Dentro de um filme escrita por G N Ferreira


Capítulo 11
The dark world


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!! Gostaria de agradecer todos os comentários!! Vocês são super legais!! Tenho uma curiosidade, como acham que essa história vai terminar??

AVISO DE SPOILER - contém muitas cenas do filme "Thor: the dark world"



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Thor acomodou Jane no interior da aeronave e finalmente Loki tomou o leme do “barco voador”. Loki mudou o rumo para o qual íamos, virou a direita fazendo aeronave ir em direção as montanhas. Uma aeronave semelhante nos seguiu e começou a nos atacar. Thor chamou Fandral e este prontamente pegou uma corda e pulou do barco indo para na aeronave que nos seguia. Loki puxou o leme novamente, fazendo uma curva para direita. Sabendo o que iria acontecer, eu me sentei no chão. Vi Thor se desesperar ao ver que íamos em direção a uma montanha.

– Loki? - falou Thor nervoso.

– Se fosse fácil, qualquer um poderia fazer. - falou Loki.

– Você está louco? - Thor perguntou desesperado.

– Possivelmente. - Loki respondeu calmamente. Ri novamente.

Entramos em uma pequena fenda na montanha, a aeronave esbarrou várias vezes nas laterais da fenda. E finalmente saímos em outro lugar, outro mundo. Pensei por um momento que talvez apenas Loki pudesse saber como eu poderia voltar para casa.

O local era como um deserto frio e sombrio. Tudo parecia ruínas de um lugar que existira há muito tempo. Passado algum tempo em silencio, Loki e Thor começaram a conversar sobre a Jane.

– O que eu não poderia fazer com esse poder que circula nessas veias. – começou Loki.

– Isso o consumiria. – falou Thor.

– Ela está resistindo bem... Por agora.. - comentou Loki.

– Ela é mais forte do que você imagina. - rebateu Thor.

Encolhi-me ao reconhecer o diálogo. Eu sabia onde essa conversa levava, e eu sempre pensava sobre ela quando pensava em Thor e Jane. Ficava imaginando o sofrimento de Thor, uma vez que Jane não viveria muito tempo. Thor, Loki, e os demais deuses de Asgard vivem em média cinco mil anos. Meu pai dizia que roedores vivem no máximo dois anos, então nossas vidas comparadas aos dos deuses era como a vida de um rato para nós. É um tempo curto demais. Perguntava-me se valeria a pena Thor amar Jane ou, se talvez, Loki tivesse razão.

– Diga adeus. - Loki falou.

– Hoje não. - retrucou Thor.

– Este dia, o próximo, cem anos não são nada! Será repentino. Você nunca vai estar preparado. A única mulher cujo amor você se importou, será tirada de você! - Loki falou, em seguida olhou para mim e depois para Jane.

– Você ficaria satisfeito? – perguntou Thor.

– Satisfação não é da minha natureza. – retrucou Loki.

– E rendição não é da minha! – rebateu Thor.

Em seguida os dois começaram a discutir sobre Frigga. Pareciam duas crianças disputando quem tinha o amor dela. Os dois começaram a trocar acusações sobre a morte de Frigga e sobre a prisão de Loki aos gritos, até que Thor foi para cima de Loki levantando o punho para ele. Nessa hora levantei-me e me pus entre os dois.

– Ei! Já chega! - falei empurrando os dois. - Frigga não iria querer ver vocês brigando! Mesmo que isso não a surpreendesse. - falei me virando para Loki. Os dois sorriram de leve.

– Eu gostaria de poder confiar em você. - falou Thor para o Loki.

– Confie em minha raiva. - respondeu Loki.

Passado algum tempo chegamos finalmente próximo a aeronave principal dos elfos negros. Deixamos a nossa aeronave e seguimos a pé até a beirada de um morro. Tinha chegado a hora do show.

– Você sabe que seu plano irá nos matar?- perguntou Loki.

– Sim. Possivelmente. - respondeu Thor.

