Zodíaco escrita por Markievicz


Capítulo 22
0.22 — Uma faísca


Notas iniciais do capítulo

Então... *se escondendo* voltei! Me desculpem meesmo pela demora >< estou muuuuuito travada, serião, pessoal. Espero que no próximo seja maior :) AHH, VAI SER MAIS QUANTOS CAPITULOS, MOULIN? Entããão, mais cinco só :'( eu sei, mas mudei totalmente o final, huehue. VOCE VAI LARGAR DO NOSSO PÉ? Nããão, por que eu publiquei Delírio Insignificante! Aêêêê! SÓ ISSO, MOULIN? Também nãão, por que vou postar no meu blog novo quinze contos e ainda vai te o Season 2 de Zodíaco! Aêêê, mas uma coisinha: o que acham de um conto de primeira pessoa do Oliver? SIM, QUEM QUER LER A MENTE PURITANA DO AMENDOIN? o ... Até, guris



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As estrelas são visíveis somente na escuridão.

Delírio Insignificante, Pauline Morris e Jordan Packson.

— Ouviu essa, franguinha? A fantasminha acabou de anunciar que iremos morrer se não nos entregarmos. — Laila gargalhou, sendo a única a preencher o silêncio naquele Nemo Past desconhecido.

Tudo ali, antes, era escuridão. Bezzus e Charlie haviam conseguido achar os outros, Oliver havia morrido e Dominick Baker fugiu de todos – até mesmo de Christine – após a morte do mesmo.

O enorme Nemo Past havia deixado às luzes que Bezzus havia acendido em paz, porém, parecia que todos iriam lutar no escuro. Selene tinha contado: 32 homens a mais do que eles. Já se sabia quem venceria aquela guerra, e por alguns minutos pensou, de forma melancólica e surreal, de como seria ter Oliver ali, ao seu lado. Mas deixou de lado a imaginação e fitou a causadora de sua morte.

Christine mostrava elegância um tanto assustadora. Tinha seus cabelos presos em um coque mal feito, uma maquiagem pesada para seu rosto delicado e um vestido preto de seda. Precisamente vestida para receber o troféu.

Selene sentiu uma leve pressão em seu ventre, logo se lembrando de May Battle. Será que amar um homem apaixonado por uma deusa foi á causa de seu suicídio? Talvez, mas como a deusa mesmo lhe disse: a gravidez da jovem Battle não era o único problema que a mesma tinha.

Havia algo a mais para piorar sua vida? Não poderia saber, ficara apenas poucas horas em seu corpo, mesmo assim, poderia sentir o cheiro úmido da terra do cemitério a tensão sobre a tristeza se colar em seu corpo, como se estivesse predestinada em ser como ela.

— Essa é a sua vida, dominadora, mas é meu assassinado, entende? — ouviu a voz ríspida de Christine corromper seus pensamentos. — Estamos num Nemo Past onde apenas os mortos vencem.

Então um trovão rugiu. Selene ainda achava pouco provável este tipo de fenômeno natural acontecer numa passagem divina dos deuses, mas logo depois, sua mente começou a ficar confusa. Uma cabelereira azul apareceu no meio de uma das chamas voadoras de Bezzus, logo mais mostrando um sorriso diabolicamente infantil.

— Por isso mesmo que estou aqui, Chris.

E uma melodia de uma voz debochada, ao mesmo tempo, totalmente divertida: Oliver Moore tinha em suas mãos, o coração acelerado de Selene Garcia, mesmo que, os dois ainda não se ligaram sobre este acontecimento. Deu uma leve mexida no cabelo, ainda sem se virar para ninguém mais do que sua velha amiga.

— Matar seu antigo-melhor-amigo não é uma das melhoras formas de vaze-lo se apaixonar novamente por você, Xavier.

Christine sentiu firmeza em sua voz, logo após o garoto usar seu sobrenome para declara-la. Engolindo em seco, tentou voltar ao normal.

— Você deveria estar morto.

— Aparentemente, ainda estou. — sorriu irônico, abrindo seus braços, numa sugestão de olha-lo melhor.

E junto com todos, Selene observou melhor o amigo: tinha suas roupas desleixadas como sempre, algumas manchas de geleia de amendoim e seus olhos negros mostravam o nada. Porém, os mesmos esclareciam tudo: ele havia mudado. De uma forma perigosa e fria, Oliver tinha mudado de certa maneira. Indescritível, devo dizer.

De uma hora para outra, um enorme homem apareceu na vista de todos. Seus cabelos não existiam mais, apenas a enorme careca distinguia seu caráter: totalmente preenchida por cicatrizes. Suas roupas parecia as de um mineiro e seus lábios eram tortos, como se tivesse tomado um soco tão forte, que seus músculos não conseguiram voltar para o lugar.

Em seu braço, apenas podia se ver um pequeno chapéu verde-musgo. Seu dono também era pequenino, olhava desesperado, para todos os lados, logo a procura de algo ou alguém.

— Solte-o.

Oliver mostrava uma postura dura, mas em seus olhos, anunciava que conhecia aquela criança. Do outro lado daquele vazio, Selene já havia entreaberto sua boca, em um choque colossal. Rezava, agora, para que todos os deuses ajudasse o garoto, mas pela face completamente satisfeita de Christine, bem, não haveria acordo.

Os braços do homem se retraíram, soltando-o após um mero aceno de desgosto do espírito. O menino correu em direção a Oliver, apavorado, abraçou sua perna, resmungando algo sobre não ter conseguido acabar com seu saco de amendoins.

Os lábios do não dominador tremeram, mostrando um leve sorriso torto. Colocou uma das mãos nas costas do garoto, mostrando que estava ali.

— Hm, acabou o momento pirralho-e-amendoim, Abadir. Pode pega-lo novamente. — Christine mandou.

E com impulso de uma luta acontecer, Oliver deixou Abadir levar o garoto para longe dele. Sua careta de desgosto foi realmente uma amostra de como Christine pode abala-lo de uma forma exata.

Então, o grito fino foi ouvido por todos. Por que não há um jeito de não deixar uma guerra acontecer, ele deveria saber disso. Com apenas aquele olhar desguiando a Abadir, Christine conseguiu fazer Selene gritar. De forma desesperada e rouca, mas o grito de horror saiu. E em apenas segundos, uma vida se esvaiu sobre as mãos daquele homem.

Não houve sangue, ou uma despedida. Uma das chamas que Bezzus tinha deixado acessa, se apagou, e a última faísca no chão fora apagada, igual a alma do pequeno garoto. Seu corpo havia caído no chão preto do Nemo Past, declarando por fim, que estava mesmo morto. Por que mesmo que Oliver tentasse, não se podia ter tudo que queria.

E tudo aquilo que poderia ter se contraído à medida que se manteasse calma, acabou logo após que novamente um trovão se chocou contra o chão escuro do portal. E as duas pessoas que estavam ao lado de Oliver não esperaram mais, logo depois, todos estavam acompanhando seus movimentos: todos estavam lutando.

Não importava o quanto eles tentassem, a morte e a guerra sempre estariam ao lado deles. Passaram por muitas coisas, viveram muitas coisas. Alguns estão mortos, outros apenas querem a vingança de ninguém. Já deveriam esperar mortes de inocentes naquilo tudo, mas não importava, Selene não se importaria em quebrar o pescoço de Christine com seu Contra-corpos do mesmo jeito que havia visto milhares de vezes. Com Oliver e o pequeno garoto. Por que ela sabe: será um alivio ouvir os ossos da vingança se quebrarem.


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