correndo quando me vê. Ao entrar no hotel tomei meu banho, pedi para que servissem a minha janta no quarto. Assim que terminei de jantar, escovei meus dentes, tomei dois calmantes, acordando somente no dia seguinte com alguém batendo a minha porta.

– Bom Dia senhoria Swan, alguém lhe deixou isso na portaria – Me entrou um embrulho enorme e se retirou.

Achei um Bilhete que nele dizia:

“Não se atreva a recusar. Estou torcendo por vocês: Baixinha”

Quando abri a caixa, fiquei surpresa com que o vi. Alice tinha me mandado o mais lindo dos vestidos. Definitivamente, Alice havia ficado maluca, em achar que eu tinha alguma chance com Edward.

A hora que eu mais temia havia chegado, Alice me ligou dizendo que ele já havia saído de casa, que pela proximidade do restaurante ele já estava chegando. Estava tão nervosa que comecei a tremer, não consegui esperar o elevador, desci as escadas mesmo. O Taxi já estava a minha espera, na entrada do hotel.

Ao chegar ao restaurante ele já estava sentado a mesa. Perfeito como sempre, vestindo um terno azul marinho e uma gravata azul que combinava perfeitamente com a cor dos seus olhos. Ele parecia impaciente, resolvi tomar meu ultimo fio de coragem, antes que ele fosse embora.

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Let me Sign - Robert Pattinson

– Olá! – Falei nervosa, com medo do que viria adiante.

– Bella!? – Nos olhos dele, pude perceber o quanto estava surpreso e feliz em me ver.

– Não sabe o quanto senti a sua falta! – Se levantou tocando o meu rosto suavemente, ele chegou tão perto que pude sentir seu perfume amadeirado.

– Também senti a sua falta – Falei não conseguindo conter as lagrimas, com os dedos ele levemente limpava minhas lacrimas que teimavam em sair.

– Não chore anjo – Se ele tinha atenção de acabar comigo, ele estava conseguindo.

– Alice me disse que tinha alguém que precisava falar comigo urgentemente, mas nunca pensei que fosse você. – Falou baixinho

– Tenho tanta coisa para te contar – Confessei – mas antes que tal um jantar, falei tentando sair desse clima que se formou entre nós.

– Claro, sente-se – Falou puxando a cadeira para que eu me sentasse.

– O senhor gostaria de fazer o pedido? – Perguntou a Garçonete, não tirando os olhos de Edward.

– O que a senhora recomenda? Perguntou Edward indiferente aos olhares da garçonete.

– Pode me chamar de senhorita – deu uma piscadela - Temos um Calzone de Frango ao molho Barbecue que é fantástico. – Será que ela não se toca que ele está acompanhado.

– Pode ser Bella? – Falou não desviando os olhos de mim.

– Claro, pode ser – Respondi.

– Pedido anotado, caso o senhor queira mais alguma coisa é só falar – A vontade que eu tinha era de levantar e meter a mão nessa oferecida.

– Que cara é essa Bella? – Foi só então que eu percebi que além de estar sentindo ciúmes de um homem casado, isso estava nítido na minha cara.

– Nada – Tentei disfarçar

– Se você diz - Respondeu – Desculpa apressa-la, mas devo alerta-la que estou bem curioso para saber do que se trata nossa conversa. – Disse olhando nos meus olhos.

– Ehh... Bom... É que... Não sei por onde começar! – Respondi sincera, sentindo meu coração se acelerar mais, se é que é possível.

– Comece pelo começo – Falou o obvio, e eu calculava inúmeras maneiras de sair correndo dali, de onde eu fui tirar essa ideia de que procura-lo seria a melhor forma de resolver tudo, claro que ele não estaria interessado, afinal ele já tinha a família dele. Não precisa de uma idiota que ele pensa que o traiu vir aqui dizer um monte de loucuras e suposições, e se ele não acreditar em mim. Fechei os meus olhos e pensei em Reneesme, seria por ela e mais ninguém.

– De inicio queria dizer, que não estou aqui para me intrometer na sua vida, muito menos destruir a sua família eu só preciso da sua ajuda. – Disse

– Jamais pensaria isso de você Bella – Emendou

– Mas você pensa que eu lhe trai? – Joguei essa de uma vez

– Não quero falar sobre isso, afinal já faz tanto tempo – Pude ver que os olhos dele se encheram de lagrimas.

– Por isso mesmo, já se faz sete anos Edward, não acha que está na hora de colocarmos tudo isso em pratos limpos.

– Senhores, o jantar de vocês! – Dessa vez não foi a garçonete que veio nos servir. Dei graças a Deus por isso

– Você tem razão. – Concordou comigo – Podemos terminar o jantar, se quiser tenho um apartamento aqui perto podemos ir até lá, vai ser mais tranquilo.