Loki estendeu as mãos para Thor para que ele tirasse as algemas.

– Você ainda não confia em mim, irmão? - perguntou Loki.

– Você confiaria? - respondeu Thor. Em seguida retirou as algemas.

– Não. Eu não. - retrucou Loki pegando sua adaga e apunhalando Thor na barriga e o jogando ladeira abaixo. Eu sorri.

Loki começou a descer a ladeira, eu agarrei o braço de Jane e fui descendo em seguida puxando-a, enquanto ela gritava por Thor. Eu sorria, estava amando fazer aquele teatro. Eu amava parecer má.

Loki seguiu com seu discurso memorável sobre não se importar com Frigga ou qualquer um e sobre querer ver Thor e Odin mortos. Em seguida chutou Thor. Empurrei Jane ao chegarmos ao fim da descida e segui andando em frente. Jane levantou-se e veio correndo atrás. Thor tentou invocar seu Mjölnir, mas Loki “cortou” a sua mão. Jane tentou correr até Thor para socorrê-lo, mas a puxei pelo braço, fazendo-a cair. Sabia que era desnecessário ser tão rude com a Jane, mas eu tinha que parecer convincente diante dos elfos.

– Malekith, sou Loki de Jotunheim e eu lhe trouxe um presente. - Loki disse enquanto carregava Jane e a jogava diante dos pés de Malekith.

– Tudo que peço em troca é um bom lugar, bem na frente, para assistir Asgard queimar. - completou Loki.

Abri um sorriso cínico, mas eu não estava fingindo. Essa era uma das minhas falas preferidas de Loki no filme, e estava adorando poder participar disso.

O monstro falou algo que não entendi, e em seguida Malekith olhou para mim e para Loki. Presumi que o monstrengo tivesse falado que éramos inimigos de Asgard e que fomos “colegas” de prisão. Malekith então se dirigiu a Thor e o empurrou com o pé, mandando-o olhar para ele. Em seguida, com seus poderes, ergueu Jane no ar e começou a extrair o Aether dela.

Era óbvio que eu lembrava que o plano de destruir o Aether era falho. Entretanto eu sabia que deixar a história seguir seu rumo era a melhor escolha. Não havia como evitar a confusão gerada na terra pelo alinhamento dos mundos. Não tinha como extrair o Aether de Jane sem Malekith. O Aether era indestrutível, sendo assim todo o conflito que se seguiria era inevitável. Eu não podia e nem deveria fazer nada. Minha presença ali era acessória desde o início. Minha real intenção era evitar que Odin pudesse saber do plano de Thor através de mim e, claro, garantir a liberdade de Loki e a minha. A única coisa que teria que fazer, além disso, era garantir que a minha presença não alterasse o final da história.

Finalmente Malekith terminou de extrair o Aether, então começou a segunda parte do plano. Thor gritou para nós. Loki desfez a ilusão e corremos em direção a Jane, eu deitei no chão e em seguida Loki deitou sobre nós para nos proteger. Thor recuperou seu Mjölnir e, com ele, lançou um raio no Aether, que ainda pairava no ar, fazendo-o explodir em pedacinhos.

Tudo em vão, como eu já sabia. Os pedacinhos flutuam, voltam a formar o Aether e Malekith o absorve. Em seguida os elfos começam a sua retirada e Thor inicia seu ataque aos soldados-elfos. Ao ver o elfo-monstro pegar uma daquelas bombas que parecem mini buracos negros, desesperei-me e agi por impulso. Empurrei Jane, mas Loki tentou me empurrar em seguida. Por instinto agarrei o braço dele e o buraco negro começou a nos puxar, mas não soltei Loki. Loki tinha razão, ou eu era burra ou suicida. Thor surgiu e saltou sobre nós derrubando-nos.

Thor saiu voando em direção ao elfo-monstro e a Malekith. Thor começou a lutar com o monstrengo. Corri para junto de Jane. Os demais soldados-elfos cercaram Loki e o atacaram, enquanto isso, Malekith partia.

