Eternal Snow escrita por yin-yang


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Bom, como já citado anteriormente, essa fanfic será dedicado à Aglaubia, minha amiga secreta. Não a conheci, mas esta será dedicada de coração. É a minha primeira fanfic SasuHina. Espero que goste.

Att,
yin-yang.



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Hoje era para ser um dia de aula como qualquer outro. Na verdade o era, mas não para Sasuke. Já fazia muito tempo que não. A temporada de provas havia começado, mas quem disse que ele se importava? Nada mais tinha importância para ele naquela escola, nem suas notas, nem as garotas. O Uchiha era popular, disputado entre as meninas de sua escola; era também inteligente, fato ao qual causava inveja a qualquer colega de classe. Porém, havia algo que o incomodava. Desde que ela fora embora, nada era como antes. Não conseguia levar a vida da mesma forma. Ela fazia falta. Nunca passou pela cabeça que um dia alguém faria tanta diferença em sua vida.

Ela era Hinata, uma garota bonita, tímida e delicada. Era igualmente inteligente. Diferentemente das demais, por mais que nutrisse algum sentimento por ele, jamais tinha dado em cima do mesmo. Era quieta, gentil – a garota perfeita. Por ser tão diferente é que Sasuke se sentiu desafiado. Como alguém poderia se mostrar daquela forma? Foi assim que, mediante apostas com amigos, que ele se aproximou dela. Como sempre e era de se esperar, ele ganhou na aposta, seduziu a garota, conseguiu o que queria e, depois, a descartou como se ela nada tivesse sido. Não ligava, sinceramente, para os sentimentos alheios. Por isso, se ela tivesse ficado chateada ou não, para ele não faria diferença alguma. Depois do incidente, as coisas então ficariam resumidas dessa forma, todavia não foi o que aconteceu.

Desde então, a Hyuuga havia parado de ir à escola. De início, as pessoas – inclusive Sasuke – pensaram que ela pudesse estar depressiva, devido às circunstâncias. Afinal, era algo quase que natural, ao considerar a personalidade frágil da garota. Esse fato teria aumentado o ego do adolescente, se realmente aquilo fosse verdade. Entretanto, semanas e semanas se passavam, até que essas se tornavam meses e nada de sua presença. Todos os dias que Sasuke adentrava à sala, deparava-se com aquela carteira, antes pertencente à Hinata, vazia. Acaba por se lembrar dela sentada ali, com seu jeito delicado ao olhar para ele e sorrir timidamente. Na hora do almoço, quando ele abria sua caixa de obentou e via aquela comida sem graça, lembrava-se daquela que a garota preparava especialmente para ele, com toda dedicação do mundo.

Nas aulas de natação, ele, como sempre, observava as meninas com seus trajes de banho, mas, de uns tempos para cá, nenhuma lhe agradava. Lembrava-se da linda morena, vestida com seu maio azul-marinho escolar. Ninguém combinava com aquele maiô tanto quanto ela. Tinha as mais belas curvas, que pareciam ser desenhadas por divindades. Mexendo em seu celular, achava uma foto que havia tirado com ela em um de seus encontros. Relembrava-se de cada lugar que havia passeado com ela, o que tinha feito, tudo. Quando beijava uma garota, era inevitável se lembrar do beijo difícil que ela havia lhe dado, o que o fazia não querer mais nenhum que não fosse o dela. Quando chegava à escola, a primeira coisa que ele fazia era procurá-la dentro da multidão, na esperança de encontrá-la. Quando se dava conta, estava completamente apaixonado por ela e não havia nada o que poderia fazer. Tentou ir atrás dela, mas não sabia seu paradeiro. Tentava ligar em seu celular, mas a única coisa que ouvia era a voz da mulher da operadora dizer que o número pelo qual ele havia ligado já não existia mais; fora à casa dela, mas ali já morava novos inquilinos.

