Por amor... escrita por MarieMatsuka


Capítulo 1
Problemas no Quarto Céu – Acheron


Notas iniciais do capítulo

Hey, folks... Obrigada por lerem minha fic, rs.



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O dia de hoje realmente não estava sendo dos melhores. Não que eu realmente tivesse dias fantásticos, sentado a sombra de altos carvalhos no Éden, comendo frutas e tocando Harpa, como todos parecem pensar que um anjo faz. Mas o dia de hoje realmente estava uma droga.

Tudo começou quando Apollyon veio até mim esta manhã, trazendo informações não muito agradáveis.

- Meu senhor, parece que o Anjo Renegado continua na ativa. Recebi informações de que ele matou 3 querubins nossos que o perseguiam. - Disse ele, com ódio no olhar. Quando se tratava de assuntos sobre Ablon, o Anjo Renegado, Apollyon sempre estava com raiva. Eles possuíam um antigo desentendimento, que fazia com que os dois se odiassem. Claro que o fato de Apollyon ter matado diversos dos amigos do Renegado não ajudava em nada.

- Paciência, meu caro Apollyon. Em breve, você poderá terminar seu empasse com o Renegado. - Eu disse, sorrindo. - Tudo ao seu tempo, como diria meu irmão Gabriel.

- Assim espero, meu senhor. Assim espero. – Disse ele, parecendo estar imaginando tal momento.

- Mais alguma coisa, Apollyon? Gostaria de ficar sozinho agora, tenho muito em que pensar.

- Apenas uma última coisa, meu senhor. – disse ele – Parece que está ocorrendo uma espécie de “conflito” no Quarto Céu. Alguns de nossos querubins entraram em conflito com alguns querubins de seu irmão Gabriel, e ambos os exércitos estão um tanto agitados com tais acontecimentos. Balberith solicitou sua ida até lá, para fazer com que os rebeldes voltem a seus postos. – Terminou ele, aguardando minha resposta.

- Muito bem, Apollyon. Irei para lá imediatamente, e tratarei dos rebeldes. Agora já pode ir.

- Sim, meu senhor. – ele fez uma leve mesura com a cabeça, e então abriu as asas e alçou voo.

Assim que Apollyon desapareceu de vista, caminhei em direção ao lago a minha frente. Ajoelhei-me na beira dele, e observei meu reflexo na água. Eu havia cortado o cabelo recentemente, então ele estava curto, com alguns fios caindo em minha testa. Ele era preto, com uma curiosa mecha branca no meio dele. Meu rosto parecia cansado, com olheiras profundas, e as cicatrizes mais proeminentes. Apesar de toda a pose que eu me esforçava em manter, eu me sentia exausto. Toda essa guerra era desgastante, e eu não descansava já fazia alguns dias. Ou semanas. O tempo parecia não fazer mais sentido.

Respirei fundo, absorvendo o ar em volta. Aqui no Sexto Céuera sempre calmo. Apesar de todo este lugar ser dedicado aos Malakins, e ser composto basicamente por bibliotecas e relicários, havia uma parte dele que era feito para meditação. Havia um lago, varias árvores e bancos de madeira. Era um lugar extremamente tranquilo, para onde eu fugia em meus momentos de cansaço, já que ninguém pensava em me procurar aqui.

Levantei-me, e caminhei mais um pouco entre as árvores. Eu sentia algo diferente no cosmo. Era como se estivesse para acontecer algo de diferente, algo capaz de mudar o rumo das coisas... “Como se existisse algo que pudesse fazer isso...” pensei, incrédulo.

Abri as asas, sentindo a força do vento contra elas. “Vamos lá, Miguel. Esqueça essas baboseiras, vamos punir alguns rebeldes.” pensei.

Alcei voo.

Chegando ao Quarto Céu, pude facilmente localizar meu exército, e a origem do conflito. Em um vale, um pequeno grupo de querubins se digladiava. Havia apenas dois corpos mortos, mas os que ainda estavam de pé lutavam ferozmente. Voei em círculos sobre o conflito, e desci em direção aos combatentes em ponta de flecha. Localizei os 3 que eram do meu exército, e num movimento rápido, peguei os 3 pelos fechos das armaduras, e alcei voo novamente, levando-os até onde estava nosso exército. Quando cheguei às proximidades da barraca de Balberith, lancei-os em direção ao solo, a mais de 1 km do chão.

- Balberith! – Rosnei aos berros enquanto me aproximava de sua barraca. – BALBERITH! – Gritei, entrando em sua barraca. Ele estava em pé, colocando sua armadura, e me olhou de forma assustada. – Você me chamou aqui por causa de apenas 3 querubins lutando? Por que diabos você mesmo não lidou com isso? Onde está toda sua autoridade como general? – berrei.

- Mas, meu senhor... – Ele disse, hesitante. – O motivo pelo qual eles estavam lutando...

- Pouco me importa os motivos, Balberith! – Eu disse, caminhando para fora da barraca. – Eles deveriam saber que isto é uma guerra, e que guerras são vencidas com força, estratégia, e acima de tudo, disciplina! E agora serão punidos pela falta da mesma!

Sai em direção a cratera que havia sido formada no chão pelo impacto dos 3 querubins ao serem lançados do céu. Quando cheguei lá, notei que eles estavam se levantando, atordoados pelo impacto. Transpus o resto dos metros que estavam entre nós, e peguei-os novamente pelos fechos das armaduras. Arrastei-os até a parte superior, e os levei até onde havia um grupo maior de querubins, observando tudo.

- Prestem atenção! – eu disse, elevando minha voz para que fosse ouvida até mesmo da mais distante barraca. – Estes 3 querubins acreditam ser superiores! Acham que aqui podem tudo! Mas estão muito enganados! E venho aqui hoje com um único propósito: mostrar-lhes isso!

Caminhei até o querubim mais próximo, sem desviar o olhar de seus olhos. Agora, me direcionei aos três:

- Ajoelhem-se. – disse em tom baixo e furioso. – Ajoelhem-se! – repeti.

Eles assim fizeram, e eu, em um golpe rápido, saquei a Chama da Morte, e degolei os três de uma vez só.

- Que isso sirva de exemplo para vocês que não estão levando isso com a seriedade necessária! – Então abri as asas, e alcei voo, com a espada ainda em punho. Senti aquela mesma dor lancinante no peito, que sinto toda vez que mato alguém. Porém, ignorei-a. Como sempre.


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado do primeiro capítulo... Já estou escrevendo o segundo... rs



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