R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 29
Capítulo 28: Olhares Humanos


Notas iniciais do capítulo

Oiie Vamps Lindos :)) Como prometido: Hoje tem cap novo, e estou postando bem cedo, já que n me aguento kk Queria agradecer de coração as minhas fieis leitoras, q estão sempre comentando, me incentivando com comentários fofos (Momento Own kk) E como eu sempre digo: Essa Fic só existe por causa de vcs :)) E um outro obrigada a Tifane Rodrigues, que favoritou a Fic :))
Espero q gostem de mais um pouco de Classic Love :)) Bjss



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Paramos com o beijo naquele momento. Me afastei lentamente do vampiro, sentando-me normalmente. Ele fez o mesmo.

– Vamos? – perguntou, levantando-se.

Assenti e fiquei de pé ao lado de Alec. Entrelaçamos as mãos e saímos em direção a porta automática, ouvindo os últimos suspiros humanos dirigidos a nós.

Assim que saímos, senti gotículas de água caírem em mim. A pequena chuva não dava a impressão de que ficaria tão forte quanto uma tempestade, mas as gotas ficavam cada vez mais insistentes. O que me fez acelerar o passo, pois em hipótese alguma gostaria que meu cabelo, agora cacheado, molhasse novamente. Alec seguiu meus passos, acelerando os seus também.

Não demoramos a entrar no avião e encontrar nossas poltronas.

Sentei-me calmamente em uma poltrona ao lado da janela, ajeitando minha roupa antes, de forma que não deixasse a saia do meu vestido amassar. Deixei a poltrona que estava entre a minha e o corredor para o vampiro, que se sentou rapidamente, encostando-se nela desleixadamente.

Observei o resto da primeira classe: varias das poltronas brancas ainda estavam vazias, pois as pessoas que as ocupariam mal estavam perto do avião, e as poucas que entravam, se sentavam longe, conversando umas com as outras ou no telefone, preocupadas demais com suas próprias vidas para prestarem atenção na conversa que eu estava prestes ter com o vampiro ao meu lado.

– Alec... – comecei, escolhendo as palavras – Você sabia que eu seria atacada quando veio? – perguntei, em um quase-sussurro, fingindo olhar meu celular.

Os olhos rubi me olharam surpresos por alguns milésimos de segundos, depois relaxaram, observando os pingos de chuva caírem na janela ao meu lado.

– Em parte. – começou, no mesmo tom que eu, mas dando de ombros – Os mestres foram informados que alguns nômades planejavam algum tipo de ataque, e Aro achou que deveria mandar alguém pra te vigiar. Fui o mais indicado. – falou, sorrindo com a ultima frase.

Retribui o sorriso, deixando meu celular de lado lentamente.

– Mas... Acha que... – ele me interrompeu, antes que eu terminasse a frase.

– Não tem nada com o que se preocupar, Ness. Está segura agora. – disse ele, docemente – Só pense nos treinamentos por enquanto... – olhei-o cética por um instante, pouco convencida de que não teria nada com o que me preocupar, mas seu olhar tranquilizador me fez relaxar. Encostei minha cabeça em seu ombro enquanto seu braço direito me envolvia – E em mim. – finalizou sua frase anterior.

Dei uma risada baixa e rápida em resposta, uma resposta positiva. Ouvi seus lábios se moverem em forma de um sorriso leve.

Minutos depois, a primeira classe começou a encher e, antes da ultima chamada, todos os passageiros já estavam no avião. Não demorou para que o piloto anunciasse a decolagem.

Apertei meu sinto, sem deixar a posição em que estava, já Alec, prendeu seu sinto habilidosamente com apenas uma mão, sem demonstrar nenhuma dificuldade.

*--*

Já estávamos no ar há horas quando senti o sono chegar. E ele começou a me dominar mais rápido do que eu queria. Teimosamente, lutei para não cair no sono, recusando-me a sentir a prazerosa sensação de deixar os olhos fechados por conta das aeromoças que de cinco em cinco minutos, passavam perguntando se o vampiro ao meu lado ‘’precisava’’ de algo.

– Precisa de algo, senhor? – perguntou uma loura oxigenada, curvando-se de modo que deixava o decote generoso de seu uniforme azul MUITO a mostra.

Ele precisa que você pule desse avião! – pensei, irritada, sem perceber que havia mostrado esse pensamento a Alec.

– Não, obrigado. – disse ele, educadamente.

Depois de segundos processando a informação, a mortal finalmente se colocou em uma postura adequada para um ser humano e começou a andar, ignorando os outros passageiros.

Assim que ela estava longe, Alec riu baixinho de meu pensamento, tentando não acordar os outros passageiros.

E logo avisto outra aeromoça...

