Never Try to Give Up escrita por Luíza AD


Capítulo 7
Sétimo


Notas iniciais do capítulo

Loooi. Caraca, leitor(a), to meio que decepcionada. Por favor, né.



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E assim, sem mais nem menos, um mês se passara. Lynn treinava sozinha no ringue de patinação, regava as plantas e fugia dos meninos. Não que tivesse medo deles, só não achava certo ela, uma novata, falar com eles, garotos veteranos. Além do mais, tinha a Ambre em seu encalço, só esperando ela falar com Castiel.

Conversava com Rosalya, Iris, Kim e Melody quando tinha chance. No começo, achou Melody uma idiota. A garota a olhava como se ela fosse um bicho, mas depois de conhecê-la melhor, Melody parou de olhá-la desse jeito.

Melody era uma garota de cabelos castanhos, com roupas comportadas. Ela dissera a Lynn que era uma das representantes da escola, junto com Nathaniel. Quando ela disse aquilo, Lynn levantou uma sobrancelha, pois ela aumentou o tom de voz.

A música que Boris falou que todos tinham de fazer não estava avançando. Já tinha o refrão, coisa que demorara quase um mês para ser feito, Lynn já tinha um avanço. Tinha 2 meses, podia demorar mais um pouquinho.

– Filha. – sua mãe entrou em seu quarto. – Ligaram da escola.

– O que foi? – Lynn desviou o olhar de seu caderno, estava estudando história.

– As aulas pelo resto desse dia foram canceladas. – a loira arqueou uma sobrancelha. – Neve.

– Está nevando?! – Lynn abriu a janela e sorriu, sentindo pequenos flocos de neve em seu rosto. – Lembro de quando o papai me levava para brincar na neve.

– Eu também lembro querida. – Ângela disse, com um pequeno sorriso triste em seu rosto. – Tenho que ir trabalhar agora. Você não fez amigos na escola? Saia com eles, só não fique em casa, enfurnada com seus estudos. Tudo precisa de...

– Limites. – Lynn completou. – Eu sei mãe. Tudo bem, até mais.

Ângela beijou a testa de Lynn e foi trabalhar. Ela suspirou, tomando um banho quente, para variar. Já havia estudado bastante, e não estava com humor para nada. Sair com os amigos? Rosalya deveria estar com o namorado, Iris fazendo algo divertido, Melody também. Violette deveria estar trabalhando na música, coisa que Lynn deveria estar fazendo, mas não tinha a mínima idéia sobre o que escrever.

Estava nevando, algo bom e que Lynn sabia que melhorava seu humor. “Talvez uma caminhada? Posso ir ao centro, com sorte encontro alguém da escola.” Colocou um jeans, uma camisa e blusa de frio, calçando as luvas que tinha e o all star. Faria frio, mas já estava bom daquele jeito.

Saiu da casa, trancando-a. Se viu cercada por dois garotos, olhando-a com certa pena. Eles puxaram-na para um beco, tampando a boca dela, pois ela tentava e tentava gritar. Mordeu a mão do garoto, que puxou de imediato.

– Vadia. – cuspiu ele. – Ambre deveria ter avisado que ela morde.

O outro riu.

– Pois é. – o outro a olhou torto. – Talvez possamos nos divertir depois de ensinar a ela uma liçãozinha.

– É. – o garoto mais alto sorriu, e desferiu um soco em Lynn, que provavelmente deixaria uma marca, derrubando-a.

Lynn não saberia dizer o que sentiu quando levou o soco, dor, nojo, ou talvez raiva. Viu um vulto de cabelos castanhos aparecer diante dela. Lynn estava muito ocupada em tentar se levantar, algo que parecia impossível.

– Quem é você? – perguntou um dos capangas.

A loira não sabia dizer quem era, mas que ele era rápido era. Ele derrubou o primeiro cara com um soco de esquerda, e logo estava empurrando outro na parede, levantando o mesmo pelo colarinho da jaqueta.

Começou uma sessão de murros e quando o garoto já estava totalmente roxo e com um nariz quebrado, parou e foi para perto de Lynn. Ela o deixou ajudá-la a levantar-se.

