O Retorno - A Marca Negra Renasce (Hiatus) escrita por Laurent


Capítulo 3
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, por favor, vocês conhecem aquele ditado: "um review não postado, um escritor desanimado". Comentem, por favor! Espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/457363/chapter/3

Liadan estava de olhos arregalados.

— O Ministério da Magia, órgão que administra o mundo bruxo, descobriu, pouco depois da batalha que matou Voldemort, que ele tinha deixado dois filhos... vocês. E então, Kingsley Shacklebolt, o Ministro, decretou que vocês dois nunca deveriam por o pé em nenhuma escola de magia, e que nunca deveriam saber que eram bruxos.

Kenrick interrompeu Ralph.

— Mas... isso é...

— Estranho? Chocante? Inacreditável? É, talvez seja por isso que eu não tenha gostado da ideia de falar sobre isso na sala de visitas, hein? — e Ralph riu. — Escutem-me, tudo, tudo o que eu disse aqui é verdade.

— E por que devemos acreditar que somos bruxos?

O Lestrange inclinou-se para Liadan, sorrindo.

— Acreditaria se eu dissesse que vocês são normais?

Liadan abriu a boca para falar, mas fechou-a logo depois.

E Ralph riu mais ainda.

— Olha, você é piadista? Pare de rir agora. — protestou a garota.

— Sou piadista. — falou Ralph. — Mas não sou mentiroso.

— Escute — disse Kenrick. — Supondo que o que você diz é verdade... como sabe sobre tudo isso? Como sabe sobre nós? Quero dizer... você é membro desse tal Ministério?

O outro garoto limpou a garganta.

— Sou um Lestrange. Voldemort reuniu um grupo intitulado “Os Comensais da Morte”, que era uma espécie de discipulado dele. Uma de suas integrantes mais fiéis, Belatriz, era cunhada de meu pai, Rabastan. Ele e Bela eram os únicos que sabiam que Voldemort deixara herdeiros, antes de isso chegar a conhecimento do Ministério. Não foi meu pai que me contou, nem o Ministro, mas eu dei um jeito de descobrir sozinho.

— Se você estiver mentindo — disse Liadan — Eu juro que...

— O quê? — desafiou Ralph. — hein, belezinha?

Não me chame desse nome — e Liadan perdeu a paciência. Puxou as cordas mentais e envolveu o pescoço do rapaz Lestrange. — Não sabe com quem está lidando.

Ralph conseguiu sorrir desajeitadamente, mesmo enquanto estava sendo enforcado.

— Na verdade, eu sei, sim — disse ele. — Petrificus Totalus!

As palavras de Ralph foram acompanhadas de um gesto que ele fez ao retirar um pedaço de pau do bolso da capa. Ele sacudiu-o, apontando para Liadan, e ela congelou no mesmo instante, caindo dura no chão. As cordas desapareceram do pescoço do Lestrange.

Kenrick, que estava imóvel, pôs se a correr na direção da irmã, caída no chão. A expressão dele era de fúria e desgosto.

— Seu merda! — gritou ele. — O que fez com ela! — e lançou suas cordas mentais também. Usou toda a sua força.

Novamente com o pescoço atado, Ralph teve dificuldades em falar.

— Eu apenas me defendi — disse ele, engasgado. — Não machuquei ela, é apenas um feitiço paralisante...

— Então desfaça-o!

Ralph tossiu e começou a ficar roxo. Deixou o pedaço de pau cair no chão.

— Me... solte... primeiro. — disse ele, tossindo.

Kenrick esperou um pouco, mas afrouxou as cordas e fez com que elas sumissem.

Ralph esfregou a mão pelo pescoço, respirando fundo.

— Você... é... melhor do que eu... pensava. — disse ele, entre suspiros e tossidos.

Ralph pegou o pedaço de pau no chão. Vendo o ar de dúvida na expressão de Kenrick, ele esclareceu:

— É uma varinha — disse ele. — Permite que conjuremos os mais diversos feitiços. — o garoto apontou para Liadan. — Finite Incantatem!

