The Only Exception escrita por Nathy R


Capítulo 1
Capítulo único




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---- 1995 - França, Paris. ---

O Pequeno francês via seu pai, sentando à mesa da cozinha, várias e várias garrafas de vinho espalhadas...

Francis observava seu pai ruindo pelo abandono recente. Sua mãe havia ido embora, com outro homem que lhe prometera o mundo. Deixando para o Bonnefoy um mero papel escrito: "Nunca vou lhe esquecer, mon petit.".

Ele tinha apenas 10 anos, viu o senhor Bonnefoy se destruindo com bebidas, aos poucos.

Daquele dia em diante, Francis prometeu para si nunca acreditar no amor... Seu hobby, a música, nunca teria nenhuma composição sobre o assunto.

A não ser que ele realmente existisse.

"Se algo me fizer crer. Eu escreverei uma musica sobre o amor."

- 2007. França - Paris. -

Havia feito faculdade de artes, desta escolheu a música como especialidade e dela, fez-se mestre do piano, paquerador do violino e bom amigo de um violão.

Nessa idade, o francês já havia levado metade do seu país para cama, ok, foi completamente exagerado. Mas realmente, nunca esteve sério com ninguém, não tinha filhos, tinha uma carreira estável e também trabalhava como cozinheiro.

Sempre estava se virando sozinho. Era incrível como ele sempre era cuidadoso para não incomodar ninguém, sempre estava ali sozinho com todas as suas composições, sempre se mantendo longe de qualquer um que pudesse lhe provocar quaisquer sentimentos de carinho, compaixão... e amor.

Nunca via nada que lhe valesse a pena de sentir algo tão doloroso que um dia acaba. Também não demonstrava que sentia solidão, sempre sorria, não deixava uma pessoa abalar.

-- 22 de julho de 2008. Inglaterra, Londres. –

Curiosamente, foi contratado para uma festa de aniversário em Londres, fazer um pequeno show para o aniversariante.

Estranhava, claro. Ser o cantor favorito de um londrino, mas ao mesmo tempo se preenchia de felicidade por ser reconhecido fora do seu país.

Assim, bateu na porta do britânico e logo foi recebido com um abraço repentino do fã, parecia que ele era um parente distante e que há muito tempo não se viam.

- So-Sorry, Prazer, Arthur Kirkland. – sorria alegre em ver o francês na sua frente.

- Haha, tudo bem, mon amí. – entrou quando o menor deu espaço para ele entrar.

Os dois passaram a tarde toda conversando sobre música, o mais novo parecia ter certo talento. Além de tocar bem, sua voz era melodiosa e bem afinada. O show mesmo não passou de pequenas palhinhas que o inglês pedia, só tinham os dois ali.

Era bem atípico, mas o Bonnefoy estava sentindo-se bem à vontade com o outro. E aqui, nessa tarde em que os dois passaram juntos, o francês percebeu que talvez, aquele era sua única exceção.

Daquele dia em diante, se tornaram bons amigos. Sempre contavam tudo um para o outro e quando se deram por si, haviam virado amantes.

Nas poucas vezes que se viam, a noite parecia que nunca teria fim, a sincronia dos dois, tudo... A mídia já começava a espalhar boatos que os dois eram namorados.

O Francês negava e o inglês apenas ficava distante por algum tempo, para que abafasse tudo aquilo.

Mas ainda nada sério. O loiro mais velho se recusava a aceitar o que sentia pelo Kirkland e achava que o mesmo não sentia nada por si além de admiração e excitação. Achava que tudo aquilo passaria quando o menor encontrasse uma garota legal.

Pensou, por diversas vezes pensou em se afastar do mais novo de vez, mas não conseguia. Não havia nada no mundo que pudesse fazer o Bonnefoy se afastar de vez do amado.

- 15 de abril de 2010 - Show em Londres.

Pela primeira vez em toda a carreira do maior, ele havia entrando no palco apenas com um pequeno violino. Alguns fãs se assustavam, o francês sempre começava com musica agitadas.

- Então, vejo pela cara de algumas pessoas que estão todos surpresos pelo fato de eu estar com um violino aqui comigo. – Ele deu uma breve pausa e riu. – Bem, é que hoje eu vou fazer algo importantíssimo. Tenho algo a declarar... acho que em toda a minha carreira eu nunca fiz isso para ninguém. Eu realmente me sinto confuso em fazer isso, até porque sei que muita gente não vai aceitar. – ele deu um suspiro longo. – Mas hoje eu vou começar o meu show falando de amor. – um grande suspiro coletivo foi dado pela plateia naquele momento, todos sabiam que o mais velho não era disso. – Então, vou recitar um poema onde eu expresso tudo aquilo que sinto pela pessoa que amo... é minha gente, a partir de hoje serei um moço comportado. – a maioria das pessoas ali riu, mas o mais importante era que Arthur, estando ali na plateia e bem próximo ao palco olhava fixamente o outro esperando o que o mesmo ia dizer. – Então, eu mesmo escrevi esse pequeno texto, sei que a pessoa que tanto amo está aqui hoje... espero que ela entenda tudo aquilo que sinto por ela.

Logo o maior se posicionou e começou a tocar de maneira calma e vagarosa o instrumento tirando do mesmo pequenas notas melancólicas e em seu francês dizia:

“Meu querido,

Você a luz do meu dia que brilhará em meu coração

Você é um sonho do qual não quero acordar

Você é tudo do que eu preciso para mim

Ah, meu querido,

Do dia que eu te conheci, até aqui...

Do nosso primeiro beijo até esse momento

Eu sei, eu sei que neguei.

Eu neguei tudo isso por pura burrice

Mas agora estou aqui para me redimir de tudo

Por não ter acreditado.

Me de uma pequena chance de provar que te amo?

Meu querido,

Só te peço para que entenda meus medos

Mas que estou aqui para enfrenta-los por você.

Estou aqui para fazer o impossível acontecer

Meu querido,

Meu doce amigo,

Quer namorar comigo? “.

Assim que falou aquela frase, chegou até a beira do palco e esticou a mão para o menor.

Naquele momento, as bochechas do mais novo estavam muito coradas, reconhecia que mesmo com aquelas palavras simples e clichês o maior tentava, tentava demonstrar tudo que sentia.

- Você é a exceção que eu sempre pedi para o mundo me dar... Arthur, por favor, fica comigo. – o loiro mais velho novamente pedia e assim, sentiu sua mão ser segurada.

- Fra-Francis... – o menor falou em meio aos soluços do choro contido de alegria.

Os dois se abraçaram em meio ao palco e ali mesmo deram um beijo ardente, grande parte da plateia aplaudiram, os dois se afastaram sem graça e assim prosseguiu o show, um dos mais românticos que o Bonnefoy já havia feito.

- 27 de maio de 2014 – França, Montmartre, Paris. -- 20h30min

- Francis! – O Kirkland deu um leve belisco no braço do francês.

- Ai! Que foi? – indagou estranhando a atitude do outro.

- No que pensava? Ficou aí vegetando por meia hora... – frustrado o outro olhava pela janela de sua casa o belíssimo bairro onde moravam e via o céu estrelado.

- Estava lembrando a vida e de como eu te conheci. – depois de dito isso o francês abraçou o Kirkland por trás e deu um beijo no pescoço do mesmo. – My only exception... – ele sussurrou e sorriu. Finalmente havia achado tudo o que ele sempre quis.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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