PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 25
Capítulo 25 - Nivek contra Kevin


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo já diz tudo, né?



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O pequeno iate alugado por Elisa parava próximo ao Monte Pyre. Uma região onde um navio encalhou quando bateu em um grupo de rochosas. Com parte dele submerso o navio havia se tornado moradia para alguns pokemons marinhos e diversos pokemons fantasmas.

Poucos ousavam aproximar-se, pois temiam encalhar junto ao navio ou serem vitima dos pokemons fantasmas que pareciam gostar de proteger a morada. Treinadores costumavam aventurar-se naquele local para treinar ou mesmo tentar a sorte na captura de um pokemon fantasma.

Fosse qual fosse à alternativa, ninguém ousava entrar após o anoitecer, muito menos sozinho. Infelizmente, Nivek só tinha a opção de não entrar durante a noite já que não queria colocar ninguém em perigo para enfrentar Dex. Na verdade, ninguém queria entrar junto com ele.

O bote de resgate do iate desceu. Pequeno e motorizado, Nivek conseguiu guia-lo até uma grande abertura na lateral do navio. Prendeu o bote nas pedras e conseguiu entrar pela abertura. Olhou em volta e viu que curiosamente o corredor estava bem iluminado. Virou-se e fez um pequeno sinal para o iate. Ele estava pronto para entrar.

– Acha que ele tem chances? - Questionou um dos clientes de Elisa a própria.

– Nivek? - Elisa suspirou. - Só se ele se transformou em demônio sem que eu tivesse visto. - Elisa fez um sinal para o capitão do Iate que começou a se afastar. Agora Nivel estava sozinho.

Pokemon Estilo de Treinador
3ª Temporada - Combate nas Sombras
Capítulo 25
Nivek o pior Adversário de Kevin

O corredor pelo qual o buraco dava acesso parecia passar pelas cabines que um dia poderiam ter servido de quarto para membros da tripulação. Já estava com bastante lodo e outras sujeiras que o mar poderia trazer, mas curiosamente claro. A inclinação fazia com que Nivek precisa-se andar apoiando-se em uma das paredes. Sentia que cada vez que ia avançando ia ficando mais escuro, o que era um alivio já que não entendia como poderia estar tão claro se o buraco não era tão grande.

Após cinco lances de cabines ele chegou a uma escada. Poderia avançar pelo corredor ou descer pela escada. Havia a opção de subir, o que seria bem complicado com toda aquela inclinação, além disso, assim que se aproximaram um reconhecimento aéreo feito pelos pokemons dos clientes de Elisa que avisaram não haver movimento nenhum no convés abandonado. Ir até lá talvez fosse útil para encontrar um mapa do local, mas o que ele estava procurando, certamente iria encontrá-lo logo.

Sacando uma pokebola Nivek libertou Raticate. O rato olhou os dois caminhos já sorrindo ao saber que precisava ajudar a descobrir qual era o caminho que deveria seguir, mas antes mesmo que pudesse farejar o local tornou-se completamente escuro.

O pokemon rato deu dois passos para trás, para ficar mais junto a seu treinador. Os pelos ficaram todos ouriçados e ele já emitia um pequeno rugido irritado. O perigo estava aproximando-se.

Descendo as escadas, em pleno ar, surgiram chamas azuis. Elas flutuavam fazendo um corredor descendo as escadas como se aquele fosse o caminho que eles deveriam seguir. Não havia muito a fazer, Nivek sabia que Dex se mostraria cedo ou tarde. Acreditava que encontra-lo naquele pseudo labirinto seria mais um dos jogos de Dex, mas agora se via que ele não queria perder tempo deixando-o andar pelo navio.

Para Nivek aquilo era ótimo. Já estava atento a todas as possíveis armadilhas naturais que um local como aquele poderia conter, não queria ter que preocupar-se com armadilhas feitas por Dex, sabe-se lá com qual propósito.

