Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey! Gente, eu demorei muito, muito, muito, e eu juro que não queria. Eu estou na correria, mas logo ela passa e eu irei conseguir postar mais rápido. De qualquer forma eu peço desculpas a todos vocês :D

Eu demorei para acabar esse capítulo, e eu não sei se está tão bom, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456554/chapter/28

Flashback Pov’s Violetta

–Vargas? –Gritei. Após muita luta para me tirar da cama, Leon conseguiu me arrastar para o piquenique que havíamos combinado, só que eu não achei que a criatura iria me tirar da cama as seis da manhã.

–Vargas? –Gritei novamente, como é que ele sumia do nada? Um minuto estava ao meu lado, todo sorridente, e no outro eu estava sozinha no meio do parque do lado da barraquinha de algodão doce.

Senti duas mãos quentes pousarem em minha cintura, mãos do mexicano que abandona a namorada no meio do parque. Virei o corpo dando-lhe um tapa em fraquinho.

. –Castillo. –Ele sussurrou, imitando minha voz quando eu o chamava de “Vargas”. –Se assustou? Não tem mais ninguém no parque as...-Ele olhou no relógio. –Seis e quarenta da manhã.

–Tem ele. –Apontei para o senhor que vendia algodão doce. –E o tapa foi pelo sumiço, e por ter me acordado cedo, e por várias outras coisas que você já me fez.

Ele riu e fez uma careta. Usava uma camiseta xadrez azul e uma calça cinza dobrada na canela por conta do calor, e eu ainda falei “Leon veste um shorts”, mas ele não quis escutar o conselho de uma pessoa que que parecia um zumbie de manhã por conta do sono.

Eu reclamava por ter acordado cedo, mas eu gostava de estar ali, e ele sabia disso, por isso ficava me zoando e me “irritando” constantemente. Ele me ofereceu o braço, para que eu segurasse, coisa que eu fiz de bom grado.

–Pensei que ficaríamos por aqui. –Comentei fitando o caminho de pedras meio isolado que ele me levava. Ele olhou em volta e me puxou até uma árvore com sombra.

–Aqui está bom. –Ele sussurrou. Deixou a cesta de piquenique no chão, estendeu a clássica toalha xadrez sobre a grama verdinha, e começou a espalhar a comida. –Voilá. –Ele pronunciou a palavra francesa. –Um piquenique ala Leon, digno de um Vargas.

–Digno de um Vargas, não é? –Indaguei e ele assentiu sorrindo. –Foi você que fez também?

–Vilu, eu na cozinha não presto, eu assumo que tentei, mas aí acabou pegando fogo naquele parte da cozinha..e naquela outra parte...-Ele sussurrou a ultima parte.

–A sua mãe deve ter te matado.

–Não, assim, nós vamos precisar trocar o papel de parede e a bancada, nada demais. –Ele blefou. –Mas, vamos não falar sobre eu ter destruído a cozinha da minha mãe.

–Quer falar sobre o que? –Perguntei pegando um pedaço de torta que ele havia trazido.

–Para falar a verdade eu não tinha planejado falar muito. –Ele tinha dando beijinhos no meu pescoço, acabei derrubando a torta, ele foi tão rápido e eu não havia me preparado para fortes emoções a essa hora da manhã.

Antes que pudéssemos fazer outras coisas, um menininho, deveria ter uns cinco anos de idade, parou a nossa frente e pegou o pedaço de torta que eu derrubei.

–Você deixou cair. –Ele falou, tão bonitinho.

–Obrigada.

–Não pode desperdiçar comida.

–Viu amor, fica derrubando comida no chão. Ainda bem que temos esse belo rapaz para chamar a atenção das pessoas. –Leon disse e passou o braço por cima de meus ombros.

–Ei! –O menininho falou. –A culpa não foi dela. –O menininho chamou a atenção do Leon, eu não entendi muito bem, mas dei risada.

–Foi de quem então? –Leon indagou, pelo menos ele estava falando com uma criança com o mesmo nível de maturidade dele.

–Foi sua. –Ele apontou o dedinho. –Você estava mordendo o pescoço dela, e ela derrubou a torta. Ele te machucou, moça? –Perguntou a mim e apontou para o meu pescoço.

–Não machucou não. –Respondi segurando o riso.

–Ótimo. –Ele se aproximou de mim mais um pouquinho. –Qualquer coisa, me chama, sou Charles.

Então ele se virou, e saiu correndo pelo parque. Coitado, mas pelo menos era um menininho legal, seria um cavalheiro quando crescesse, era uma espécie de mini Leon.

–Que abusado. –Leon comentou. –A mãe dele não ensinou que não se fala com estranhos?

–Eu achei muito bonitinha a atitude dele. –Comentei e Leon fez uma careta.

O assuntou do mini Leon, quer dizer, Charles, morreu aí. Ficamos apenas abraçados, só observando o parque ficar lotado de gente aos poucos. Leon parou de beijar meu pescoço, vai ver aparecia outro menino de cinco anos e perguntava se os beijos estavam me machucando, ele não estava muito afim de passar por isso de novo.