– Você está bem? – os grandes olhos verdes dele desconcertaram-na por alguns segundos. – Você está machucada.

Ele examinou seu rosto, colocando uma mão em cada bochecha de Lynn, que se afastou com os olhos arregalados. O garoto era pelo menos dez centímetros mais alto que ela, e usava uma touca verde, uma blusa de frio da mesma cor, calça e luvas. Seus sapatos lembravam Lynn dos sapatos de uma escola militar do outro lado da cidade.

– Eu estou bem. – Lynn tirou as mãos dele do seu rosto e sorriu. – Muito obrigada. Como você fez esses golpes? Pode me ensinar?

A expressão do garoto passou de preocupado, para magoado e ele foi andando para a direção oposta Lynn, e ela correu para chegar ao seu lado.

– Não vai me responder? – os dois estavam chegando a uma estação de trem, o objetivo de Lynn desde o início. – Eu posso te seguir o dia todo até você me responder.

“Esse garoto é calado ou ele não quer que eu esteja perto dele?” Lynn observava-o pelo canto do olho, já dentro do trem, com destino o Centro. Queria pelo menos ouvir a voz de seu salvador, ou saber seu nome, mas ele não respondia a nenhuma pergunta de Lynn, apenas continuava com seus olhos cheios de mágoa.

Andavam pela rua quando Lynn avistou uma pista de patinação, mas escorregou no meio do caminho. Esperava tudo. Uma queda, um braço quebrado, o nariz quebrado, qualquer coisa menos aquilo. Sentiu dois braços a envolverem e os dois caírem em um monte de neve. Lynn estava por cima de seu salvador.

– Por que você não me diz seu nome? – Lynn perguntou, ainda junto dele. – Você me salvou duas vezes hoje, por que não me diz?

O garoto se levantou sem ajudar, colocou as mãos nos bolsos e bufou de impaciência. “Qual o problema dele?” Lynn se perguntou, levantando e se espreguiçando.

– Eu... – Lynn arregalou os olhos ao escutar a voz do garoto.

“Espera, essa voz... Não PODE ser!” Abraçou o garoto sem pensar duas vezes, rindo muito, o garoto por início, tentou se soltar, mas logo percebeu que a mesma o havia reconhecido, então passou seus braços por volta da cintura de Lynn.

– É você Ken? – Lynn perguntou, sem soltar-se dele. – Não acredito, não acredito!

– Pode acreditar. – ele riu feliz por estar tão perto dela. – Pensei que você não ia me reconhecer.

Enquanto os dois papeavam, a mais ou menos quarenta metros dali, havia uma garota dos cabelos brancos, outra de cabelos ruivos, uma dos cabelos pretos, e outros dois garotos. Iris se mostrou perplexa com o que estava vendo, abrindo a boca formando um lindo ‘O’.

– Gente, aquela ali não é a Lynn? – todas as cabeças se viraram ao mesmo tempo, observando cena. – Aquele ali é o namorado dela?

– Não. – Rosalya respondeu de prontidão. – Ela não tem namorado.

– Quem é ele? – Castiel perguntou, cerrando os olhos. – Por que ele está abraçando ela?

– Ela é quem está abraçando ele! – gritou Kim, rindo. – Essa garota sabe mesmo como fazer um homem se apaixonar por ela.

– Não tem graça, Kim. – Lysandre respondeu, se demonstrando ligeiramente irritado com a aproximação da garota com o menino, pois ela sempre se afastava dele, aquilo não era bem justo.

– Eu vou lá! – Rosalya disse e apontou para os meninos. - Vocês fiquem aqui, a Lynn não gosta de vocês.

Rosalya deixou Iris e Kim perto dos meninos para que eles não tentassem escapar e segui-la, ou fazer algo de idiota na frente de Lynn, o que seria embaraçoso para todos.

– Lynn! – Rosalya puxou o mais educadamente a loira dos braços do menino de cabelos castanhos.

– R-Rosa! – ela respondeu mais corada que um pimentão.