– Tudo bem, podemos ir – Concordei, me perguntando por que ele mantém um apartamento, se tem casa.

– Mantenho o apartamento porque às vezes tenho necessidade de ficar sozinho, então eu me escondo lá – Agora ele lia mentes?!

Continuamos nosso jantar, enquanto isso ele me contava, que era neurocirurgião, eu lhe contei que também fiz medicina, mas ao contrario dele me especializei em Pediatria, contou onde trabalhava, sobre suas pesquisas, cirurgias importantes. – Com ele a conversa fluía naturalmente, chequei a me lembrar de quando namorávamos, ficávamos horas e horas conversando sobre diversos assuntos.

– Acho que se continuar a falar sobre nossas carreiras ficaremos aqui até o dia amanhecer, ou mais – Falou

– Também acho – Concordei rindo

– Vou pedir a conta e nos vamos, pode ser? Perguntou. Eu balancei a cabeça dizendo que sim.

Na hora de pagar a conta foi uma briga, porque ele não queria me deixar ajudar a pagar a conta.

– Da próxima vez você paga – Então teria próxima vez? Perguntei-me.

– Concordo – Respondi

Deixamos o restaurante, andando até onde estava estacionado o carro. Pode perceber que o tempo havia esfriado. Comecei a me abraçar, tentando em vão me esquentar.

– Quer meu paletó, você esta tremendo de frio – Falou retirando a peça de roupa.

– Não precisa – tentei recusar

– Claro que precisa se não aceitar vou ficar bravo. – Falou rindo

– Eu aceito então – O cheiro que veio dele era inexplicável, nunca mais eu tiraria esse palito – Pensei rindo.

– Chegamos! Bella, carro. Carro, Bella – Disse me apresentando o carro.

– Prazer carro. – Respondi entrando na brincadeira

Como sempre ele abriu a porta do carro para que eu entrasse, fechou e seguiu para o banco do motorista, enquanto eu colocava seu paleto no encosto do banco.

– Você vai ser a primeira pessoa a ir lá, então não repara se estiver um pouquinho bagunçado – Comentou.

– Prometo que não vou reparar – Disse mostrando os dedos abertos.

– Pelo que eu saiba um juramento se faz com os dedos cruzados – Disse sorrindo

– Eu faço assim – Falei como se fosse uma criança mimada

– Está parecendo a Melanie quando apronta. – Comentou, mas pareceu se arrepender de ter tocado no nome da filha.

– Alice me contou que tem uma filha – Falei

– É aqui – Mudou de assunto, abrindo um enorme portão e entrando.

Descemos do carro e pegamos o elevador que levava direto para a cobertura, como ele dissera o apartamento apesar de bonito e bem decorado estava uma bagunça, comecei a rir sozinha.

– Você jurou não reparar? Falou pegando umas peças de roupa no chão.

– Não jurei não, estava com as mãos abertas – Falei sapeca

– Me enganou?! – Disse sorrind

– Jamais – Menti – Rimos juntos durante um tempo, depois ficamos nos olhando durante um tempo.

– Acho chegou a hora de falarmos sério – Falou e eu concordei

– Bella... Eu sei que você nunca me traiu – Confessou

Nada poderia me surpreender mais que ao ouvi-lo dizer que sabia que eu nunca havia o traído.

– Quando você soube – Perguntei desconfiada

– Meus pais, eles armaram tudo. – Respondeu simplismente

– PORQUE NUNCA ME CONTOU? – Gritei, me levantando e começando a bater contra o peito dele.

– Calma... Bella... Eu não sabia até uns dois anos atrás. – Continuou, tentando se defender.

– Como soube? – Falei chorando

– Devido a tudo que aconteceu meus pais compreenderam que eu quisesse morar longe, mas com uma condição, de que eu passasse todos os finais de ano com eles em Los Angeles. Há uns dois anos, quando estavam todos comemorando, minha mãe estava inquieta, sempre olhando para Melanie que estava com um pouco mais de um ano e cochichando com o meu pai, ao os ver eles saírem da sala em direção ao escritório, fui atrás e escutei uma parte da conversa.

Flash Back ON

– Carlisle, ele merece saber sobre ela, não é justo. – comentou Esme

– Não! Ela está bem e continuará onde está – Justificou Carlisle

– Não sabe o quando me arrependo de ter concordado em separa-los – Falou Esme com lagrimas nos olhos.

– Foi o melhor para ele, Bella não era digna do nosso filho.- Finalizou

Flash Back OFF

– O inicio eu não entendi direito, mas o final eu entendi perfeitamente. Desde aquele dia Bella, nunca mais voltei lá. E não te procurei por achar ser tarde demais.

– Ainda acho que você deveria ter me contado. Em relação ao Inicio da coversa eu suspeito do que se trata. – Contei sentindo as lagrimas descendo

– Nossa filha está viva Edward – Desabafei.