Pov’s Narradora

Violetta dormia tranquilamente sobre o peito nu do namorado. Eles optaram por passar a noite em um hotel três estrelas da Califórnia. Era um lugar jeitosinho, apesar da relutância de Leon, pois o mesmo queria escolher um hotel mais “chique” digamos assim.

Haviam feito amor pela segunda vez, agora ambos mais relaxados aproveitaram o clima de romance que estava naquela noite. Haviam saído para relaxar, e aproveitaram a noite em uma lanchonete velha, mas mesmo assim foi especial.

Violetta despertou em plena madrugada com o namorado ofegante, com o peito inflando e com uma expressão desesperadora.

–Alguém me ajuda! Minha namorada sumiu! –Gritou Leon, e isso ecoou pelo quarto todo.

–Leon? Eu estou do seu lado. –Violetta disse, a verdade é que ela estava meio “grogue”, pois acabara de acordar.

–Violetta, por favor, eu te amo! –Gritou o moreno, Violetta de início achou que fosse uma brincadeira, mas ao ver o desespero no rosto de Leon, ela se preocupou somente em acorda-lo.

–Leon, acorde! –Vilu disse e chacoalhou o peito do namorado, ao tocá-lo percebeu uma fina camada de suor, e se preocupou ainda mais. –Acorda!

Ao grito de Vilu, Leon e provavelmente os outros hóspedes do hotel, acordaram. A expressão assustada no olhar do Vargas era visível. Violetta apenas o abraçou, e por incrível que pareça Leon chorou.

–Ainda bem que você está bem. –Sussurrou ele.

–Eu sempre estive bem. –Violetta sussurrou de volta enquanto acariciava os cabelos dele.

–Eu tinha te perdid...

–Shiiu... –Violetta o interrompeu.

–Foi horrível. –Leon disse engasgando por causa do choro.

–Foi um sonho. –Vilu sussurrou de volta, Leon parecia uma criança que chorava nos braços da mãe.

–Vou pegar uma água com açúcar para ver se você se acalma um pouco. –Ela disse e Leon apenas assentiu.

Violetta se levantou e foi pegar uma água no frigobar do hotel, enquanto reclamava de como as coisas eram/são caras. Ao se virar sentiu os olhos de Leon sobre si, e aí notou que vestia apenas uma lingerie roxa.

Olhou para Leon com reprovação, mas ele soltou apenas um riso fraco. Ela lhe entregou a água com açúcar e rapidamente os dois pegaram no sono. Por ser a madrugada de sexta para sábado, nenhum dos dois precisou acordar cedo.

Violetta acordou e era aproximadamente umas 09h00 da manhã, resmungou baixinho, pois queria ter dormido muito mais que isso. Fitou Leon e “comemorou” ao ver que ele havia se acalmado.

Infelizmente Leon estava com uma pequena marca roxa abaixo do olho esquerdo, efeito da briga de bar da noite anterior.

Leon havia sonhado com a praia, mas a realidade é que eles nem se quer tinha ido à praia. Após a briga de bar, e um sermão de Violetta, eles optaram por passar a noite juntos, e foi assim que foram parar em um hotel.

Leon acordou uma hora depois, e Vilu ficou assistindo episódios de Cake Boss seu programa favorito.

–Sua assassina olha o que você fez em mim. –Resmungou Leon olhando para uma marca roxa no abdômen.

–Como sabe que isso não foi feito na briga? –Violetta disse com um sorriso travesso nos lábios.

–Porque marcas de briga não costumam deixar roxos com marcas de dente no abdômen.

–Vou tomar banho. –Violetta disse ignorando as reclamações de Leon. Mas cinco minutos depois Leon apareceu no chuveiro, e acabaram tomando banho juntos.

[...]

Leon pagou à conta do hotel + a água cara que consumiram no meio da noite e foram tomar café.

Por incrível que pareça, eles optaram por tomar café no McDonald’s, pois os dois estavam famintos e era o lugar mais próximo, sem contar que a gordice falou mais alto, então eles foram ao McDonald’s.

Enquanto o moreno alto bonito e sensual do Leon consumia uma montanha, como disse Vilu, a mesma apenas digeriu uma torta de maça e um café enquanto olhava indignada para o namorado.

