Os dias passaram. Sarah e Marcela acabaram vivendo juntas. Com o portal instalado, Sarah pode visitar sempre o pai e assim, ter uma amizade cada vez maior com ele. Sarah se formou no colégio, e começou a cursar faculdade de Artes. Marcela conseguiu se oficializar na cidade, e na dimensão, e cursou faculdade de economia. Bruno acabou fazendo química e se tornou professor.

Marcela teve que defender Sarah inúmeras vezes de ataques dos Perriots e deixar a menina cada vez mais segura de si quando sua auto-estima caía. Marcela era definitivamente a garota mais incrível do mundo, não só aos olhos de Sarah, mas de todas as garotas da faculdade.

Elas brigaram muito, Sarah vira e mexe tacava algo em cima da garota durante as brigas, normalmente sem intenção, pois fazia movimentos bruscos com as mãos e os objetos voavam.

Várias vezes houveram brigas aonde Marcela pensava em sumir, mas sabia que era seu dever como guardiã e como namorada de Sarah, protege-la.

A questão do trono foi sempre discutida mas nunca resolvida, até que Fernando acabou tendo problemas psicológicos e amanhecia alguns dias sem memória, obrigando Sarah a ir para o reino cuidar das coisas.

As meninas não tinha saída e não sabiam como dar um herdeiro.

Dona Carmen acabou por sugerir inseminação artificial, e Marcela então teve de conversar com Sarah.

– Amor - disse Marcela.

– Oi minha linda - disse Sarah.

– Lembra da ideia da sua mãe, da, inseminação e coisa e tal? - perguntou a guardiã.

– Lembro, diga - disse a garota.

– O Bruno, ele está cada vez mais integro das coisas la do outro lado, e como ele ama servir lá, eu pensei... se ele poderia ser o pai... ele já é da família, e como eu acho que ele tem um leve caso com o Gregor... - disse Marcela.

– Está sugerindo para ele ser o pai? - perguntou Sarah.

– Exato, assim poderíamos prosseguir a tradição da família e seria um conhecido, para registrar a árvore geneologica - disse Marcela.

– Entendo, então temos que conversar com ele - concordou Sarah.

As meninas então falaram com o garoto que aceitou as circunstâncias, e Marcela estava certa, ele e Gregor estavam juntos, e aceitaram educar junto com as meninas, as crianças.

Os meses passaram, a barriga de Sarah ficava maior a cada mês, e conforme foi sendo, a criança nasceu. Um menino.

O pequeno herdeiro do trono tinha os costumeiros verdes, o cabelo um ruivo forte e intenso, a boca bem desenhada e o sorriso banguelo.

O menino então cresceu, cercado de dois pais e duas mães, uma família mais que especial. Aprendeu os poderes da família desde cedo, e soube que um dia chegaria sua vez. Sarah, que governava desde a doença do seu pai não sentia a falta de mais nada, tinha tudo, estava completa e todas as lacunas que sempre teve estavam agora fechadas e cobertas, tinha uma família completa.

Dona Carmen acabou se mudando para o castelo para ajudar com o menino, e acabou cuidando também do pai de Sarah. Eles construíram uma amizade, apesar de Fernando chama-la de anjo, ela sabia que no fundo talvez ele ainda se lembrasse dela.

Ele faleceu quando o seu neto, que recebeu o nome de Daniel completou 12 anos. Seu coração não aguentou muito tempo. Dona Carmen cuidou dele até seu último suspiro, e no dia do ritual para sua cremação, à moda grega, com uma fogueira e o corpo envolto de um decido com a bandeira da cidade. O ritual se prosseguiu.

Daniel chorou mais que todos, e apesar de só ter conhecido a avó biológica através das pinturas no castelo e das pinturas feitas por sua mãe Sarah, ele enxergou em Carmen, a sua avó.