Era uma noite fria e iluminada, eu e as meninas fomos um pouco antes para a casa da Giovanna para ajuda-la a arrumar os últimos preparativos para a festa, os convidados estavam prestes a chegar. Como de costume, Bianca já estava com seu cigarro entre os dedos, Cass com uma cor nova no cabelo, um roxo azulado que caia bem em seu tom de pele e Nathália com uma saia um tanto curta demais para atrair os meninos.

Eu já conseguia ver os carros se aproximando e as meninas tomando seus lugares. Marina descia as escadas com alguns saquinhos contendo maconha, Hanna erguia a musica e dava os toques finais na decoração, Nathália tinha camisinha para a festa inteira e Giovanna dirigia-se para a porta para receber os convidados. Já Amanda estava sentada na escada esperando o pessoal.

Os convidados começaram a entrar, havia muitos gatinhos, a Nath devia ta adorando isso. Peguei um copo com vodka e fui perto da Amanda e da Bianca, as duas estavam perto da pista de dança, rindo, me aproximei.
–Eai vadias.
–Eai Bella.
–Sobre oque estão rindo?
–Estamos vendo aquelas barangas tentarem dançar e como são péssimas nisso. -Respondeu Amanda.

Elas realmente eram ruins, mas não eram motivo de risos, havia outra coisa, outra coisa que elas não queriam que eu soubesse. Me afastei para encher outro copo e consegui ver Marina fazendo negócios com sua mercadoria.
–Eai. Como que estão as vendas? -Perguntei.
–Estão boas, pega aqui, experimenta essas.

Peguei o rolo de maconha, coloquei na boca, dei umas duas fortes tragadas, soltei a fumaça levemente.
–Essa é das boas! -Respondi devolvendo o cigarro para Marina.

Virei um grande gole de bebida na minha boca, eu não estava bem aquela noite, aliás, normalmente uma hora dessas eu já estaria dançando loucamente, mas eu não estava bem. Subi as escadas, o corredor já estava cheio de casais, e os quartos ocupados. Inclusive a Nath já estava la no corredor com um menino colocando a mão dentro de sua saia.

Desci as escadas, cruzei a festa e vi todas as meninas se divertindo, não vi só as meninas, vi os meninos também, aquela festa estava realmente muito bem frequentada, cheia de gostosos e tudo mais, até o Thomas estava lá, um cara com um tanquinho maravilhoso, uma pena eu nunca ter falado com ele

Sai da casa, tirei um cigarro da bolsa, acendi, traguei uma vez, soltei vagarosamente, traguei duas, três, e a cada tragada eu soltava vagarosamente aquela fumaça branca. Joguei fora o cigarro, voltei para a festa e enchi mais um copo, virei ele inteiro dentro de minha boca, enchi ele de novo, mas dessa vez para tomar de gole em gole.

Fui para a pista e comecei a dançar, eu já estava quase bêbada, mas ainda consciente, dancei como se não houvesse ninguém ali, até eu ouvi me chamarem, ignorei, mas me chamaram de novo.

Senti pegarem em minha bunda, me virei, era o Thomas, ele estava rindo, e sem pedir, pegou fortemente na minha cintura e me levou para o meio da pista.