Just Friends escrita por Laia


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: FELIZ 2014 o/
Então, quase chorei de emoção com os reviews :') serio gente, muuuuuito obrigada, vocês não tem ideia do quanto significa pra mim. (sai pulando feito uma doida pela casa com o ultimo que recebi, e minha mãe quase me mata mas ok).
Ah, queria saber se vocês tem alguma ideia em mente para o Eduardo ou a Manuela, alguma coisa que vocês querem que eles façam e tals. Me ajudem para eu postar mais rápido pode ser?
Leiam as notas finais :)
Então, capitulo 8



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Ela ta jogando comigo. Não gosto disso. Sempre fui eu que joguei com as garotas...

Ela deixou um sorriso escapar. Ela ria quando estava em alguma situação que a deixasse nervosa. Brava não, apenas nervosa com o que acontecia no momento.

Se levantou e voltou a conversar com o tal outro cara, que a piriguete já havia sido dispensada. Não vou mentir: não gostei nem um pouco dele. Tinha o cabelo certinho e os olhos claros, parecia um daqueles protagonistas de filme da Disney. Ela ria solta, jogando os cabelos para o lado e sempre se ajeitando. Eu sabia que estava desconfortável naquela saia curta, porque a cada cinco minutos, ela puxava um pouco a barra.

Eles dançaram e eu só observando ela rir sem parar. De vez em quando olhava de canto de olho e via que eu ainda estava lá, mas fingia que não tinha visto nada.

A banda foi embora, devia ser mais ou menos 1:00 da manha. Um DJ começou a tocar algumas musicas mais animadas e o clima do lugar esquentou. Alguns casais começaram a se formar, e eu só de olho no tal cara.

"Nossa Eduardo, como isso ficou gay!".

“Não deixa ninguém chegar muito perto da minha irmã” o Sam disse.

Mas e se ela quisesse que alguém chegasse mais perto? Quem era eu pra impedir?

Uma ou outra garota chegaram em mim, mas eu não estava muito interessado. Só uma coisa realmente me chamou a atenção: a Manu se esquivando repetidas vezes.

Peguei minhas coisas no balcão e me dirigi até ela. Quando percebeu, me olhou com uma cara de “graças a deus”.

–Posso dançar um pouco com ela?

Ele me olhou de cara feia, mas não teve escolha quando a Manu se soltou dele e entrelaçou as mãos no meu pescoço.

–Obrigada.

–Agradeça ao seu irmão.

Ela nem se importou com o que eu disse e continuou a dançar. Como ela conseguia mexer o quadril daquele jeito, eu não sei, só sei que era uma visão muito boa de se ter.

–Dança desde quando?

–Desde sempre. Fiz algumas aulas de dança para ver se ajudava minha coordenação motora.

–Pelo visto não adiantou.

Ela me olhou feio.

–Não sou estabanada na dança, e minha professora disse que meu jeito desengonçado que me permite ter os movimentos que tenho.

Realmente, os movimentos dela, eram só dela.

Olhei ao redor, o cara ainda olhava feio para nós.

–Não vai dar um chance pro cara?

–Pro Rodrigo? Ele é legal... Mas não to atrás de um namorado, e pelo que já ouvi dele, é daqueles que te beija hoje e te pede em casamento amanha.

–Ele parece gostar de você, pelo jeito que ta me fuzilando...

–Duvido, conheço ele há dois dias.

–E...?

–Ah, fala serio Edu, como você pode gostar de alguém com dois dias? Não pode ser pra valer.

Merda Manuela! Ela tinha que falar disso agora? Logico que lembrei da Rachel, fiquei louco por ela em apenas uma semana...

–Acho que é possível sim.

–Pra mim não. Na verdade, é muuuuuuito difícil eu gostar de alguém.

–Isso é porque você é fria Manuela!

Até esperei pela cara feia, um tapa e um biquinho de raiva. Mas não, ela apenas deu de ombros.

–Sou fria mesmo, sou um problema.

A musica parou e ela me encarou. Naquela luz colorida do jogo de luz, seus olhos ficavam refletindo as cores que passavam, era a única coisa que eu via com exatidão por causa do escuro. Outro tipo de luz começou a piscar, dessa vez, era branca. Sua boca... Vermelha, com o batom um pouco mais fraco, mas que ainda dava um destaque.

A musica agitada voltou a tocar. As pessoas dançavam animadas ao nosso redor, e não sei o que ela via, mas eu só olhava sua boca. Não era grande, nem carnuda, era normal, mas tinha um formato certinho, e a maneira que passava o batom, destacava o lábio inferior.

Uma garota esbarrou nela, ela começou a gritar:

“Manuuuuuu!”

Pegou seu braço e saiu carregando ela pela pessoas. Ela não olhou para trás enquanto andava, e o tal Rodrigo sorriu, triunfante.

***

A Laura já estava mais do que alterada, eu nem sabia como ela ia pra casa. Ela contava historias perdidas e eu não ouvia uma palavra do que ela dizia, apenas ria quando ela ria, e a afirmava com a cabeça quando ela falava “não é?”.

Eu passava o dedo envolta da borda de um copo vazio, apenas pra me distrair. O que ele queria me olhando daquele jeito?

“-Ta perfeitinha demais pro meu gosto. O que você esconde?

– As santinhas são as piores, é o que dizem por ai não é?”.

Sim, as santinhas são as piores. É porque as santinhas “comem quieto” digamos . Eu só tinha problemas porque era comportada. Pera, deixa eu explicar... Gosto da frase “melhor do que a vontade, só o que atiça ela”. Entenderam?

Sou comportada, não gosto de me agarrar com ninguém em publico, e tudo pra mim tem um limite. Mas, as vezes, é bom passar dos limites de sempre... O que eu realmente gosto de fazer é atiçar. Acho que é porque já é algo natural meu, quando percebo, já to fazendo sem nem querer. Deixar na vontade...

Parece um pouco de loucura, eu sei. Mas eu sou meio assim: hoje você vai poder me agarrar a vontade, e a amanha, até mesmo se você me olhar vou ter ódio! Em um dia, acordo e me arrumo, no dia seguinte, acordo e quase vou de pijama pra faculdade.

Ta vendo só? Completamente complicada! Sou um problema, e dos grandes.

Levei um susto com a gargalhada que a Laura deu. Apenas segui ela e comecei a rir. Ela começou a mexer na bolsa e tirou o celular, a chave de casa e do carro.

–Como vai pra casa?

–Helloooo – ela sacudiu as chaves na minha cara.

Peguei as chaves dela e guardei na minha bolsa.

–Vou te levar em casa, vamos.

Procurei o Edu e o encontrei no mesmo lugar do bar. Laura cantava e se sacudia ao som da musica alta.

–Precisamos levar ela pra casa, tipo, agora!

Ele pegou as chaves e saímos abrindo o caminho.


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Notas finais do capítulo

Não me abandonem nem me odeiem, serio.
Maaaas... Vou acabar tendo que demorar um pouco mais para postar, por motivos da minha mãe ser muito desconfiada e achar que to aprontando alguma coisa. Então, para evitar conflito, posso acabar demorando um pouco mais do que um dia pra postar, mas prometo que sempre que tiver um tempinho eu fujo e posto capitulo novo ok?
Não esqueçam de mandar os reviews com a sugestão, é uma forma de vocês participarem e me ajudarem - por favor, criatividade acaba :/
Então é isso, um beijo e até o proximo capitulo :*