– Quem é o seu amigo? – Rosalya ergueu uma sobrancelha. – Espera. Você é o Kentin.

– Como você sabe o nome dele? – Lynn olhou para os dois. – Se conhecem?

– Não. – Rosalya começou a prestar atenção em suas unhas. – Kentin é o garoto que está na capa das revistas de fofocas.

– A culpa não é minha. – ele disse, colocando seu braço sobre o ombro de Lynn, fazendo Rosalya arquear as duas sobrancelhas.

– Não deixa nenhum menino chegar perto de você.. – a garota indagou rindo. – Mas deixa esse daí fazer o que quiser? Você me surpreende.

– O Ken é meu amigo. – “perseguidor, mas era meu amigo” – Ele me salvou duas vezes, Rosa. Ele foi tão corajoso, nem sabia que era ele, de tanto que ele mudou.

– Não me chama de Ken. – ele reclamou, quebrando o contato visual, ficando vermelho. – É Kentin. Lynn, você continua incrivelmente cabeça dura.

– Mas a cabeça dura que você ama. – ela mostrou a língua, rindo. – Rosa, o que faz aqui? Pensei que você estivesse com seu namorado.

– Ele está trabalhando. – ela suspirou. – Os meninos ali estão com raiva. Eles acham que o Kentin é seu namorado e estão morrendo de ciúmes de você abraçando ele aí, do que abraçando eles.

“Rosa, sempre aumentando as coisas”

– Tudo bem, vamos lá. – Kentin segurou a mão de Lynn, assustando-a e andando em direção ao pequeno grupo.

Rosalya estava chateada com Lynn, nem havia falado que o tão comentando Kentin era seu amigo. Talvez pudesse pedir para ele posar alguns de seus modelos. Quando estavam chegando, Lynn fez Kentin soltar sua mão. Não se sentia bem com ele a segurando.

– Oi. – Lynn disse, distante.

– Castiel, esse é o garoto de quem você estava com ciúmes. – Rosa disse rindo, e Castiel ficou vermelho. – É o Kentin, amigo do fundamental, provavelmente.

– Você é o Castiel. – o de cabelos castanhos quase rosnou.

– Ei, por acaso eu beijei sua mãe para você ficar com raiva de mim? – ele cruzou os braços.

– Não, mas aquilo Lynn... – Kentin olhou para a amiga. – Parecia obra dele.

– Castiel não ia mandar alguém me bater. – logo depois de dizer, se arrependeu, batendo a mão na cabeça.

– Alguém tentou te bater? – Lysandre se aproximou cuidadosamente. – Você se machucou?

– Não, eu estou bem. – Lynn sorriu. – Foram dois garotos, mas Kentin os espantou como um cachorro espantando um gato! Foi demais!

– É, deve ter sido. – o ruivo respondeu irritado. – Tão legal que você tinha que abraçar ele tanto?

– Ah, eu abracei ele porque ele é meu amigo! – Lynn respondeu, colocando as mãos na cintura e arqueando uma sobrancelha. – E eu abraço meus amigos.

Aquilo deveria ter doído, pois Castiel calou a boca por um bom tempo. Kentin ainda não acreditava no que havia acontecido. Estava ‘passando normalmente’ por perto da casa de Lynn quando a viu saindo e sendo pega por dois homens. Aquilo o enfureceu de tal maneira que correu o mais rápido possível para impedir, mas mesmo assim um deles a atingiu. Oh, como ele se sentiu um inútil, mas só de vê-la sorrindo tudo valia a pena.

– Vamos patinar? – Kim deu a idéia. – Lynn, cuidado para não cair de novo.

Todos riram.

– Lynn cair de patins? – Kentin arqueou uma sobrancelha. – Você só pode estar de brincadeira. Lynn, você não contou que você partici...

– Não. – Lynn rapidamente respondeu. – Não. Ken preciso falar com você. Onde vocês vão patinar?

– Tem aquele lago ali que congelou. – Iris respirou fundo, rindo.

– Vocês têm patins? – Lynn perguntou, ainda não gostando da idéia.

– Vamos comprar.

