PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 50
Capítulo 50 - Derrotas


Notas iniciais do capítulo

Peço mil desculpas pela falha na postagem.
O capitulo atrasou por dois motivos: 1) perdi o capitulo inteiro e reescreve-lo ontem foi penoso. 2) Estive ausente no domingo e quando cheguei fui descobrir que o arquivo estava corrompido (hauhauha).

Espero que gostem!



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As batalhas eram realmente atraentes e dificilmente não empolgavam as pessoas a quererem estar na Quest Liga. Se a pessoa ainda não era uma treinadora, começava a fazer planos, se a pessoa já era treinadora, começava a fazer planos. Todos queriam participar, principalmente pessoas como Lubia que conquistaram uma vaga e não puderam comparecer.

– Na próxima edição participarei e serei campeã. - Dizia ela em voz alta para ninguém em especial.

Ela estava sendo examinada pelo médico, mas ignorava-o por completo enquanto acompanhava uma ferrenha luta de pokémon do tipo pedra. Bertha contra Ana Pendraco era uma das lutas mais esperadas.

Com uma forte defesa, tudo estava sendo definido em quem tinha mais velocidade e ataques mais fortes. As estratégias eram bem distintas, mas pareciam se anular. Ana Trazia um repertório defensivo que deixava a muitos assustados. Ela defendia-se de quase todos os ataques lançados, fazendo todos acreditarem que estava na vantagem. Berta por sua vez aguardava o ataque adversário para realizar um poderoso contra golpe.

No geral, as duas batalhavam a quase duas horas e ainda possuíam dois pokémon cada.

– Esse é seu sonho? Mestra Pokémon campeã de várias regiões? - Questionou o médico chamando a atenção de Lubia.

Lubia deu atenção ao médico por alguns instantes. Aquela era uma pergunta que a muito tempo não era feita a ela. Quais eram seus sonhos? Ela desejava ser uma treinadora famosa, mas de longe queria que sua vida fosse resumida em ser Mestra. Com o tempo a vingança tomou conta de boa parte de seu mundo e agora que estava concluída ela podia voltar para o ponto de partida, trilhar seu caminho em busca do que desejava.

– Apenas em partes. - Comentou a menina dando sorriso. - Desde pequena sempre quis ser cientista. Ser apenas mestra seria um desperdício de potencial, afinal a aioria dos mestres faz alguma outra coisa da vida. Quero fazer uma contribuição cientifica importante, ao menos para os meus olhos. -

O médico sorriu durante algum tempo. Disseram para não dar muita corda para a menina caso ela estivesse um pouco depressiva, em especial se estivesse assistindo alguma luta da Quest Liga. A verdade é que as lutas estavam sendo um santo remédio para ela. Ainda assim o médico preocupava-se com o estresse pós traumático, afinal era uma menina muito nova e por mais inteligente e madura que fosse em muitas áreas, ainda tinha era muito imatura em outras.

– Ainda não sei ao certo. Uma evolução das pokebolas, um novo esporte. - Ela riu. - Mas, quero estudar o mundo e criar algo importante e relevante. -

Talvez Lubia soubesse que o sonho de infância, de tornar-se uma cientista fosse agora tão necessário quanto. Um pesquisador pokémon jamais conseguiria ir tão longe com os legionários, três deles e vários treinadores de elite haviam tentado e apenas conseguiram segurá-los, além de terem encontrado a fraqueza, mas sem a capacidade de explorá-los. Mas, um treinador e dois mediuns conseguiram aprisionar um com um invento estranho. Cabia a ela que combinava habilidades de pesquisadora, inventora e treinadora de elite, descobrir o que a mediunidade tinha haver com isso e fazer o trabalho.

