Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 39
Capítulo 37 — Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Hey povo! Tudo bem com vocês?

Quero agradecer a todos os leitores que tem dado apoio no tumblr, e aqueles que comentaram bastante aqui na fic. 393 reviews galera õ/

Esse capítulo será divido em 3 partes. Espero que gostem ;)

Beijokas!



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Clarissa

Definitivamente, esta é a noite mais esquisita da minha maravilhosa vida (e olha que já tive muitas noites esquisitas).

A Stella e o Zack somem, o Fury (que eu achava ser imbatível) é baleado, e a tempestade continua incansavelmente.

Para piorar, fui escalada como super-heroína do dia ao lado do patético do Dylan Allen. Que maravilha.

Dirigindo seu Volvo habilidosamente pelo trânsito caótico de Nova York, Dylan mantém os olhos fixos à frente, enquanto eu ocupo o banco do passageiro com uma expressão tediosa na cara.

Tudo bem eu ir na casa da Stella atrás de pistas do seu suposto sumiço, mas logo com o trouxa do cabelo ruivo?

O James fica com a Aurora, e eu me lasco. Que romântico.

– Caramba, eu não suporto esse silêncio – o babaca de plantão liga o rádio em uma estação qualquer, onde “Maps” do Maroon 5 chega aos meus ouvidos.

Ok, essa é uma das minhas músicas favoritas, mas não quando Dylan Allen cisma de cantar junto.

O encaro de soslaio, desejando ter o poder de matar alguém só pelo olhar. Porque o maldito canta bem. Por mais que odeie admitir, ele parece ser bom em muitas coisas.

Repreendo-me pelos pensamentos, mas com uma imensa vontade de rir. Ao invés disso, encaro a janela repleta de pingos de chuva, mordendo a bochecha na tentativa de conter o riso.

Ele não vai parar mesmo?

– O Fury foi baleado, tem um monte de vilões vagando por aí, eu estou de mal-humor, e você ainda quer cantar essa bosta no meu ouvido? – arqueio uma das sobrancelhas para o Dylan.

Com um dar de ombros, o ruivo exibe um sorrisinho de canto irritante para mim.

– Quem canta os males espanta – ironiza, e reviro os olhos. – Você deveria ser mais gentil às vezes.

Faço uma careta em desagrado.

– Por que eu seria mais gentil? – questiono como se essa fosse a coisa mais ridícula que eu já ouvi (ops, e é).

Dylan me encara por uma fração de segundos, voltando a atenção para o trânsito.

– Isso faz as pessoas gostarem de você – explica, de uma maneira que nunca vi antes.

Continuo fitando-o por mais um tempo, antes de encarar os pingos de chuva da janela.

– Ser gentil é para pessoas boas, Allen – enfatizo, mexendo em meus cabelos. – Não para gente como eu.

– Acho... – Ele começa, mas vira uma esquina enquanto dá uma pausa. – Que você vive numa eterna TPM.

Reviro os olhos novamente, dessa vez sorrindo cinicamente. Dylan Allen é um merda de um babaca que possui sua razão.

(...)

O Volvo é estacionado ao meio-fio que antecede os jardins da casa dos Richard.

Mantendo minha faca segura no cinto do jeans, saio do veículo antes que meu bem-humorado acompanhante o faça.

A chuva parece ainda mais forte do que em outrora, e chego a estremecer ao sentir o frio incômodo em meus membros.

Dulan assume a frente, e o acompanho em seguida atenta a qualquer movimento em derredor. Com um chute desferido pelo Allen contra a porta, adentramos a casa da Stella.

– Não sabia que você conseguia arrombar portas, santo McQueen – provoco-o, com um sorrisinho cínico.

O ruivo revira os olhos fechando a porta cuidadosamente atrás de si. Retiro a faca do cinto, voltando minha atenção para a escadaria que leva ao segundo andar da casa onde se encontram os quartos.

– Vou verificar os outros cômodos – Dylan avisa, antes de desaparecer da minha frente graças à sua rapidez anormal.

Subo a escadaria rapidamente, apegando-me à cada detalhe visível. Apenas quando chego à porta do quarto da Stella reconheço a maçaneta retorcida – provavelmente pelo fogo.

– Não tem nada lá embaixo - a voz de Dylan soa próxima demais, e viro-me para fitá-lo com as sobrancelhas arqueadas.

– Não faça isso – murmuro, referindo-me à sua chegada silenciosa.

– Por que? Eu te assustei? – questiona inocentemente.

Ignoro suas palavras, indicando a maçaneta para ele.

– Stella teve problemas recentemente. O metal ainda está quente.

Dylan toma a frente mais uma vez, e empurra a porta com uma força maior do que a necessária.

Adentro o cômodo voltando-me para todos os lados, esperando que o inimigo estivesse por aqui. Infelizmente, não há ninguém.

