O Inesperado - Tsunami escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 2
Jasmin-bogari


Notas iniciais do capítulo

Queria primeiramente agradecer: BabyBia, Quel Torres, Bia fanfics, Michele Djenifer e LetíciaCullen13 por comentarem e a Line Cullen e Jéssica Castilho por favoritarem. O meu muito obrigada!
Agradeço tb a todo mundo q AINDA n comentou, mas resolveu dar uma chance a essa história.

Enjoy!



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Del City, Oklahoma – Outubro de 2004.

– Sabe, eu ainda nem consigo acreditar que ganhei uma promoção como essa. Eu sempre fui muito azarada, até no par ou ímpar eu perdia. É tudo tão maravilhoso. Tão perfeito, que eu fico até com medo de dar algo errado. Eu sei que o que vou dizer é brega, mas eu me sinto como se fosse transbordar de tanta felicidade – A morena de olhos castanhos parou de mexer a panela, que fervia sob o calor das chamas do fogão de inox, comprado recentemente, para provar uma pequena porção da massa borbulhante. Depois, olhou em volta da pequena cozinha de seu apartamento, e prosseguiu – Ângela, me passa o saleiro que está... na... – aos vinte anos de idade, Isabella ainda ficava confusa para diferenciar a direita da esquerda – aí, do seu lado – e uma jovem alta, magra de traços orientais, entregou, sem demora, o objeto à amiga – Obrigada – agradeceu depositando uma pitada de sal e continuando a mexer.

– Por falar nisso, – Ângela tinha a mania de dar continuidade a conversas que não tinham sido iniciadas – Que horas o Mike chega?

– Hum! Isso aqui está muito bom. Quer um pouquinho? – perguntou Isabella estendendo uma colher cheia de patê de frango que ela acabara de fazer.

Ângela balançou a cabeça negando.

– É uma pena. – A garota voltou a misturar o bolo – Porque essa é a única coisa que eu sei cozinhar – Mais uma vez ela encheu a colher, só que agora, deixando seu conteúdo escorrer.

Convencendo-se de que a massa estava na consistência certa, apagou a chama.

Ainda do lado do fogão, seus olhos brilharam quando falou:

– Eu não posso nem acreditar que ele está de volta. Que estaremos juntos depois de tanto tempo.

Mike Newton era um jovem soldado americano que já estava a onze meses servindo seu país no Iraque. Ele partira deixando para trás sua namorada e uma promessa de que se casariam quando voltasse.

– Finalmente ele está de volta para casa. De volta pra mim. Ele não sabe a falta que me faz. – Uma lágrima escorreu desobediente, do canto dos olhos da jovem. Contudo, ao se dar conta do súbito acesso de melancolia, ela disfarçou enxugando o rosto com uma das mãos e se forçando a um sorriso – Mas hoje não é dia para tristeza. Hoje é um dia de alegria e comemoração. Mike está voltando, e nós vamos passar a nossa lua-de-mel juntos no lugar mais lindo do mundo.

Ângela sorriu, nem um pouco admirada com a capacidade que a amiga tinha de mudar de humor tão rápido.

– Você acha que ele vai fazer o pedido no jantar?

– Ah, não sei – respondeu a dona do apartamento dando de ombros – Mike está tão misterioso – ela abriu o armário, retirando um conjunto de pratos, e caminhou para fora da cozinha até uma mesa redonda no centro da sala de jantar, enquanto Ângela a seguia. – Sabe, eu não quero ser precipitada, mas tenho quase certeza de que sim. Eu estou tão contente.

– Parabéns amiga. - Ângela esperou que a colega terminasse de colocar os pratos na mesa e a puxou para um abraço afetuoso – Eu estou tão feliz por você.

– E eu mais ainda. – disse retribuindo o carinho – Mas agora vamos deixar de sentimentalismo – as duas se afastaram – porque ainda tem muita coisa faltando ser arrumada para o jantar e, o principal: eu tenho que estar linda no meu chamise preto. Sabia que ele custou os olhos da cara? Certo meu bem? – ela disse a última pergunta colocando as mãos na cintura, de um jeito tão fútil, que fez a visitante sorrir com a cena. – E não podemos esquecer de confirmar com todo mundo. Mike vai ficar tão feliz com a festinha surpresa que estou organizando para ele.

***

Pronto. O jantar estava feito. A mesa estava posta, e sobre ela a sua melhor porcelana. A decoração era singela: nada de muito sofisticado, apenas alguns vasos de Jasmin-bogari, uma planta ornamental, de folhagem lustrosa, com flores brancas em forma de buquê de noiva que exalavam um perfume discreto e penetrante, dando um ar romântico ao ambiente.

A bela jovem acochou o cinto na cintura e contemplou, mais uma vez, o seu reflexo no espelho do quarto; ficando satisfeita com o que viu. Ela usava um vestido curto, ao estilo chamise, preto, de mangas longas, e apertado na cintura que ressaltava sua silhueta esbelta. Os cabelos castanhos estavam presos em um coque com apenas uma mecha solta. A maquiagem era sutil, exceto pelo batom vermelho, que contrastava numa combinação perfeita com sua pele branca. Embora nada resplandecesse maior beleza do que o brilho em seus olhos. Ela olhou o relógio. Eram 19:15h quando a campainha tocou.

