– Expecto Patronum!

A Sala Precisa estava cheia de animais prateados correndo ou pulando de um lado para o outro. Da varinha de Hermione saía uma lontra que ficava rondando a sua cabeça. Ao seu lado, Fred, Jorge e Lino pareciam ter uma certa dificuldade para executar o feitiço.

–Caramba!! - reclamava Jorge - Como você conseguiu fazer esse feitiço, Mione? É muito complicado!

–Não é nada, Jorge - respondeu Hermione - É só você se concentrar na sua lembrança mais feliz.

– E você pensou em que, Mione? - Provocou Lino - No primeiro beijo entre o Fredinho e você??

~risos~

–Estão rindo de que? – Rony chegou já perguntando

Ele parecia já ter superado o fato de Hermione e Fred já estarem namorando, mas não deixava escapar a chance de zoar deles. A realidade é que ele queria ver a Mione feliz, mas preferia que fosse com ele.

– Não é nada, Rony – respondeu a Melanie – É só o Lino que não suporta a felicidade alheia!

– Ah, qual é, Mel? – Lino fez denguinho – Eu amo a felicidade alheia, mas amo mais você!

– Ai, gente!! – Jorge começou a reclamar – Esse grupo tá ficando muito meloso, todo mundo apaixonado! Que nojo!

– Ah, para de frescura, Jorge, e faz o feitiço – Fred mandou, logo depois que percebeu uma doninha prateada saindo da ponta de sua varinha – Ah, qual é? Meu patrono é o Malfoy?

~risos~

[...]

Todas as aulas da Armada corriam da mesma forma, Harry ensinado um feitiço e os alunos tentavam fazê-lo, Hermione estava o tempo todo com Fred, e isso parecia não ser estranho para mais ninguém, mas ainda incomodava algumas meninas, principalmente a Angelina, que sempre que tinha a chance brigava com a Hermione.

Enquanto isso, a Umbridge estava virando a escola de cabeça pra baixo. Desde que fora nomeada Alta Inquisitora de Hogwarts, ela ia de sala em sala, de professor em professor, para fazer perguntas e avaliá-los. Snape parecia que ia explodir quando ela perguntou o porquê dele não ter sido aceito como professor de DCAT.

Mas a professora que parecia odiá-la mais era Minerva McGonagall, principalmente quando ela demitiu a professora de Adivinhação, Sibila.

Sem falar nas regras ridículas que ela havia criado para manter os alunos sobre controle e a Brigada Inquisitorial, para investigar os alunos. Nem mesmo Dumbledore parecia estar aguentado a Sapa Rosa.

Enquanto isso, a Armada de Dumbledore continuava treinando vários feitiços para enfrentarem Voldemort, até mesmo Neville parecia estar pronto para um duelo com um comensal. Harry estava muito feliz com o resultado, principalmente em relação a Cho Chang.

Enquanto isso, no Salão Comunal da Grifinória...

– O Harry praticamente nos expulsou para falar com a Chang – Jorge reclamava – Nós tínhamos um plano perfeito para mandar a Sapa Rosa embora.

– Jorge, o Harry é apaixonado pela Cho desde o ano passado, ele quer ficar com ela – retrucou Gina, mas ela também parecia bastante irritada e enciumada.

– É o que falo o tempo todo – Jorge continuava reclamando – Tá todo mundo nesse lugar apaixonado!

– Ah, Jorge – Lino brincou – estar apaixonado é tão bom... Você recebe apelidos estúpidos, vive morrendo de ciúme... É o paraíso!

~risos~

[...]

Estavam todos na Sala Precisa, prestando atenção em Harry que mostrava as formas de se defender de um ataque.

– Hermione – ele chamou – Pode me ajudar aqui, por favor? Isso... Eu vou tentar te atacar e você defende, está bem? Estupefaça!

– Protego! – ela gritou e o raio vermelho saído da varinha de Harry foi desviado por uma força invisível até uma armadura no canto da sala, que desmontou com o impacto do feitiço estuporante

A sala explodiu em aplausos para Hermione. Fred gritava para todos ouvirem “Essa é a minha garota!” A única pessoa que não parecia tão empolgada era Angelina. Estava em um canto ao lado de Cátia Bell, e olhava para Hermione com uma cara de poucos amigos. Esperou a bagunça se acalmar um pouco para provocar:

– É claro que ela conseguiu defender – começou com uma voz anasalada – O Harry jogou um feitiço muito fraco, se fosse outra pessoa, ela estaria caída no chão inconsciente.

– Ah, Angelina, cala a boca – gritou Lino, que foi apoiado por mais alguns alunos

–Não, está tudo bem, Lino – respondeu Hermione com uma raiva contida, não aguentava mais as provocações de Angelina – Se você acha que Harry me ajudou, Angelina, por que você mesma não duela comigo?

Angelina não pensou duas vezes e aceitou. A prepotência dela não a deixou perceber e lembrar que era imensamente mais fraca que Hermione.

As duas se puseram uma em frente da outra com as varinhas em punho. Todos os alunos pareciam prender a respiração. Sabiam que Angelina morria de raiva de Hermione por causa do seu relacionamento com Fred. O único que destoava dessa tensão era Lino Jordan que cantava uma musiquinha irritante que tinha acabado de compor.

– Estupefaça! – Angelina gritou e um raio vermelho cortou a sala em direção a Hermione, que o desviou com um feitiço não verbal

– Petrificus Totalus – dessa vez o raio meio azulado veio da varinha de Hermione, Angelina tentou desviá-lo com um Protego, mas não fez o movimento correto e acabou caindo no chão sem conseguir mexer nenhum músculo, exceto os olhos.

A sala explodiu em comemorações e insultos a Angelina, cujo corpo voltava a se mexer graças à um Finite Incantaten de Cátia. Fred tinha Hermione nos braços e os dois se beijavam apaixonadamente. Rony observava de longe com uma mescla de felicidade e tristeza.

Harry, com um pouco de dificuldade, conseguiu voltar a atenção para si e dispensou os alunos. Todos saíram em grupos pequenos para não despertar suspeitas. Depois de todos saírem, Fred e Hermione se viram sozinhos na Sala Precisa.

– Você foi incrível contra a Angelina – parabenizou Fred

– Obrigada – respondeu Hermione – ela estava merecendo.

– Concordo! – Fred riu enquanto passava os braços ao redor do corpo de Hermione e a puxava para um beijo

O beijo começou calmo, mas depois foi se aprofundando. Uma paixão que ambos pensaram que nunca sentiriam estava aflorando naquele momento. Não importava mais Umbridge, N.O.M.s, Voldemort, ou qualquer outra coisa. Eles só pensavam naquele momento. Juntos.

Enquanto se beijavam, a Sala Precisa se transformou. Os livros e artefatos que estavam utilizando durante as aulas sumiram. A sala em si diminuiu e ficou do tamanho de um quarto normal. No centro, encostada em uma parede, estava uma cama de casal de lençóis vermelhos com bordas douradas, a única luz do ambiente vinha de algumas velas apoiadas em uma cômoda a um canto.

Fred colocou Hermione, delicadamente, na cama e continuou a beijá-la. Hermione pôde sentir a mão de Fred desabotoando sua camisa do uniforme. Ficou um pouco apreensiva e parou o beijo olhando – o, um pouco assustada.

– O que foi? – perguntou Fred

– Estou com medo – Hermione respondeu, um pouco envergonhada – Nunca fiz isso antes.

– Confia em mim, Mione – Fred disse, passando a mão pelo rosto de Hermione – Eu te amo – sussurrou no ouvido dela

– Eu também – ela respondeu