Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Hey! Me desculpem pela demora, eu to correndo aqui. O capítulo não tem tantas emoções, mas ele é muito importante. Não consegui responder os comentários, irei respondê-lo logo logo, me desculpem :D

Espero que gostem :D



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Pov’s Violetta

–O Diego..O Diego morreu? –Indaguei pasma. Eu não gostava dele, mas isso não era motivo para desejar sua morte.

–Sim, meus pêsames... -Eu interrompi o doutor.

–Não é a mim que você tem que consolar. –Eu disse baixinho, ainda sem acreditar no que havia ocorrido. –Tem uma garota loira, provavelmente está sentada lá fora, aguardando informações. Ela é a prima do Diego, sugiro que dê a noticia a ela. –Pedi, apesar de tudo eles eram parentes, e Ludmila amava Diego como um irmão, dava para perceber, e tenho certeza que ela sofrerá muito quando souber.

–Com toda a certeza farei isso, imediatamente. –Afirmou o doutor. –Com licença. –Pediu e foi em busca de Ludmila.

Preferia que Diego tivesse sido preso, do que morrido. Imagino a dor de sua família quando souber. Seu pai, o Gregório foi meu professor de física ano passado, ele era bem rígido, mas era um professor legal, mimou muito o filho, talvez seja um dos motivos que Diego tenha se revoltado.

Meus pensamentos foram interrompidos por gritos e choros que vinham do lado de fora, desespero estava presente ali. Fechei os olhos, sabia quem era e o porquê chorava.

–É triste não é? –Perguntou a enfermeira que acabava de cuidar de meus ferimentos.

–O quê? –Indaguei tentando desviar minha atenção dos gritos do outro lado da parede.

–Ouvir o choro de desespero e angústia das pessoas que recebem a notícia da morte de seus entes queridos. –Ela explicou.

–É péssimo. –Concordei. –O sofrimento é algo péssimo.

–Ouço todo dia esses choros, e sempre que escuto tenho vontade de largar tudo e ir abraçar minha família, dizer que os amo mais que tudo. –Ela disse. –Prontinho está liberada, precisa seguir as instruções que eu te passei, o corte vai cicatrizar rápido, somente precisa mantê-lo limpo.

–Obrigada. –Agradeci gentilmente. Sem muita pressa me levantei e me retirei daquele consultório. Não queria consolar Ludmila, pois as atuais condições do meu emocional não ajudam muito.

–Ludmila. –A chamei e ela me olhou, com os olhos extremamente avermelhados, realmente senti pena. –Vai ficar tudo bem.

–Não estava preparada para me despedir do meu primo. –Ela disse. –Eu sei que eu iria entregar ele para a polícia, porque isso era o certo a fazer, mas eu o amo, poxa ele é meu primo. Eu queria que ele se tratasse, e desistisse dessa ideia de vingança. –Ela disse agoniada.

E eu? Bom eu simplesmente não sabia o que fazer, como agir, como consolá-la, meus pensamentos estavam presos em Leon e Fede, eu não sabia se falar alguma coisa para ela seria o certo, pois com tanta “pressão” eu poderia acabar falando alguma besteira.

–Não precisa dizer nada. –Ela disse como se adivinhasse o que eu estava pensando, talvez percebeu o quão assustada eu estava. Um certo alivio tomou conta de mim nesse momento, pelo menos não correria o risco de piorar a situação.

–Os pais dele já foram avisados? –Perguntei e ela assentiu cabisbaixa.

–Não sabem da morte, apenas foi pedido para que eles viessem ao hospital. Vai ser muito duro para eles. –Ela disse com a voz rouca, evidenciando o choro.

A partir daí ficamos em silêncio, Ludmila com as mãos no rosto e os cotovelos apoiados na coxa chorava baixinho, me perguntei o que se passava em sua cabeça com a morte de Diego.

–Filha. –Olhei na direção da conhecida voz e vi meu pai correndo desesperado até mim, também estava minha mãe e Francesca ao lado de André. –Você está bem? Já soubemos do que houve na floresta, sobre o sequestro do Leon. –Meu pai disse, e pela primeira vez na vida ele não pronunciou “Leon” com desgosto.

–Estou bem, somente preocupada. –Disse tentando tranquiliza-lo, no meio disso Ludmila se levantou, pediu licença, e se retirou com pressa, não entendi muito bem, mas creio que ela estava desconfortável.

–Mãe. –Eu disse assim que ela me abraçou com força. –Que bom que está aqui.

–Sempre estou meu amor. –Ela disse acariciando meu cabelo. –O que houve com seu braço?

–Levei um tiro, mas a bala pegou de raspão. –Disse rapidamente, senão meus pais pirariam a partir do momento que eu dissesse “tiro”. –Mas estou bem.

–Que bom. –Ela disse calmamente. –Já sabemos de seu irmão, foi para o centro cirúrgico. –Ela disse e eu empalideci.

–Angie. –Meu pai chamou a atenção, acho que ele não queria que eu soubesse.

–Ele vai ficar bem, não vai? –Perguntei já chorando. Me vi na pele de Ludmila, chorando por perder o primo que ela considerava irmão, o sofrimento estampado em seus olhos, eu não queria sentir isso.

–Vai ficar tudo bem. –Meu pai interferiu. –Os médicos disseram que a cirurgia não é de risco.

–Menos mal. – Sussurrei e minha mãe assentiu. Fran e André permaneceram quietos.

–E Leon? Sabem dele? E o Sr. e a Sra. Vargas?