– Ela não lutou – o Allen observa, notando a organização do quarto.

Abaixo a guarda logo que meu olhar repousa na cama da Richard, e em seguida para o tapete virado mais abaixo.

Guardo a faça no cinto novamente e agacho-me ao lado da cama da Stella. Tenho o vislumbre da caixa de metal que há tempos eu ganhara dela, como um bom esconderijo para minhas armas de emergência.

O que me decepciona é o local que a Richard cisma de colocar meu armamento. Logo debaixo da cama?

– Encontrou alguma coisa? – Dylan desencosta do batente da porta, vindo até mim.

Sento na cama colocando a caixa diante de mim. Puxo a faca do cinto, passando-a pela fresta entre a tampa, satisfeita ao ouvir o típico “clic” quando ela destrava.

– A Stella costuma guardar algumas armas para mim, caso eu precise em uma emergência – explico, retirando as pistolas e a munição de dentro da caixa. – Com certeza ela deixou alguma pista para mim. – Ergo os olhos, exibindo um sorriso de desdém. – Ela parece ser burra, mas no fim é inteligente.

Dylan pega uma das pistolas antes que eu possa dizer mais alguma cosia, e a desmonta com uma rapidez inestimável.

Oh, ele sabe desmontar uma arma. Admirável.

Reviro o fundo da caixa, buscando alguma inscrição ou fundo falso. Não há nada.

O Allen termina de desmontar a Glock 9mm, uma breve exclamação sendo emitida de sua garganta.

– Você tinha razão – me entrega um pedaço de papel. – A Stella deixou algo para você.

Leio a sequência de números, franzindo o cenho.

1998

– É a senha de algum arquivo dela – levanto-me indo até o computador da Richard, satisfeita ao constatar no gabinete um pendrive encaixado. Encaro Dylan, um sorriso vitorioso perpassando meus lábios. – Stella é previsível demais.

– E você tem um carinho enorme por ela – ironiza o ruivo, enquanto retiro o objeto da entrada da CPU.

Neste instante as luzes falham. Reteso-me, assim que a escuridão preenche o cômodo definitivamente.

Dylan guarda as pistolas dentro da caixa de metal rapidamente, entregando-me uma das inúmeras armas. Não o questiono e envolvo a Glock 9mm com meus dedos congelados pelo frio.

– Vamos embora – diz com veemência, atento a qualquer mínimo ruído.

Não contenho a risada irônica, guardando o pendrive no bolso interno da minha jaqueta.

– Está com medinho do escuro, Allen?

Antes que eu termine a frase, sou envolta em um abraço e arrastada para algum lugar qualquer que passa diante de meus olhos em um borrão, assim como todo o resto.

Um segundo depois, pisco repetidamente, tentando assimilar o que acabou de acontecer.

Dylan se mantém próximo, sendo apenas um contorno em meio à escuridão.

– Procurem eles – uma voz abafada chega até nós.

Finalmente reconheço o espaço como sendo o minúsculo closet da Stella, e a fresta debaixo da porta de correr deixa visível as sombras dos passos.

– Ele não é nosso chefe.

Movo-me, furiosa por ouvir essa voz novamente. Pertence a um dos grandes filhos da puta que compõe o time do Coringa.

Com a arma em mãos penso em atingi-lo com um bom tiro daqui, mas sou impedida pelo “ruivo”, que leva um dos dedos aos lábios, indicando para que eu permaneça calada.

– Mas ele é o Bane – uma voz débil masculina chega aos meus ouvidos. – Ele quebrou a coluna do Batman! Imagina o que faria com a gente.

Dylan e eu nos entreolhamos por um segundo, tentando conter o ruído abafado de nossas respirações.

Mesmo que eu esteja com uma grande abstinência de ação, não estou a fim de ter minha coluna quebrada hoje.

– Eu posso te levar embora – Dylan sussurra próximo ao meu ouvido, logo que os palhaços se distanciam do closet. – Mas preciso de espaço. Não posso te carregar com o Bane e esses caras aqui.

Respiro fundo, meneando a cabeça positivamente.

– Ok – digo categoricamente, apertando a pistola com firmeza enquanto desvio o olhar. – É melhor você ir para o hospital avisar aos outros sobre a pista da Stella.

Ergo o pendrive com o papel enrolado nele. Dylan apanha o objeto lançando-me um último olhar.

– Eu volto logo – promete, antes de se dirigir à porta do closet.

Assim que ele sai, consigo ouvir os barulhos no andar inferior e gritos de “Ele está ali!”. Fecho os olhos, entre as sombras.

A escuridão me trás as primeiras lembranças, que infelizmente não consigo conter.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto não tem bc, mas vou encomendar e em breve coloco. Estou muito na correria ultimamente. Mil perdões, gente ;)

Tumblr da fic: https://www.tumblr.com/blog/destroyers-fanfic

Até o próximo! Beijokas!



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