E a menina voltou a se mover. Parecia confusa, mas não menos feroz. Levantou-se, e foi para cima de Ralph com passos largos e raivosos.

— Filho da puta — grunhiu ela. — Como ousa fazer uma coisa dessas comigo?

— Por favor, acalme-se... — consolou o Lestrange, mas de nada adiantou.

Fogo surgiu na manga esquerda da blusa dele, e ele urrou de dor. Liadan sorria.

— Vamos ver se consigo fazer essa chama chegar até o...

— Liadan! — gritou Kenrick. — Pare com isso! — e, rapidamente, ele pegou um de seus lençóis e enrolou-o em torno do braço chamuscado de Ralph. A irmã pareceu se desconcentrar.

— Por que não me deixa... — começou ela.

— Não — disse o irmão. —, pelo menos não agora. Eu quero ouvir o que esse tal de Lestrange ainda tem a dizer.

Ralph olhou para Kenrick, agradecido. Liadan encarou o irmão como se algum bicho o tivesse mordido.

— Obrigado.

Os três tornaram a se sentar, mas dessa vez, Liadan acomodou-se na cadeira, e Kenrick na borda da cama, ao lado de Ralph. Mesmo sendo dia, o pequeno quarto estava escuro, com a pouca luz do sol sendo bloqueada por cortinas desbotadas.

— Sorte eu estar usando luvas boas e uma blusa grossa. — falou ele, fitando o próprio braço.

— Sei fazer bem pior que isso. Se um dia quiser confirmar... — murmurou Liadan, com um sorriso zombeteiro erguendo os cantos de sua boca.

Kenrick interrompeu-os.

— Parem com isso! Vamos ao que realmente interessa. Lestrange... tenho certeza de que você não veio até aqui apenas para nos contar que somos bruxos e que descendemos de um feiticeiro maligno...

— Ah, meu rapaz, Voldemort não era apenas maligno... ele foi o bruxo mais cruel da história, ou talvez o segundo, por causa de Grindewald, mas não sei muito bem quanto a esse último...

— Que seja — retrucou Kenrick, impaciente. — Qual é verdadeiro motivo de ter vindo aqui?

Pela primeira vez naquele dia, Ralph pareceu ligeiramente relutante.

— Bem... eu... achei que vocês foram muito, muito injustiçados. Foram excluídos do mundo bruxo sem ter culpa de nada... não aprenderam coisa alguma sobre magia, sendo que, pelo que vi aqui, vocês têm bastante potencial... é por isso que...

— Que...? — incentivou Kenrick.

—... Que me proponho a ensinar tudo a vocês. — disse Ralph, numa torrente de palavras.

Liadan se remexeu na cadeira.

— Ah, não! — falou ela, rindo desdenhosamente. — Você, me ensinando? Escória do seu tipo?

Um sorriso orgulhoso levantou os cantos da boca de Ralph.

— Escória que lhes contou a verdade e que agora quer ajudá-los.

Kenrick parecia confuso.

— E por que você quer nos ensinar? Só porque tem dó de nós?

E, de repente, Ralph ficou muito sério.

— Não. — começou ele. — Vocês não entendem? Tomaram o que era nosso. Os Comensais da Morte e Lorde Voldemort dominaram tudo, e seus domínios deveriam ser nossos agora, por direito, já que somos os filhos deles! Mas não é o que está acontecendo! Vocês ficaram internados a vida toda, e eu, eu, Ralph Lestrange, tive que aprender tudo o que sei sobre magia em casa! Não fui para escola de magia nenhuma! E por quê? Porque o Ministro nos teme. Ele teme que nos tornemos tão maus quanto nossos pais já foram um dia. E a minha proposta é simplesmente esfregar na cara de todo o Ministério que nós somos muito mais do que simples adolescentes oprimidos. Quero que retomemos o grupo que era antes de nossos pais. Portanto, eu lhes pergunto: Gostariam de ser Comensais da Morte?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tomara que tenha ficado bom rsrs. Mas eu acho que ficou sim. Porém, caso não tenha, comente, diga o que você acha que precisa melhorar! E não deixem de acompanhar a fic!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Retorno - A Marca Negra Renasce (Hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.