Susana, a gentil traidora. escrita por Lua


Capítulo 3
Charn, a cidade dos reis


Notas iniciais do capítulo

Bjs no coração de vcs que estão acompanhando e deixando reviews.



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O calor de Susana transpassava pelas mãos da Rainha e levemente ia lhe devolvendo cor, seus olhos voltaram a brilhar, eram castanhos como a noite manchados de azul claro, lembrando as estrelas. Susana percebeu que apesar da rainha ser alta, em relação aos outros do grande salão parecia até mesmo muito baixinha, pois, Susana que era alta no mundo dela tinha quase a mesma altura da outra rainha. Por um momento a rainha pareceu confusa, e ao ver Susana segurando suas mãos ergueu a espada e apontou-a para o pescoço da garota.
– Onde ela esta? – Perguntou, sua voz era suave, mas muito grave.
– Desculpe, mas sobre quem a senhora se refere?
– Minha irmã, Jadis, é claro.
Susana arregalou os olhos e mais rápido do que jamais de movera deu uma cambalhota para trás pegando o arco e flecha.
– Sua irmã? A feiticeira branca, a mulher que deixou Narnia submersa na tristeza do inverno durante cem anos, é sua irmã? – Susana apontou o a flecha diretamente para o coração da rainha, não poderia cometer o mesmo erro de seu tio e levar a maldição para Narnia.

A rainha olhou para o seu exército e então para o palácio e seus joelhos fraquejaram e seus olhos se encheram de lágrimas.
– Se você estiver fingindo, eu a matarei. – Disse Su tentando se manter firme. – Me chamo Susana e quem é você?
– Sou Aroin, Rainha de Charn, ou do que um dia foi Charn.
– Charn?
– Essas ruínas um dia foram um palácio magnífico, onde viviam reis e rainhas que protegiam a palavra com todas as suas forças, essas terras mortas, já foram tão vivas quanto se é impossível imaginar e as pessoas que aqui moravam as mais covardes eram como as mais corajosas do lugar a qual você vem, lutaram bravamente, mas eu não consegui mantê-los vivos.
– Sinto muito, Rainha Aroin, tenho uma misera ideia de como se sente agora que é a única a sobreviver, mas se isso a confortar, acredito que as pessoas que aqui jazem só precisam ser despertadas, como você precisava, porém no centro daquele palácio existem apenas vestígios de magia negra. Ela arregalou os olhos, largou a espada e correu tão rápido que Susana mal podia lhe acompanhar, voltando novamente ao centro daquele castelo.
– Irmão! – Chorava de joelhos à estátua de um homem um pouco mais jovem que Susana, tinha uma bela feição, mas parecia estar com muita raiva.

A Rainha gentil sentiu uma fisgada em seu coração, sabia como aquela dor era insuportável e foi ao encontro de Aroin, pensando que talvez não devesse ter, mesmo que sem querer, a acordado, dormindo ela não sentiria a dor, não a conheceria. Ajoelhou-se ao lado da Rainha e a abraçou, não sabia se naquele mundo era comum as pessoas se abraçarem, mas o fez mesmo assim e Aroin chorou em seus braços.
– Por que tudo isso aconteceu?
– Charn era a cidade dos Reis, todos arrogantes e ridiculamente maldosos, porém, quando me tornei a Rainha pretendia transformar essa cidade no que a milhões de anos atrás ela fora, uma cidade justa e agradável. Era abominável ver o sangue nobre das famílias sendo derramado ao chão por terem sido escravizados pelos outros reis, esses, os quais eu defendi, foram uns dos poucos a ficarem ao meu lado e estão naquele jardim, ou desacordados ou transformados em pó.
– Nós tínhamos feito um juramento solene de que não se utilizaria de magia nessa guerra, porém, eu, em um momento de ingenuidade, o quebrei. Minha última chance de sobreviver era entregar o trono a ela e sofrer as consequências, virar uma covarde, mas não pude fazer isso e ela que tinha ido a fundo nos segredos da Palavra Execrável…
– Palavra Exe… Oque?
– A Palavra Execrável se recitada com as cerimonias adequadas poderia destruir todas as coisas vivas, menos a pessoa que a pronunciasse, essa palavra foi abominada até mesmo por meus cruéis antepassados que juraram nunca se aprofundar na ciência dessa palavra, porém Jadis o fez e foi com ela que ousou destruir o nosso mundo.
– Como você conseguiu sobreviver?
– Eu não faço ideia, na verdade eu tentei realizar um feitiço para proteger as pessoas que estavam lutando ao meu lado, mas tenho certeza que o feitiço não teria sido capaz de ir contra a palavra, algo ou alguém ajudou, essa é minha única certeza.
– Se você vier comigo, talvez possamos descobrir quem a ajudou e se ele pode ajudar mais uma vez, talvez seu velho mundo possa reencontrar a juventude novamente. É uma possibilidade muito remota, mas não é impossível, se o encontrarmos tenho certeza de que ele faria de tudo para lhe ajudar.
– Posso saber o nome da minha salvação?
– Aslan, o leão. – Disse Susana, porém a rainha entendera que "O Leão" era um titulo de um rei corajoso. – Ele derrotou a feiticeira branca.
– Ele deve ter uma magia muito grande para conseguir derrota-la. – Disse ela um pouco decepcionada como se saber que alguém conseguiu fazer aquilo a diminuísse. - Você falou algo sobre ela ter feito coisas terríveis no seu mundo, poderia me contar a história?
– Ela submeteu Narnia a um reinado terrível de cem anos incessantes de inverno, ela era terrível com os seus súditos, um dia, portanto, a profecia estava destinada a se realizar, quatro irmãos vindos de outro mundo no trono de Cair Paravel iriam sentar e assim chegaria o fim da aflição, com a ajuda de Aslan, Pedro e Edmundo mataram a feiticeira.
– Pedro e Edmundo?
– O Grande Rei Pedro, o magnifico, é o mais velhos entre os irmãos que se sentaram ao trono, após matarem a feiticeira e Edmundo, o justo o garoto mais novo. E então, Susana, a gentil a irmã mais velha e Lucia, a destemida a mais jovem de todos.
– Susana? Você…
– Não... Meu nome é apenas uma coincidência.
– Você pode me contar mais, por favor.
– Claro, mas você precisa me acompanhar a outro lugar.

Tocou o anel e a última coisa que viu foi o rosto do irmão de Aroin.


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Notas finais do capítulo

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