Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 9
Capítulo 9 – As Sombras Atacam Novamente


Notas iniciais do capítulo

E aqui estão os eventos da copa mundial de quidditch



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22 de Agosto de 1994

O jogo de Quidditch fora fantástico e, como a Ginny tinha previsto, Krum apanhou a snitch, mas quem ganhou foi a Irelanda. Quase todos que assistiram à 422ª Copa Mundial de Quidditch estavam a dormir numas tendas similares às dos Muggles, já que os irlandeses continuavam a celebrar a vitória.

Estava escuro, mas de repente luzes, que não pertenciam aos irlandeses, apareceram. Umas pessoas mascaradas apareceram, trazendo tochas. As luzes vinham dessas tochas e aquelas pessoas não pareciam amigáveis. Elas vestiam vestes escuras e as máscaras de crânios cobriam-lhes as caras. Aquelas pessoas não eram Muggles, eram bruxas, especificamente, bruxas das trevas, que se auto-intitulavam Death Eaters, seguidores de um lorde das trevas chamado Lord Voldemort. Como podiam estar aqui? Supostamente, todos os Death Eaters estavam em Azkaban ou mortos, exceptuando o Traidor.

Os Death Eaters pegaram fogo com as suas tochas algumas das tendas e algumas árvores e começaram a enfeitiçar as pessoas, enquanto andavam.

De repente, um grito, de seguida, mais gritos se seguiram. As pessoas saíam das tendas, vestindo nada mais do que roupas de dormir, gritando e começando a fugir. A confusão e o pânico rapidamente se instalaram.

Em diferentes zonas do acampamento, seis indivíduos apareceram parecendo estranhamente relaxados, mas cautelosos. Quem os reconheceu suspirou de alívio ou gritou com medo.

****

23 de Agosto de 1994

– Andem lá, crianças. Agarrem esta corda, ela vai-nos levar para casa. – comandou Arthur para todos os seus filhos e Hermione Granger, enquanto Neville aí para a Mansão Longbottom com os seus pais.

Nove pessoas aterraram na confortável sala de estar do Burrow, onde uma bruxa rechonchuda esperava preocupadíssima.

– Arthur… Bill… Charlie… Percy… Fred… George… Ron… Hermione… Ginevra… Estão todos bem?

– Nós estamos, querida Molly. Não precisas de te preocupar. – respondeu o marido dela, abraçando-a.

– Não preciso de me preocupar, Arthur!? O Profeta Diário disse que uns bruxos provocaram pânico na Copa Mundial, onde os meus filhos estavam e eu não preciso de me preocupar!?...

– Mas nós estamos bem. Nenhum de nós foi ferido… - Arthur continuava a tentar acalmar a esposa.

– Mas o que realmente aconteceu, Arthur? – insistiu saber a Molly.

Todos os nove Weasleys e Hermione estavam agora sentados nos sofás, esperando ansiosamente pela explicação de Arthur.

– Uns bruxos mascarados acharam que seria divertido atormentar o acampamento, especialmente com a Marca Negra no céu.

– A Marca Negra!? Não pode ser, Arthur. O Quem-Nós-Sabemos está morto. – A Molly aparentava que ia desmaiar.

– Era a Marca Negra, mãe. Nós vimo-la. – disse o Bill, que estava num sofá com a Ginny e os gémeos.

– Além disso, o Quem-Nós-Sabemos está morto, mas os seguidores dele não. E nem todos estão em Azkaban. – continuou o Arthur, ajustando os óculos. Ele parecia muito mais velho do que os seus quarentas. – Bem, voltando para ontem… Depois de uns minutos, não mais do que dois ou três, outros bruxos apareceram.

– Eu tenho a certeza absoluta de que eram As Sombras. – interrompeu o Charlie, a admiração era ouvida na sua voz. As Sombras tinham-se tornado os heróis dele e do Bill, quando ouviram sobre eles.

– As-as Sombras? Mesmo? – perguntou surpresa a Molly, ao que o esposo apenas assentiu. – Pensei que tinham-se dissolvido após o fim da guerra.

– Parece que não. – disse, numa voz brincalhona, o Arthur. Ele fora sempre um admirador da coragem d’As Sombras.

– Mas que raios são essas sombras? – perguntou o Ron, não entendendo as caras de admiração dos irmãos mais velhos e do pai.

– Linguagem, Ronald Bilius! – avisou a mãe dele e as orelhas do Ron ficaram vermelhas.