Pokemon Estilo de Treinador
3ª Temporada - Combate nas Sombras
Capítulo 50
Derrotas

– Se você acaba de ligar sua televisão, não saia deste canal. - A voz de Poken era Casual e divertida naquele momento. - Você não está em um canal que falará sobre um documentário ou um filme de bandidos do deserto, essa é realmente a quinta rodada da Quest Liga onde cada treinador usará cinco pokemons, no deserto. -

– E se você quer saber como isso pode acontecer, eu explico. - Disse Trainen. - Teleporte! -

O dia era de desafio intenso para os competidores. A quinta, sexta e sétima rodada aconteceriam em terrenos inóspitos. Eles eram apresentados aos terrenos com duas horas de antecedência, tendo assim pouco tempo para traças a estratégia e escolher os pokémons que conseguiriam sobreviver ao terreno.

Todos foram surpreendidos e a Chave 1 parecia ser a única a aceitar aquilo com certa empolgação. Cowboy e Choc tinham pokémon perfeitos para o deserto e viram a chance de conseguir um brilhante resultado. Os competidores musicais também não pareciam incomodar-se estranhamente pareceram gostar da escolha, pois pretendiam contar coma desidratação dos adversários diante ao preparo físico que possuíam.

A chave 2 no entanto pareceu ser a mais irritada com aquilo. Ana Pendraco e Bertha fariam uma disputa de pokemon de pedras e saber que aquilo seria no deserto começava a preocupa-las. Nenhuma das duas tinha idade para ficarem longas horas no deserto e de repente já começavam a questionar se abdicar daquela batalha prejudicaria sua tentativa de classificação para as finais.

As duas não tiveram escolhas a não ser enfrentar entrar na luta que prometia ser a mais demorada.

– Lirian e Barreira estão protagonizando uma batalha muito interessante. - Comentou Trainen. - lirian já aprendeu que Barreira não costuma atacar diretamente e isso é algo que ela começou a explorar com mais força, após jogar areia nos olhos dos pokémons tirando completamente a precisão do adversário. -

– Sem seu estilo defensivo Barreira é um alvo fácil para Lirian? A resposta é não. Mesmo não conseguindo se defender, os pokemons de Lirian estão cansando-se muito mais rápido dos que o de barreira. Barreira parece entender que os pokemons de Lirian não tem a resistência necessária para permanecer muito tempo em batalha e vai prolongando a luta, calmamente. - Poken sorriu. - Uma estratégia simples que não pode ser anulada. -

– Eu diria que nenhuma luta pretende ser rápida nesse deserto. - Disse Trainen. - Espero que tenham levado o protetor solar. -

De fato nenhuma das lutas estava sendo rápida. Quarenta minutos passaram-se antes que alguma luta viesse a terminar. De fato, Não era preciso tanto para Cinthia vencer Rogério, mas ele aguentou-se fazendo seus pokemon fugirem por todo o deserto e escondendo-se em dunas. A estratégia pareceu até covardia inicialmente, mas quando ele conseguiu derrubar o primeiro pokémon de Cinthia o mundo olhou para aquilo com outros olhos.

Um feito histórico com tática simples. Enquanto o pokemon voador de Cinthia procurava o pokemon adversário, o pokemon usava o cavar em áreas que a areia deslizava por uma duna. A ave aproximava-se, mas não tinha ideia da real posição e acabava sendo surpreendida por trás, todas às vezes. Evidente que isso funcionou apenas em dois pokemon, mas a estratégia parecia ser certeira. Muitos já tentavam algo parecido, mesmo sem saber da luta de Rogerio e Cinthia.

– Você é inteligente meu caro Ortega, mas não vai mais me pegar com esse seu truque barato de esconder-se na areia. -

Vurge era realmente um cara durão, mas estava sendo levado pelo adversário a perder a paciência. Estavam cada qual no quarto pokémon e ele não estava acreditando que Bruno Ortega, um treinador mediano, pudesse estar levando a melhor contra ele com truques tão simples.

Bruno havia perdido o primeiro pokémon, o obrigatório, num lance que ele sequer pode acompanhar. O segundo ele tentou usar a tempestades de areia, mas as aves de Vurge pareciam não se incomodar com o que foi criado e passou por todos os ventos e areia. Mas, no terceiro pokémon ele pareceu encontrar-se.

