Duas Metades escrita por Mel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Esclarecimentos - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos comentários da katharinapetrova por me incentivar a continuar e a Sabrinna.
Obrigada Meninas.



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Capitulo 2 – Esclarecimentos - Parte I

Conserve os olhos fixos num ideal sublime, e lute sempre pelo que deseja, pois só os fracos desistem e só quem luta é digno de vida.

Autor - desconhecido

Hoje é uma típica manhã de Segunda-Feira, como de costume, acordo cedo, faço minha higiene matinal, tomo apenas um café, e me dirijo para o Hospital de Forks.

– Bom Dia Dra. Swan, a recepcionista me cumprimenta, eu como sempre não respondo, até hoje não compreendo como as pessoas continuam a me dirigir a palavra, mesmo eu sendo tão grossa com elas. Continuo andando em direção ao elevador.

Quando chego ao andar da emergência, logo sou informada de uma criança, com fratura exposta.

– Dra. Swan, carro versus criança, Idade: Nove anos, tem fratura exposta na perna esquerda, escoriações por todo o corpo. Sala 3, já pedimos os exames necessários, estamos aguardo do resultado dos mesmos.

– Chame o Dr. Sheldon na Ortopedia, peça para que me encontre imediatamente, vou colocar o uniforme e já estou indo. Chequei ao vestuário, troquei de roupa correndo e fui atendê-lo.

Chegando a sala três, como me foi passado, fiz todo o procedimento necessário, passando alguns remédios, apesar dos machucados o garoto não corria risco de vida. Na mesma hora chegaram alguns policias a fim de recolher informações para que se possam tomar as devidas providências legais sobre o ocorrido, como já tinha feito a minha parte fui até a minha sala aproveitando para verificar algumas pesquisas que considero importante em relação aos avanços da medicina, apesar de ter me formado, gosto de estar sempre me atualizando para que possa dar o melhor tratamento para os meus pequenos. Pelo menos foi o que eu tentei fazer, porém minhas lembranças não me deixaram ir muito além. Comecei a me lembrar da minha filha, fico pensando em como ela estaria agora, quais seriam as suas coisas favoritas, com quem se pareceria, penso em como gostaria de ter minha pequena comigo, Não conseguindo me controlar sinto as lagrimas descerem, tendo me controlar, mas não consigo, desisto e deixo-as rolarem. Pouco tempo depois escuto alguém bater a porta, imediatamente, limpo o rosto e peço que entre.

– Dra Swan, pediram para lhe avisar, que tem alguém na portaria que gostaria de falar com a senhora. Disse como medo da minha reação, afinal de contas nunca fui muito educada com ninguém. Eu entendo que a culpa de tudo que me aconteceu não é deles, mas não me sinto confortável em relação a tudo isso. Prefiro ser rude e me esconder a ter que responder perguntas que me machucam.

– Quem é? Perguntei – É bom que seja alguém importante, pois estou muito ocupada.

– Michael Newton, ele disse que é do seu interesse.

– Peça-o para subir imediatamente. – Respondi séria

Quinze minutos depois vejo uma figura totalmente diferente a minha frente, vestindo uma batina.

– Dra Swan, Se lembra de mim? Estudamos juntos no Ensino Médio. – Falou serenamente.

– Claro que me lembro! Sinceramente, só estou um pouco surpresa por ...

– Por eu ter ser Padre? Disse, antes que eu terminasse de falar. – Bom, aconteceram muitas coisas, afinal são sete anos, e seguir a minha vida, servindo a Deus, foi a melhor coisa que me aconteceu, por isso estou aqui, para que eu possa seguir minha vocação, sem estar com a consciência pesada, eu preciso lhe contar algumas coisas.

– Então diga! – Falei, tentando apresa-lo a falar.

– Temos que conversar em um lugar tranquilo, com calma, sem que ninguém possa nos interromper. Conhece algum lugar que possa ir, eu não moro mais em Forks então...

– Está morando aonde? Perguntei

– Em uma paróquia que fica em Los Angeles, vim exclusivamente para falar com você.

– Neste caso, podemos ir até a minha casa, se não tiver nenhum problema para o senhor. – Respondi, achando estranho ter que trata-lo por “senhor”.

– Não há problema, preciso resolver isso o quanto antes.

– Meu turno termina ás dezenove horas, o endereço e o mesmo de quando eu morava com os meus pais. Você se lembra de onde fica?

– Sim, me lembro. Passo lá as dezenove em ponto. – Confirmou

Ele se despediu, com um aperto de mão, e se foi.

Fiquei pensando no Padre Newton, e o que seria tão importante, a ponto de vir de Los Angeles só para me dizer. Ainda mais depois de tanto tempo.a única coisa que eu sabia era que ele era apaixonado por mim no Ensino Médio, ele mesmo chegou a me dizer isso, mas claro que eu não dei muita confiança, afinal, estava namorando com Edward já estava completamente apaixonada por ele. Resolvi ligar para Ângela, para saber se ela sabe de algo a respeito. No segundo toque, ela atendeu ao telefone aos berros.

– Bellaaaaaa! Lembrou que tem amiga?

– Ângela, está tudo bem comigo, se você quer saber. – Disse, como se não tivesse ouvido o chilique dela, apesar de saber que ela tem toda razão em estar brava.

– Bella, você não pode se isolar dessa forma, ficar sozinho naquela casa, trabalhar direto. Está na hora de começar a sair, conhecer gente nova, esquecer o passado.

– Apesar de saber que você está totalmente certa, ainda preciso ficar sozinha, isso me faz bem. Mas não é esse o motivo da ligação. Por acaso você sabe alguma coisa em relação ai Mike? Perguntei Curiosa

– Por quê? Está interessada? Posso conseguir o telefone dele para você. – Disse, esperançosa

– Não, Ângela. Você não sabe? Mike Virou Padre. – Desabafei, de uma vez.

– Não brinca! Desde quando sabe disso?

– Ele veio até o Hospital querendo conversar algo sério comigo, queria saber se você sabe de alguma coisa, mas pelo jeito, você está pior que eu.

– Estou mesmo, mas assim que você souber o que é me liga, para nós marcarmos de nos encontrar, matamos a saudade e você me conta tudo. Você sabe que pode cotar comigo não é?

– Claro que sei você é a única pessoa com quem consigo conversar sem ter que fingir estar bem. - No mesmo momento meu Pager* começou a tocar.

– Ângela, tenho que desligar o dever me chama.

– Ah! Bella, não compreendo como consegue trabalhar com crianças, depois que tudo que aconteceu. – disse triste.

– Cuidar dessas crianças é como se estivesse cuidando da minha pequena, não quero que aconteça com outras mães o que aconteceu comigo, nenhuma mãe merece sentir a dor da perda de um filho. Portanto o que eu poder fazer para evitar, para que nenhuma criança e mãe sofram, eu vou fazer.

– Sinto orgulho de você Bella, não é qualquer um que faz o que você faz e fico feliz por ter encontrado algo que possa fazer com tanto amor. E assim que falar o Padre não se esquece de mim, já falei.

– Tudo bem, Ângela, não vou me esquecer. Beijos e até a próxima.

– Beijos. Te amo, Bellinha!

Desliguei o telefone, para atender mais um chamado. Agora é torcer para que o dia passe rápido, para eu saber o que está acontecendo.


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Notas finais do capítulo

O que será que o PADRE Mike tem de tão importante para dizer a Bella?
Curiosos?