– Eu li sobre eles. – disse a Hermione e todos fitaram-na, aguardando ansiosamente para ouvir o que ela conhecia. – Se bem me lembro do que li, As Sombras eram um pequeno grupo de bruxos e bruxas, que existiu durante um pequeno período de tempo durante a guerra. Nunca foi descoberto quem os poucos membros eram na realidade, pois as roupas usadas não mostravam as caras deles e eles introduziam-se sempre como sendo As Sombras. Eles lutaram contra o Lado Negro. Após umas pequenas aparições, acredita-se que os Death Eaters começaram a temê-los. Quando havia um ataque e se As Sombras aparecessem, os Death Eaters rapidamente retiravam-se. A festa do Halloween em que o Quem-Nós-Sabemos foi derrotado pelo Neville foi a festa organizada pela Ministra da altura, Millicent Bagnold, em honra d’As Sombras. Não é sabido se eles chegaram actualmente a atender a festa, mas desde então ninguém ouviu sobre eles novamente.

Os Weasleys fitaram-na atónitos com o conhecimento dela. Isto fez a Hermione corar levemente.

– Tu estás certa, Hermione. – disse finalmente o Arthur, quebrando o silêncio. – Nesses tempos, As Sombras foram verdadeiros heróis. A presença deles trouxe esperança para todos.

– Ainda trazem, pai. – acrescentou o Charlie. – Vocês viram o mesmo que eu… Quem reconheceu As Sombras suspirou de alívio e eu ouvi-os a murmurar coisas como nós estamos seguros agora, As Sombras estão aqui.

O Percy era o único que não partilhava a opinião da família sobre As Sombras:

– Nunca entendi o porquê de confiarem mais nesses desconhecidos em vez do Ministério da Magia.

****

Mais tarde nessa noite

O Burrow estava em silêncio. Os únicos sons existentes eram os ressonares dos rapazes Weasley, especialmente os do Ronald.

A família Weasley e Hermione tinham continuado a falar sobre o não tão comum evento da 422ª Copa Mundial de Quidditch. Perguntas sem respostas enchiam as mentes deles. Eram aquelas pessoas usando diferentes tons de cinzento e castanho realmente As Sombras? Estavam os Death Eaters de volta? Ou eram um grupo das trevas diferente? Porquê atacar um evento internacional tão proeminente? Todas as questões deles estavam dentro destas linhas?

De momento, os Weasleys e a Hermione estavam a dormir, descansando as mentes perturbadas dos tormentos das últimas horas. Apenas um quarto daquela estranha, mas única, casa tinha uma luz acesa. Nesse quarto, uma menina de cabelo espesso dormia, totalmente inconsciente da rotina da meia-noite da sua colega de quarto, a jovem Srta. Weasley.

– Hey, ouviste sobre o que aconteceu?

– Yeah… Os Death Eaters provocaram uma onda de medo e pânico. – respondeu o rapaz devagar, mas, de seguida, perguntou rapidamente e com verdadeira preocupação. – Tu estás bem? Gin, tu não te magoaste, pois não?

– Não, não me magoei. – ela assegurou-lhe rapidamente. – Nenhum de nós ficou ferido, estamos apenas em choque, tu sabes… de ver o ataque.

– Eu percebo, Gin. Fico bastante feliz por estares bem. Estava preocupado contigo.

Eles ficaram num silêncio confortável durante um tempinho até que a Ginny o quebrou:

– Foi horrível… As pessoas gritavam e corriam… Os Death Eaters lançavam feitiços em todos e tudo o que podiam… mas As Sombras foram fantásticos, apenas brilhantes… Os Death Eaters tinham verdadeiro medo deles… Eles fugiram tal como o Ronald foge das aranhas. – ela terminou com um sorriso na face.

O Harry, durante o monólogo dela, não fez um único som, ouviu-a com toda a atenção e riu na menção da fobia do irmão dela.

– Eu desejo saber quem As Sombras são… Seria giro, não seria, Harry? – perguntou a Ginny numa voz sonhadora, mas logo viu a cara de culpa do Harry. – Tu sabes quem eles são, não sabes?

– Eu!? Nahh! Claro que não… Ninguém sabe… Porque haveria eu de saber? Partilho do teu desejo, Gin. – tentou ele sem sucesso negar a alegação dela, não olhando nos olhos dela e bagunceando ainda mais o seu cabelo.

Eles, de repente, congelaram ao ouvirem a Hermione gemer. Após ter a certeza absoluta de que a sua colega de quarto ainda dormia, a Ginny pegou no espelho e falou um pouco mais baixo, mas não menos zangado ou com menos força:

– Sim, tu sabes. Não te atrevas a mentir-me, Harry James Potter! Vá lá, desembucha. Quem são eles?

Os dois jovens encaram-se nos olhos teimosamente sem fazer barulho durante uns minutinhos, até que um deles acabou por desistir.

– Está bem. Mas tu não podes contar a ninguém, estás a ouvir-me? – resmungou com relutância o Harry, ao que a Ginny assentiu impacientemente.

– Eu juro que não conto a ninguém. Podes confiar em mim, tu sabes. Apenas os gémeos sabem sobre ti e a tua família e eu devo repetir que tu estavas lá presente quando nós contámos-lhes. Agora, desembucha, Harry! Quero saber quem são As Sombras.