Leon deixou Vilu na Universidade Berkeley, e foi rumo a Stanford.

As semanas e fins de semanas dali em diante foram complicadas, estudo, estudo, Peter dando em cima da Violetta, estudo, estudo, Anne e sua capacidade de ser chata, estudo, estudo...Oh não, Leon tirou nota baixa, estudo, estudo e finalmente, as férias estavam chegando.

Vilu e Leon, não esperavam que aquela noite no hotel três estrelas fosse realmente à última oportunidade que eles tiveram para aproveitar o namoro, o mês seguinte foi puro estudo e demasiado trabalho.

27 de junho

–

Liberdade! Férias como eu amo você! –Gritou Violetta assim que acabou de fazer sua mala, ela aguardava Leon, os dois finalmente voltariam para Buenos Aires, e passariam um longo mês por lá.

–Por que tanta animação? –Perguntou Anne com uma garrafa de bebida na mão que Violetta não soube decifrar qual era.

–Porque vou voltar para minha casa, rever meus amigos, ficar com o meu namorado, e principalmente vou ficar um longo e maravilhoso mês sem olhar na tua cara. Adeus Anne...Uhuuuuuu!

Tá legal, Violetta parecia uma adolescente, mas ela finalmente teria as tão desejadas férias, todo mundo gosta de férias, não importa sua idade. E para Violetta, essa era a oportunidade que ela tinha de finalmente escapar de toda a tensão da universidade.

Mas como uma boa estudante, ela levara alguns livros na mochila, para que pudesse fazer algumas revisões durante as férias, sem contar que ela teria que ajudar Leon, que estava com problemas em uma matéria.

Logo viu o táxi que Leon estava. Mas Leon estava tenso, preocupado, e o motivo era apenas um: Diego

Em um mês ele havia recebido duas mensagens.

Aproveitando a vida medíocre com a namorada aí na Califórnia? Para que o destino está ao seu favor, mas não por muito tempo.

Leon infelizmente ainda não havia descoberto quem era o idiota que tinha se aliado ao Diego e mandava as mensagens para ele. A segunda apenas dizia:

Fique esperto, meu caro Leoncito!

Leon tentou não deixar transparecer a preocupação, e começou a se contagiar com a alegria de Violetta, a mesma não parava de falar um segundo sequer, Leon apenas ria da situação.

–Porque me olha assim? –Perguntou Violetta corada, pois a maneira que Leon a olhava era diferente.

–Porque você me surpreende, sua alegria é diferente. –Leon respondeu sorrindo.

[...]

–Por que sempre que estamos viajando alguém tem que te paquerar? –Perguntou Leon. Eles já estavam prestes a embarcar, e Leon resmungava porque um rapaz da idade dele jogava charme para Violetta.

–Ele não vê que você está acompanhada? –Resmungou baixinho. Violetta só ria. –Ridículo esse cara.

Entre resmungos de Leon e risos de Violetta, o cara parou de paquerar Vilu. Logo o voo foi chamado, e Violetta deu graças a Deus, pois não aguentava mais Leon, mas logo se tranquilizou, ela só teria que atura-lo por uma vida inteira.

–Para de mexer nisso, Leon! –Violetta falou baixinho.

–Deixa de ser sem graça. –Respondeu ele rindo.

–Desligou o celular? O voo já vai partir.

–Sim senhora! –Leon disse a bateu continência.

Logo o voo rumo a Buenos Aires partiu. Violetta deitou a cabeça no ombro de Leon, e adormeceu. Sonhou coma a velha e boa Buenos Aires, o lugar que ela sentia muita saudades, apesar de saber o que lhe esperava, como seu querido pai, Sr. Germán.

Mas ela não estava preocupada com isso. Ela estava feliz, porque agora estava voltando para sua terra natal, o lugar onde conheceu seus melhores amigos, o local onde viveu grandes pesadelos, o local onde tudo começo com Leon.

–Meu amor? –Violetta ouviu um sussurro e logo em seguida sentiu lábios quentes sobre sua testa. –Bem vinda de volta a Buenos Aires....