PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 14
Capítulo 14 - O que aconteceu?




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O clima nunca esteve tão estranho naquela sala de reuniões. Mesmo após a morte de Bugzy as reuniões da elite da Estilo de Poder era um convite a diversão. Sempre havia uma picuinha, uma provocação, uma risada e uma gozação. Mas, o último acontecimento levou a todos a temerem as decisões que se tomariam.



Que a Estilo de Poder era suprema em muitas partes do mundo, ninguém poderia negar. Se os Supervisores de cada região grande e os Administradores já haviam perdido uma ou outra batalha, era compreensível quando analisado a experiência que eles tinham de batalha. Mas, um General perder uma batalha quando o próprio era desafiado, havia algo de errado.



– Se ninguém tiver mais nenhum assunto, trataremos da derrota de Draco. - Comentou Bill de sua cadeira, de forma calma e desinteressada.



Estávamos todos presentes, inclusive um irritado Draco. A menção de que ele havia sido derrotado não feria o ego dele, mas o fato de insinuarem que ele foi derrotado era o que o irritava.



– Draco estava a caçar Lubia para capturá-la. Apesar de ficar torturando-a por alguns dias, fazendo-a achar que tinhas chances, ele seguia bem com a missão. - Davis era o administrador adolescente que comanda os generais. - No entanto, ele foi surpreendido pela aparição de Lucas Turtle e o estranho Nivek. O jovem desconhecido emanava uma aura assassina que se igualava aos mais perigosos que já encontramos. - Davis por alguns instantes a leitura do relatório que estava em suas mãos. - Até eu teria mudado meu foco. - Ele riu. - Diante o desafio e mistério apresentado pelo jovem Draco mudou o foco deixando Lubia escapar e indo atrás do novo alvo. -





Davis parou a leitura e olhou o grupo. Aquele era o primeiro ponto a ser discutido, o abandono, mesmo que temporário, da missão. Aquilo não poderia ser admitido por na organização, não quando estavam em um momento tão delicado de suas operações.





– Creio que você falou tudo. Qualquer um aqui, de frente para o tal Nivek, emanando uma aura sombria e assassina, teria deixado qualquer coisa de lado, para conferir um pouco do jovem. - Melanni comentava de forma distraída. Ela era a administradora adolescente da área de pesquisas. - De qualquer forma, o Ceifador confirmou-nos que esse Nivek realmente emana essa aura e que ele faz parte da tal Liga das Sombras. - A menina parou alguns instantes. - Creio que teríamos tido outras oportunidades para encontrar esse garoto, mas como ele não sabia dessa ligação do jovem com a Liga das Sombras, ele fez a escolha mais lógica. -





O grupo olhou-se por alguns instantes, estava claro que a primeira ação problemática de Draco não havia sido um erro. Não haveria punição por aquele problema.



– Quando a luta foi iniciar Nivek apresentou o Monstro do Pântano. - Davis apenas comentou não dizendo mais nada. Aquele era o segundo ponto, um dos pokemons que eles tinham interesse surgiu na frente do General e ele não comunicou. - Não julgo isso um problema, já que você é um general, mas me responda uma coisa com toda a sinceridade. - Davis fez uma pausa. - Se eu te punisse por não ter nos informado sobre a presença do Monstro do Pântano, acharia justo? -





Draco suspirou. Ele estava irritado a todo o tempo e não tentava esconder aquilo. Nem poderia esconder nada com a presença do terceiro administrador adolescente na sala, Rainner. Mas, era revoltante questioná-lo por causa de um pokemon.





– Aquele pokemon tem seu potencial, a selvageria dele é notável. - Disse Draco passando a mão nos seus cabelos. - Mas, ele não apresentava nenhum tipo de desafio. Ele era um assassino também, sem dúvida alguma, mas apenas para pessoas sem preparo. Quando de frente para treinadores medianos não oferece muito trabalho já que é muito jovem, conhece poucas técnicas e ainda não está treinado. -



– Mas, você foi derrotado por ele, certo? - Violeta Flamejante não perdeu a oportunidade de jogar o companheiro general no fogo. Ela sempre era o alvo de chacotas e deboches entre os generais, nunca teria uma oportunidade como aquelas.



– Não. - Disse Draco. - O que ocorreu foi... -



Draco parou quando Bill deu uma tossida. O líder queria ir passo a passo e não pretendia deixar que algo fugisse ao controle naquele momento.