– OK, OK. Não precisas de ter tanta pressa, Gin. Provavelmente não vais acreditar em mim, mas As Sombras são…

– Pára com o suspense, Harry. Sabes que odeio isso.

O Harry apenas sorriu maliciosamente, fazendo-a sorrir.

– As Sombras são compostas por Harold Potter, Juliet Potter, Remus Lupin, Nicolas Flamel, Perenelle Flamel e por mim. Às vezes, os elfos-domésticos ajudam-nos e os meus pais faziam parte. De facto, a minha mãe e o meu pai foram os fundadores d’As Sombras.

Ginny olhou pela janela do seu quarto por uns minutos com uma cara pensativa, que Harry gostou.

– Hmm… Porque é que não estou surpresa? – finalmente ela quebrou o silêncio. – Harry? Não ficaste ferido, pois não?

– Apenas uns arranhões. – ele disse, ao que Ginny deu-lhe um olhar de dúvida. – A sério, Gin. Ninguém sofreu ferimentos graves, eu juro. – o Harry sorriu-lhe, esperando tê-la feito sentir-se melhor.

****

Uns dias antes

A Mansão Potter, a mansão onde várias gerações de Potters viveram durante séculos, apresentava um ar de seriedade e gravidade, que a última vez que apresentara fora dois anos antes.

Duas mulheres, quatro homens e dois elfos-domésticos estavam sentados na confortável sala de estar. Nos sofás estavam os casados, nas poltronas estavam os solteiros e num outro sofá estavam os irmãos.

– O Pettigrew está com Voldemort. – disse firmemente o Remus.

– Na Mansão Riddle. – acrescentou a Perenelle. – E não estão sozinhos.

– Provavelmente é só mais um Death Eater. – disse o Nicolas, acariciando a sua longa barba cinzenta.

– Isso deve ser verdade. Depois da fuga do Pettigrew, eu não ficaria admirado se os Death Eaters que não em Azkabam voltassem a reunir-se. – transmitiu o Remus.

– Acham que eles vão voltar a atacar? – inquiriu a Juliet, a sua voz mostrava o seu medo e a sua apreensão.

– Sim, querida. Creio que devemos estar atentos a isso. – respondeu o Harold, abraçando a esposa, pois ela já perdera dois entes queridos e não queria perder mais ninguém.

Os adultos na sala, trocaram um olhar que podia ser traduzido, uns segundos depois, pelas palavras determinadas do Remus:

– As Sombras estão de volta ao serviço. Os Death Eaters irão se arrependerem da escolha de vida que fizeram.

****

23 de Agosto de 1994

– Pára de te mexeres, Remus! Não é culpa minha, tu teres ido contra uma árvore. – resmungou a Juliet a acrescentou. – Não percebo como tu não viste a árvore. Tu sabes que estávamos numa floresta. Pára de te mexeres! Estou a tentar curar-te.

– Pára de rir, Nicolas! – retrocou o Remus para o Nicolas. – Sim, eu fui contra uma árvore, mas pelo menos eu não queimei a minha barba e demorei um minuto para notar.

O Remus estivera tão focado a lutar contra os Death Eaters, que não vira uma grande árvore, deslocando o seu ombro esquerdo e arranhando-se no braço e ombro esquerdos e no peito, enquanto a longa barba cinzenta do Nicolas tivera um pequeno encontro com o fogo. Os restantes, além de alguns aranhões e queimaduras, não sofreram graves ferimentos.

– Remus, deixa a minha mulher cuidar de ti e, Nicolas, não gozes com ele. – avisou o Harold.

– Aliás, eu não percebo o porquê de estares a fazer a tua barba crescer, Nico. É para queimá-la novamente? – zombou o Harry com um sorriso na cara.

O Harold teve de esperar um pouco mais para que todos se sossegassem de modo a poder falar:

– Agora que estão em silêncio, contem-me, algum de vós reconheceu os Death Eaters ou quem lançou a Marca Negra.

– Tenho a certeza absoluta de que Lucius Malfoy era um deles. – disse o Harry, com uma expressão zangada, pois odiava o homem por ter dado o diário do Riddle a Ginny.

O grupo passou o resto do dia a discutir os eventos anteriores.

Depois do ataque feito pela mão dos Death Eaters à 422ª Copa Mundial de Quidditch, os residentes da Mansão Potter voltaram às suas vidas normais, mas, ao mesmo tempo, mantendo um olho aberto a estranhas actividades, sendo a maioria relacionada ou com os Death Eaters ou com a Mansão Riddle. O Remus começou a passar mais tempo a trabalhar como Inominável, que, de acordo com ele, era devido à sua nova parceira. Para a infelicidade do Harry, ele apenas podia falar com a Ginny durante a noite, pois o Burrow estava cheio e era impossível ela escapar para a casa dele.


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Notas finais do capítulo

obrigado por seguirem esta fic
estou a aberta a sugestões, se tiverem alguma, contem-me, sff
até ao próximo capítulo
bjs



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