Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 84
Capítulo 76


Notas iniciais do capítulo

Hello Guys! :) Tudo bem?

Capítulo atrasado pela falta de inspiração ontem. Passei o dia pensando em como escrever esse capítulo acreditam? O.O Eu tentei passar toda a comoção que vai existir no final, e espero ter conseguido.

Obrigada a todos pelos comentários maravilhosos!

Boa Leitura!!!



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Clarissa

Hulk vem em nossa direção como um furacão, depredando tudo ao seu redor. Simon assume a frente e detém o golpe da fera sem dificuldades, empurrando-o de volta com uma força equiparável.

— Ah cara, que emocionante — Zack diz enquanto Hulk urra furioso. — Quantas chances na vida nós temos de deter o Hulk? Acho até que vou tirar uma selfie.

Stella encara-o aparentemente atônita.

— Foco, Zack. Se a bomba explodir ninguém vai ver sua selfie.

— Não seja tão negativa — Zack usufrui de um tom infantil. Tanto Stella quanto eu reviramos os olhos.

Stella faz barras de metal brotarem do barro e aprisionarem o Hulk. Zack avança com seus raios contra o oponente, eletrocutando o homenzarrão que tenta resistir. Coloco as balas enfeitiçadas da Wanda no revólver Magnum, observando Sophia se apoiar na lateral da picape, completamente chorosa.

Franzo o cenho, mas me ocupo em mirar contra o oponente. Meus dedos pressionam o gatilho da arma, fazendo com que a bala traceje o caminho rapidamente até o peito do Hulk.

Seu corpo de imediato desfalece após um forte urro de estourar os tímpanos. Logo sua forma deixa de ser a de um monstro de mais de dois metros de altura completamente verde, dando espaço a um Bruce Banner pálido e... Argh! Pelado!

Stella desfaz seus poderes. Simon pega uma capa da picape e envolve o homem caído na grama, colocando-o sobre o ombro e levando-o até o veículo sem delongas. Coloco a Magnum no cinto de utilidades, satisfeita pela minha mira impecável.

— Preciso falar com você — Sophia diz com seus olhos ainda vermelhos pelas lágrimas derramadas.

Um pressentimento de que algo está errado me atinge subitamente. Sophia nunca esteve tão desesperada quanto agora, principalmente envolvendo algum assunto entre nós.

— Tudo bem — digo simplesmente.

Zack, Stella e Simon cuidam do Banner enquanto Sophia e eu nos distanciamos pelo quintal de sua casa (ou antiga casa). A capa da roupa branca da loira esvoaça às suas costas, e meus cabelos deixam meu rosto por conta do vento.

O céu apresenta tons claros, como um dia qualquer. Aqui é possível esquecer-se por completo da destruição.

— Você não parece bem — observo um tanto desconfortável. Nunca fui de observar tanto as pessoas ou me importar, mas algo dentro de mim já quebrou faz tempo essa regra.

— Minha avó... Que na verdade não é minha avó — Ela emite uma risada triste. — Descobri que ela é uma bruxa.

— Uau! Algo legal — ironizo olhando minhas unhas.

— Foi ela quem nos roubou Clary — Sophia sussurra, e suas palavras me fazem parar de caminhar imediatamente. — Assim que nascemos. E recebemos os mesmos poderes de Lexi. Somos algum tipo de... Pilares da destruição. Acredito que elas queiram preservar nossas vidas.

Franzo o cenho. Informação demais, rápido demais.

(...)

— Bruce, o que você descobriu até agora? — questiono com o celular no viva-voz, incomodada em como chamar o sr.Wayne.

— Consegui invadir as câmeras de segurança da cidade — Ele diz aparentemente concentrado. — Tem inúmeros acidentes na Wall Street. Vai ser difícil você chegar na Torre Stark.

— Eu dou meu jeito — digo com firmeza, respirando fundo repetidas vezes para controlar a raiva. — E Selina e Charlie? — tento manter o tom de voz natural.

