Player escrita por AustinandAlly


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, agoooooora posso dizer que fiquei infinitamente feliz com os comentários de vocês! muito obg gente, por conta disso tive inspiração para escrever um capitulo maior. Se preparem por que de agora em diante alguns mistérios serão revelados com os passar dos capitulos.

Conto com vocês no proximo capitulo, se puderem, e se acharem que a historia merece recomendem por favor!! ficaria tão feliz com uma recomendação :) estou tendo que sair agora, mas quando voltar responderei cada comentário! obg mais um vez. Vocês são as melhores, beijinhos flores.


OBS: Uma leitora muito especial me contou que minha historia estava sendo plagiada no spirit. A minha fic DREAMS, quem puder, por favor denunciem! agradeço desde já. beijao



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Austin

– Eu não sei mais a diferença entre certo e errado. – externei meus pensamentos.

– Por que está dizendo isso? – ela perguntou ainda embaixo de meu corpo, olhos nos olhos.

–Por que sua presença me nubla, perco meus sentidos, minha razão. – respondi, mas cortei aquele assunto desagradável, algo mais importante que minha dúvida pedia minha atenção, sua boca, sua pele macia, seus cabelos chocolate.

Beijei- a mais, sua língua dançando dentro de minha boca me fazendo gemer baixinho tamanho era o prazer. Nossos corpos colados me dava uma sensação de posse, mas ela não era minha, talvez não estivesse longe de enfim ela me entregar seus sentimentos, ou qualquer outra coisa que ela pudesse ter por mim. Mas isso era certo? Estaria eu lutando pela causa errada? Talvez meu pai estivesse enganado, e além do mais o que aquela garota tinha a ver com tudo de ruim que havia por debaixo do tapete? Talvez nada.

A girei, colocando-a por cima, era excitante tê-la tão perto, dentro da minha zona de controle. Eu já havia imaginado esse momento tantas vezes, a queria de tantas formas, eu queria ser gentil, mas eu ainda tinha raiva, ódio. A beijei de forma lasciva, quente e selvagem, eu queria que ela sentisse o que eu guardava por dentro, queria que ela tivesse tempo para fugir de mim. Meu corpo em ebulição sentindo sua pele de porcelana aquecer-me, ela estava tão adorável, mas não fez nada do que eu queria, muito pelo contrário, se entregou a mim. Beijou-me com mais vigor, agarrou-se a meu corpo soltando gemidos baixos enquanto ardíamos em beijos que deveriam ser proibidos.

O que estava acontecendo? Ela queria ser minha, esse momento era nosso, mas eu estava oscilando, eu não sabia o que fazer. Ela bagunçou meus cabelos sujos de areia, seus beijos descendo por meu pescoço enquanto eu fechava meus olhos em deleite ao ver a morena me desejar. Eu levei meus dedos para as laterais de seu corpo, sentindo cada curva delicada percorrer-me. Ela tocou minhas pálpebras, eu abri meus olhos e encarei-a e então li algo em seus olhos e decidi. Eu não poderia fazer isso, ela era inocente. Seu rosto, seus toques me diziam isso, gritavam que era hora de parar.

– Vou levar você pra casa. – disse cessando aquele momento, ela me olhou incrédula.

– Achei que pudéssemos ver o nascer do sol. – disse um tanto tímida, eu sorri de lado. Ela estava sem seus muros agora. Não poderia magoa-la, depois eu daria um jeito no resto.

– Acho uma ótima ideia. Venha, fique comigo. – pedi enquanto dava leves batidas ao lado fazendo menção para que se deitasse a meu lado.

Ela se deitou ainda em silêncio, fitamos o céu, por enquanto seriam as estrelas, mais tarde o sol por entre as ondas. Eu não sabia como agir, as coisas fugindo das minhas mãos, a razão estava lutando contra o que eu julgava ser certo, meus planos de vingança se misturando às lembranças recém criadas de seus beijos, de seus cabelos caindo sob seu rosto enquanto seus olhos me fitavam.

Ally

Eu não conseguia desvenda-lo, ele parecia tão sério agora, tão longe de mim. Isso estava me matando, por que as coisas não poderiam ser fáceis ao menos uma vez na vida? Eu estava aqui, não estava? Com o coração aberto, eu estava começando a me sentir pronta para me apaixonar e agora ele estava assim, eu pensava que eu era o que ele queria, mas eu estava me enganando, e agora estava difícil me levantar e ir embora de suas vistas, de sumir, pois agora eu o queria e não sabia se podia lutar contra isso.

– Achei que estávamos subindo um degrau. – disse não aguentando mais seu silêncio, ele não me olhou.

– Ok, tudo bem. Não precisa nem pedir, eu vou indo. – declarei me irritando, levantei e caminhei para ir embora. De repente ele estava em meu encalço.

– Ally... – chamou-me, me virei apenas para encarar um par de botas em suas mãos.

– Pode ficar de lembrança, cortesia. – disse azeda, lágrimas queriam escapar, mas eu não iria dar esse gosto a ele. Não valia a pena.