–Eu quero comer. –Ele murmurou.

–Quando você não quer? –Perguntei.

–Olha quem fala: A esfomeada. –Ele disse.

–Estou sem fome. –Murmurei.

–Você? Sem fome? Está doente? –Ele perguntou e eu apenas neguei. –Tudo bem, então vou ter que comer esse delicioso bolo de chocolate sozinho, não que eu me importe, é só que...

–Eu quero! –Gritei, acabei atraindo alguns olhares.

–Mas não era você estava sem fome...

–Leon. –resmunguei. –Me dá, por favor.

–Hum. Que delícia. –Ele disse comendo um pedaço. Eu praticamente pulei em cima dele, o mesmo me segurou e afastou a fatia de bolo. Eu não tinha culpa, bolo de chocolate era meu ponto fraco.

Flashback Off

Minhas lembranças foram interrompidas, aquele dia havia sido longo, havia sido um dia bom, e sim, Leon havia me deixado comer o bolo de chocolate.

–Hey. É apenas uma turbulência. –Leon sussurrou. Observei as fileiras do avião, muita gente dormia, bom deveria estar de madrugada então o sono dominava aquele lugar, me dominava também.

–Vargas, se não se importa eu vou dorm...

Flashback On parte 2

–Olha, quando você fez suas malas para vir para Buenos Aires eu estava junto, e sinceramente eu não me lembro de ter dado tanto trabalho como agora. –Leon falou enquanto tentava fechar o zíper da minha bolsa, tinha “apenas” algumas roupas.

Eu estava sentada sobre a mala, e Leon estava tentando fechá-la a mais ou menos uns vinte minutos.

–Você sabia que seu peso não está interferindo em nada, certo? –Leon falou, ele já estava vermelho por causa da força que fazia. –Desisto, eu te compro outra mala.

–Primeiro eu vou considerar o “Você sabia que seu peso não está interferindo em nada” como um elogio. E segundo não posso comprar outra mala, faz força aí que eu sei que você consegue.

–Mais força? –Ele indagou ofegante.

–Eu não acredito que você é capaz de derrubar um cara que é o dobro do seu tamanho no futebol americano, mas não consegue fechar uma simples mala.

–Acho que eu preferia encarar o cara que é o dobro do meu tamanho. –Ele deu um puxão e...-Finalmente! Fechou! Você nunca mais abre essa mala. –Ele disse, ele estava até suado, como isso é possível?

–Para de drama. –Pedi rindo. Ele fechou a cara e se virou para mim. Leon me pegou pela cintura e me tirou de cima da mala, que a propósito estava sobre a minha cama.

–Drama? –Ele sussurrou com o rosto bem próximo.

–Sim. –Brinquei com seus cabelos.

–Violetta Castillo eu...

–Violetta!!! –Ouvi meu nome ser chamado do primeiro andar, meu pai.

Meio a contragosto acabamos descendo, encontrando meu pai perto de quase toda a minha bagagem que estava na sala. Ele estava como sempre, terno e gravata, braços cruzadas e fuzilando Leon com o olhar.

–Por que nos chamou? –Perguntei levemente irritada, era comum meu pai nos chamar simplesmente para interromper o que estávamos fazendo. Ele não era a favor do Leon ficar no mesmo quarto que eu, sim bem antiquado já que éramos dois adultos.

–Como eu sei que daqui a pouco vai chegar todo mundo para fazer a “despedida”, eu queria me despedir de você sem ter que ser interrompido. –Ele falou, eu sorri. Meu pai me irritava, era super-protetor e muito ciumento, mas bom, ele era meu pai e do jeito dele demonstrava o seu amor.

Ele me abraçou como quem diz “Não quero que minha menininha vá embora”, mas ele não iria dizer isso, era durão demais para assumir. Juro que ficamos abraçados por uns cinco minutos, e Leon somente olhava.

–Acho que já te disse isso. –Meu pai falou se direcionando a Leon. –Mas quero que cuide dela. E você já descumpriu essa promessa uma vez.

–Pai...-Resmunguei, chamando a atenção dele.

–Tudo bem, meu amo...quer dizer, Vilu. –Leon se corrigiu, mas meu pai acabou ouvindo e fez cara feia, mas logo se recompôs.

Subimos correndo pelas escadas, tropeçando em tudo que vimos pela frente, eu quase tropecei na verdade.

–Está pronta não é? Digo suas malas e tudo mais. –Leon disse pegando a mala que estava em cima da minha cama para leva-la para sala.

–Sim sim, só não estou achando meu....Aaaah Leon? –Eu falei meio nervosa, ele iria me matar.

–Eu.

–Preciso pegar um negócio dentro dessa mala. –Eu falei, e ele olhou para a mala como quem diz “Essa? A mala que eu demorei vinte minutos para fechar?” E eu assenti caso ele estivesse em dúvida.

