Não me lembro quando comecei a me apaixonar por ele, só consegui perceber a merda que tinha feito quando não parava de falar do dito cujo. A única coisa de que tenho certeza é que não foi amor à primeira vista... Não, eu ainda não sou capaz de acreditar nisso.

Mas, pensando bem, talvez tudo isso começou quando eu o vi pela primeira vez. Nunca fui de ficar me lembrando de detalhes e aquela não seria a primeira... Mas eu não me esqueceria do impacto que a beleza daquele garoto teve sobre mim.

Pensando nisso tudo hoje tenho certeza de que poderia muito bem ter gostado dele naquela época, se não fosse por algumas “pedras” no meu caminho... Porém questiono se eu teria sofrido menos, ou se por algum milagre poderíamos estar juntos.

Bom... Não sei as respostas e nunca saberei, porém sinto que essa foi a melhor forma de tudo ter acontecido.

Mas esse não é o ponto que eu quero chegar.

Apenas queria entender o porquê de tanto sofrimento com um amor que eu sempre julguei impossível... Porque que eu choro ao saber que ele beija outra, sendo que minha mente sempre soube que a imagem de nós dois juntos nunca sairia da minha cabeça? Porque que garotas e mulheres que sempre se consideraram tão independentes e “feministas” sentem tanta necessidade de alguém para nos abraçar e dizer em nosso ouvido um baixo e sonoro “eu te amo”?

“É tudo culpa dos contos de fadas” muitas costumam dizer, mas eu não concordo totalmente com isso. Príncipes encantados são tão perfeitos que chegam a ser previsíveis... Diria que chatos, e isso com certeza não é o que queremos. Queremos alguém em que se possa confiar, alguém que nos dê segurança... Alguém que possua defeitos e manias que irão nos fazer sorrir e deixar loucas.

Talvez o problema afinal não seja com os homens, ou com todas as mulheres e sim comigo... Com o meu coração que teima em bater mais forte com o cara errado ou com a minha mente que continua criando imagens, falas, toques e beijos que nunca irão existir.

E como toda garota apaixonada término mais confusa do que quando comecei.