Wake me Up escrita por Carol Munaro


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Eu sei que eu disse que postaria mais um cap no meio da semana e tals... Mas eu não contava com imprevistos. Pra começar, fiquei o dia inteiro fora de casa pq eu tava no cursinho. Lembram da prova q eu falei que faria? Pois é... Tava dificil pra porra aquilo e.e Ou seja, acabou comigo. Eu pretendia postar ontem, mas eu tava cansada demais e não consegui concluir o cap. Ainda briguei com a minha mãe outro dia e atrasou ainda mais a escrita. Pra piorar, ainda perdi uma parte do que eu havia escrito ontem. Tá... sei que vocês não querem saber e tals... Boa leitura.



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– O que pretende fazer no seu aniversário? - Ethan perguntou enquanto sentávamos a mesa no refeitório após pegar bandejas com comida.

– Sinceramente, nada.

– Não quer ter comemoração? - Fiz que não com a cabeça.

– Nunca gostei muito de festas de aniversário.

– Posso confessar uma coisa?

– Claro.

– Fui de penetra na sua festa ano passado. - Ri. - Te dei uma correntinha, pelo menos. Que, por acaso, é a que você usa quase todo dia.

– A de estrela? - Ele fez que sim com a cabeça. - Meu pai disse que ele quem comprou pra mim. - Ethan arqueou a sobrancelha. - Tá. Não é a primeira vez que ele mente pra mim.

– Pelo menos sei que fiz uma boa escolha. - Sorri.

– Claro que fez.

– Agora to sem ideias pra esse ano. - Revirei os olhos.

– Não precisa comprar nada pra mim. - Não queria ele gastando dinheiro comigo.

– Para de falar merda. Lógico que precisa.

– Eu vou te dar um livro. - Brendon surgiu do meu lado e falou.

– Não é novidade. Todo ano você me dá um livro. - Falei.

– Tá reclamando?

– Lógico que não. - Respondi rindo.

– Bom, mas eu acho que deve haver comemoração. Pra começar: eu mereço um docinho de festa. - Olhei pro Ethan.

– Você vê todos os dias docinhos de festa.

– Isso não quer dizer que eu posso comer. - Ele me respondeu. Ninguém falou mais nada. Só ficamos comendo.

Eu realmente não quero fazer festa. Apesar de que, pelo o que eu estou vendo, esses dois vão me encher o saco pra fazer pelo menos um bolo.

– Tá. Vou fazer uma comemoração básica. Nada muito exagerado.

(...)

– Porra! Eu falei uma coisa básica! - Falei indignada ainda sentada de frente pro notebook na mesinha do meu quarto. Assim que entrei no grupo da escola no facebook vi que tinham postado convidando geral pra vim na festa na minha casa! Repito: MINHA CASA!

– 18 anos, Anne. Não dá pra ser algo básico. - Brendon argumentou. Os dois iriam dormir aqui hoje. Mas eu to pensando em expulsá-los.

– Até eu tive festa. - Ethan falou. - E que festa... - Ele fechou os olhos e parecia relembrar. - Até juntaram grana e contrataram uma stripper. Gostosa pra caralho... - Ataquei uma almofada nele.

– Cala a boca, seu idiota! - Berrei e ele fez uma careta.

– Não me maltrata. - Ele falou ainda fazendo careta. Revirei os olhos.

– Mereceu. - Resmunguei e senti dois braços envolta do meu pescoço e um beijinho no lugar. - Não vem querendo agradar, não.

– Acho que eu vou embora. Vou morrer de glicose até o fim da noite. - Brendon disse e bufou jogando-se na minha cama.

– Ah, cala a boca você também. - Falei e Ethan riu. - E pode vir aqui. A gente tem uma festa pra organizar em duas semanas.

– Opa! Alguém se animou aqui! - Brendon falou já levantando e vindo até nós. - Bom, começando pela parte boa: o que vai ter de comida?

– Salgadinho. O que mais teria? - Respondi. - Uma boa quantidade de cheetos, por favor.

– E 18 anos tem que ter direito a muita tequila. - Ethan falou.

– Vários shots. - Brendon disse animado.

– Pode crer... - Ethan murmurou sorrindo.

– Vocês parecem dois alcoólatras.

– Obrigado. E o bolo? - Ethan perguntou.

– Você acha que alguém vai ligar se tem ou não bolo? - Brendon disse rindo.

– Eu vou. Eu não vou beber. - Respondi.

– Eu vou beber e quero comida também.

– Não vou cuidar de bêbado. Já to avisando. E quem vomitar no tapete da sala vai virar comida dos cachorros. - Brendon riu. - Não é pra rir. Eu to falando sério. E você ainda vai ter que limpar o tapete com a língua por ter tido a ideia da festa.

– Sua nojenta! - Ethan falou e me empurrou pro lado. Revirei os olhos.