– Sua mudança de foco não será punida, já que era algo necessário. - Disse Bill. - Mas, quando lhe apresentado o Monstro do Pântano você entrou na missão de outro e isso significa que a obrigação era avisar. Independente do seu posto e suas habilidades, o dono da missão saí prejudicado quando outro interfere. - Bill olhou para o Ceifador.



– De fato! - O Ceifador piscou algumas vezes. - O Evento de ontem ocorreu na hidrelétrica pelo comando de outro organizador, o Gaulês. Instrui o campeão, Dex, a testar o Monstro do Pântano e as habilidades de Nivek. Alguns agentes da Estilo de Poder estariam lá disfarçado para roubar o pokemon ao final do evento. - O supervisor levou a mão à têmpora por alguns instantes. - O que aconteceu foi que Nivek não pareceu. Dex já nutre uma vontade de enfrentá-lo e como não o encontrou lá... - Ceifador preferiu não dizer como tudo acabou. Não era assunto para a Estilo de Poder. - A única vez que vi o Nivek foi quando ele capturou o Monstro do Pantano. Mas, não era hora nem lugar para lutar com ele. Eu sempre sei onde ele estará nos finais de semana. -





– Como pode ver meu caro Draco, sua falta de comunicação prejudicou a missão de um dos nossos. - Bill ponderou por alguns instantes. - Retirarei sua missão de Caçar Lubia. Ceifador passará a fazê-lo. -



Todos assentiram. Nenhum general parecia querer largar o que estava fazendo para caçar a menina gênio, que o supervisor cuidasse disso, já que ela estava na sua área.



– A luta ocorreu da forma que Draco gosta, honrosa. - Davis revirou os olhos voltando a ler o relatório. - Durante a luta Draco tentou recrutá-lo, mas ele não era o tipo de pessoa a ser recrutado. Com isso o ataque final foi realizado e o jovem e seu pokemon finalmente uniram forças e ele ensinou no meio da batalha como usar a Pulsação das Sombras. -



O silêncio pairou. Aquela era uma habilidade que mesmo os mestres pokemons mais habilidosos não conseguiam ter. Ensinar uma técnica, por mais simples que ela seja, a um pokemon, durante a batalha, requeria um conhecimento sobre pokemon e técnica muito grande para um jovem. Mesmo assim, ainda havia toda a pressão que pokemon e treinador sofriam durante a batalha e teria que haver uma sincronia grande entre o ensinar e o aprender.



– Tirando Davis e Kevin, não me lembro de nenhum adolescente que o faça. Mas, certamente há muitos escondidos por ai graças as nossas ações.- Comentou Melani. - O relatório de Draco diz que o Nuzleaf não obedecia a Nivek, mas que recebeu a instrução de como fazer um absorver e o próprio evoluiu a técnica para um Mega Dreno. Logo após ensinou-o detalhadamente a fazer a Pulsação das sombras. - Melani ficou de olhos fechados pensando durante um tempo. -



– Precisamos capturar o garoto. - Comentou Venon Hidráulico. - As habilidades dele realmente podem ser uteis e convenhamos que mesmo que ele não tenha passado no teste inicial, podemos convertê-lo. - O general parecia interessado em contar com aquelas habilidades de ensinar técnicas em meio a batalha. -



– Eu não iria tão longe quanto a isso. - Disse Melani. - Absorver e Pulsação das Sombras são técnicas que o Nuzleaf aprende ao decorrer de sua vida, ou quando evoluir. Temos que levar em conta que uma coisa é ensinar uma técnica que o pokemon ainda não conhece e não está apto a usar e outra é ensinar uma técnica que ele já está apto a usar e teoricamente já até aprendeu, mas ainda não sabe disso. -



Uma questão cientifica pertinente que não seria discutida naquele momento, pois não era o foco. Independente se Nivek ensinou ou não a técnica do nada ao pokemon, treinador e pokemon eram importantes para a Estilo de Poder.



– Temos que encontrar aqueles dois. - Comentou Bill. - Colocaremos alguns agentes em busca deles, pelo menos para identificar o paradeiro. Quando a derrota de Draco... -



– Eu não fui derrotado. - Draco levantou-se irritado. - A Pulsação das Sombras dele não foi executada perfeitamente e explodiu toda a área, ele mesmo foi acertado e lançado em alguma parte de lá que não encontramos. O jovem é bom, é como uma Lubia, Marjori ou Trevor. Completamente inconsequente! - Draco bateu com a mão na mesa. - Meu pokemon e eu não desmaiamos, o cara simplesmente desapareceu na noite quando conseguimos nos reerguer e iluminar a área, foi no mínimo empate. Mas a verdade é que ele encontrou uma brecha e fugiu. -





A irritação era visível. Pelo fato de ficarem falando que ele foi derrotado e pelo fato de ninguém conseguir encontrar o garoto. Era como se ele tivesse sido desintegrado. Um grupo da Estilo de Poder varreu o local, mas não conseguiram identificar nada que pudesse explicar onde o garoto foi parar. O Caçador e o Ceifador estiveram no local. Mas, o máximo que puderam deduzir era que ou algo o teleportou ou ele foi lançado longe, para próximo de um veículo que passava e o socorreu. Mas, os próprios duvidavam que aquilo poderia ter sido possível, ou Draco teria visto o veículo.