Nivek levou a mão pokebola e Raticate rosnou. Ele não queria deixar o treinador sozinho naquela situação. Presa Selvagem sentia ao terrível no ar desde que tudo se apagara. Nivek também sentia algo ruim no ar e com isso Ele próprio já estava emanando algo ruim.

– Tente manter-se calmo e fora do caminho. - Nivek balançou a pokebola duas vezes atrás de sua cabeça. - Vamos nessa! -

Guardando a pokebola Raticate deu um passo a frente indo para a escada toda inclinada. Usava o rabo para tentar segurar-se, mas era difícil saber onde. O ambiente estava todo escuro e a pouca luz que as chamas azuis flutuantes emitiam não ajudavam.

Pouco a pouco a dupla começar a avançar pela escada. Observava as chamas com intenso cuidado, imaginando como ela teria sido feita. Uma gargalhada animada veio do nada. Uma voz chamando-os e pedindo ajuda. Outras vozes surgiam, mas não eram reconhecidas e nem identificadas sua posição de origem. As chamas trepidavam e às vezes trocavam de lugar umas com as outras.

Presa Selvagem parou olhando assustado enquanto Nivek parecia perder a paciência. Descia cada degrau segurando um grito irritado e limitava-se a dar um empurrão com o pé em seu pokemon que começava a querer ficar paralisado, mesmo mostrando pronto para atacar.

– São apenas pokemons fantasmas. - Disse Nivek irritado olhando para seu pokemon que começava a tremer de medo. - Não adianta tentar meter medo! -

Nivek berrou em plenos pulmões. As risadas foram ainda mais altas e o ambiente se iluminou e uma porta surgiu a dois degraus de distancia. O lance de escadas terminava. Inúmeros pokemons fantasmas apareciam rindo. Raticate contou pelo menos 10, mas desistiu ao ver Nivek concentrado na porta.

Uma porta grande e com duas partes para se abrir. Estava com bastante lodo nelas e Nivek pensou por alguns instantes que talvez aquilo fosse realmente uma armadilha e não a localização exata de Dex.

Ele respirou fundo. Precisou gritar para não se deixar enlouquecer pelas vozes. Lucas era a voz mais nítida e acreditava que alguns rugidos eram dos pokemons de Lucas. Mas, tinha impressão de escutar sua própria voz pedindo ajuda. Ele não se deixaria enganar por aquele tipo de ilusão criada por pokemons.

A porta se abriu sozinha e Nivek entrou no que parecia ser o salão principal do navio. Todo iluminado, com lâmpadas acesas e um jovem de cabelos e roupas roxas parado no centro. Sem sorrir ou mesmo mostrar muito mais do que um olhar satisfeito da situação. Na parede ao fundo estava Lucas, literalmente crucificado. Ele parecia ainda respirar, mas estava bem machucado. O sangue seco por sua roupa rasgada indicava que ele havia sofrido bastante. Próximo a ele estavam as pokebolas, que certamente eram deles. As pokebolas também estavam manchadas de sangue e qualquer um teria certeza ao dizer que aqueles pokemons teriam sofrido nas mãos de Dex.

Ainda havia algo a se preocupar, um pokemon roxo e de copo gordo. Braços e pernas curtos, mas que flutuava próximo a Dex. Talvez medisse quase dois metros. Aquele era o maior Gengar que Nivek já havia visto.

– Achei que não chegaria mais. -

Dex disse aquilo e a porta fechou-se atrás de Nivek. Imediatamente Presa Selvagem se colocou a frente de Nivek pronto para iniciar um combate que certamente não deixaria de acontecer.

– Se tinha tanta pressa poderia ter ido até mim pessoalmente. - Nivek ao falar mostrava estar segurando-se para não avançar contra ele.

O ambiente ficava carregado de uma energia ruim. Havia uma batalha de olhos frios e sem vida, de almas amarguradas e de crueldade.