– Não faz assim, por favor. – me pediu, senti certa decepção em sua voz, mas que diabos ele estava fazendo?

– Como poderia ser diferente? Você é tão idiota. – o encarei, seus olhos machucados por alguma tristeza guardada.

– Olha, eu não sei o que fazer, beleza? Nunca estive nessa situação antes, eu não esperava por isso. – disse, seus olhos agora em conflito. Largou minhas botas no chão, machucou seus cabelos com os dedos, seu semblante perdido.

– Do que está falando? Fala pra mim Austin, numa boa. – pedi, dando total atenção à ele.

– Eu nunca quis nada além disso, além de uns amassos, garotas boas de cama. Eu sei, é cedo, não deveria dizer isso assim, mas eu quero mais de você. E sabe? Eu agora entendo e acho que concordo com você, não estou pronto pra te ter... não sou bom, por motivos que você não precisa saber mas o certo era que eu te deixasse fugir.. ir embora exatamente como está fazendo agora. – confessou-me num fôlego só, ele estava angustiado e isso era novidade pra mim.

Não pude deixar de sentir minhas pernas bambearem, ele estava se declarando? Ou pelo menos algo perto disso? Talvez as coisas fossem fáceis sim, e eu poderia me dar essa chance. Era mais do que justo que eu pudesse ser feliz, eu sentia que ainda poderia me apaixonar por ele, que poderíamos ir à algum lugar, passar por cima de suas idiotices. Sorri sem esconder minha satisfação, caminhei lentamente até seu encontro, seus olhos me estudavam minunciosamente.

– Eu poderia fugir, mas não de você, e sim, das suas idiotices. Demoramos tanto pra chegar num denominador comum Austin, você estava quase me ganhando, achei que era o que queria. Mas nós podemos tentar, eu não sei o que vai ser de nós, podemos apenas viver um dia de cada vez. – propus, ainda incerta, eu estava baixando por completo minhas defesas. Ele tinha noção do quão grande era aquele passo?

– Ainda é o que eu quero... talvez possamos, eu não sei.. – ele disse ainda inseguro, mas eu não poderia mais viver numa situação como essa.

– Mas eu sei. – respondi quase num murmúrio, andei mais, seus olhos não me deixaram.

Agarrei seu pescoço com firmeza, não podia mais negar nenhuma das minhas vontades, eu queria aquilo mais que qualquer coisa. O encarei, seus olhos brilhavam, seus lábios entreabertos me convidavam e eu o beijei lentamente, mostrando que podíamos conseguir. Logo ele agarrou-me com mais força, seus braços ao meu redor tão possessivamente. Sua língua passava devagar por meus lábios, e então ele chupava o inferior como tanta suavidade, delicadeza, e então eu vi naquele momento que não tinha mais volta, era como uma vez ele havia dito, estava num caminho apenas de ida.

...

–Obrigada por me trazer em casa. – eu disse em seu ouvido, ainda montada em sua harley. Senti suas bochechas se movimentarem num sorriso singelo.

Nos descemos e então ele puxou meu capacete com cuidado, passou seus dedos entre meus cabelos, ajeitando-os por detrás de minha orelha, meu ar faltou.

– É melhor você entrar. – ele disse ainda segurando meus fios, seu rosto tão perto. Então segurou minha face e roubou-me um beijo casto, fechei meus olhos sentindo seu cheiro me invadir.

Ele se afastou e eu assenti, ele montou novamente em sua Harley e colocou seu capacete no lugar. Eu entrei portão a dentro enquanto ele partia deixando a melhor noite da minha vida em minha memória.

Austin

O qual ingênuo eu achava que era? Claro que eu deveria saber no momento em que a vi que não conseguiria sair dessa numa boa, que nada seria simples, nada seria fácil. Eu queria poder viver um dia de cada vez assim como ela me propusera, mas isso estava errado! Eu não poderia trair meu pai, não podia esquecer todo o sofrimento que a família dela causou a minha, seriam sempre laços que nos uniriam da pior forma possível e contra isso eu não poderia lutar.

Eu ainda não estava perdido por completo, talvez eu pudesse voltar para a Austrália e contar a meu pai que era impossível, que ela não cedeu, que sua vingança estava fadada ao fracasso. Desse jeito eu poderia deixa-la, eu ainda não havia me apaixonado, mas faltava pouco. Se eu fosse embora eu poderia poupa-la, eu devia protege-la.

O sol fraco do inicio da manhã batia contra meu corpo, eu estava chegando em meu apartamento depois de passar horas incríveis ao lado dela, depois de ver o raiar da manhã com sua cabeça encostada em meu peito. Deus, como parecia certo aquele momento.

Flash back ON

– Eu acho que te subestimei loiro. – ela disse entre risos, meus dedos acariciavam seus fios sedosos enquanto estávamos deitados um nos braços do outro.

– Eu disse que tinha minhas armas. – disse um tanto convencido, ela soltou uma gargalhada.

– Por que convidou Kira hoje? Não estou reclamando, eu só queria te entender. – ela me perguntou cessando suas risadas.

