The Fault Is Other Stars escrita por Emilly Santonelli


Capítulo 2
Capítulo I - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi Galera, então resolvi postar esse capítulo logo hoje, porque essa semana vou está muito ocupada.
Aproveitem bem o capítulo, ele está bem curtinho.
Vejo vocês lá em baixo!

→ Capítulo postado em: 06/01/2014



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"Ela riu, ela fica linda rindo.

— O que foi? — perguntou.

— Nada.

— Por que você está olhando para mim desse jeito?

Sorri — Porque você é bonita. Eu gosto de olhar para pessoas bonitas, e faz algum tempo que resolvi não me negar os prazeres mais simples da existência humana. – okay disse, não vou esconder.

Um silencio se seguiu."

— Quer dizer, principalmente porque, como você deliciosamente observou, tudo isso vai acabar em total esquecimento, e tal… - falei quebrando silencio entre nos.

Então ela soltou um ar que mais parecia uma tosse engasgada.

— Eu não sou bonita... – Ela começou a dizer, mas eu a interrompi.

— Você é tipo uma Natalie Portman milenar. Tipo a Natalie Portman em V de Vingança.

— Não vi esse filme — O QUE? QUEM NUNCA VIU ESSE FILME?

— Sério? Garota linda, de cabelo curto, rejeita a autoridade e não consegue resistir a um cara que ela sabe que vai ser um problema. É sua autobiografia, pelo menos até aqui, pelo que posso ver. — tentei explicar para ela.

Alisa passou por nos. Eu conheci a Alisa no Memorial, o Memorial era um grande centro de pesquisa. Na época tinha uma namorada, Caroline Mathers. A Alisa tem uma leucemia aguda, parou muitas vezes no hospital e em uma dessas vezes ela ficou no quarto ao lado de Caroline. Mas ela estava bem melhor agora, bem que eu não posso dizer o mesmo da Caroline.

— E aí, Alisa. Tudo bem? — perguntei para ela.

Ela sorriu para mim — Oi, Augustus.

Hazel estava olhando confuso para mim.

— Gente do Memorial — expliquei para ela.

— Qual você frequenta? – perguntei a Hazel, eu nunca tinha visto ela lá, nem quando ia por minha parte, ou quando ia pela parte da Caroline.

— O Hospital Pediátrico — ela me respondeu baixinho.

Assenti, pelo visto a conversa tinha chegado ao fim. Não, não, não, não quero que a conversa chegue ao fim agora, preciso conversar mais com ela, quero conversar mais com ela, a Hazel não é como os outros, ela me fascina, ela é diferente.

— Bem — ela começou, olhou para a escada que levava para fora do Coração de Jesus. Ela já ia embora? Acompanhei-a, droga de prótese inútil. — Então, a gente se vê na próxima, talvez? — ela perguntou.

Oh droga, esse ‘talvez’ acabou com todas as minhas chances de querer que ela fique mais um pouco. Preciso de mais tempo com a Hazel.

— Você deveria assistir – falei - Ao V de Vingança, quero dizer.

— Tá. Vou ver se acho para assistir.

Será que ela não está entendendo que quero assistir com ela?

— Não. Comigo. Na minha casa — ele disse. — Agora.

Ela parou.

— Eu mal conheço você, Augustus Waters. Você pode muito bem ser o assassino do machado.

Concordei – Tem razão, Hazel Grace – adorei chama-la assim, viu? Minha teoria sobre nomes compostos enfim foi aplicada com a Hazel. Mas mesmo assim, não queria intimida-la, passei por ela e subi os degraus, bem mais rápido que a Hazel que estava subindo ao seu tempo a escada. Porque ela não pegava o elevador?

Eu já estava no estacionamento, e a Hazel Grace ainda não tinha aparecido no topo da escada. Ao longe você via Monica e Isaac em um baita amasso. Eles tinham essa maneira de demonstrar esse afeto em publico, e agora que o Isaac iria ficar cego daqui há alguns dias, ele estava desesperado em relação a Monica deixar ele. O negocio é o seguinte, ela não deixou antes por pena, mas iria deixar depois, o namoro deles já não estava dando certo, mas o Isaac – bobo apaixonado – não via isso, e para ele tudo ia bem. Mas não para ela. Eu via a pena atravessando o olhar dela. Ela não era a pessoa certa para ele, e como a Hazel mesmo disse, o Isaac iria cair no esquecimento da Monica, ela só estava esperando a hora certa.

Então a Hazel surgiu, a brisa balançando seus curtos cabelos. Ela olhou para todo o estacionamento procurando algo, mas não me olhou, mas ela com certeza percebeu o agarramento de Isaac e Monica.

Fui me aproximando dela, dava de escutar o estalar das bocas dos dois, e ele dizendo ‘sempre’ e ela respondendo ‘sempre’.

— Eles são grandes adeptos de demonstrar afeto em público. – sussurrei.

— Qual é a do ‘sempre‛? – ela me perguntou.

O barulho do beijo ficou mais alto.

— ‘Sempre‛ é o lema deles. Sempre vão se amar, e tal. Pelos meus cálculos, e sendo bastante conservador, eles devem ter trocado quatro milhões de mensagens de texto com a palavra sempre no ano passado.

Mais dois carros chegaram, levando a Alisa e o Michael, sobrando só eu e a Hazel, e o casal frenético. As coisas entre eles foram esquentando, e o Isaac colocou a mão dentro da blusa dela apalpando o seio, mexendo seus dedos lá dentro. Monica estava com êxtase naquilo. Olhei para o rosto de Hazel e ela estava olhando, mas não com cara de nojo, nem surpresa, ela estava indiferente. O que será que ela estava pensando sobre aquilo?