Dugtrio não sentia o efeito da areia e acaba ficando totalmente fora de alcance das aves de Vurge. Abateu o primeiro num ataque surpresa e com uma bomba de lama. O Segundo ele fez a areia vibrar em um canto e surgiu em outro, cinco vezes e ave estava tão cansada, até mesmo pelo calor, que caiu esgotada. O terceiro pokémon foi ser abatido pelo Onix, Afinal Dugtrio não aguentou um terceiro pokemon. A ave foi literalmente soterrada, mas não sem levar Onix consigo.

Ambos no quarto pokémon agora estavam completamente ofegantes e sem energia. Bruno já estava quase sem roupas. Apesar das diversas sugestões de Vurge de que tirar a roupa só pioraria a situação. Vurge estava mostrando o cansaço, mas parecia em melhores condições.

O quarto pokémon de Vurge tratava-se de um Fearow. Ele era forte e estava aguentando bem as fortes temperaturas. Bruno resolveu lutar com um seu simpático Jolteon. Já estavam a cinco minutos em um grande confronto e visivelmente Jolteon estava cansando-se muito mais rápido, apesar de ter conseguido acertar dois bons ataques. Fearow era excelente no combate de longa distancia e único ataque de longa distancia de Jolteon era o Relâmpago.

Bruno sabia que Fearow ganharia, mas ele sentia que ainda havia alguma chance para ele se pudesse fazer Fearow fica feriado o suficiente para que seu próximo pokémon pudesse vencê-lo sem grande esforço. E sabia exatamente que movimento Jolteon tinha que fazer.

– Vamos para o tudo ou nada Jolteon! - Bruno berrou. - Identificou a Duna atrás de você? -

Jolteon virou-se e percebeu a alta montanha de areia que estava ali, certamente era o ponto mais alto que havia naquele momento.

– Prepare-se para realizar um relâmpago dali. - Disse Bruno. – Faça isso depois do Clarão! -

Bruno abaixou-se tampando os olhos e Jolteon criou um flash de luz que ofuscou a todos. Vurge praguejou e mandou que fosse criado um tornado para destruir o morro de areia e o que estivesse nele.

Bruno escutou o e sorriu. Tornado era realmente um ataque muito usado e não precisava ter grande precisão. Ele mesmo adorava usá-lo com sua ave. Sua ideia era algo insano e que acabaria de uma vez com a luta para Jolteon.

Jolteon correria para o morro e seria levado para o tornado e quando estivesse no alto e próximo à ave iria descarregar seu ataque relâmpago. Como a ave não poderia enxergar não iria evadir do ataque, até porque não esperava pelo relâmpago enquanto estivesse fazendo o Tornado.

Quando conseguiram voltar a ver o plano parecia ter sido efetuado com sucesso. Joteon estava caído inconsciente, mas Fearoe estava voando muito mais baixo e visivelmente com dificuldades de se manter no ar.

Bruno recolheu o pokémon enquanto o juiz analisava se deveria dar como sem condições a ave de Vurge para seguir na batalha. Bruno escolheu seu último pokémon enquanto Vurge permaneceu com um ferido Fearow na arena.

– Vamos nessa, Trapinch! - Bruno liberava seu ultimo pokemon.

Vurge fez uma cara de duvida sobre o que estava a sua frente. Era um pokemon ainda não evoluído, mas totalmente adaptado ao terreno em que estavam. Seria complicado um luta aérea contra aquele pokémon. Vurge viu a liberação do juiz e comandou seu Fearow para manter distancia. Iria fazer ataques a media distancia com Cortes de ar e não cometeria o erro de usar o tornado novamente.

Bruno iniciou com a tempestade de areia. Queria prejudicar a visão de Fearow. Aumentar a perda de danos a cada segundo e com sorte fazer a areia entrar no meio das penas, incomodando ainda mais os movimentos. Sabia que com o tempo Fearow sairia e Trapinch não sofreria os efeitos do Deserto. O problema todo ficava nos efeitos que o deserto estava causando em Bruno, sua língua estava seca, sua pele ardia e sentia dores de cabeça e atrás dos olhos. Estava já com insolação e muitos outros problemas.