– Trouxemos vinho – anunciou um rapaz de cabelos pretos encaracolados e olhos azuis, que estava em pé, ao lado da namorada grávida de seis meses e meio, quando Isabella abriu a porta.

– Sam, Marcely! Que bom que resolveram vir – ela disse abraçando o casal de amigos e os convidando a entrar – Venham. Entrem!

Os dois adentraram na casa se juntando a Ângela, Amanda, Daphine e Peter que estavam sentados no sofá laranja da sala de estar entretidos em alguma conversa sobre celebridades.

– Hum hum! – pigarreou – Bem, agora que já está todo mundo reunido, só falta o Mike chegar. Nós ainda temos pelo menos meia hora. Eu quero que vocês façam como o combinado – disse a anfitriã.

Foi só o tempo de terminar a frase, para a campainha anunciar a chegada de mais um visitante.

– Ai meu Deus! Ele deve está adiantado – Isabella se sentiu atordoada – Rápido! Escondam-se! Vão para a cozinha, - disse tangendo os convidados – quando ele entrar vocês esperam um pouquinho e depois saem. Quero fazer surpresa.

Ao mesmo tempo em que todos se escondiam, a campainha novamente tocou.

– Já vai! Só um minuto! – gritou a dona da casa dando uma última conferida nos detalhes. Depois que se certificou de que tudo estava certo, ela soltou um longo suspiro, ajeitou o sutiã e atendeu – Mike! – Falou sem conseguir segurar a emoção.

O jovem soldado estava apoiado na soleira da porta. Mike vestia uniforme do exército e abriu um sorriso tímido, antes que a namorada se jogasse em seus braços. Ele quase caiu para trás quando ela o apertou. Era a forma que a moça tinha de dizer o quando sentiu a falta do rapaz e medo que ele tivesse morrido em combate. Ela esperara por esse momento durante todos esses longos meses.

– Eu te amo Mike.

Entretanto, algo estava errado. O rapaz parecia frio e distante, como se o calor dos braços dela não tivesse sido suficiente para aquecer seu coração. Ele deve está muito cansado. É isso.

– O que foi amor? – perguntou a jovem quando ele a afastou. – Como sou tonta. Você deve está cansado. Vamos, entre.– Ela o puxou pelo braço, mas ele não se moveu.

– Eu não sei por onde começar. Eu pensei em várias formas de te dizer isso – iniciou Mike – mas agora eu vejo que só existe uma. – ele viu a menina encará-lo de olhos arregalados sem entender por que o namorado agia dessa forma – Você é uma garota linda. É inteligente, sensível e forte ao mesmo tempo.– colocou as mãos nos ombros dela e a observou com seus olhos azuis piscina – Qualquer cara teria o maior orgulho de tê-la como companheira...

– Pare! Eu não quero ouvir – a moça estendeu o braço desvencilhando dos braços do rapaz e já prevendo o que se seguiria – Qualquer cara menos você. É isso que você quer dizer? – Isabella desviou o olhar. Sobretudo no mundo, ela não queria chorar. Não na frente dele. Seria maravilhoso ter um botão de dar pause em momentos da vida como esse. Ou então o de retroceder, assim ela saberia onde tudo mudara. – Qual o nome dela? – perguntou de súbito.

– Susan. O pai dela é tenente. – respondeu desconcertado.

– Você me trocou por uma promoção de cargo? – a moça voltou a fita-lo nos olhos esperando que ele dissesse algo – Mike, como você pôde?

– Bella eu... não é isso... As coisas não são como parecem.

– Você a ama?

– Bella, acho que isso não deve ser explicado agora. Eu...

– Já entendi. – ela o interrompeu e depois ficou em silêncio por alguns segundos vagos – Eu quero que você saia. Eu nunca mais quero olhar para você Mike Newton.

– Eu sei que você deve estar nervosa...

– Você esperava que eu dissesse o quê? Oh, parabéns Mike! – furiosa, falou com sarcasmo – "Como eu estou feliz por vocês". Mas não. Por que, enquanto você estava tentando conquistar a filha do seu chefe, a idiota aqui estava preocupada se você estava bem. Se tinha sido atingido por um míssil... Se uma bomba... um tiroteio...

– Eu sei, eu fui um covarde. Eu fiquei com medo de enfrentar tudo isso que você disse. Você não sabe como é a guerra. É um lugar terrível. Tem gente morrendo.

– Saia! Por favor! Não quero mais escutar.

– Eu sinto muito. – o soldado pôs o cap debaixo do braço e foi embora.

Quando olhou para a sala, Isabella viu que todos os seus amigos estavam sérios, parados em pé, perplexos. Eles tinham assistido toda a cena. Nesse momento, a jovem se sentiu envergonhada. E, sem pronunciar uma palavra sequer, ela correu para o quarto, fechou a porta para que ninguém a visse, e desmoronou na cama.


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Notas finais do capítulo

No próximo cap. vou contar a história do Edward.
É só uma introdução antes da catástrofe.
Peaple COMENTEM, please! Vamos lá gente, eu sou uma pessoa ansiosa e se ninguém comentar vou achar q n ficou bom. Bjs! Feliz 2014!



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