As estações do ano passaram ligeiramente, até que o inverno havia chegado novamente e, junto com o frio, também chegava a temporada de provas. Já havia se passado um ano desde então. Era véspera de Natal e, infelizmente, os alunos de Konoha Gakuen ainda não estavam dispensados das aulas. Os vestibulares das mais importantes universidades da cidade se aproximavam e, por isso, as aulas haviam sido estendidas. Sentado ao lado da janela, Sasuke observava o cenário a fora: a neve que caía lenta e levemente cobria o chão, tornando-o alvo por completo. Olhava para o céu, acinzentado, que fazia aquela estação ser tão característica. Apoiava seu queixo sobre sua mão, enquanto seu cotovelo era posto sobre sua carteira. Suspirou, agustiado. Sentia falta de Hinata. Muita falta. Mais do que isso; sentia a culpa pesar sobre sua consciência. A última imagem que ele teve dela foi a de choro. As lágrimas dela caíam suavemente como a neve que, agora, ele observava. Nada ela tinha dito naquele dia. Absoluto silêncio. Depois daquilo, nunca mais a havia visto. A cada vez que se lembrava disso, sentia seu coração apertado. Fechou seus olhos cansados, enquanto ouvia as palavras proferidas pelo professor da última sobre alguma matéria que ele ensinava. Foi advertido por não prestar atenção na aula, o que fazia com que todos o encarassem. Reabriu os olhos e fitou o professor com indiferença. Estava pouquíssimo interessado na aula, portanto, sequer se importava com aquilo.

Debruçou-se sobre a carteira, colocando a mão sobre a boca ao bocejar. Abria o celular e passava a observar seu papel de parede, ao qual estava aquela foto. Ficou ali daquela maneira por um bom tempo, até que finalmente fechou novamente o aparelho, agora a guardá-lo de volta no bolso. Fechou os olhos uma vez mais, reconstruindo mentalmente a imagem de amada. Como queria reencontrá-la! Queria poder ouvir sua voz que há meses não ouvia. Queria, também, poder fitá-la naqueles olhos perolados tão belos. Enquanto pensava nela, acabava por cair no sono, de modo que a voz do professor ficasse cada vez mais distante, até que finalmente desaparecia.

Em seu sonho, ouvia a voz dela ecoar na escuridão em que se via. Desesperado, Sasuke corria, tentando encontrá-la a qualquer custo. Chamava pelo nome dela, porém sem receber com êxito alguma resposta ou pista. Ou ainda pior – ela parecia ficar cada vez mais distante.

Com o sinal de encerramento da aula, o Uchiha acordou assustado. Olhou para os lados e observava todos já guardando seu material. Esticou-se, de maneira a se espreguiçar. Assim que ele pegava sua bolsa, intacta desde a primeira aula, ele se levantava para, dessa maneira, ir embora, quando repentinamente era surpreendido por Karin. Suspirou.

– O que você quer? – Indagou ele, impaciente.

– Sasuke, você já tem planos para essa noite? – Perguntou ela em resposta a ele.

– Isso não é da sua conta. – Respondeu ele, seco.

– Então – Recomeçou ela, ignorando completamente o corte alheio. De seu bolso, ela retirava dois ingressos e assim o mostrava –, eu consegui esses dois ingressos para o show de Natal da Full Moon. Aí eu queria ver se você poderia ir comigo. – Concluiu ela.

Sasuke olhou para o ingresso e depois para a garota. Ela era sua ex-ficante, antes mesmo de ter se envolvido com Hinata. Ele novamente suspirou, agora um tanto quando irritado.

– Eu me recuso. – Disse ele, certeiro.

– Por quê? – Questionou após a resposta.

– Além do mais, você não é nada para mim. – Completou ele, grosseiro. Ele então passava ao lado dela e continuava a caminhar para ir embora.

Ela se virava para trás para acompanhá-lo com os olhos, enquanto ainda segurava as entradas para o show.

– Mas você está sozinho, não é mesmo? – Retrucou em voz alta a Uzumaki ao Uchiha que, com aquelas palavras, parava de andar. – Parece que ela se mudou de Tóquio. Dizem que foi para Kyoto. – Ela corria até o mesmo, voltando a fitá-lo naqueles olhos agora confusos. – É véspera de Natal. Faz um esforço, vai. Não por mim, por você mesmo. – Disse ela, entregando um dos tickets para o garoto. Ele a olhou com uma expressão ininterpretável. Karin apenas respondia com um tapa em suas costas, logo em seguida sorrindo enquanto dava acenava para ele e gradativamente se afastava do mesmo. – Às oito, na praça central, ok? – Disse ela, novamente em voz alta, até que, por fim, desaparecia.

Com o ingresso em mãos, ele continuava ali, parado, por um tempo. Analisava o bilhete e o que nele havia escrito.

– Hyuuga. – Chamou o Uchiha.