– De qualquer forma, perdeu o menino e o pokemon e deixou seu alvo prioritário fugir. - Davis parou. - Para cada dia que não tivermos noticia desses dois, você coordenara a divisão de faxina. -







Pokemon Estilo de Treinador
3ª Temporada - Combate nas Sombras
Capítulo 14
O que aconteceu?







Quinta feira – dois dias para o Evento do Gaulês



Os olhos estavam meio pesados. Sabia que a exaustão limitaria suas ações, mas já não sabia se era apenas exaustão ou efeitos remanescentes do pó do sono. Fosse como fosse, Lubia não pretendia ficar na cidade por muito mais tempo. Havia passado a manhã toda dormindo e naquele momento, ela precisava voltar a sua busca.





– Se continuar com essa ideia vou te colocar de castigo. -





Lubia foi pega de surpresa. A voz vinha de forma calma, mas com tanta autoridade que ela não sabia se poderia recusar obedecer à mulher a sua frente. Fingindo não entender o que falavam com com ela, ela continuou o seu almoço, tentando lutar contra a lentidão e o cansaço.



Aquela era a sala de jantar da casa do Líder do Ginásio Norman, pai de May. A refeição foi servida um pouco mais cedo, para atender as necessidades da hóspede inesperada que receberam. Lúbia havia chegado desacordada e com os ferimentos, apesar de cuidados, ainda precisando de alguma atenção. O motorista explicou o ocorrido e falou sobre os dois jovens que estavam com ela.



Norman não os conhecia, mas compreendia que eram amigos de sua filha. Além disso, a menina era uma treinadora em apuros e ele um Líder de Ginásio, não havia como abandoná-la a própria sorte. Ela precisava de cuidados e proteção.



Acordando a pouco mais de uma hora e já sendo levada para a mesa do café, ela não precisava de nenhuma explicação sobre onde estava e como havia chegado ali. Seu corpo e mente estavam cansados, mas ainda conseguia raciocinar o suficiente para saber que seu amigo a pôs para dormir e a mandado para um local seguro.





– Desculpe minha esposa, mas ela tem essas manias de querer colocar os treinadores que passam por aqui de castigo caso estejam fazendo alguma bobagem. - Norman sorriu sem graça. - Mas, confesso que terei de concordar com ela nesse momento. Você ainda está ferida, levou uma boa quantidade de pó no sono na cara. No entanto, seu olhar indica que está tentando reunir sua energia para cair na estrada assim que terminar o seu prato e agradecer pela hospitalidade. -





Lubia manteve-se calada realizando sua refeição. Ela não queria ser mal agradecida e nem indelicada naquele momento, mas também estava se perguntando o que teria acontecido com a dupla que visivelmente ficou para trás para lhe dar uma chance. Afinal, Draco não iria se deixar abater apenas por uma nevoa. Se ela estava li em segurança, dificilmente os meninos estariam.





– Obrigado pela preocupação. Disse Lubia finalmente. Fazendo Norman e sua esposa a olharem. - Entendo a posição e compreendo que mesmo que eu conte meus motivos não deixaram que eu parta. - Lubia encarou Norman. - Então vamos direto ao ponto, eu batalho com você e assim que eu te derrotar, terei provado que estou em condições de seguir em frente. -



– Assim após a luta seu cansaço será maior, tanto para você quanto para seus pokemons estando ainda mais vulnerável. - Norman deu uma pequena risada. - Lubia Mar! - Exclamou o líder. Sei que está caçando alguém, sei que está preocupada com seus amigos e sei que está sendo caçada pela Estilo de Poder. Qual será sua opção ao sair daqui? - Norman levantou-se deixando a esposa surpresa. - Normalmente eu não tento controlar a visa dos treinadores que passam por aqui. Mas, a Estilo de Poder não me deixou muitas escolhas. -





Lubia suspirou. Ela tentava se questionar quais as intenções de Norman a ajudando, mas a mente ainda estava nublada. A pergunta dele era coerente e ele sabia demais da menina e o que ela andava fazendo.