E se foram. “Onde eles vão arranjar patins?” ela se perguntou, mas logo percebeu que tinha uma chance de falar com Kentin sozinha, porque todos haviam ido, menos ela e ele.

– Como estão as garotas? – Lynn perguntou, se tornando sombria.

– Quando te viram na Tv, ficaram furiosas. – Kentin riu. – Mas estão felizes por você. Quer saber? Eu acho que elas nunca ficaram tão felizes antes. A Letícia quase caiu da cadeira quando viu a notícia de você em Sweet Amoris.

– Uau! – Lynn riu. – E o...

– Ah, ele? – Kentin arregalou os olhos, surpreso. – Você não soube?

– Saber o que?- a loira fez uma expressão tão triste que Kentin suspirou.

– Ele está bem. – ele mentiu. – Está com saudades.

– Sério? – Lynn se animou. – Por que ele não vem me visitar?

– Ele é ocupado! – Kentin sorriu e puxou Lynn mais para perto. – Você gosta de um daqueles meninos?

–Hã?

– Anda, pode falar. – Ele riu. – Seu coração se acelera quando fala com um deles?

– Na verdade.. – Lynn refletiu. – meu coração se acelera com todos!

– Mas você não está apaixonada? – Lynn assentiu em resposta e Kentin riu. – Então me prometa. Não vai se apaixonar pelo ruivo. Castiel não parece ser uma pessoa muito legal.

– Mas ele é legal! – a menina se afastou dele, corrigindo-o. – Castiel pode ser cabeça dura, mal humorado e um completo idiota. Mas ele é um amigo muito bom! Apesar de me assustar e me intimidar toda vez que me olha, eu me sinto bem perto dele! Ele nunca faria nada de mal contra mim, e é melhor você botar isso na sua cabeça.

– Falando nisso... – Kentin tentou não demonstrar o quanto estava irritado. – Quem eram aqueles caras?

– Capangas da Ambre. – Lynn não hesitou. – Ela disse que mandariam eles atrás de mim se eu fizesse amizades. Ainda bem que você estava por perto, imagina o que poderia ter acontecido se você não estivesse por perto!

– Ambre? – Kentin colocou uma mão na têmpora. – Tipo, a Ambre?

– Ambre, loira, rica. – Lynn respondeu. – Sim, Ambre. Olha, eles estão voltando.

E realmente estavam com patins novos. Castiel tinha um preto, Lysandre azul, Iris vermelho, Kim um amarelo e Rosalya um verde. Eles andavam com tanto leveza que ás vezes Lynn os confundia com anjos. E havia outro par de patins, um número menor, na mão de Rosalya, e Lynn sorriu agradecida.

– Lynn, eu comprei um para você. – Rosalya sorriu orgulhosa, mandando um olhar superior para Kentin, como se os dois estivessem competindo para ver quem deixa a Lynn mais feliz.

– Rosa, obrigada. – Lynn a abraçou, com pequenas lágrimas de agradecimento. – Ninguém nunca fez isso antes por mim. Você é demais.

– Ih gente. – Kim indagou alto o bastante para todos ouvirem. – Esquecemos de uma pessoa que volta para a escola amanhã!

– Quem? – Castiel perguntou, tossindo.

– Ai meu Deus! – Rosalya escondeu seu rosto com as mãos. – Ela vai matar a Lynn.

– Me matar? – Lynn apontou para si mesma. – Mas por quê?

– Ela é a jornalista mais famosa da escola. – Iris se corrigiu. – É a jornalista mais famosa da cidade! Ela é uma lenda. Mas quando se trata de assuntos do tipo fofoca. Ela é a melhor também, isso quer dizer que você vai ser sufocada de perguntas, Lynn!

– De quem vocês estão falando? – Kentin perguntou, sentindo-se diminuído da conversa.

– Estamos falando da... – Rosalya respirou fundo. – Peggy.


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Notas finais do capítulo

Peggy *-* só eu que amo ela? *--*

Então, to de olho em quem favorita e não comenta ¬¬ Pode comentar, sério. Daqui a pouco eu excluo a fic, pfvr né.