–Os pais do Leon já estão vindo, estavam em uma reunião, por isso a demora. E não temos noticia dele, filha. –Minha mãe disse tranquilamente. A espera durou mais ou menos uma hora, quando um doutor apareceu falando o nome do meu namorado.

–Acompanhantes de Leon Vargas? –Eu e André levantamos a mão. –Peço que me acompanhem.

Fizemos o que foi pedido, caminhamos pelos enormes corredores brancos daquele hospital, André parecia não gostar do ambiente, eu não me importava, afinal estava fazendo faculdade para ser uma cirurgiã. Paramos em frente a porta do quarto 210, o que me acalmou, se ele estava no quarto, provavelmente já estava melhor.

–O paciente passa bem, já tomou soro e daqui a pouco iremos trazer sua refeição, ele precisa comer, realmente precisa. Fora isso também tivemos que engessar a perna dele, havia uma fratura bem “feia” se é que me entendem, ao que parece ele também forçou a perna mesmo com a fratura o que piorou um pouco a situação, mas ele já está fora de qualquer perigo, será liberado mais tarde.

–Mais alguma coisa, doutor? –Perguntei com educação.

–Sim, ele precisa ingerir alguns comprimidos para dor, e para a friagem que ele tomou, por pouco Leon Vargas não pegou uma pneumonia, ele teve muita sorte mesmo. Também precisará ingerir muita proteína e água, fizemos uma tabela nutricional para ele. –O doutor disse me entregando um envelope.

–Basicamente ele quebrou a perna e está fraco e com dor? –Perguntou André, o que fez o doutor fechar a cara.

–Basicamente isso. –Disse carrancudo, e eu segurei o riso. Pelo Leon eu já havia me tranquilizado um pouco, seu caso não era tão sério, mas precisava de cuidados.

–Podem entrar. –Autorizou o doutor e nós assentimos.

–Vilu, se quiser ir primeiro tudo bem, tenho certeza que vocês querem conversar e fazer um monte de coisas melosas. –Ele disse rindo.

–Obrigada André. –Respondi sorrindo também.

Com cautela abri a porta do quarto 210, estava tão quieto que era difícil de acreditar que tinha um Leon Vargas ali dentro, mas sim, ele estava ali. Devidamente limpo e arrumado, com uma “tala” na perna, se remexia na cama, evidentemente impaciente e irritado.

–Oi. –Eu disse sorrindo e me aproximando, era bom vê-lo sadio, estava até mais corado, diferente de quando eu encontrei, quando o mesmo estava pálido e fraco.

–Olá. –Ele respondeu se alegrando imediatamente. –Você está bem?

–Considerando que não sou eu que estou em uma cama de hospital precisando de proteína, e também não sou eu que estou fazendo uma cirurgiã, presumisse que eu estou bem. –Eu disse acariciando seu rosto. –Barba feita, assim que eu gosto. –Sussurrei dando um leve beijo em sua bochecha.

–Tomei banho aqui e aproveitei para tirar a barba. –Ele sussurrou. –Senti sua falta. –Ele constatou pegando em uma de minhas mãos.

–Senti a sua também. –Disse tão baixinho que nem sei se ele ouviu, permaneci com a cabeça enterrada em seu pescoço, distribuindo alguns beijos naquela região.

–Com certeza senti falta disso. –Ele disse rindo, se referindo aos beijos. –Seu pai deve estar querendo me matar.

–Provavelmente. –Eu concordei me separando e envolvendo meus braços em torno de seu pescoço, ele riu. –Preciso te contar uma coisa. –Disse me lembrando de Diego, não sabia como Leon iria reagir, também não sabia se era a melhor hora para contar.

–Diga. –Ele disse me fitando carinhosamente, talvez não fosse o melhor momento para contar, depois de dias finalmente estávamos juntos, conversando e matando a saudade, talvez fosse melhor contar em outro momento.

–Esquece, não é nada. –Eu disse nervosa, ele estranhou.

–Tem certeza? –Indagou um pouco preocupado.

–Sim, podemos conversar sobre isso mais tarde. –Eu disse torcendo para que ele se conformasse.

–Está bem. –Concordou meio receoso. Ele apenas segurou em minha cintura, e me puxou para si, não nos beijamos com prontidão, ele ficou segurando minha cintura em uma espécie de abraço, e eu permaneci apoiada com meus braços em seus ombros.

–Você não costumava resistir quando estávamos tão próximos assim. –Sussurrei e me aproximei mais um pouquinho.

–Sou só um pobre coitado que mal tem forças. –Ele disse dramática e fazendo uma careta. –Ainda não consigo resistir se quer saber. –Ele disse me puxando e eu realmente achei que iriamos nos beijar, mas a porta do quarto 210 se abriu, e eu não gostei do que vi.

–Trouxe sua refeição..Leon? –Era Lara, eu havia me esquecido que ela era enfermeira desse hospital, e havia dado em cima do Leon quando ele fraturou a costela durante um jogo de futebol. Ela não pareceu gostar da posição que nos encontrou.

–Olá Lara, é bom revê-la. –Leon disse, eu quis mata-lo, na verdade quis dar alguns tapas naquele mexicano que adorava provocar, eu apenas o encarei e ele sorria, provavelmente achando engraçado a situação, eu já fiquei brava com ele sendo simpático com essa daí, mas ele fazia de propósito, sabia que eu ficaria com ciúmes. Ao sentir meu olhar um tanto fulminante ele se calou. Caro Leon Vargas, se prepara, que o bicho vai pegar...


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Peço que comentem, e prometo que irei responder os reviews do cap 20, me desculpem o atraso. Beijos e até breve :D