– Minha família foi atacada por um estranho treinador que não apenas os derrotou. Pegou seus pokemons iniciais e os levou a loucura. Não sei exatamente o nome dele, mas sei que seus pokemons tem nomes de deuses antigos. - Lubia parou. - Eu estava indo atrás dessa pista quando Draco me atacou e depois de algum tempo esbarrei com os meninos. Eu vou seguir a pista que tinha. Ir atrás dos meninos não vai salvá-los. -



Norman balançou a cabeça compreendendo.



– Tenho que ir atrás dele antes da pista esfriar. - Comentou Lubia. - Então agradeço toda a hospitalidade, mas... -



– Não se preocupe. Meu filho e meus assistentes de ginásio a levarão até ele. - Comentou Norman. - No mês passado um treinador com pokemons com nome de deuses passou por aqui. Ele veio do mesmo continente que você, ou pelo menos diz ter passado por lá. - Norman sorriu. - Vou te mostrar uma foto e minha equipe te levará em segurança até o último ponto a cidade onde ouvi dizer terem o visto. -



Lubia olhou para Norman e depois para a esposa dele. Colocou o dedo na bocheca durante alguns instantes forçando um pensamento rápido.



– Ok! - Lubia encarou o casal. - O que está rolando aqui? Como sabem onde ele está e porque vão me ajudar? -



– Sabemos onde ele está porque ele roubou uma pedra de evolução do ginásio. Mas, levou a caixa com o rastreador, sem saber. - Sorriu Norman.



– Vamos te ajudar pois sabemos que depois de acertar as contas com esse rapaz, só vai restar vingar seus amigos Détrio e Doko. - Sorriu a esposa. - E quando chegar essa hora, teremos prazer ajudar novamente a invadir a base da Estilo de Poder. -





– O que? - Lubia piscou algumas vezes tendo certeza de que estava com a mente lente.





<><><><> Madrugada de Quinta Feira <><><><>



– Eu disse que iria demorar mais do que 10 minutos para trocar um pneu. Olha o tamanho dessa coisa! -



No meio da escuridão alguém parecia não estar feliz com a situação. Reclamando com outra pessoa que possivelmente estava próximo a ele.



– Enfim, achei a lanterna. - Continuou a voz. – Agora tente não perder os parafusos novamen... -



A pessoa não conseguiu terminar de falar. Algo o acertou de repente e começou a lutar contra ele. Ele tentou berrar, mas sua boca foi tampada de forma apressada.



– Fique quieto. - A voz saia quase em um sussurro. - Olhe as chamas ao longe. -



Reconhecendo a voz de seu colega de viagem o rapaz da lanterna tentou acalmar-se e viu que não muito distante deles, talvez a um quilômetro de distancia percebia-se chamas iluminando a noite. Parecia ser um lança chamas, mas nenhum dos dois parecia ter certeza. A única coisa que sabiam é que aquilo não era normal.



Aquela dupla não esperava por uma situação daquelas. Trafegando por uma estrada no meio da nada, foram surpreendidos por um pneu furado que forçou a parar o trailer de viagem. Tentando serem rápidos acenderam apenas uma luz de emergência para realizar o trabalho, sem incomodar as duas moças que estavam no interior do veículo. Mas, a surpresa maior veio quando um caminhão desgovernado passou a centímetros do trailer, quase os acertando, mas não poupando a luz de emergência, que fora estraçalhada.

Era como se o motorista do caminhão não os tivesse visto, ou mesmo tivesse notado que passou por cima de algo. Após alguns minutos praguejando e colocando a culpa um no outro pelo que havia acontecido, eles resolveram desligar as luzes do trailer, ou arriariam a bateria e procurar uma lanterna.



Enquanto um entrou para procurar uma lanterna o outro que desligara as luzes ficou sentado do lado de fora, esperando. Foi quando começou a ver as chamas ao longe, parecendo que uma batalha acontecia. Estava em uma parte já deixada para trás na estrada que em linha reta deveria estar a um quilômetro de distancia, mas como a pista fazia uma estranha curva, deveria ter quase dois quilômetros de pista. Atento imaginando quem ou o que poderia ser, ficou estático ao presenciar um claro que o permitiu mesmo a distancia identificar um macacão roxo. Assim que escutou o amigo a tagarelar saltou sobre ele para impedir que ele chamasse a atenção dos combatentes.