Não demorou para Fearow tentar os ataques de media distancia, mas errava todos e isso deu espaço para Trapinch, seguindo as orientações de Bruno, acertar um hiper raio em Fearow que caia sem forças. Vurge lançou como ultimo pokemon um Venomoth. A escolha era estranha, mas parecia que muito acertada. Assim que a batalha começou muito polem foi liberado, bem como ataques psíquicos. Trapinch evadia para debaixo da terra, mas mesmo assim as ondas psíquicas alcançavam-no deixando claro que a fuga era impossível.

– Hiper Raio! - Gritou Bruno.

– Raio Psíquico! - Comandou Vurge.

Os raios chocaram-se criando uma explosão. Trapinch foi jogado para trás e parou para se reestabelecer, afinal Hiper Raio levava um tempo para se recuperar após usado. No entanto Venomoth conseguiu reestabelecer-se rápido, após ter sido impulsionado contra uma duna de areia.

O voo do inseto foi imediato e preparou um Raio de Inseto para finalizar o adversário. No entanto, o raio errou o alvo devido a um brilho intenso que ocorreu de Trapinch.

– Outro Clarão? - Vurge protegia seus olhos. - Estou começando a achar que seu repertório é muito limitado! -

– Não fui eu! - Bruno estava caído de joelhos arfando muito.

Diante dos olhos de todos Trapinch estava evoluindo para Vibrava. Um pokémon alado de terra que muito lembrava um inseto subiu rápido da areia e mostrava-se recuperado de qualquer dano que lhe havia sido causado antes.

Bruno estava surpreso com a evolução. Aquilo era a chance de vencer pelos seus amigos. Viu o pokémon abrir a boca e uma rajada de fogo sair dele. Sorriu. Um ataque de fogo era tudo o que ele precisava, podia até sentir o calor. Fechou os olhos e não conseguiu mais abrir ou pensar em nada.

Bruno Ortega estava desmaiado e assim a luta estava encerrada devido a um dos competidores não ter condições de continuar.

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O hospital para os humanos era algo pouco movimento durante uma competição pokémon. Mas, quando alguém aparecia certamente era problema para ser tratado de imediato. As queimaduras de pele, provocado pelo sol e a insolação eram o pior problema para Bruno que não conseguiria ir para arena para competir naquele dia e talvez nem no outro. Vurge possivelmente foi seu último adversário.

– Não fique assim. Quase venceu Vurge. O Cara é líder de ginásio e líder de forças armadas. – Comentava Maria Paula. - Dizem que um líder das forças armadas tem nível de Mestre Pokémon, ou mesmo de Campeão de Elite dos Quatro. -

Bruno Ortega não tinha grandes esperanças de ser um finalista, mas queria ter derrotado ao menos um adversário em homenagem aos seus amigos, mas acabou sendo derrotado pela arena deserto. Era loucura pensar que se tivesse escolhido uma roupa melhor teria aguentado mais durante a luta e poderia ter vencido.

– Passamos por desertos, mas nunca imaginamos que teríamos de ter trago esse tipo de equipamento para a Quest Liga. - Celia Cerra parecia surpreso com os campos que estavam sendo usados. Naquele momento estavam acontecendo competições em alto mar. - Mas, foi sua melhor luta. -

– Sinto por não conseguir fazer o prometido. - Comentou Bruno desanimado. - Desculpa! -

O competidor que não mais entraria em campo por conta de sua saúde tentou conter as lagrimas. Os quatro amigos olharam-se também em lagrimas. Nenhum deles realizaria o sonho de serem Mestres, mas sabiam que dificilmente alguém sairia dali como tal. Era apenas um degrau que poderia os posicionar melhor naquele mundo tão difícil.