– Não teria graça. - Dex deu alguns passos para trás, claramente para deixar todo o salão livre para a batalha. - Não sou um caçador. Mas, sei muito bem atrair minha presa para os locais perfeitos para que eu os devore. -

Nivek não desviou o olhar de seus curtos movimentos. Mas, já tinha percebido que diversos pokemons fantasmas começavam a aparecer ladeando as paredes daquele vasto salão. Ele não tinha ideia do que aqueles pokemons representavam. Sabia que não eram todos de Dex, mas visivelmente eles estavam interessados que aquela batalha começasse.

– Você pediu um demônio para te enfrentar. - Nivek fechou os olhos. - Talvez não nessas palavras. - Ele reabriu. - Liberte Lucas e vamos ver se seu encontro com o demônio é prudente. -

Dex deu uma pequena risada. Aquilo era monstruoso. O sorriso que ele fazia parecia mais um deboche. Gengar teve seus olhos brilhando por alguns instantes e o corpo de Lucas caia no chão. Dava para ver que ele sentiu a queda, confirmando que ainda estava vivo, mas não chegou a tentar levantar-se ou qualquer coisa parecida com uma tentativa de fugir dali.

– Acho que ele prefere ficar. - Comentou Dex ainda com um sorriso sinistro nos lábios.

A confirmação de que Lucas não tinha forças nem para fugir era o sinal de que a luta teria de acontecer e que realmente os dois seriam demônios naquela batalha. Nivek estava com uma pequena vantagem. Os golpes fantasmas de Gengar não atingiriam Raticate graças à imunidade que os pokemons normais têm.

Gengar levitou e partiu com velocidade para cima de Raticate. Presa Selvagem não perdeu tempo saltando para passar por dentro dele, certo de que não colidiria com nada. A imunidade era algo bem útil nessa situação. Os dois pokemons passaram um por dentro do outro e logo se viraram para um embate de verdade. O punho esquerdo de Gengar brilhou amarelo, cheio de faíscas. Raticate conseguiu escapar por pouco do golpe.

– Acho que está usando o pokemon errado. - Comentou Dex. - Seus ataques são a maioria normal, enquanto tenho uma vasta coleção de movimentos psíquicos, noturnos, elétricos e de gelo. Não preciso das técnicas fantasmas. -

– Sorte a sua! - Disse Nivek. - Presa Selvagem, use Bola das Sombras. -

Dex sorriu. Parecia que ele esperava aquele movimento. Gengar não se moveu e deixou o ataque vir contra ele. Saltou por cima da esfera, usando seu braço direito para tocar o golpe que desviara inicialmente. De repente, os olhos de Gengar brilharam e a esfera simplesmente deu a volta indo contra Raticate que arregalou os olhos assustados.

O rato foi acertado sem laçado para trás, próximo a Lucas. Ele levantou-se zonzo, mas viu que Gengar estava em cima dele o encarando. Ele parecia ainda maior e mais sinistro. Sentiu a perna querer começar a tremer e tentou recuar, mas sentiu o corpo de Lucas atrás, bloqueando seu recuo. Tentou iniciar um cavar, mas percebeu que o assoalho de madeira era um bloqueio a seu golpe.

– Feche os olhos e corra use ataque rápido para frente! -

Para qualquer pokemon do time de Nivek, suas falas eram sempre mais do que um comando ou ordem, significavam uma possibilidade de realizar um milagre. Presa Selvagem sabia que se ficasse parado iria levar algum golpe indefensável, em especial, pois atrás dele estava Lucas e logo após uma parede. Ele fechou os olhos e jogou-se.

Passou pelo corpo de Gengar que pareceu bem irritado, em especial quando risadas dos pokemons fantasmas que serviam de plateia começaram a surgir. Aquilo era tudo que o pokemon rato precisava. Ele gostava de ter suas manobras reconhecidas e com aquilo ele tinha uma força a mais para lutar contra o oponente mais forte que ele estava tendo. Um adversário que conseguia redirecionar seus ataques e era imune a mais da metade dos golpes que conseguia realizar.

– Pulsação das Trevas! - Gritou Dex.