— Eles mandaram notícias. Encontraram inúmeras armadilhas em Gotham. Bombas a cada dez metros — Ele parece completamente incomodado por não estar lá. — Inimigos aos montes.

Faço uma pausa, olhando para frente e acelerando. Perco por completo a noção do trânsito por alguns segundos.

— Pode procurar algo sobre linhagens de bruxas que tenham migrado para Nova York ou Gotham? — indago, com meu estômago revirando diante da possibilidade de correr por minhas veias o mesmo poder que o da Lexi.

— Posso saber o motivo? — Bruce pergunta astutamente, sem qualquer sinal de curiosidade, mas um pingo de preocupação rondando suas palavras.

Meus olhos encontram Sophia no banco de carona, que parece completamente assustada diante dessa possibilidade. No banco de trás, Zack, Stella e Simon discutem sobre qualquer coisa alheia à nós.

— Descobri que Lexi foi treinada por uma bruxa. — respondo com minhas mãos indecisas entre apertar o volante com mais força ou meramente largá-lo. — Ela adquiriu os poderes da Morte por causa de um ritual em que ela tinha de ter ódio puro. Acho que você é a fonte disso, papai. — ironizo, batendo na buzina logo que um carro passa em alta velocidade por mim, desesperado para fugir. Mas não tem para onde fugir, amigo! Estamos todos tão fudidos...

Bruce suspira.

— Não precisa me lembrar disso.

— Eu gosto de fazer as pessoas se lembrarem de seus erros — desligo a chamada sem remorso, continuando a acelerar. Passo três sinais vermelhos, atravessando uma maré de carros parados pela contramão.

— Acho que alguém aqui está furiosa demais com o universo — Zack masca algum chiclete, seu tom irritantemente debochado.

Reviro os olhos.

— Estou apenas sendo prática — olho pelo retrovisor por um segundo, a expressão zombeteira de Zack me fitando de volta. — Deveria fazer o mesmo.

— Eu vou considerar que seu mal humor vem da falta do Dylan — diz Zack encostando-se no banco novamente.

— Não a irrite. Ela quem está dirigindo — Stella bufa, cruzando os braços.

Sophia me encara. Eu não posso contar a ninguém sobre nós duas. Qualquer que seja nosso destino agora, temos de revolver sozinhas.

— Ah cara. Mas pensem só — Zack fala se espreguiçando. — Somos fodões agora. Eu sou filho de um deus que é filho de um deus que manda na porra toda. Stella é o clone do Magneto que pode destruir o planeta se quiser. Clary é filha do Batman e a mãe é a Mulher-Gato. E Sophia é filha do casal Richard do Quarteto Fantástico! Agora o Simon... É o Simon!

— Haha — o Walker revira os olhos.

Viro o volante com força, entrando em uma rua deserta, evitando um carro em chamas que bloqueia a avenida principal. O celular toca no momento que chego a 200km/h.

— Clarissa, querida, acha que pode ir mais devagar? — a voz de Selina Wayne soa despreocupada e quase entediada.

— Não se faça de boa mãe — digo friamente. — Não combina nem um pouco com você.

— Não é questão de me fazer de boa mãe — Selina praticamente ronrona. — É questão de ser uma boa mãe. Eu coloquei você e Charlie no mundo. Deveria me agradecer.

— Okay. Muito obrigada, Selina Wayne, por me colocar no mundo e deixar que uma velha caquética te engambelasse! — praticamente grito, buzinando para um pedestre idiota que tenta atravessar.

Selina fica em silêncio por um segundo.

— Querida, acabei de ver o Dylan Allen — Ela fala com um tom ainda entediado. Consigo imaginá-la cuidadosamente empoleirada em cima de algum prédio, agindo como um felino nas mínimas ações.

Tento não demonstrar certa surpresa ou uma clara curiosidade.

— Em Gotham? — pergunto, virando o volante mais uma vez e atravessando um caminho cheio de buracos.