– Não precisa se desculpar! - Diz Gustav. - Vamos trabalhar mais duro e na próxima vamos estar preparados para qualquer coisa. -

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– Julio e Lance estão empatados cada qual em seu último pokémon. - Narrava uma das batalhas da sexta rodada. - Sendo o seu palco o alto mar, alguns treinadores estão levando grande desvantagem. -

A sexta rodada era feita em alto mar. Havia um grupo e pedras onde os pokémon que não nadavam poderiam ser liberados, mas era tão pequeno que tornava-se uma chacina para qualquer um que fosse aos corais. Os treinadores eram levados de lancha até os locais e nas lanchas permaneciam para realizar a batalha. Uma disputa seis contra seis que estava dando o que falar.

Lutar em terrenos inesperados era uma qualidade que poucos treinadores possuíam e nem sempre os mestres estavam preparados para fazê-lo. O que era uma disputa aquática acabou tornando-se uma disputa aérea entre Julio Pendraco e Lance.

Os dois estavam com seus últimos pokemon e curiosamente eram da mesma espécie. Dragonite de Lance contra Dragonite de Julio. Ambos liberados ao mesmo tempo, já que ocorreu um desmaio duplo com os pokémon anteriores deles.

Se a rivalidade entre os mestres do tipo dragão já não fosse um prato cheio para os telespectacores, os pokémon acabaram rivalizando devido a serem da mesma espécie. Por uns bons dez minutos ignoraram os comandos, tentando provar de imediato quem era o melhor naquele momento. Em velocidade o de Lance ganhava, mas perdia em força para o de Julio. Em golpes do tipo dragão e voadores eles igualavam-se. O que começava a fazer diferença eram os movimentos de tipos variados que dominavam, que só começaram a usar após perceberem que seus treinadores estavam tentando lhe dar a vantagem.

– Essa luta está muito intensa! - Ria Julio para Lance. Com o tempo eles haviam deixado de lado parte da rivalidade, admitiam que ambos eram bons possuíam excelentes pokemon e não haveria realmente do que se envergonhar se perdesse para o outro. -

O mundo escutou a declaração de Julio e começou a comentar sobre como ele parecia estar divertindo-se.

– Falando em lutas intensas, nada é pior do que está acontecendo neste momento na Chave 4. - Disse Trainen. - Apesar de ser em alto mar, com muita água em volta, o que deixaria as coisas bem fresquinhas, ela está pegando fogo. -

– Se você está falando da Luta de Ash e Misty eu diria que presidente precisava ter ficado em sua cadeira de honra, pois ele está levando uma tremenda surra da flor aquática de Cerulean. - Disse Poken. - Ou Seria Sereia aquática? Eu nunca lembro o título que elas se davam. -

– O título que ela se dará, se vencer a essa disputa luta será, com certeza de Mestra vingadora das águas. - Disse Trainen. - Ela realizou uma batalha incrível contra Wallace derrotando-o e fazendo-o engolir muitas acusações sobre ela ser da Extinta Equipe Rocket. -

– Mas, ela precisará muito mais do que essas parcas vitórias para ir para as finais. Até agora venceu apenas duas lutas, mesmo que vença essa terceira competição, precisará vencer as duas próximas e torcer por uma boa combinação de resultados. - Poken riu. - E a sorte não está com ela pois a batalha de Julio e Lance acabou empatada fazendo com que ambos continuem na disputa. Os cinco Mestres continuam tendo perdido apenas uma disputa cada um e esse empate os mantem pontuando. No momento Flint, Wallace e Julio estariam avançando, mas Julio está empatado com Lance e ganha apenas pelos critérios. Um deslize e as coisas podem mudar. -

– É uma pena que o presidente vá ficar fora das finais. Mas, tendo vencido apenas duas batalhas até agora ele precisa vencer essa e torcer que nem a Misty. Mas, felizmente ele teria batalhas diretas, diferente da sua antiga amiga que agora visivelmente é um desafeto. -

A batalha que ocorria em alto mar estava dando muita vantagem para Misty. Ash não praguejava contra aquilo, mas não queria interagir com a antiga companheira, como costumava fazer com qualquer outro adversário. A suspeita que ela era da Equipe Rocket o irritava e a falta de defesa da mulher era algo que ele suportava ainda menos.