Talvez a percepção do que acontecia estava tão apurada que se esqueceu do que acontecia ao seu redor. Nivek sabia que Gengar não havia usado a própria Bolsa das Sombras de Raticate contra ele. Os olhos brilharam para criar uma ilusão, a Bola das Sombras de Presa Selvagem era ocultada até depois do impacto e Gengar colocava uma outra em seu lugar, de mesma força e potencia. Nivek tinha ideia do que foi feito, mas não saberia explicar completamente.

Ilusão fantasma era algo que ele estava acostumado. Sua própria Gastly usava bem. Mas, Raticate parecia não conhecer esse tipo de movimento e com isso estava a se deixar amedrontar com um simples encarar. Pronto para tentar explicar ao seu pokemon o que vinha acontecendo, surpreendeu-se com o comando do Dex. Na verdade, surpreendeu-se com o efeito do comando. Ao invés de apenas Gengar realizar o ataque, todos os fantasmas realizaram o ataque contra Raticate e contra ele. Era um ataque feito por todos os lados.

Uma explosão e uma dor fora do normal tomou conta do corpo. Nivek se viu caindo e sentiu o rosto chocar-se contra um chão diferente do que esperava. Era para ser madeira, mas chocou-se contra grama.

Abriu os olhos assustado, certo de que já estava dentro de uma ilusão de Gengar, ou talvez de todos os pokemons juntos, o que seria ainda pior para conseguir libertar-se daquilo. Levantou-se com calma e percebeu que tudo ao seu redor estava claro. Era um dia ensolarado e ele estava próximo a uma floresta. Havia uma trilha por onde ele via um grande grupo em viagem.

– Eu tenho certeza que já vi esse grupo. - Falou Nivek a meia voz para ele mesmo.

Nivek estava escondido atrás de algumas árvores e sentia várias dores. Via algumas marcas de assado e queimado em sua pele, dando a certeza de que o Pulsação das Sombras realmente o atingiu. Manteve-se calmo na tentativa de não chamar a atenção da caravana que passava a pouco mais de 5 metros dele.

– bibi.. -

Nivek se virou rapidamente colocando-se em modo de defesa, mas seus olhos identificaram de imediato o que seus ouvidos não conseguiram. Ele estava de frente para Celebi. Pokemon psíquico planta com poderes de viajar pelo espaço tempo.

Nivek ficou encarando-o durante um tempo enquanto o pokemon sorria para ele. Nivek sabia dos poderes do pokemon e chegou a viajar com ele, pelo tempo, vendo no que uma de suas ações resultaria. Naquela vez o tempo parou, mas desta vez Nivek estava diante a ele com o tempo movendo-se.

– O que aconteceu? - Nivek questionou por alguns instantes, mas parou ao escutar uma pessoa da caranava.

– ... Ele está ansioso pelo inicio da Liga de Prata... -

Aquela voz ele não precisava de confirmação visual. Tratava-se de sua irmã. Ele espirou a caravana e a viu passar acompanhada de duas moças. Ele lembrava-se daquelas moças e da maioria das pessoas. Lembrava-se daquele dia, dois dias antes de chegar ao Monte Prateado para a edição da Liga de Prata. Tudo estava de acordo com suas lembranças e aquilo era difícil de acreditar.

NIvek virou-se para Celebi que ainda sorria. O pokemon apontou para ele fez gestos de luta, socando o ar com seus dois bracinhos e depois e palancou a cabeça negativamente. Fez isso duas ou três vezes, até que Nivek o segurou irritado.

– Você é um pokemon psíquico. - Suspirou Nivek visivelmente irritado. - Se quer me dizer algo, use seus poderes. –

Celebi pareceu revirar os olhos, talvez mais por desanimo do que para fazer algum movimento psíquico. Mas, após a isso uma voz veio a mente de Nivek com tamanha velocidade e pressão, que o jovem vestido de negro entendia o porquê Celebi não fizera isso desde o começo. A dor era grande em sua cabeça.