– É um General da Estilo de Poder. – Diz aquele que saltou sobre o outro. – Eu vi o macacão roxo. Vamos achar os parafusos e dar o fora. Evite colocar a lanterna para longe, apenas próximo à roda. -



– Oras... não seja medroso! O que a Estilo de Poder estaria fazendo... - O da lanterna parou de falar. Na verdade, ele quase foi interrompido por um urro animalesco.



Mesmo na escuridão e sem ver a expressão de pavor um do outro, eles sabiam que aquele urro não era normal e muito menos um bom sinal. Apressaram-se em terminar a troca, que faltava apenas parafusar.



“Pare!”



Um grito ecoou pela noite assustando-os. A dupla apagou a lanterna resolvendo sair do jeito que estava, faltava apenas um parafuso para apertar e isso não faria o veículo parar no meio do caminho. Tatearam a entrada do veículo e se prepararam para subir, mas não puderem ignorar as labaredas que surgiam ao longe.



Um Lança Chamas acontecia, mas ao invés dele seguir caminho ele parecia estar perdendo a força e encurtando. A dupla viu as Chamas desaparecerem do nada e sentiram uma forte onda de vento vir do lugar. Parecia que o confronto estava chegando ao fim, se aquilo fosse verdade, poderiam ser os próximos alvos por estarem no lugar errado e na hora errada.



Entraram fechando a porta. A lanterna foi reacendida apenas para conseguir dar a partida sem grandes trapalhadas. Eles não acenderiam os faróis até terem certeza que estavam distantes e evitariam frear para que os faroletes traseiros não acendessem indicando que ali estavam. A partida foi dada e o motor roncou de forma suave. O veículo começou a sair do acostamento e voltar para a pista, a lanterna ia ser apagada quando duas figuras humanoides chocaram-se contra o retrovisor fazendo a dupla gritar apavorada.



– O que está acontecendo? – Uma voz feminina veio alarmada da parte mais interna do veículo.



– Fale baixo. – Sussurrou o que reascendia lanterna. – Estamos com sérios problemas lá fora. -



A mulher tentou andar em meio a escuridão do trailer. Já havia percebido que as luzes não funcionavam e aquilo já a deixou ciente de que o alarde da dupla mais as luzes apagadas indicavam que estavam se ocultando.



– Deem a partida e vamos seguir. - Disse a Mulher. - É melhor que ela não acorde, temos de resolver nós mesmos.



– Não posso partir. Algo se chocou contra nós e está caído na nossa frente. - O motorista hesitou. - Acho que é uma pessoa e um pokemon. –



A mulher bufou fazendo o homem com a lanterna sair junto com ela para se livrarem do obstáculo e salvarem suas vidas.



<><><><> Manhã de Quinta feira <><><><>



A escuridão foi se tornando nevoa a medida que os olhos iam se abrindo. A mente ainda estava confusa e estranhava a maciez e textura do local onde estava deitado assemelhava-se ao de uma cama. Ele não tinha certeza, mas lembrava de uma das camas de Centros Pokemons. Os olhos abertos confirmavam que a estranheza era real, ele não estava em um quarto de centro pokemon.



O lençol que cobria apenas parte do seu corpo lhe dava a sensação de estar faltando peças de roupa em seu corpo, e podia confirmar que estava apenas de cueca o que forçou novamente a ideia de que ele estava em um Centro Pokemon. Nenhuma outra situação ele acordaria daquela forma, em especial por viver sendo hospitalizado, isso não parecia que iria mudar. Com os olhos abertos apenas percebeu que o local estava à meia luz. Ele esticou o braço direito a procura de um abajur e sentiu que tocou outra pessoa.



Franziu cenho imaginando o que estaria acontecendo. Mas, não teve tempo nem de imaginar o motivo.



– Depois de um show a Estrela dos Palcos dorme pelo menos dez horas. -



A voz rabugenta o fez arregalar os olhos esticando o braço esquerdo e finalmente encontrando o abajur e seu interruptor. A luz se acendeu e viu cabelos rosa a sua direita se remexendo a medida que o corpo, dono dos cabelos rosas, girava. Os olhos se encararam assustados enquanto nenhum dos dois parecia saber o que dizer.



– O que faz na minha cama? -



O berro foi alto seguido de um assustador salto da cama para agarrar algo para se defender. Mas, a menina ficou de pé apenas alguns segundos, até perceber que estava apenas com apenas uma camisola semitransparente que não chegava a seus joelhos. Ela agachou-se puxando os lençóis da cama, percebendo que o jovem ao seu lado estava apenas de cueca.



– Marjori Star não admite molestadores próximos a ela! - Gritou a menina deixando de lado o lençol e partindo para cima do rapaz.


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