Anjos Guardiões escrita por Reid


Capítulo 4
Capítulo 4




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Incrivelmente, o sonho foi menos assustador, e a visão de Sarah fez toda a diferença. Ela estava numa casa, tinha uma mulher. Tinha pele branca, olhos cinzas, os cabelos castanhos ondulados, sardas pelo rosto e era tão baixinha quanto Sarah, era bem jovem, aparentava ter em torno dos vinte anos, estava do lado de um homem, ele estava de costas para Sarah, era alto e loiro. O homem trajava botas de couro preto, calça preta, uma camisa social branca e tinha ao seu lado dois rapazes, porém, seus rostos Sarah não conseguia ver. O homem falou algo com a mulher, beijou seu rosto e saiu. A mulher vestia um vestido simples, e menos chamativo. A casa aonde Sarah estava, era aconchegante, mas quando olhou pela janela, percebeu que se tratava de uma cidade pequena, no interior de algum lugar. Foi andando para os fundos da casa, ela ouvia uma voz, até meio familiar gritando ao fundo "não Pietra, desça dai" e quando olhou para o lado, viu uma garotinha, de no máximo um ano, sentada na janela. Seu coração disparou pensando que a menina fosse cair, mas a garota das mechas loiras simplesmente desceu, como se fizesse isso todos os dias, e sem ao menos um esforço, como se nada conseguisse segura-la, mas ao mesmo tempo, como se o ar a impedisse de cair. Sarah encarava a garota perplexa. Então, ouviu vozes gritando, e viu a mulher correndo com a criança no colo, agora já não estavam em casa, estavam na rua, a mulher correndo desesperadamente, a criança não chorava, não reagia a nada e quando Sarah olhou para trás para ver quem as persegui, não viu ninguém, voltou a procurar a mulher, e nada, a cidade estava vazia, fechou os olhos e abriu novamente, a cidade havia sumido, Sarah agora estava em seu quarto, olhando para a porta e encarando os olhos fixos da garota que tinha chamado ela de linda.

Sarah não sabia se aquilo era real, não sabia o que fazer. Ficou ali, paralisada olhando a mulher. Percebeu que seus olhos eram cinza, mas um cinza tão escuro quando a tempestade. Não sabia porque ela estava ali, mas gostava de olhar em seus olhos, gostava de observa-la a guardar seu sono, mesmo não estando mais acordada. Eis então que Sarah percebeu que aquele não era o seu quarto, mas era bem parecido. O quarto de Sarah era pequeno, com as paredes azuis e brancas, e aquele quarto aonde estava, tinha paredes roxas e rosas. Levantou-se da cama. A garota continuou olhando para o mesmo lugar. Então ouviu uma voz.

– Será que ele já sabe que sua filha corre perigo? - perguntou um rapaz, quando Sarah se virou, era o homem de pele negra que havia ido em sua escola.

– Espero que saiba - disse o outro homem do trio.

– Se ele não souber, teremos que avisar - disse a garota - nós somos um dos poucos que restaram

Sarah então acordou. Não sabia que horas eram, não sabia o que tinha acontecido, mas estava preocupada com a menininha de seu sonho. Será que ela está bem? Será que a possível mãe esta viva? Sarah não sabia, mas desejava com todas as forças saber.

Ela levantou e tomou um banho, precisava de todas as maneiras descobrir da mulher, mas como? Não sabia ao menos o telefone. Foi então que ficou parada pensando, e aqueles três... eles devem servir ao possível pai da garota, o homem loiro que estava naquela casa, junto à mulher. Se a menina corre perigo, eles devem ajuda-la.

Sarah não sabia o que fazer, estava começando a surtar. Pegou o telefone e ligou para Bruno, pediu para ele ir correndo para sua casa. Não demorou uma hora e ele estava la, batendo na porta. A mãe de Sarah atendeu e o mandou subir. Sarah estava de calça de moletom, e uma camisa vermelha. Ela olhou Bruno de cima da escada, ele não entendeu o motivo da urgência, mas atendeu ao chamado dela. Entrou no quarto, encostou a porta.

– Eu tive sonhos loucos Bruno - disse apressadamente Sarah.

– Que tipo de sonhos? - perguntou Bruno.

– Do tipo, tinha de tudo - respondeu Sarah, e contou o sonho todo, até a parte da garota olhando para ela e depois ela descobrindo que não era para ela, mas não contou que ficou um bom tempo admirando os olhos da mulher misteriosa - Será que eles estão protegendo a garota? - perguntou Sarah.

– Sarah, você está enlouquecendo com essa história toda, não deve ser nada demais, apenas sonhos - disse Bruno.

– E se não forem, e se estiverem me dizendo algo? Como eu vou descobrir?- Sarah indagou.

– Não sei, mas deve tentar esquecer isso, é loucura sua ficar pensando nisso toda hora, aquela mulher, deve ter falado que é linda apenas te cantando, afinal, você sabe que é linda - e de repente Bruno ficou meio vermelho.

– Oi? Esta falando que a mulher me cantou? - Sarah perguntou.

– Aham - respondeu Bruno.

– Pera, você disse que eu sou bonita? - perguntou perplexa Sarah.

– Sim... - respondeu Bruno sem jeito.

– Isso não saí daqui Bruno - disse Sarah.

– Eu sei, só que... - disse Bruno.

– Só que o que? - perguntou Sarah.

– Eu realmente te acho bonita - respondeu Bruno.

– Bruno, você é um amor, mas sabe que... - falou Sarah.

– Sei que só me vê como amigo, e que eu deveria te ver assim também - cortou Bruno.

– Ainda bem que sabe - disse Sarah rindo - vem, vamos comer algo la em baixo.


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Notas finais do capítulo

Gente, deem a opinião de vocês sobre a história! Acham que está faltando alguma coisa? Têm alguma dúvida? Vamos ^^



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