“Já tivemos mortes demais. Não gosto de alterar o tempo, mas talvez seja melhor assim. Você não deve chegar ao Monte de Prata. Sem você estar na Liga não haverá plano de roubo e não haverá mortes.”

Nivek sofrendo com a dor de cabeça que tinha com Celebi falando via telepatia arregalou os olhos. Uma chance de salvar Doko, Marcos e Détrio. Uma chance de evitar que Lucas viesse a ser sequestrado por Dex e quem sabe até de o avisá-lo que a Liga das Sombras iria seguí-lo. Uma chance de salvar a todos estava a sua frente.

– E aquele papo de não poder enganar a morte? - Nivek encarava Celebi. - Lembro bem do que me contaram posteriormente. -

“Tirei-o da batalha contra Dex para evitar que um dos dois morresse. A morte não pode cobrar por algo que não aconteceu. O roubo de seus pokemons durante a liga leva a quatro mortes, mas se seus pokemons não forem roubados...”

Celebi desapareceu em pleno ar, enquanto Nivek tentava recuperar-se. Ele não tinha certeza do que deveria fazer, afinal, se ele impedisse que ele mesmo fosse a Liga, aquela versão dele, a versão Nivek, desapareceria? Ele voltaria para uma realidade diferente, mas com aqueles pensamentos destrutivos e sede de vingança?

Sem tempo de organizar seus pensamentos Nivek percebeu o último integrante da caravana, passando um pouco mais afastado. Ele vinha treinando com seus Ampharos por quase toda a manhã daquele dia.

– Kevin! -

O jovem na trilha parou junto a seu pokemon lagarto amarelo. Olhou em volta viu Nivek saindo de dentro da floresta. Alguns instantes de surpresa de ambas as partes e o próprio Ampharos dobrou a cabeça confuso olhando tanto para Nivek quanto para o jovem loiro que estava ao seu lado, Kevin.

– Quem é você? - Percebeu que ficou para trás na caravana e rapidamente se colocou em modo de ataque. - Você se parece comigo apesar das roupas e do pouco cabelo preto a cabeça. -

Nivek demorou um pouco mais para refazer-se. Aquelas eram certamente as palavras que ele usaria. Por alguns instantes tinha certeza de que não conseguiria convencer o seu eu do passado de que deveria desistir da Liga de Prata. Talvez mostrar Bayleef ajudaria, mas certamente a pokemon é que entraria em parafuso e não sabia como ocorreria o futuro depois disso.

– Eu sou Kevin Maerd Júnior, uns três meses após a Liga de Prata. - Disse Nivek. - Você pode... - Nivek foi interrompido por um sapato que voou no seu rosto. - Então, e assim que as pessoas se sentem. -

Nivek bufou irritado com ele mesmo.

– Agora a Estilo de Poder está apelando. Clones descaracterizados vindos do Futuro? - Kevin já tinha o outro pé de sapato nas mãos. - Não me importa quem você seja, não levará meus pokemons. -

– Estou aqui para impedir que isso aconteça. - Disse Nivek que viu Kevin franzis o cenho. - Durante a Liga serei roubado. Digo... Será... Digo... Seremos... - Nivek sacudiu a cabeça não sabendo como se referir ao seu eu do passado. - Détrio e outros tentaram recuperá-los e morreram. A pirâmide correrá o risco de ser aberta e causar pânico uma catástrofe ainda maior. -

O loiro ficou olhando para o não tão careca, já que seus cabelos já começavam a crescer, em uma mescla de pontas pretas e raiz loiras. Falar que Détrio morreria parecia algo absurdo, mas que poucos sabiam que o abalariam. Já citar a pirâmide certamente era uma prova de que não era da Estilo de Poder.

– Se isso tudo é verdade. Ficarei duas vezes mais alerta... - Kevin começou a falar, mas viu Nivek fazer uma negativa. - Vamos supor que eu acredite. O que devo fazer? Apenas o fato de saber não ajuda? -

– Pessoas sabiam e não conseguiram impedir. Antes morriam outras pessoas. - Disse Nivek.