A garota estava em sua carteira, arrumando seus materiais na troca de professores. Ao ouvi-lo chamá-la, ela olhou para o lado e, desse modo, encontrava o outro a fitá-la. Ainda a segurar seus cadernos, ela sorria delicadamente para o outro.

– O que foi, Sasuke-kun?

–Esse fim de semana, você está livre? – Perguntou ele ao se apoiar com um dos braços na carteira alheia.

– Sim, estou.

– Ah, que bom. – Disse ele, aliviado. Retirou de seu bolso dois ingressos de show e os mostrou para a garota, enquanto a fitava. – Full Moon. Você gosta, né?

Ao ouvir as palavras do mesmo, ela olhava para os tickets na mão do rapaz. Seus olhos brilhavam intensamente ao estar frente a frente com algo tão precioso para si. Sem tardar, voltava a sua atenção ao Uchiha.

– Eu adoro Full Moon. – Respondeu à pergunta alheia.

Sasuke sorriu.

–Então, eu consegui esses dois ingressos. Aí eu pensei em te convidar para ir comigo. O que acha?

– Eu... – Começou a falar. – Eu posso mesmo?

– Estou te convidando.

A Hyuuga, então, sorriu para o mesmo, acanhada. Suas bochechas ficavam em um tom carmesim.

– Arigatou, Sasuke-kun.

Era por volta das nove horas da noite. Karin estava à espera de Sasuke a cerca de uma hora. Sentada sobre o banco da praça, observava a movimentação local, bem como o cair da neve de modo tão sereno. Suspirava, de modo que, pelo frio que ali fazia, de sua boca saísse uma alva fumaça. Olhava para o relógio, impaciente. O show começava dali à uma hora e nada dele. Levantou-se, decidida a não esperá-lo mais. Quando dava meia volta para sair dali, avistava o outro chegar com as mãos no bolso. Acenou para o mesmo, chamando-o em voz alta. Irritado, ele finalmente chegava.

– Que bom que você veio. – Disse a garota. – Isso só pode ser um milagre natalino.

– Cale a boca. – Retrucou em seguida. – Vamos logo. Vamos chegar atrasados. – Falou o Uchiha, dando seus primeiros passos sem esperar pela outra.

– Aaah, me espere, Sasuke!

Ignorava qualquer comentário vindo da garota. Aliás, sequer prestava atenção no que ela falava. Sentia um pequeno floco de neve cair em seu nariz, fazendo-o espirrar. Olhou para o céu escuro, de onde caía aquela neve tão suave, porém gelada. Queria que quem estivesse ao seu lado fosse Hinata, assim como um dia ela já esteve, mas que ele não soube valorizar. A rua, embora cheia e movimentada, parecia triste e solitária para ele.

– Boa noite, Tóquio! – Falava a ídolo de longos cabelos dourados no palco. – Muito obrigada pela presença de vocês aqui nesse show. Que todos tenham um Feliz Natal! – Anunciou ela, quando então a música começava a ser tocada.

Com o passar do show, as pessoas ali presentes vibravam. Cantavam, pediam encore, tudo. Karin não fugia desse padrão. Pulava, gritava, tudo. Sasuke, entretanto, sequer prestava atenção. Encostava-se na parede, escondendo a metade do nariz para baixo em seu cachecol carmesim. Cabisbaixo, ele pegava o celular e o abria. Observava incansavelmente a foto de fundo, até que ia à agenda eletrônica e discava para ela. O número chamou e chamou, mas, como sempre, caía naquela mensagem automática da operadora. Desligou-o e assim se ajeitou ali, agora voltando sua atenção ao palco.

– Anime-se, Sasuke. – Disse Karin ao colocar sua mão sobre o ombro dele. – Se ficar assim, o espírito de Natal nunca vai chegar até você.

– Cale a boca. – Respondeu-lhe. – Não preciso disso. Eu... Só precisava...

Antes que ele pudesse concluir, a faixa cantada era finalizada. Com isso, a plateia aplaudiu, pedindo mais e mais.

– Muito obrigada, pessoal. – Agradeceu Full Moon após a canção. – Agora, cantarei uma música antiga, de grande sucesso até hoje, composta pelo meu pai quando ainda vivo em homenagem à minha mãe. Ela conta uma linda história de amor, complicada e confuso, mas que foi capaz de ultrapassar obstáculos. Com vocês, Eternal Snow.