No entanto, ele tinha que admitir, ela estava em sua melhor forma. Naquela batalha seis contra seis ele estava levando uma surra que não acreditava ser possível. Havia conseguido levar a luta para o último pokémon dela fazendo sacrifícios. Seus pokemon aquáticos e voadores eram abatidos um a um e pickachu teve que abater três. Ele agora usava seu Buizel que conseguiu derrotar o Feraligator que ela herdou de Wins, mas estava exausto e Misty guardou o seu melhor para o final, Gyarados.

– Eu espero que após isso possamos conversar. - Disse a ruiva que teve a vantagem da batalha durante todo o tempo. - Somos amigos desde os 10 anos de idade. Não faz sentido você virar as costas para mim por causa de um boato. -

– Não é só o boato! - Disse Ash. - Você não entendeu minha posição quando eu precisei e agora pede para eu confiar em você. - Ash parecia irritado. - Pulsação de água. -

– Gyarados, espere o impacto da esfera na água e faça o mesmo. - Comandou Misty.

Realmente a mulher tinha controle pleno da batalha. A esfera lançada pelo pokemon de Ash colidiu com a água criando um maremoto e redemoinho que tentaram arrastar o pokémon de Misty. Mas, seguindo as instruções a Pulsação de água de Gyrados desfez todo o efeito do golpe que vinha contra ele.

– Então sua posição subiu a cabeça e não merece estar nela. Se você esqueceu o que é ser amigo, confiar nas pessoas, perdoar e ajuda-las a se levantar, não merece ser Presidente. – Disse MIsty. – Gyarados acabe com ele com Fúria do Dragão. -

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Era exaustivo e deprimente caminhar para um quarto vazio para conseguir recompor-se a uma derrota que era improvável. Mesmo vencendo Ash em uma batalha como a que teve, não acreditava que ao final dela eles ainda continuariam brigados.

Um sorriso falso. Um aperto de mão duro. Um abraço gelado negado. Enquanto seguiam para fora do oceano um ensaio de conversa foi realizado mais de uma vez. Misty tentou, mas Ash não queria papo. Não foi apenas a derrota, mas Ash questioanava sobre como recuperou todos os seus pokémon e porque Wins deixou para ela um de seus pokémon.

Para Ash não importava que o exército houvesse recuperado milhares de pokémon e devolvido-os aos seus legítimos donos. Para Ash não importava que outros treinadores tivessem recebido de herança de Wins um pokémon, mesmo que ele próprio também tivesse recebido. Importava que Ash não teve a compreensão da mulher quando precisou puni-la e importava que a mulher havia se juntado a Giovanni dias antes da Equipe Rocket fazer uma aparição.

Ash e Misty deveriam ter viajados juntos por algumas regiões menores durante o tempo que ela ficou na casa de Giovanni. Seria o ensaio de uma oficialização de relação, como Ash gostava de dizer. Mas, nada funcionou para eles após Misty ter todos os pokémon roubados.

– Já vi derrotados muito mais animados. -

Misty ao entrar no seu quarto surpreendeu-se com James a sua espera. Ela já havia visto-o assistindo as lutas junto a filha. Mas, não se atreveu a manter o olhar sobre ele muito tempo. No entanto, parecia que o executivo, ex-rocket, não via problema em serem vistos juntos.

– Como Ash e Serena? -

Misty fez uma indagação debochada e seguiu fechando a porta atrás de si e caminhando para o banheiro. Não daria atenção ao que o homem queria lhe falar naquele momento. Nada que ele dissesse poderia tirar de sua mente o fato de que assim que voltaram para terra firme, após uma luta no alto mar, Satoshi fora recebido aos beijos por Serena, uma antiga companheira de viagem do rapaz. Foi só ai que percebeu o anel de noivado que ele usava. Seu tempo com ele havia passado e até mesmo a amizade havia morrido.