Aquilo me lembrou do meu namoro com a Caroline Mathers. Acontece que eu dei uns beijos nela, na verdade foram uns beijos bem dados, mas ai ela foi perdendo a consciência e entrando no vão da insanidade. Nunca cheguei mais do que isso com ela.

— Imagine a última ida de carro até o hospital — Hazel Grace falou baixinho, me tirando dos meus devaneios. — A última vez que você vai dirigir um carro.

Não tirei os olhos de Isaac e Monica, que cada vez ficavam mais frenéticos.

— Você está atrapalhando a minha vibe aqui, Hazel Grace. Estou tentando observar o amor adolescente em sua esplendorosa estranheza.

— Acho que ele está machucando o peito dela — Ela com toda certeza nunca tinha sentido isso antes pra dizer se realmente era prazeroso ou doloroso. Mas mesmo assim não podemos dizer nada, porque o Isaac estava fazendo aquilo de um jeito estranho, não que eu saiba que aquele é o jeito certo, mas com certeza não era daquele jeito.

— É. É difícil saber ao certo se ele está tentando excitar a menina ou fazer um exame de mama.

È tudo bem, não preciso mais olhar para isso. Coloquei a mão no meu bolso a procura do meu maço de cigarros. Tinha aquele maço há quase um ano, e estava muito orgulhoso, só precisava aguentar com ele até o meu aniversario. Levantei a tampa, e coloquei um na boca, eu nunca acendi um, e nem pretendo acender um. È só uma forma de dizer ‘que se dane câncer, eu posso lutar contra você sim’.

— Isso é sério? — ela disse. — Você acha isso legal? Ai, meu Deus, você acabou de estragar a coisa toda.

— Que coisa toda? — me virei de frente pra ela. Estava sorrindo, ela não via que estava apagado?

— A coisa toda em que um garoto que não é pouco atraente ou pouco inteligente ou, aparentemente, de forma alguma pouco tolerável me encara e chama minha atenção para utilizações incorretas da literalidade e me compara a atrizes e me convida para ver um filme na casa dele. Mas é claro que sempre tem uma hamartia e a sua é que, ai, meu Deus, mesmo você TENDO TIDO UM RAIO DE UM CÂNCER ainda dá dinheiro para uma empresa em troca da chance de ter MAIS CÂNCER. Ai, meu Deus. Deixe eu só dizer para você como é não conseguir respirar? É UM INFERNO. Totalmente decepcionante. Totalmente.

Ela me achava atraente?

— Uma hamartia? — perguntei. O que diabos era isso?

Ela olhava fixamente para minha mandíbula.

— Uma falta trágica — explicou me dando as costas.

Ela deu um passo na direção do meio fio, um carro que estava parado, deu partida e vindo à direção dela. Não, ela não poderia ir embora agora.

Fui até onde ela, o carro já estava encostando, peguei a mão dela. Uma corrente elétrica percorreu onde eu toquei nela. Mas ela puxou de volta, e se virou para mim.

— Eles não matam se você não acender — disse explicando as minhas razões metafóricas, o carro estacionou no meio-fio. — E eu nunca acendi nenhum. É uma metáfora. Tipo: você coloca a coisa que mata entre os dentes, mas não dá a ela o poder de completar o serviço.

Ela estava com uma expressão atônita.

— É uma metáfora — ela disse hesitante.

Dentro do carro tinha uma sombra, parecia ser feminina. Não dava para distinguir.

— É uma metáfora — repeti, dando ênfase realmente no que me baseio e faço na minha vida.

Isso é muito legal, imagine só, um alcoólatra que não é mais alcoólatra, sua metáfora pode ser ele ter a maior estufa de cachaça dentro de sua casa, mas sem ter provado uma gota daquilo. È dane-se bebida, eu sou mais forte que você.

— Você determina seu comportamento com base nas ressonâncias metafóricas…

— Ah, é. — Sorri bem largo, parecendo um idiota, ela olhava para meu sorriso. — Sou um grande adepto da metáfora, Hazel Grace.

Ela abriu o carro, e a janela do passageiro abriu mostrando uma jovem senhora, devia ser a mãe dela.

— Vou ver um filme com o Augustus Waters — ela disse. ELA ACEITOU. Eu estava soltando fogos de artifícios dentro de mim. — Grave, por favor, os próximos episódios da maratona do ANTM para mim.


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Notas finais do capítulo

E AI O QUE ACHARAM? bem, queria dizer pra vocês que fiquei muito feliz com o resultado do primeiro capítulo. Bem tive algumas criticas em relação a ele, obvio, eu mostrei primeiro pra minha amiga, e ela adorou, e uma das leitoras comentou que estava faltando detalhes. Bem queria dizer que não sou lá a John Green. E é muito difícil entrar na cabeça de um garoto ainda mais o do Gus. Mas o detalhes vão aparecer, como eu disse eu quero preencher essas lacunas, eu vou falar sim do câncer do Gus, vou falar de como ele ficou SEC, vou falar da amizade dele com Isaac. Ah, na verdade eu ia fazer essa fic na visão do Isaac, mas é bem mais difícil, porque o Isaac é pouco citado na historia, mas eu queria falar sobre ele, da vida dele, da amizade dele e etc, mas não, vou ficar com o Gus mesmo.
Então tive bastante acesso e pouco reviews, não estou cobrando, afinal a fic agora que começou.
Não se esqueçam de deixar um review pra mim. :D

ah se eu demorar a postar o outro capítulo podem vim me cobrar no meu twitter @emystw

Okay. Emy Xx



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