– Por que eu queria que no fim da noite você estivesse exatamente onde está agora, em meus braços. – respondi decidindo ser sincero, era esse o plano não era? Tê-la rendida e depois feri-la com a verdade. Engoli em seco, meu peito doía com tantos sentimentos conflitantes.

– Então, acho que saiu como você planejou. Eu desisti de lutar, já aceitei... eu quero viver o agora. – ela disse intensa, levantando sua cabeça para me olhar nos olhos.

Seus orbes chocolates derretidas me desarmaram, por um minuto deixei tudo ir embora, guardei apenas os bons sentimentos, minha vontade de tê-la, seu jeito meigo, o vento fresco que batia em nossos rostos, as rajadas alaranjadas que cobriam o céu indicando a saída do sol.

Beijei- a mais uma vez, acariciando seu rosto com as pontas dos meus dedos. Um beijo cheio de significados ainda não descobertos pelos dois, estávamos entregues àquele momento.

Flash back OFF

....

Ao adentrar meu apartamento joguei minhas chaves em cima da bancada de vidro e estava prestes a me dirigir a meu quarto quando ouvi um pigarro forte vindo do sofá de minha sala, levantei minha cabeça assustado e então o vi.

– Pai? O que faz aqui? – perguntei aturdido.

– Vim ver que diabos você está fazendo. – respondeu ríspido. Caminhei até ele.

– Eu estou tentando ok? – disse irritado o fazendo franzir o cenho.

– Ainda? Achei que ela seria mais fácil. – de repente me irritei do jeito que ele falou de Ally, ela não era fácil, era alguém com caráter, mas resolvi me calar.

– Estou apenas de passagem, na verdade, vim tratar de uns negócios e resolvi passar aqui pra ver como as coisas estão indo, faz uns dias que você não me liga para contar. – justificou-se enquanto bebia uma dose de whisky que estava sob seu domínio.

– Hmm, preciso descansar. Você já está de partida? – perguntei, era o que eu mais queria. Seus sentimentos de vingança poderiam me persuadir, eu só queria pensar com clareza.

– Esta me expulsando? Achei que quisesse arquitetar mais algumas jogadas comigo, apesar dela ser difícil.. vejo que teve algum avanço. Você está sujo de areia e... – olhou seu relógio caro- são seis da manhã, estava em uma noitada daquelas, não? A julgar pela roupa, uma festa. – ele sacava rápido as coisas, isso estava me dando nos nervos. O que eu deveria dizer?

– Eu só...- tentei me justificar, mas ele me cortou rapidamente.

–Chega Austin, chega de mentir. Eu vi que estava com ela, eu os vi na praia! Tenho que admitir que ela é uma gracinha e que definitivamente você tem tudo sob controle. Qual o problema então? – me perguntou e eu fiquei chocado. Ele havia nos visto? Qual ruim aquilo poderia ficar?

– Foi apenas uns beijos, não teve importância pra ela. Ainda estou tentando, não achei que precisaria relatar. – disse o mais convincente que consegui ser, ele pareceu acreditar.

– Tudo bem, você está certo. Mas eu trouxe algo, e pelo andar da carruagem você usará acredito que em breve. – disse e eu senti um frio passar por minha espinha.

– Eu poderia ter mandado por correio, mas nunca se sabe quem está de olho por ai, não é? Preferi não arriscar e te trazer pessoalmente para evitar qualquer desconfiança possível. – explicou me entregando uma pequena caixinha, bufei irritado.

– O que quer agora? Que eu a peça em casamento? – debochei irritado, ele não pareceu gostar.

– Garoto, escute aqui! Temos um proposito importante com tudo isso, não queira bancar o idiota! Até julgaria que você se envolveu com a menina mais do que deveria, mas sei que não é do seu feitio. Agora preste atenção! Nessa caixinha tem uma escuta e um transmissor, quando você tiver acesso a algum lugar importante instale-a. – me instruiu.

– Como vou fazer isso? Eu nunca se quer entrei nem na casa dela. – respondi atordoado.

– Não se preocupe, a imprensa tem falado de uma festa que haverá em homenagem ao Dawson. Essa será a oportunidade perfeita, faça de tudo para que ela a convide, vá busca-la em casa e tente descobrir onde fica o escritório do pai. Vai ser moleza, acredite. Estou confiando em você. – revelou me deixando incrédulo, que porcaria era aquela? As coisas estavam começando a ficar pior.

Ele caminhou até a porta sem ao menos dar uma palavra.

– Onde vai? Achei que fosse ficar. – disse confuso ainda segurando a maldita caixinha.

– Aeroporto, preciso estar logo novamente na Austrália. Não me decepcione garoto.

E assim ele se foi, deixando-me para trás com uma confusão pior ainda. Eu definitivamente estava imerso num mar de dúvidas, sentimentos. Valeria a pena machucar a Dawson? Valeria a pena desistir e deixar a memória de minha mãe suja?


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Notas finais do capítulo

Comente, recomendem, não me abandonem! :)