"Nós fomos ao Canadá,"

Eu não conseguia escrever mais,no meu caderno com uma simples capa preta de veludo macia que me fazia sentir as nuvens,enquanto sentada no confortável jardim de Butchart, estava sentada debaixo de uma árvore vermelha e via diante de mim uma escada que parecia o caminho para o paraíso,repleto de flores de cores esvoaçantes sobre o ar,cheiros misturados de vida e cor.O azul sempre era o meu favorito tinha um cheiro engraçado e me fazia rir o tempo todo era por este simples fato que ele me trazia flores azuis sempre,menos no dia do nosso casamento quando ele me trouxe rosas brancas para simbolizar o respeito que ele tinha por mim, não que ele não tenha mais, mas como era um dia para simbolizar os dias de nossas vidas para sempre juntos ele tinha que demostrar respeito, mesmo que soubesse que gosto de rosas azuis, ele sempre soube exatamente o que fazer mas não sabia me explicar a verdade sobre a felicidade,talvez quisesse que eu descobrisse sozinha, ele sempre era muito misterioso ,eu gostava disso.

Às vezes parecíamos um casal normal, outras vezes diferentes, gostávamos da nossa metamorfose,sempre fomos uma harmonia de notas musicais variando continuamente juntas.Eu pensava no que escrever, mas eu não conseguia pensar e escrever ao mesmo tempo, fazia um de cada vez, com essa demora toda ele ia acabar percebendo.Nunca fui um garota de ficar observando o que ele faz, porque se ele quisesse me dizer eu ouviria e eu sabia que ele me contaria tudo.Eu conseguia ouvir nossos sons no violino e no piano da nossa velha casa aconchegante, sinto falta, o cheiro da casa era maravilhoso.Eu não queria mais as flores, preciso escrever isso.

Eu vestia uma roupa medieval,com espartilho verde e muitos bordados no meu longo vestido verde,levei um leque,usava um colar de família e era um pouco desconfortável aquelas roupas,mas fazia parte da elegância.

Pierre era bipolar e eu era depressiva, mas só eu conseguia dizer isso facilmente,eu era mais verdadeira e vis a realidade diante de meus olhos negroe e brilhantes,ele era a ilusão e via apenas a fantasia diante daqueles olhos robustos cinzas o qual eu poderia ver cores , a ilusão dele me invadia violentamente,era tudo.Naqueles momentos em que ele me dizia "vos amo "