Após ter uma pedra gigante jogada sobre si, Thor começou a perder o combate para o elfo-monstro. Loki derrotou os soldados-elfos e partiu para ajudar Thor. O nervosismo tomou conta de mim ao perceber o que estava prestes a acontecer. Deixei Jane onde estava e fui me aproximando.

Loki pegou uma das armas dos soldados-elfos e foi em direção ao monstro. Ao ver isso, comecei a me desesperar. Comecei a murmurar para mim mesma “Não é real, ele vai ficar bem... não é real..”.

Loki atravessou o monstro com a arma. O elfo-monstro se virou e agarrou Loki, atravessando-o com a arma também. Thor e eu gritamos ao mesmo tempo. Mesmo sabendo que era uma ilusão, era real demais para mim.

O monstro jogou Loki no chão e em seguida a bomba que Loki havia acionado começou a desintegrar o elfo-monstro. Thor e eu corremos em direção a Loki. Eu não conseguia me controlar, comecei a chorar ao vê-lo “agonizando”. Por que não conseguia me controlar? Eu não estava me reconhecendo.

Fiquei tentando me convencer de que tudo ficaria bem, que nem prestei atenção à conversa final entre Loki e Thor. Tudo que eu conseguia fazer era chorar. Por fim Loki “morre” e Thor se desespera. O pesar e, depois o silêncio, tomaram conta do local. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo comigo.



Uma tempestade de poeira se aproximava e Thor decidiu que era melhor partir. Recompus-me e disse que ia ficar. Thor pareceu não entender. Expliquei que ficaria bem, que um guarda viria em breve e que levaria a mim e o corpo de Loki para Asgard. Ainda tentando me acalmar, expliquei o que ele precisava saber para resolver sua batalha na Terra.

– Vocês dois vão achar uma caverna para se abrigarem e lá, Jane, seu celular vai tocar. Siga o sinal do celular e vocês encontrarão um dos portais que levam para a Terra e as chaves do seu carro. Malekith irá para a terra por causa da convergência. Procurem a ajuda de Erik Selvig, ele tem o equipamento que será de grande ajuda para vocês. O local da convergência na terra será em Greenwich. Isso é tudo o que posso dizer para ajudar vocês. Tomem cuidado. - falei para Thor e Jane.

Thor, ainda meio relutante, concordou em partir. E lá me deixaram, a sós com o “corpo” de Loki. Fiquei aguardando até que eles sumissem de vista, então me voltei para Loki.

– Loki! Acabe com isto! Eu sei que é uma ilusão! - gritei sacudindo-o.

Não obtive resposta.

– Loki! Por favor... - implorei.

Mais silêncio. Voltei a me desesperar. Será que ele havia morrido de verdade? Recomecei a chorar. De repente Loki começou a rir. Revoltada, comecei a bater nele.

– Seu idiota! Você quase me matou de susto! - gritei enquanto batia nele. Loki continuava rindo.

– Chega! - gritou ainda rindo e em seguida se levantou. - Estou vivo! Eu sabia que não poderia esconder isso de você, não é? Foi por isso que falou aquilo no palácio? Você sabia do meu plano e me apoiaria até o fim, certo? - continuou falando.

Permaneci calada, ainda meio em choque.

– Confesso que fiquei com receio de que contasse a Thor e... - recomeçou Loki, porém não deixei que terminasse. Abracei-o de supetão.

– Fiquei tão assustada... - foi tudo que consegui dizer.

Loki me olhou, chocado a princípio, mas logo em seguida sorriu.

– Agora está tudo bem... - disse Loki colocando a mão sobre meu ombro – Será que poderia me soltar agora? - perguntou sorrindo.

Soltei-o e me recompus, enxuguei as lágrimas do meu rosto.

– Desculpe-me. - falei sem jeito, sentindo meu rosto corar.

– Vamos. É hora de voltar para Asgard. - falou-me.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Será que está nascendo uma amizade entre Loki e Aredhel?