Far, far away escrita por Soufis


Capítulo 6
I - Kaya e Jace: Eu quero segurar sua mão


Notas iniciais do capítulo

Aqui ô Mils o/



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Kaya:

–Você precisa se juntar a mim – Uma voz ecoava pelo quarto escuro de forma que nem parecia real – Kaya, podemos ser uma família.

–O que você quer?! – Gritava para o vazio.

Estava em meu quarto, estava de madrugada e estava escuro. Não que me importasse com o escuro, eu adorava ele. Olhei para o relógio da parede onde os ponteiros marcavam 3h07. Era sempre essa hora. Todo dia.

–Junte-se a mim filha – A voz de Nyx agora estava mais forte e havia conquistado toda minha noção de realidade. Nyx movimentava-se entre as sombras, fazendo-as se movimentarem criando uma situação amedrontadora.

–Mãe... Pare, por favor. – Suplicava.

Desde quando tinha onze anos e fui reclamada ela me visitava toda noite as 3h07. No começo, sentia medo e me escondia debaixo das cobertas, mas tinha 17 anos. Não era mais uma criança.

Levei meu palmo até debaixo do travesseiro onde agarrei minha adaga e segurei-a pelo cabo com força.

–Juste-se a nós... – Uma fumaça verde tomou conta de meu quarto e Nyx tinha saído das sombras e subia na minha cama à medida que a fumaça tomava conta do quarto.

–Não mãe. – Ergui a adaga em direção a Nyx, deixando-a em sua garganta.

–Uma hora terá que vir comigo – Ela sorriu e desapareceu tal como a fumaça.

(...)

–Kaya... – Alguém sussurrava em meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro tremer. Aquela voz...

Abri as pálpebras e lá estava a melhor visão que alguém poderia ter quando acordar: o cabelo loiro desarrumado, a barba para fazer, os olhos azuis... Se olhasse para aqueles olhos por muito tempo sentia que poderia mergulhar neles.

–Ei... – Me aproximei dele, dando-o um selinho – Bom dia.

–Boa noite – Ele sorriu

–É... Tsc

–Te ouvi gritar lá do meu quarto, está tudo bem? – Ele levou a mão até minha bochecha, acariciando-a.

–Só um pesadelo, não se preocupe – Sorri.

–Sério? Se é assim vou embora... – Ele levantou-se da cama ameaçando sair, segurei-o pelo pulso e sussurrei.

–Ou você pode passar a noite aqui... Deitado, comigo.

–Achei que nunca ia pedir – Ele deitou-se ao meu lado e levou as mãos até meu rosto, segurando-o como se fosse a oitava maravilha do mundo e aproximou nossos rostos, encaixando seus lábios nos meus e me beijando.

O beijo foi de lento para longo, em uma dança única, exclusiva e apenas nossa. Coloquei minha mão por baixo de sua camisa, explorando tudo ali: desde os músculos definidos até o peitoral.

–Meio safada hoje não? – Ele sussurrou em meu ouvido. – Posso brincar também? – Ele levou as mãos até a barra da minha camisola do pijama, puxando-a para cima. Ergui os braços ajudando-o a tira-la.

–Hoje sou eu que mando. – Sussurrei em seu ouvido mordendo o lábio e ficando em cima dele. Aproximei nossos lábios nos envolvendo em uma daquelas danças que eu tanto amava.

–Você é incrível Kay... – Ele pronunciou e levou a mão até o abajur, apagando a luz.

E eu sabia o que ia acontecer depois.

(...)

Jace:

Algumas faixas de luz entravam pela veneziana do quarto de Kaya o que me fez acordar. Kaya estava dormindo sobre meu peito e nossas mãos estavam entrelaçadas, esses eram um dos poucos momentos que podia ficar com ela e segurar sua mão. As pessoas não podiam saber que estávamos juntos, deixaria ela em perigo. Olhei para seu rosto: as feições tão bem desenhadas e suaves, os olhos hipnotizantes escondidos pela pálpebra fechada, ela parecia um anjo dormindo enquanto respirava sobre meu peito.

Aproximei meus lábios até sua testa dando um beijo lá, o que a fez abrir as pálpebras revelando os olhos azuis elétricos.

–Olá – Ela sorriu

–Olá, dormiu bem amor?

–Sem pesadelos, você é meu apanha sonhos.

–Eu gosto disso. – Soltei nossas mãos e acariciei a palma de sua mão.

–Não... – Ela murmurou baixinho – Eu quero segurar sua mão... – ela cruzou nossos dedos de novo – Por que não podemos ficar assim?

–Seria perigoso Kay... Por isso mantemos a relação em segredo.

–Mas eu te amo – Ela fez biquinho.

–Eu também... Olha Kay eu preciso te contar algo... – disse, mas fui interrompido pelo barulho da porta do quarto se abrindo. Era Abby.

–Ei Kay, o August quer... – Ela pousou o olhar em mim – falar com você. Estou interrompendo algo?

–Sim – Pronunciei friamente me levantando da cama e vestindo uma camisa por cima da cueca samba calção. – Kay, eu vou indo, eu te amo.

Ela pareceu surpresa ao ouvir isso e abriu um sorriso, sibilando: eu também.

Rumei até a porta onde Abgail estava e me aproximei dela esbarrando nela com o ombro.

–Você vai esquecer tudo isso – Sussurrei de forma fria e curta, como uma ordem.

Ela ficou rígida como se estivesse em transe e me olhou com medo, logo assentiu com a cabeça.

–Sim – Pronunciou.

–Ótimo – Esbarrei com ela novamente fazendo-a voltar a seus sentidos e me retirei do local.


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Notas finais do capítulo

Eles são muito shipaveis né?



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