Quando a música começava a ser tocada, gritos de felicidade passavam a ser ouvidos no parque de exposição, no qual o show acontecia. Em sincronia, a plateia cantava juntamente com a cantora, como se fosse um coral. Sasuke permanecia no mesmo local, escorado na parede. Observava a neve que, naquela noite, estava magnificamente bela. Olhava aleatoriamente para a multidão, notando o semblante alegre de cada um, até que, por ventura, encontrava aqueles olhos perolados tão conhecidos por ele; aquele pela tão alva quanto a neve; os traços tão perfeitos quanto a natureza e aqueles cabelos tão negros quanto a noite e tão lisos quanto a água. Quando os olhares se encontraram, a garota desfez o sorriso que trazia em sua expressão.

– Hyuuga. – Pensou alto.

– Ahn? – Indagou Karin, não compreendendo o que o outro havia dito devido ao som alto do local.

Ela então se virava, passando a correr, de modo que se perdesse meio àquela multidão. Sem perder tempo, Sasuke se pôs a correr atrás.

– Sasuke? Ei! – Gritou a acompanhante. – Aonde você vai?!

Corria contra a concentração de pessoas. Era ela, Hinata! Ela estava ali, não podia perdê-la de vista. Precisava reencontrá-la. Precisava falar com ela. Precisava estar com ela. Precisava dela. Não podia perdê-la novamente. Assim que conseguia sair do meio das pessoas, parava por um breve momento, olhando para os lados à procura da Hyuuga. Ao conseguir enxergá-la ao longe, voltou a correr desesperadamente.

– Hyuuga! – Chamou-a em voz alta. Para que ela pudesse ouvi-lo. – Hyuuga! – Tentou novamente, porém sem sucesso. –... Hinata!

Sua voz ecoava pelo lugar, de modo que ela pudesse ouvir claramente o chamado. Ela parava, olhando para trás, um tanto quanto surpresa. Era a primeira vez que ele a chamava assim, pelo nome. Logo, ele a alcançava. Parado frente a frente de Hinata, ele procurou seus olhos. Queria e necessitava falar tantas coisas para ela, mas, na hora, nem uma palavra sequer conseguia proferir.

– Há quanto tempo, Sasuke-kun. – Quebrou o silêncio entre eles.

– Há quanto tempo... – Respondeu o jovem. Finalmente, ele estava ali, tão próximo dela, contudo distante. Muito distante. – Foi uma surpresa te encontrar aqui... – Tentou quebrar o gelo. –... Soube que se mudou para Kyoto.

– É. – Respondeu a garota, seco.

Depois daquilo, ambos se calaram. De lá, ainda era possível ouvir aquela música, tão favorita de Hinata, ser tocada.

– Não sabia que você gostava de Full Moon. – Disse ela. – Ou você esteja apenas querendo seduzir e enganar outra trouxa.

Nada respondeu o outro. Aceitava a forma como ele a tratava. Afinal, haviafeito por merecer. Mesmo que, lá no fundo, tivesse tido a esperança de que ela já teria esquecido o que aconteceu, sabia que a realidade não era tão dócil assim.

– Eu... – Começou o Uchiha, um tanto quanto constrangido. Não sabia exatamente como encará-la apesar de tanto querer fitá-la. – Eu sinto muito sua falta.

Falta? – Indagou ela. – Como você quer que eu acredite em você depois de tudo o que você me fez? O quanto... O quanto você acha que eu sofri?

Abaixou a cabeça, desviando seu olhar para o chão enquanto ouvia as duras palavras da outra. Cerrou seus punhos, envergonhado.

Ela o observava daquela forma, cabisbaixo. Ficou ali parada, a fitá-lo com sua fisionomia fria e dura. Depois de um tempo, ela suspirou ao lhe dar as costas.

– Tchau. – Disse Hinata claramente.

Quando Sasuke levantou a cabeça, ela já estava longe. Apertou fortemente seus punhos, com raiva de si mesmo. Não podia acreditar que aquilo terminaria daquela forma. Não, deixaria que isso acontecesse.

Correu o mais rápido que pôde. Assim que a alcançava, ele a abraçava por trás, envolvendo os braços, apoiados sobre os ombros, em seu pescoço.

– Não vá embora... Por favor. – Pediu o Uchiha ao proferir as palavras próximas ao ouvido alheio. Seus olhos estavam cobertos pela sua franja, fazendo com que estes fossem impossibilitados de serem vistos.

– M-Me solta, Sasuke-kun! – Disse Hinata, pega de surpresa.