– Então você é o culpado de Détrio morrer. - Gritou Kevin irritado. - Deveria deixar as coisas seguirem seu próprio curso! –

– Não fui eu! - Gritou Nivek irritado. - Eu tenho culpa de ter deixá-los ir atrás deles enquanto enfrentava Ana. –

Kevin sempre teve a habilidade de perder a cabeça e ser escandaloso, junto sempre veio a habilidade de irritar as pessoas. Ele agora provava só próprio remédio, já que um irritava ao outro. O problema que Nivek estava enfrentando algo que ele não queria, o fato dele ser o culpado da morte de seus amigos. Ele já tinha aquilo em sua cabeça, mas era a primeira vez que alguém jogava aquilo em sua cara.

Kevin era escandaloso e estava sempre pronto para a briga. Nivek por outro lado sempre estava disposto a não enfrentar uma briga, pois estava cada vez mais predisposto a matar.

– Mentiroso! Eu jamais deixaria meus pokemons serem roubados e ao invés de resgatá-los iria enfrentar Ana. E ela jamais me enfrentaria dessa forma. Eu estava na Liga, porque iria lutar contra ela? - Kevin berrou. - Por que ela me enfrentaria? -

– Ela estará na liga para completar as chaves! - Grita Nivek. - Essa discussão não vai levar em nada. - Grita Nivek.

– Tem razão. - Gritou Kevin. - Passar bem. -

Kevin tentou dar um passo, mas Nivek impediu-o. O loiro teve o braço direito segurado.

– Não posso deixar que de as costas para Détrio e os demais. - Gritou Nivek.

Ampharos lançou um choque do trovão contra o Nivek protegendo seu treinador. Foi sinal pequeno, mas que o pokemon não deixou passar. Confuso com tudo aquilo o pokemon apenas viu o olhar de socorro de Kevin. Se o pokemon duvidava que os dois não eram a mesma pessoa, não pode questionar o ar de perigo daquele jovem vestido de negro e o pedido, silencioso, de socorro do que tinha certeza ser seu treinador.

Nivek foi lançado para trás. O garoto de negro tentou levantar-se por alguns instantes, mas a corrente elétrica o fez tremer. Ele respirou tentando controlar não só a tremedeira, mas também a raiva.

O choque o lançou para trás até fazê-lo chocar-se contra uma arvore. O corpo eletrizado e um aperto no coração. Nivek estava de frente para ele mesmo. Não conseguia fazê-lo acreditar em si mesmo. Sabia que se falassem de Détrio com ele iria recuar, tinha certeza que ninguém saberia disso. Se falasse da pirâmide ele iria duvidar e escutar, pois a sociedade secreta era secreta. Mentiria que nada sabia e ignoraria qualquer um, mas investigaria de alguma forma.

O coração palpitava diante a certeza de que aquele seu eu do passado estava deixando Détrio de lado, a própria sorte. Visivelmente o Kevin não ligava tanto para Détrio no passado. Talvez fosse apenas uma situação em que vê-lo morrer na sua frente mexe-se com seus sentimentos.

Nivek levantou-se com aqueles pensamentos na cabeça. Seu olhar amargurado começava a ir embora. O olhar vazio, frio e perigoso permanecia. Ele estava confuso. Ele estava ali, no passado, graças a Celebi, para impedir que o grupo morresse. Mas, abordar a si mesmo não estava funcionando.

– Julia. - Disse Nivek.

Kevin estava caminhando, ignorando Nivek e toda aquela história absurda. Porém, escutou o nome de sua irmã. Ele se virou e viu o jovem vestido de negro caminhando e passando por ele.