–Não acredito, Castillo. –Novamente imitou minha voz quando falou o sobrenome. Então jogou a mala sobre a cama, bufou e começou a forçar o zíper para abrir...

Flashback Off

–Poderia me dar um pouco mais de granola? –Pisquei os olhos tentando recompor a consciência quando ouvi a voz de Leon ao fundo.

–Claro. –Uma voz feminina parecia fazer charme. Alerta de perigo. Quando por fim eu pude organizar meus pensamentos e abrir os olhos eu vi uma aeromoça com um carrinho ao lado da nossa poltrona.

Ela sorria, como se os dentes não coubessem dentro da boca, e os lábios estavam destacados pelo batom vermelho. Eu odiava isso, não podia nem piscar que tinha alguém dando em cima do Leon.

–Vilu, que bom que acordou. –Ele disse sorrindo para mim, a aeromoça não se incomodou, talvez só talvez nem estivesse dando em cima dele.

–Você não dorme não? –Perguntei enquanto ele colocava granola na boca.

–Não. –Ele já estava com granola na cara toda. –Acho que estou ansioso para chegar.

–Aaah.

–Hey, eu sei que você não está muito feliz com essa situação, mas eu juro que vamos nos formar e depois iremos voltar para a boa e velha Buenos Aires, juntos.

“Juntos” foi bom ouvir isso, por mais que eu não estivesse tão contente, por mais que as coisas desse errado, e por mais que eu tivesse que aguentar uma companheira de quarto tarada pelo “mexicano dos olhos verdes”, eu ainda teria ele, era o que eu esperava claro.

–Não é que eu não esteja feliz, só não estou extremamente feliz. Não me importo de voltar...Só..só

–Você só preferia ficar aqui. –Ele completou e eu assenti. –Tudo bem, acho que não estamos muito alto, vou pedir para o piloto dar uma paradinha a e assim nós saltamos do avião.

–Idiota. –Murmurei me enrolando em seu peito, estava começando a ficar frio. –Muito idiota...

Flaskback On Última parte.

–Vamos sentir sua falta. –Fran e Cami disseram em um uníssono, enquanto me abraçavam tão forte que eu quase perdi o fôlego.

–Nada de ficar sumida igual a ultima vez. –Cami falou. –Eu sei que você fez novas amigas e tudo mais...

–Claro que fiz, minha companheira de quarto taradona é uma ótima pessoa para conversar. –Eu disse irônica. Ainda nos abraçávamos.

–Vê se nos liga, ou faz uma chamada por Skype. Só não inventa de nos ligar três da manhã, temos sono sabia? Não tanto como você, mas temos sono.

–Pode deixar, vai ver vocês até me ajudam com biologia.

–Sai fora. –Cami falou e eu dei risada. Assim que nos afastamos eu fui abraçar meu irmão, ele estava na companhia de Ludmila. Leon abraçava os pais e o ex treinador que atualmente era o namorado da mãe dele, abraçou minha mãe e deu um aperto de mão em meu pai.

–Ei pequena. –Fede disse. –Se cuida viu? E eu já falei para o Leon cuidar de você, caso contrário ele vai ser ver comigo. –Ele disse em um tom de brincadeira, se fosse meu pai falando aquilo eu acreditaria.

–Amo você, idiota 2. –Falei.

–Dois?

–É, o Leon consegue te superar no quesito idiotice. –Eu disse e ele riu.

–Lion, vamos sentir sua falta. –Disse Ludmila o abraçando, Fede ficava tão tranquilo com isso, eu ainda me sentia mal.

–Não precisa ficar tensa, Leon é importante para ela, mas é só isso. –Fede sussurrou, se ele que era o namorado dela achava isso, bom, eu deveria ficar tranquila também.

–Meu amor. –Leon me chamou. –Precisamos ir.

–Tudo bem. –Falei. –Amo todos você, e se querem saber, logo eu volto para perturbar a paz de todos aqui em Buenos Aires.

–Também amamos você, Vilu. –Falaram todos juntos, parecia até que havia sido combinado. –E o Leon. –Todos falaram, menos meu pai.

E assim com o clima de despedida, no qual eu odiava, nós entramos na aérea de embarque. Seriam mais seis longos meses...

Flashback Off

–Vilu? Vilu? –Leon sussurrava. –Vamos acorde, você dormiu o voo inteiro, como tanto sono pode caber em uma pessoa tão pequena?

–Idiota. –Sussurrei acho que pela terceira vez.

–Pelo menos acordou. –Ele disse, então eu acabei cedendo e abrindo os olhos, bem devagar. –Veja!

–O que? –Ergui a cabeça e ele indicou a janelinha do avião, estava amanhecendo.

–Violetta Castillo, bem vinda de volta a Califórnia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entonces? Gostaram? Mereço reviews? Me perdoem se não estiver tão bom, é que agora que eles voltam para os EUA e enfrentam novos "desafios". Eu espero que tenham gostado e até logo :D Beijos.