– Não quero! – Exclamou ele. Encostou sua testa sobre a cabeça da mesma e passava a abraçá-la mais forte. – Eu... – Tentou continuar com sua fala, porém sua voz tremia, de modo que não conseguisse.

Quando a garota pensava em retrucar uma vez mais, olhou para o lado com intuito de encará-lo, porém, ao virar seu rosto, parava com tudo o que fazia, assustada. No rosto do garoto escorria uma lágrima.

– Sasuke... kun? – Chamou-o na interrogativa, ainda a tentar compreender.

– Eu... – Recomeçou o moreno. – Eu preciso de você, Hinata. – Concluiu ele ainda a manter seu abraço forte, porém trêmulo. Continuava com a testa encostada na cabeça alheia, olhando para baixo, sem encará-la. – Você... Você é uma pessoa muito especial. Você é a garota perfeita que qualquer um gostaria de ter ao lado... – Disse ele pausadamente. Sua respiração estava pesada e carregada. – Eu tenho raiva de mim mesmo! Me sinto um completo babaca! – Ofendeu-se. Suas mãos tremiam, o que o fazia apertar um pouco mais o abraça, na vã tentativa de fazê-las parar. – Eu me cobro todo dia. – Voltou a falar. – Eu tinha a melhor namorada do mundo... Mas, por causa de um ego maldito, eu a magoei... Eu a machuquei! Sou um imbecil! – Falou alto, nervoso. Apertou as mãos para se conter e, assim, respirou fundo, acalmando-se. –... Um imbecil que só aprendeu a dar valor depois que a perdeu. – Disse ele, mantendo-se daquela forma. Em rosto, mais algumas lágrimas escorriam.

Observava-o parcialmente de lado enquanto ouvia as palavras proferidas pelo maior.

– Me perdoe. – Pediu ele.

Ao ouvir aquelas duas simples palavras, Hinata sentiu seu corpo gelar. Arregalava seus olhos, de fato surpresa com aquela atitude do outro.

– Me perdoe por tudo o que eu fiz de errado. – Completou sua fala anterior. – Me perdoe pela dor que eu te causei.

Sua voz voltava a ficar fraca e trêmula em consonância com a vontade de chorar. Respirou fundo mais uma vez e, mais uma vez, recomeçou:

– Me perdoe por tudo Mas... – Sua voz novamente sumia. Tentou engolir o choro, porém sem obter êxito. – Por favor... Não vá embora da minha vida.

Bem como o fim da música, o silêncio se fez presente entre os dois. Sasuke apenas apertava aquele abraço que possibilitava a ambos sentir o calor mútuo. Permaneceram daquele jeito, até que Hinata se desfazia do abraço e virava seu corpo para o lado do moreno. O olhar dele ainda continuava baixo, sem coragem, triste.

– Isso é sério? – Perguntou ela delicadamente, firme.

– Por favor... – Proferiu o Uchiha, erguendo seu rosto para encontrar o olhar dela, tornando seus olhos agora visíveis, cheios de lágrimas. – Acredite em mim... Eu preciso de você... Eu preciso de você, porque eu... – Fraquejou ao continuar. Olhou para o lado, um tanto quanto nervoso. Respirou fundo, agora decidido para continuar. Voltava a fitá-la, agora no fundo dos olhos. – Eu te amo.

Havia dito. Não sabia o que iria acontecer, mas havia dito o que estava preso. Ela nada disse, apenas continuou a fitá-lo. Levou sua mão ao rosto do outro e assim secou suas lágrimas e, surpreendentemente, sorriu para ele. Seus olhos perolados ficavam úmidos. Ela então ficava de ponta no chão, aproximando seus lábios aos dele, de modo que, aos poucos, eles se selassem. Sasuke apenas retribuiu o gesto e, agora, envolvia seus braços na cintura alheia em um carinhoso abraço. Trocavam os olhares, até que os olhos involuntariamente se fechavam durante o beijo, no qual as línguas passavam a se entrelaçar, proporcionando aquele momento único de felicidade.

Desfaziam o ato quando o ar parecia lhe faltar. Voltavam a se fitar, sem nada para ser dito. Ela apenas retribuiu ao abraço, porém mais apertado, e encostou sua cabeça sobre o peitoral do outro. Fechou os olhos lentamente, enquanto sorria e, por fim, lhe respondia:

– Eu também te amo.

Fim ♥


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Muito obrigada pela leitura.

Att,
yin-yang.



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