– Vou falar com Julia. - Disse Nivek ao passar por ele, sem dar-lhe muita atenção. - Sou cabeça dura, realmente posso não acreditar nisso tudo. Mas, Ju me reconhecerá. Mesmo que ela não acredite e não concorde em tudo o que estou falando, ela vai me reconhecer e vai pensar em uma solução para... -

– Não chegue perto de minha irmã!!!!!!!! -

Kevin não se conteve. Não deixaria um maluco como aquele chegar perto de sua irmã. No geral ele sabia que ela era muito melhor do que ele em tudo, mais forte, inteligente e habilidosa. Mas, Nivek apresentava um olhar amargurado e um de perigo que ele jamais poderia deixar aproximar-se de sua irmã. Mesmo sabendo que aquele poderia ser ele próprio, já não era mais o mesmo.

O loiro jogou-se em cima do quase careca e tentou socá-lo diversas vezes, gritando de forma descontrolada. Não havia diferença de forças, eles tinham poucos meses de diferença. A única coisa que diferenciava naquela luta no chão, onde um rolava por cima do outro era a disposição perigosa de Nivek.

Nivek levantou-se com rapidez para golpear seu passado. Foi um giro de corpo no chão, escapando do ataque descontrolado do loiro. Uma pedra surgiu e aquela seria a arma de Nivek. Da mesma forma que no deserto junto a Marjori, Nivek iria por fim ao seu agressor. De repente parou, com a mão a centímetros de seu rosto. Foi para trás, passo a passo fitando Kevin nos olhos.

– Por que parou? - Gritou Kevin. - Assim que baixar a gaurda eu vou acabar com você. Você não vai chegar perto da Julia. -

– Parei por causa dela. - Disse Nivek jogando a pedra para o lado.

– Do que está falando? - Kevin olhou em volta dando passos para trás. - Ela nem está aqui. -

– Não está. Mas, ela me ensinou a não ser mau. - Disse ele. - Eu não vou te agredir para conseguir o que quero. - Nivek olhava em volta falando alto e claramente confuso. - Eu vou falar com Ju, não importa o que aconteça. -

Kevin trincou os dentes irritado. Ele sentia que aquele cara tinha muito mais habilidades que ele. Era muito perigoso e mesmo mostrando que não queria fazer-lhe mal, não estava disposto a deixá-lo se aproximar.

O loiro sacou duas pokebolas e surgiu Bayleef e uma gigantesca ave com aves brilhantes completa impressionante. Ampharos no mesmo instante deu passos para frente e o trio de pokemons de Kevin ficou a frente dele.

– Não vai se aproximar de minha irmã. -

O grito de Kevin fez com que as pokebolas de Nivek se agitassem e Demônio das Chamas, Fúria do Deserto e Monstro do Pantano saísse de suas pokebolas e para proteger seu treinador.

Nivek ficou espantado. Aquilo estava ficando fora de controle. Ele já estava incrédulo com muita coisa, mas com seu trio de selvageria sair das pokebolas sozinhos para defendê-lo era surreal. Ele sentia a cabeça começar a doer, provavelmente o cansaço e desgastes dos dias que estava tentando chegar a Dex estava finalmente aparecendo.

– Não vou lutar comigo mesmo. - Gritava Nivek. - Está louco? Eu não sou assim! -

– Então você não sou eu mesmo. - Gritou Kevin. - Protegerei minha irmã custe o que custar. -

Os pokemons de Kevin preparavam-se para um ataque, enquanto os de Nivek já urravam como costumavam fazer durante as lutas. Nivek correu e ficou no meio do embate.

– Ninguém vai lutar. - Gritou Nivek. - Meus pokemons não brigam entre si.- Gritou ele.

Nivek olhou para cima irritado.

– Está ouvindo desgraçado. - Ele gritava para cima. - Meus pokemons não vão lutar entre si. E eu vou te dar uma surra por criar esse tipo de situação, seu merda! -

No entanto, os pokemons não pareciam escutá-lo e os seis dispararam seus golpes uns contra os outros, tendo Nivek no meio. Os golpes colidiram com o corpo de Nivek fazendo sentir a maior dor de sua vida, fazendo tudo ficar escuro.


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