Hogwarts escrita por PedroV


Capítulo 3
O Beco.




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Naquela manhã eu não poderia estar mais feliz, Hagrid, um gigante gordo e barbudo que eu conhecera na noite passada se transformara em meu amigo e agora eu e ele iríamos para um tal de Beco Diagonal, ainda não sabia o que era, mas certamente é onde irei comprar meus materiais.

Desci as escadas na velocidade da luz, tomei meu café da manhã e logo fui para fora esperar que o grandalhão aparecesse. Não demorou muito até que eu visse um pequeno (ou será grande?) ponto no horizonte, era Hagrid. Quando ele chegou nos despedimos de meus pais e fomos direto para o centro de Londres. Chegando lá encontramos um grande shopping center que era praticamente o mais famoso da cidade, estranhei, porém não hesitei em entrar. Fomos até uma loja chamada Caldeirão Furado, cuja logomarca era um caldeirão, percebi a semelhança, mas não sabia que seria tão óbvio assim. Entramos na loja e lá era aparentemente uma loja de fantasias, havia fantasias de todo o tipo, ciclopes, bruxos (o que é irônico), zumbis, múmias e outros. Hagrid olhou para a atendente e ela pareceu assentir em um tom misterioso, então eu e ele fomos até os provadores, Hagrid entrou em um e eu em outro, depois de alguns segundos a parede atrás do provador se abriu, dando espaço a um grande beco cheio de lojas que vendiam coisas bruxas. Olhei para Hagrid e perguntei curioso:

— Hagrid... Aquela atendente... Como?

Hagrid percebendo minha curiosidade indicou que continuássemos andando, o que seria difícil já que a rua estava lotada dos mais variados tipos de pessoas.

— Bem, Jake... A atendente é uma feiticeira e trabalha para o ministério, para os trouxas ela é apenas mais uma simples atendente. — disse Hagrid.

Fiquei mais curioso ainda e assim perguntei:

— Trouxa? Por que trouxa?

— São pessoas que não pertencem ao mundo bruxo, pessoas "ordinárias", ou seja, normais.

Fiz com a cabeça que havia entendido e continuamos andando abrindo espaço entre as centenas de pessoas que transitavam por ali. Hagrid me direcionou para um grande edifício que estava no fim daquela rua, nele estava gravado: Banco Gringotts. Eu e ele abrimos a porta silenciosamente e nos vimos dentro de um grande salão onde fileiras de criaturas com orelhas pontudas escreviam sem parar em seus pergaminhos, resolvi abrir minha boca para perguntar o que aquelas coisas eram, mas Hagrid fez sinal para que eu ficasse quieto, aparentemente aquelas criaturas não eram tão amigáveis. Seus olhares eram como um raio congelante, ninguém sorria, apenas encarava, pelo jeito eles faziam isso com todos, ou não.

Chegamos a um grande balcão, provavelmente o balcão central e lá havia outra dessa criatura sentada em um banco. Ele pareceu não nos notar, ficamos lá parados por minutos, até que perdi minha paciência e gritei: "Ei! Estamos aqui!", pela maneira com que todos me olharam eu não devia ter dito isso, porém nós ganhamos a atenção da criatura e ela nos fez uma pergunta:

— O que desejam?

As palavras que saiam da sua boca eram desafiadoras, era se o que realmente ele queria dizer era: "Se atreva a dizer isso de novo, garoto".

— Jake precisa visitar o seu cofre.

A criatura olhou diretamente no fundo de meus olhos e pediu pela chave do cofre, por um momento ia hesitar dizendo que não possuía uma chave, porém senti um pequeno peso em meu bolso e notei que uma chave havia aparecido ali, a retirei de meu bolso e entreguei a criatura. Ele pediu para nós o seguirmos.

O cofre era realmente bizarro, parecia uma caverna velha com um esgoto passando por cima. Minava água de lá, surpreendentemente meu cofre estava lotado, mas eu não era um tipo de rico ou algo assim no mundo mágico, no mundo normal minha família era considerada de classe médio, então não entendi muito bem o que estava acontecendo.

Quando finalmente voltamos a rua, Hagrid me levou à uma loja chamada "Olivaras" e disse que iria voltar daqui a pouco. Entrei na loja, havia um atendente sentado atrás da mesa, ele parecia estar ali há muito tempo esperando que alguém entrasse, mas ninguém nunca o fez. Então fui até a mesa e disse:

— Varinha, por favor.

Soou estúpido, mas era a única coisa que eu havia em mente naquele momento, sem contar o medo de estar em uma loja velha com um velho sinistro. Ele não disse nada e foi até um corredor onde residiam centenas de caixas de varinhas, eu presumi.

Ele voltou depois de um tempo com uma das caixas em mãos e logo me entregou. Abri a caixa e lá estava a varinha. Ela era comprida, nada flexível, e havia detalhes encrustados em sua face, parecia algo como raios subindo da base até a ponta, sua cor era amarronzada, mas não chegava a ser totalmente marrom. Peguei a varinha da caixa e de repente senti um grande frio na barriga, meu cabelo começou a balançar por uma rajada de vento e uma grande luz apareceu sobre minha cabeça.

— Interessante. — disse o velho. — É muito raro que uma varinha escolha seu dono na primeira tentativa.

Olhei para ele como se não tivesse entendendo absolutamente nada e ele percebeu minha expressão de dúvida, e me explicou que as varinhas escolhem o seu dono. Por um momento achei que ele fosse louco, mas vi bondade em seus olhos. Paguei a varinha e sai da loja.

Hagrid estava me esperando do lado de fora. Ele indicou uma loja próxima daquele local, onde aparentemente se vendiam bichos de estimação, que pela minha lista era um dos critérios para o material escolar. Fomos até lá e entramos.

Ao entrar na loja o atendente nos olhou fixamente com olhos arregalados e tudo que vi foram centenas de espécies de jaulas com: sapos, corujas e gatos dentro, haviam até mesmo ratos, o que eu achei bizarro.

Ao passarmos para o meio da loja os animais pareceram notar nossa presença e então todos eles pularam de suas gaiolas ao mesmo tempo e o caos se alastrou.


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