The darkness inside me escrita por marirdgs


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Tentei publicar várias vezes mas o site não deixava.

Esse capítulo é sobre o segundo ano. Espero que gostem.



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POV Hermine

Qual era o problema do Weasley? Eu estava fazendo todo o possível para me enturmar com esse mundo novo que até pouco atrás nem imaginava que existia. Eu passava os dias enfiada na biblioteca tentando aprender ao máximo sobre o mundo bruxo. Me esforçando ao máximo para provar que mesmo sendo uma nascida trouxa eu poderia ser uma boa bruxa.

– Droga – uma lágrima teimosa saiu do meu olho. Não bastava me deixar irritada, aquele idiota ainda estava me fazendo chorar. Como eu odeio o Weasley. Até pensei que poderíamos ser amigos, mas ele só sabe me deixar chateada.

Eu estava sozinha em um dos corredores do segundo andar. Todos estavam no Salão Principal aproveitando o jantar. Só eu tinha deixado de comer por causa daquele idiota.

– Hermione Granger – falei para mim mesma – você é da Grifinória, a casa da coragem. Enfrente aquele bobalhão e não deixei que ele a faça chorar.

– Ei! – alguém falou atrás de mim. Mas que droga! Além de ser a nascida trouxa eu seria a nascida trouxa que fala sozinha em corredores desertos. Me virei na direção da voz dando de cara com a menina mais ou menos da minha altura com cabelos negros longos e levemente e cacheados na ponta. Os olhos eram igualmente negros. Me senti ainda pior ao ver o cachecol verde e prata – Tá tudo bem com você?

– E...claro...tudo certo – estranhei a pergunta pensei que viria algum tipo de ofensa como era comum acontecer sempre que se cruza com algum sonserino.

– Você não parece muito bem. - ela se aproximou mais. Parece que me reconheceu das nossas aulas juntas – Granger?

– Pronto já sabe que sou eu. Pode me zuar agora Black.

– Mas eu não ia fazer isso – ela revirou os olhos – não sou o Draco. – isso era muito estranho. – E ai foi algum bobalhão da Grifinória que fez você ficar assim?

– Weasley – falei entre dentes. Ela riu.

– Eu estava certa quanto ao bobalhão.

– Você não se importa mesmo? – perguntei a ele que me olhou sem entender a minha pergunta – Não se importa de falar com uma nascida trouxa.

– Minha família se importa. Eu acho isso uma grande bobagem – ela revirou os olhos mais uma vez – Às vezes eu queria esquecer que sou uma Black. Assim as pessoas parariam de ter medo de mim mesmo sem eu ter feito nada. – ela disse mais para si mesma, mas eu acabei ouvindo.

– A gente não escolhe com que sobrenome nasce – ela sorriu e eu também.

Nós conversamos durante quase toda a hora do jantar. Quando os alunos começaram a sair do Salão nós nos despedimos e cada um a foi para o seu lado. Mas a partir daquele momento a coisa mais improvável do mundo aconteceu. Eu e Valerie nos tornamos amigas. Uma sonserina e uma grifinória. Uma Black e uma nascida trouxa. Muitos acharam estranhos, no entanto, Valerie, ou V como gostava de ser chamada, não se importava de nos verem conversando nos corredores ou estudando juntas na biblioteca.

Ela me contou uma vez que o Malfoy, primo dela, não tinha gostado nada de saber da nossa amizade. Eu entendi já que o Harry e Rony, que parou de ser tão idiota, também não aprovavam.

Três meses depois - POV Valerie

– DRACO BLACK MALFOY! – eu gritei e todos que estavam no pátio pararam para me olhar. Draco parou de rir e bufou quando me ouviu. Ele tinha acabado de chamar a Hermione de sangue ruim na frente de alguns idiotas da Sonserina. O pior é que o Weasley tentou defende-la, mas o feitiço ricocheteou fazendo com que ele começasse a vomitar lesmas.

Não acreditava que o Draco tinha feito isso. Ele não gostava nada da minha amizade com a Granger. Por isso só conversava com ela na biblioteca, aonde ele nunca ia. Não queria que ele ou algum outro sonserino fizesse a idiotice que ele acabará de fazer. Eu parei na frente de Draco depois que a Hermione e o Potter saíram carregando o Weasley para a cabana do Hagrid. - Como você pode chama-la de sangue ruim Draco?

– É o que é ela Valerie – ele disse olhando para os próprios pés. Isso só me deixou ainda mais irritada.

– Você esqueceu que ela é minha amiga – os risos entre o time de Quadribol ficaram ainda mais altos.

– Quem diria. Uma Black amiga de uma sangue ruim. É o fim dos tempos – falou um garoto do quinto ano.

– Sua mãe não ia gostar nada de saber disso. – outro garoto falou fazendo todos rirem. Draco ficou vermelho, parecia que estava prendendo a respiração.

– O que a minha mãe tem a ver com isso? – perguntei irritada.

– Ela era uma comensal – o garoto falou como se fosse obvio. Me senti gelar por dentro. Descobri no ano passado o porquê da minha mãe estar pressa. Desde aquele dia eu nunca mais consegui olhar para o Neville. – Odiava trouxas.

– E é isso que nós devemos fazer – Draco disse baixinho, mas eu o ouvi. Foi como se eu tivesse levado uma tapa.

– Não Draco – ele me encarou chocado – É isso que esperam que a gente faça.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas eu não fiquei para escutar. Ele me chamou. Eu continuei andando. Os outros garotos o puxaram para ir treinar Quadribol. Fui para até o canto mais afastado nas margens do Lago Negro. Só queria ficar sozinha.

Já estava escurecendo. Eu continuava sentada na mesma pedra observando a superfície calma do Lago. Escutei o barulho de passos sobre as pedras. Ao olhar para trás vi o loiro se aproximando. Voltei a olhar para frente até que ele se sentou ao meu lado.

– Desculpa – ele disse depois de alguns minutos de silêncio.

– Não é a mim que você tem que pedir desculpa.

– Poxa Valerie tenta me entender – ele me pediu quase suplicante – Meu pai conversou várias vezes comigo antes de vir pra cá. É assim que ele quer que eu seja. Eu sei que ele falou as mesmas coisas para você. Só que você não liga. Já eu não posso desapontar o meu pai.

– E vai continuar deixando que ele te transforme em um comensal da morte jr.? – ele ficou chateado com o que falei.

– Não é isso...

– É isso sim Draco. – meus olhos estavam um pouco marejados. Eu não deveria ter falado assim com o loiro. – Desculpa. É só que eu não quero ser assim. Eu não quero ser uma cópia da minha mãe. – comecei a chorar sem perceber.

– Eu também não quero V – ele disse passando a mão pelo meu ombro e me abraçando – Eu também não quero.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada as meninas que comentam. Vocês me animam a continuar com a fic :)

Caso o site continue com esses problemas de ficar fora do ar vou passar a fic para a Floreios e Borrões. Se isso realmente acontecer eu aviso a todas as leitoras por mensagem ou pelo meu twitter (@mari_rdgss)

Bjoss e até breve