— Não. Estou há uns dois quarteirões atrás de você. Ainda consigo ver você dirigindo que nem uma maluca. Olha só! Ainda não bateu...

— Selina! — grito batendo no volante. — Cadê o Dylan?

— Por algum motivo está indo atrás de você...

Freio logo que uma figura para diante do veículo. Meu corpo vai para frente e volta para trás de maneira brusca. Desligo o celular e deixo a picape.

— Porra Dylan! — grito, caminhando na direção dele com o coração batendo forte. As têmporas dele se encontram queimadas, e o uniforme do Relâmpago possui alguns rasgos.

Seus olhos continuam os mesmos, me encarando de maneira fixa. Por alguma razão meu peito se aquece.

— Entra logo no carro. Você não está bem — digo próxima bastante para tocá-lo.

Minha mão encosta em seu rosto, e nesse momento seu súbito movimento me faz arregalar os olhos. Ele segura meu pulso com força, afastando minha mão de seu rosto, em seguida recebo o soco.

Caio no chão, minha bochecha esquerda quente e carregada de dor. Meu tímpano retine, e vejo Dylan pronto para me dar mais algum golpe quando uma barreira se forma diante de mim. Sophia exerce seu poder mais uma vez, protegendo-me do Allen.

Como um animal fora de controle ele se lança contra o campo de força repetidas vezes. Continuo no chão, observando a cena com os olhos arregalados.

Lexi. Ela soube jogar.

Algo em meu peito se despedaça lentamente. Dylan berra a plenos pulmões, o ódio direcionado a mim completamente visível em seus olhos.

Lexi conseguiu destruí-lo. E ao mesmo tempo, conseguiu acabar com algo dentro de mim. Ela descobriu minha fraqueza, uma fraqueza que nem mesmo eu sabia ter.

A Mulher-Gato surge ao meu lado, envolvendo-me em um abraço e me tirando do chão.

— Temos que sair daqui, querida — Ela fala de maneira protetora, e sem pensar grito, tão alto e tão forte, que possa descarregar a dor que estou sentindo.

Tão forte quanto perder James, é a sensação de perder Dylan. Me sinto perdida, irremediavelmente perdida. Acabei de passar pelas piores partes da minha vida em questão de horas.

Stella tenta aprisionar o Relâmpago, mas ele escapa de seu ataque lançando-me um último olhar carregado de fúria.

Não, não, não. Se lembre. Se lembre de nós. Se lembre...

— Vamos embora — a voz de Simon é falha.

Minhas mãos cerram-se com firmeza e não consigo me mover. 

— Sou Dylan Allen — o ruivo estendeu sua mão para mim.

O fitei com o cenho franzido. Ainda tinha uma franja ridícula caindo sobre minha testa, e naquele dia em especial estava completamente perdida por NovaHead. Como eu deveria me portar em uma escola? Até então estava acostumada a... Matar e torturar.

— Clarissa Wayne — disse desconfiada, ignorando a mão estendida do garoto.

— Você é nova — Ele reparou, pegando rapidamente o horário de aulas das minhas mãos. — Posso te acompanhar nas suas aulas se você quiser...

—Eu não quero — tentei capturar o papel das mãos dele, no entanto sem sucesso. Ele era irritantemente rápido.

— Bom, então vou acompanhá-la mesmo assim — Dylan falou dando de ombros. 

Bufei, tão irritada e ao mesmo tempo sem saber como agir que chegava a ser perturbador.

 

Entramos na picape, e dessa vez Selina assume, enquanto sento-me no banco do carona sem ter o controle dos meus membros. A dor em meu rosto continua tão intensa, que parece percorrer meu interior pouco a pouco. 

 

Agora, mais do que nunca, preciso ativar o que quer que exista dentro de mim que possa deter Lexi Riddle. 


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam do capítulo. Lexi conseguiu um ponto a mais que Clarissa. E agora? O que esperam acontecer?

Amanhã trago a narração da Stella!

Espero sinceramente que tenham gostado ;)

Obrigada pelo carinho!

Beijokas!!!