Susana, a gentil traidora. escrita por Lua


Capítulo 5
Lembre-se de quem você é.




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Su se levantou e começou a observar os lagos mais próximos. Era formidável saber que aqueles pequenos lagos era passagens para lugares inimagináveis.
– Susana… - Chamou Aroin. – Você tem certeza que você e essa rainha gentil não tem nada a ver?
– Eu já disse que não. – Susana a olhou tentando transmitir em seu olhar uma confiança que na verdade não existia.
– Tudo bem... – Disse Aroin um pouco contrariada. - Você… Disse que poderia... hã? Me ajudar?
– Não posso prometer nada, apenas que vou tentar. – Su abriu o saquinho dos anéis. - Você conseguiria manter o controle sobre os lagos que eu entrei e os que preciso entrar?
– Claro. Aquele é o de Charn, certo?
– Sim, você pode fazer algum feitiço para marcar…
– Eu poderia colocar três pedrinhas uma em cima da outra em frente a cada lago que você entrou. – Disse após uma longa pausa.
– Aroin, você…
– Eu ousaria supor que é o lugar, que é por estarmos aqui, mas agora eu me lembro que logo que você me acordou eu senti que não conseguiria mais fazer nenhum feitiço, além do fato de minha varinha ter se quebrado a muito tempo.
– Aroin… - Sussurrou Susana com pena. – Sinto muito.
– Vá. – Ordenou a rainha e Susana deu-lhe as costas.

A Gentil pôs o anel verde e se jogou lago a dentro, o lago desapareceu. O céu, muito estrelado, agora era todo o campo de visão da Rainha Gentil, ela ficou maravilhada, nunca cansaria de observar a beleza de um céu noturno.
– Pelas águas cintilantes de Carmelin! – Sussurrou alguém se ajoelhando ao seu lado, impelindo à se levantar. – Eu vi você aparecer. Do nada!
– Sinto muito por tê-la assustado. Sou Susana, de Narnia.
– Narnia?
– Sim...
– Onde fica isso? – Perguntou a garota muito curiosa, parecia ter a idade que Lúcia tinha quando foi pela primeira vez parar em Narnia.

A garota tinha seus cabelos curtos e pretos soltos e uma franja caindo sobre seus olhos, uma pele bronzeada que chegava a brilhar e seus olhos eram de um castanho avermelhado muito diferente. Ela estava vestida com roupas de guerra, uma saia de tiras de couro e uma blusa de couro também,, usava chinelos de tiras até o tornozelo. Aquelas roupas a deixavam com um ar mais velho que quando ela abria a boca se quebrava tornando-se levemente gentil.
– Fica em outro mundo. – Disse. – Não sou daqui.
– Outro mundo. – Perguntou sorrindo. – Um lugar totalmente desconhecido?
– Bem, mais ou menos isso.
– Por isso você está vestida com essas roupas estranhas?
– Você não gosta?
– Ninguém usa roupas desse tipo aqui, seria muito difícil sobreviver à floresta com roupas desse porte, mas em você fica bonito.
– Hana, quem é essa moça? – Perguntou uma mulher vestida em trajes idênticos ao da pequena.
– Ela é Susana, de Narsia, ou qualquer coisa assim.
– Sinto muito incomodar, já estou para me retirar.
– Narsia? Onde fica isso?
– É Narnia... Fica em um lugar muito distante.
– Ela disse que fica em outro mundo.
– Que ela não é daqui é obvio, o que ela faz aqui é a pergunta.
– Eu me perdi, estou procurando o mundo a qual eu pertenço.
– Como alguém pode perder o próprio mundo?
– Acredite, não foi muito difícil.
– Venha comigo. – Disse a mulher. – Vou leva-la a alguém que talvez possa ajudar.
Depois de alguns minutos de caminhada a paisagem finalmente se alterou, agora, elas andavam na orla de uma floresta, onde alguns animais selvagens viviam.
– Chegamos. – Disseram olhando para o horizonte, não muito distante havia algumas casinhas de palha. As crianças brincavam formaram uma fila atrás de um senhor mais velho e o seguiram em direção as profundezas da floresta, Hana se despediu de mim e correu atrás deles, antes, porém pegou uma lança.
– Ele é um homem muito sábio, por favor, trate-o com o devido respeito. – Disse a mulher, que Susana ainda não sabia o nome, a empurrando porta a dentro.
– Quem está ai? – Perguntou o sábio com os olhos fixos na porta de onde Susana acabara de se distanciar.
– Sou Susana.
– Hm. Se aproxime minha querida, chegue mais perto.

A sala onde ela se encontrava apresentava algumas quinquilharias jogadas por todos os lados, nada excessivamente importante, o senhor estava sentado no chão sobre algumas almofadas, Susana se ajoelhou a sua frente.
– Oh! – Exclamou ele surpreso. – Mas a que devo tão nobre companhia.
– Desculpe, senhor, mas de nobre em minha companhia não há nada, eu que percebo o quão horada sou em conhece-lo. Você transmite sabedoria, é incrível.
– Ah, minha pequena rainha, você é muito gentil.
– Rainha…Senhor, como você?
– Diga-me seu nome criança?
– Susana, senhor.
– O que lhe aflige criança gentil?
– Eu me perdi e perdi a todos, preciso encontrar o caminho, preciso voltar ao lugar ao qual pertenço.
– O medo lhe enfraquece, você é doce e gentil, digna de tal nome, mas também é corajosa, e a coragem Srta. Gentil é sua maior honra, pois sem ela nem um passo a mais você daria, agora siga o rumo do seu anel, enquanto o Leão lhe guiar nada você temerá. – Ele segurou a mão da morena, porém não desviou o olhar da porta, Susana desconfiava agora que ele era cego. – Lembre-se de quem você é. Adeus.

Ele soltou sua mão e ela retornou ao ponto de início, porém muito mais confiante que antes.


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