– Lembra-se de quando perseguimos vocês durante a jornada pela Batalha da Fronteira? -

James falou e Misty o ignorou. Aquela era uma lembrança que ela não possuía. Ash não havia viajado com eles durante a Batalha da Fronteira e sim May. Talvez se tivesse retornado ao time durante a Batalha da Fronteira, o momento em que viu que Ash atraia bonitas meninas para perto de si, seria ela com anel de noivado.

– Estou pensando em abrir uma Batalha da Fronteira. - Disse James. - Na verdade, um Cinturão Aquático. -

James percebeu que não havia ganhado nenhuma atenção, mas compreendia. Ele já sabia do noivado a muito tempo. Enquanto auxiliavam Wins o noivado aconteceu para um pequeno grupo de pessoas. James acreditava que Misty até teria sido convidada se tivesse se prestado a atender os telefonemas, ou a abrir os e-mails que Ash enviaram diversas vezes.

– Uma região próxima a Tokai, composta de diversas ilhas, esta interessada em aventurar-se pelo mundo das batalhas pokémon. No entanto, não possuem dinheiro para criar uma estrutura e boa parte do dinheiro da Associação de batalhas está sendo empregado na reconstrução de estádios e cidades sedes de ginásio que foram destruídos pela Estilo de Poder. - James iniciou uma conversa que era quase de um lado só. A porta do banheiro estava aberta e a água do chuveiro já caia forte. - Enviaram uma carta a minha empresa pedindo algum patrocínio e pensei, ao invés de patrocinar poderia ser o dono. -

– O dono? - O chuveiro parou e a voz de Misty ecoou intrigada.

James viu a mulher sair ensopada de dentro do banheiro. Não havia tirado à roupa, apenas entrado no chuveiro e deixado a água cair. Estava realmente deprimida e talvez quisesse esconder, dela própria as lágrimas.

– Estou montando a proposta. Seria uma competição independente da Associação de Batalhas. Uma competição inteiramente nossa em que exploraríamos a água. - James sorriu ao conseguir capturar a atenção. - A Associação só pode intervir se houver regras sendo infligidas em uma área de domínio dela, mas o fundo do mar próximo a uma região não afiliada a ela não é jurisdição dela. -

Misty piscou algumas vezes aturdida. James queria abrir uma competição sem a influencia do órgão regulamentador. Isso parecia o maior absurdo do mundo, mas significava estar longe de qualquer contato com Ash. Se viesse a funcionar poderia ser a maior pedra no sapato que Ash teria e poderia fazer o jovem ter que presidente se dobrar a negociar uma filiação.

– Por que eu? -

– Como disse: Cinturão Aquático. - Ele encarou-a. - A ideia inicial será explorar tudo que existe de pokémon relacionado a água. Não conheço ninguém melhor com essa habilidade. - James levantou-se e foi caminhando até el, passando pela porta do banheiro. - Já trabalhamos juntos e sei que tem potencial suficiente para ser a Mestra dessa competição. O que espero de você é que encontre outros para estarem conosco e... -

– Cuide da parte burocrática da competição. - Disse Misty completando o que viria a seguir.

Apareceu atrás dela colocando uma toalha nos ombros da molhada mulher.

– Se fizermos tudo certo, Ash terá que se submeter a qualquer vontade sua. – James disse por fim caminhando para a porta que daria para fora do quarto.

Ele sabia que Giovanni havia mexido com os sentimentos de Misty para convoca-la e não havia motivos para ele esconder que estava fazendo o mesmo. Nada era mais forte e perigoso do que os desejos de vingança de uma mulher deixada de lado.


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Notas finais do capítulo

No dia 25/12 (seria no dia 24/12, mas dois capítulos seguidos é complicado) teremos uma surpresa de NATAL DA PET! Então fiquem ligados.

Quero agradecer a nova recomendação que a fic recebeu! Luan1037 MUITO OBRIGADO!



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