Seria melhor ter ido a pé do que aturar isso... – pensei, revirando os olhos, enquanto ouvia meu namorado dizer pela centésima vez: “Não, obrigado”.

– Veja o lado bom de estarmos aqui: estamos quase na França. – sussurrou, só então pude perceber que havia mostrado outro pensamento a ele.

– E onde estaríamos se fossemos nadando? – perguntei, quase não conseguindo produzir som na minha fala.

– No meio do Atlântico, eu acho. – respondeu-me, parecendo preocupado com o tom baixo demais que eu usara – Devia dormir um pouco, Ness.

Pensei em negar, recusar, dizer que estava bem, mas, assim que me permiti fechar os olhos por segundos, não consegui abri-los novamente. Me entreguei a inconsciência quase que instantaneamente.

*--*

Abri meus olhos rapidamente. Olhei ao meu redor: ainda estava no avião, mas algumas poltronas estavam vazias, fazendo com que eu pudesse ver claramente os poucos raios de Sol que passavam entre as pequenas janelas do outro lado da primeira classe.

Já era dia. Manhã pelo menos, e eu acordara mais cedo do que pensara. A falta de sonho fazia com que minhas possíveis horas de sono parecessem somente minutos de olhos fechados, embora eu já me sentisse revigorada.

Desencaixei lentamente minha cabeça do ombro de Alec, conseguindo observar seu rosto em seguida: expressão serena, olhos fechados e respiração baixa. Se não o conhecesse, diria que estava dormindo e tendo ótimos sonhos, pois seu lábios estavam em forma de um pequeno sorriso e sua cabeça levemente tombada para a esquerda.

Sentei-me devagar e silenciosamente, dando a impressão de que não queria acordá-lo, e, felizmente, a maioria dos passageiros estava distraída, contando os humanos que fingiam estar. Apenas as aeromoças olhavam descaradamente na nossa direção, algumas tinham um sorriso bobo e olhar admirado vendo a expressão calma do vampiro.

Sem me importar muito com o olhar das mortais, comecei a observar o céu pela janelinha ao meu lado. Poucos raios de Sol que tentavam, chegavam a mim, pois a grande quantidade de nuvens o tampava. Com sorte, Alec não brilharia ao sair do avião.

Depois de alguns minutos, involuntariamente, comecei a escutar os sussurros que preenchiam discretamente o silencio da primeira classe. Todos eram sobre mim e Alec.

As vezes, algum rapaz fazia um comentário sobre minha beleza, outras vezes, alguma garota falava sobre meu cabelo ou roupa, mas a maioria dos comentários em forma de sussurro eram sobre o Volturi. Basicamente: “Nunca vi alguém tão lindo”.

– Parece não se importar. – disse-me Alec, em um tom humanamente inaudível.

Virei-me calmamente para olhá-lo. Ainda parecia dormir, então voltei a dar atenção para a janelinha, respondendo-lhe no tom mais baixo que consegui:

– Estou acostumada. – expliquei. E não era mesmo tão difícil de suportar certos comentários, pois sempre ouvia coisas do gênero quando estava com minha família – Onde estamos?

Ele se mexeu levemente, dando a entender que acordaria logo.

– Acabamos de decolar na França. – disse, sem abrir os olhos, mantendo a voz quase inaudível - Acho que acordou no momento em que o avião ficou na altura certa.

– Arrã.. E está... ‘’Dormindo’’ há quanto tempo?

Não devia ter escolhido a palavra certa para descrever o status do vampiro, ou ele simplesmente achou o termo engraçado, pois deu uma risada humanamente inaudível e igualmente discreta.

– Alguns minutos depois de você.

– E é bom pra você?

– Entediante, na verdade.

Sorri, deixando uma pequena vontade de rir em minha garganta. Logo voltei a expressão neutra.

Permanecemos muito tempo em silencio, dando mais realidade a atuação perfeita de Alec. E no meio desses minutos, comecei a acariciar seus cabelos castanho pálido, brincando com sua franja de vez em quando. Algumas vezes, a mão do braço que ainda me envolvia alisava-me, retribuindo o carinho.

Ficamos assim até que o piloto anunciou que pousaríamos. Assim que o aviso foi dado, as aeromoças praticamente disputaram para virem acordá-lo, mas, infelizmente pra elas, o moreno abriu os olhos antes que qualquer uma delas pudesse incentivá-lo a fazer isso.

Alec piscou pra mim no instante em que seus olhos rubi me encontraram. Rapidamente, com expressão pouco sonolenta, ajustou-se em uma postura perfeita na poltrona. Fiz o mesmo.

E logo senti o avião pousar e correr na pista. Não demorou para que saíssemos dele.


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