Just Friends escrita por Laia


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Não canso de falar: obrigada pelos reviews seu lindos e maravilhosos *-*
Então sem enrolar, capitulo meio tenso por que a vida não é só sorriso né?!



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Mais tarde, recebi uma ligação da Suzy que me deixou furioso. Eu sou um cara bem calmo, mas não queira me deixar nervoso...

Não consigo descarregar a raiva com facilidade. Ela me ligou e estávamos conversando normalmente, até ela me contar que havia voltado com o idiota do ex dela, Carlos.

O cara era um ogro! Machista, ridículo, se achava dono da Suzy. Não se o que raios ela via nele... Ela sempre dava a mesma desculpa de “ele não é assim”, mas eu sabia que não ia demorar pra ele machucar ela de novo. E de novo. E de novo. E dessa vez, eu não tava perto da ajudar.

Discutimos até eu não conseguir mais gritar e ela começar a chorar a ponto de não conseguir mais falar. Até que desligou.

Eu tremia de raiva, e sem pensar, dei um murro na parede.

Ouvi as batidas na porta.

–Edu?

Ela abriu a porta devagar, com os olhos arregalados de susto.

–Me deixa Manuela.

Minha mão sangrava e eu nem me importei. Dei mais um murro na parede. E outro. E outro. Até ela me parar.

–Ei, para Eduardo!

Ela se aproximou mas mesmo sem querer, eu empurrei ela.

–Ta se machucando seu idiota!

–Eu não me importo – disse entre dentes.

Eu não ligava se ia quebrar a mão, só queria dar um jeito de tirar aquilo de mim.

–Eu me importo, não vou ficar vendo você se machucar assim.

Me virei com tudo pra ela, e as palavras saíram sem sentir.

–Então não olha!

Seus olhos encheram, mas ela não desistiu. Voltou para o meu lado e segurou meu braço em vão. Ela sabia que não tinha força pra me segurar, mas só o toque dela já teve grande efeito. Parei pra realmente ver o que fazia. A parede estava marcada com o sangue que escorria da minha mão.

–Para por favor, ta me assustando.

Deixei meus ombros caírem, me dando por vencido. Ela segurou meu braço e foi me levando para o banheiro.

Buscou uma cadeira e colocou ao lado da pia, abrindo a torneira e colocando minha mão embaixo. Fiquei observando a água vermelha descer pelo ralo.

–Não sai daqui.

Saiu e ouvi ela mexendo em algumas coisas. Voltou com algumas faixas e remédios e se sentou no chão, de joelhos, tipo japonês.

Desligou a torneira e esperou um tempo para a água escorrer. Pegou uma gase e molhou com algum remédio.

Ela colocou em cima e eu me encolhi com o ardor que senti.

–Shiiiu – ela fazia como se eu fosse uma criança – é só pra não inflamar. Deu sorte que não fraturou nada...

Lavou as mãos e começou a espalhar uma pomada.

–Quer conversar?

–Melhor não.

Minha voz era quase um sussurro. Eu estava... Envergonhado? Acho que era isso.

Ela levantou minha mão, terminou de lambuzar de pomada e enfaixou.

–Vai doer por um tempo, ficar roxo e tem que cicatrizar. Mas não parece que é a primeira vez que faz isso... – ela levantou os olhos pela primeira vez desde que tinha começado, me encarando – Me assustou Eduardo.

–Me desculpa.

Nunca me imaginei numa situação dessa, ainda mais com uma garota como a Manu. Ela parecia ser daquelas duronas, e agora parecia tão... Frágil.

Se levantou e me deixou lá, sozinho. Vi pela porta aberta do corredor que ela pegou um balde e um pano e entrou no meu quarto.

Ouvi vez ou outra um soluço disfarçado. Me levantei e parei na porta. Ela tentava tirar a marca do sangue da parede.

–Manu...

–Ta tudo bem Eduardo, só vou limpar isso aqui.

Peguei seu braço e ela se esquivou.

–Manu, não...

–Deixa Edu – ela falava entre soluços – Deixa.

Esfregava a maldita marca como se a vida dependesse disso. Não era só o que ela viu, tinha mais alguma coisa.

Me aproximei e tirei o pano das mãos dela, mesmo sobre protestos. Ela acabou aceitando o abraço, e continuou a chorar, escondida no meu peito. Passei a mão ainda boa pelas sua cabeça, tentando acalma-la.

–Qual o problema?

Ela balançou a cabeça, negando. Não forcei nada. Ela tinha faculdade amanha cedo, eu também. Era melhor cada um ir dormir, pra se acalmar. Ela era mais baixa que eu, prendi sua cintura com meu braço e ergui um pouco seu corpo, colocando seus pés acima dos meus. Fui caminhando devagar pro seu quarto, ela mal se mexia. Abri a porta e entrei. Ela tinha redecorado o lugar.Algumas fotos espalhadas pela parede vazia de frente para a cama, o guarda-roupa tinha mudado de lugar, estava na parede do banheiro agora. Um espelho daqueles antigos em forma oval, e uma cadeira no lado oposto do quarto, cheia de roupas e bagunças.

Me aproximei da cama, e curvei meu corpo, deitando ela e puxando a coberta amarrotada dos pés. Puxei o cobertor até a cintura e ela se virou de costas pra mim, se encolhendo.

Ela parecia realmente assustada, mas não comigo. Tinha mais alguma coisa que a deixava assim.


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Notas finais do capítulo

Então o que será que deixou a Manu assim?
Façam suas apostas u.u
Então até o próximo capitulo :*