(...)

– To me sentindo a "dona flor e seus dois maridos". - Falei quando já estávamos deitados. Minha cama era grande o suficiente pra nós três. E ninguém estava afim de pegar outro colchão em um dos quartos de hóspedes. Ethan ficou relutante, mas eu me enfiei no meio dos dois, chegando mais pro lado dele.

– Pelo menos a donzela dois já dormiu. - Ele falou espiando o Brendon por cima de mim, já que ele estava com a cabeça nos meus pés. Olhei pra ele também.

– Acho que sim.

– Vem cá. - Ele veio me beijar.

– Não tem só nós dois aqui.

– Que nojo! Eu sei que não. Só um beijo. - Me aproximei dele e o beijei.

– Vocês não vão começar a se pegar comigo aqui, né? - A voz abafada do Brendon cortou qualquer possibilidade de a gente fugir pra outro quarto.

– Ninguém vai se pegar aqui. - Falei. O quarto ficou em silêncio de novo. Eu só conseguia ouvir a respiração dos dois.

– Anne? Tá acordada? - Brendon perguntou do outro lado da cama.

– Não. - Respondi irônica.

– Nossa. Que graça. - Ele deu um chute fraco na minha cabeça.

– Vou nem te falar onde você enfia esse pé.

– Mas que menina meiga. - Revirei os olhos. - To sem sono.

– Pretende fazer o que?

– Sei lá...

– A gente acorda cedo amanhã, se você não se lembra.

– Como você é chata.

– Calem a boca, pelo amor de Deus. - Ethan resmungou.

– Boa noite. - Falei e o Brendon se calou.

(...)

Saí mais cedo da escola. Decidi aproveitar pra dormir um pouco. Assim que botei um pé no primeiro degrau da escada, ouvi vozes vindo da sala no fim do corredor. O escritório da minha mãe. Ela não trabalha mais, não? Me aproximei.

– Eu não to de olho no seu dinheiro, idiota. - Ela disse. Revirei os olhos. Sei...

– Aquilo que a garota disse ontem... - Era o novo namorado dela.

– Era mentira. O pai dela quer me falir. E ela também. Mas eu to dando um jeito. Eu era casada com ele, pra começo de conversa. Mereço uma parte.

– Mas a fortuna não era toda da família dele?

– Foda-se. Eu ainda to fazendo muito por deixá-la morar aqui.

– Mas ela é sua filha!

– Ela não é minha filha. Ela só é filha do Marcus. - Arqueei uma sobrancelha. Não sabia se ela estava falando sério ou se estava blefando por causa do cara.

– E a mãe?

– Uma qualquer que trabalhava junto com ele. A mulher morreu. E aí fui obrigada a aceitar a menina aqui. Ele devia ter levado a menina junto. - Escutei passos se aproximando e fui andando depressa até a escada. Tirei o tênis, pra não fazer barulho, e subi as escadas correndo. Quando cheguei no andar dos quartos, fui até o quarto dela. Eu sabia que tinha algumas coisas do meu pai aqui ainda. Entrei no closet e vi uma montanha de roupas dele em cima de uma cômoda. Tirei as roupas de cima e comecei a abrir as gavetas.

Tinha que ser muito burro pra deixar um monte de papéis na casa da ex-mulher. Praticamente deixei as gavetas vazias e levei tudo pro meu quarto.

Alguns papéis eram tão inúteis que eu usaria a parte de trás das folhas como rascunho. Outras eram coisas da empresa e uma outra me interessou. E muito. Liguei pro Brendon e falei quando ele me atendeu:

– Preciso de ajuda.

(...)

Combinamos que eu passaria na casa dele após sair da loja. Eu trabalhava que nem os outros dias, mas minha mente estava nos papéis dentro do meu carro.

– Tá tudo bem? - Uma das vendedoras perguntou pra mim.

– Claro. - Dei um meio sorriso. Não havia muito movimento na loja hoje. Ainda mais por ser de tarde. Só aquelas peruas que não tinham o que fazer vinham aqui a essa hora. Ou as vagabundas que estudavam comigo.

– Você tá mais pensativa que o normal.

– Eu to bem. - Porra. Se eu falo que to bem, é porque to bem. Ou porque não quero comentar sobre o assunto.

"Te vejo hoje a noite?"

Era do Ethan. Encostei no balcão e olhei em volta. Só tinha uma cliente, que já estava sendo atendida, na loja.

"Acho que não"

"Cansada?"

"Brendon pediu minha ajuda numa coisa"

– Anne, ajuda a Susan com o estoque. - A dona da loja mandou. Assim fiz. Olhei no relógio enquanto andava até lá. Faltavam ainda três horas e meia pra eu ir embora. Parecia que o tempo estava se arrastando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E a fic tá entrando na reta final já ): Beijos!



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