Anteriormente...
Castle ficou parado por minutos tentando entender o que sua mãe acabara de te dizer. Depois, voltou a escrever quando suas ideias foram invadidas pelo barulho da campainha. Ele olhou o relógio, já era tarde, todos estavam dormindo, então ele se levantou e foi atender a porta.
– Quem será essa hora? – Ele abriu a porta e se deparou com algumas flores cobrindo o rosto de alguém, ouviu um riso e logo percebeu que era Beckett. Ela abaixou as flores e o olhou, ele estava sério.
– O que faz aqui essa hora?
– Me desculpe. – Ela o olhou docemente, difícil não se apaixonar, lhe ofereceu as flores e ele pegou.
– Pela hora e por hoje mais cedo.
– Veio aqui pra me pedir desculpas por hoje? Está tarde, chegou agora? Poderia ter deixado pra amanhã.
– Não poderia deixar pra amanhã, eu não conseguiria dormir, cheguei em casa faz tempo mas... não parei de pensar em você. – Ela o encarou com aqueles lindos olhos.
– Em mim?
– Sim. – Ela corou e ele percebeu que ela ficara constrangida por admitir isso.
– Eu também estava com o pensamento em você... – Ela não se conteve e sorriu boba.
– Pensando sobre o que?
– Só pensei. – Os dois sorriram sem graça.
– Não quer entrar?
– Claro. – Ela entrou e se sentaram no sofá do escritório.
– Cadê Martha e Alexis?
– Estão dormindo.
Ela observou o laptop aberto e perguntou.
– Estava escrevendo?
– Sim.
– Posso ver?
– Acho melhor não.
– O que está escrevendo?
– Um cena de...
– Sexo? Uma cena de sexo entre Nikki e Rook. O que há de mal nisso?
– Nada de mal. Mas mesmo assim, melhor não, isso é confidencial.
– No que se inspira pra escrever tão bem essas partes, Castle? – Ela o olhou maliciosamente e ele entendeu o olhar como “sei o que você imagina”
– Não posso dizer, mais confidencial ainda. – Ele sorriu.
Eles ficaram em silêncio por uns instantes, um olhando pro outro quando Kate quebrou o silêncio.
– Então, estou desculpada? Olha Castle, eu sei que não sou uma pessoa fácil de lidar e nem entendo como você me aguenta esse tempo todo. Não quero que fique chateado comigo, meu trabalho é muito complicado, você presencia toda correria, é bem estressante... Mas devo confessar que com você lá, tudo parece tão mais fácil, mais leve. Suas teorias malucas...
– Que muitas vezes fazem sentido... – ele a cortou pra ganhar o crédito e sorriu doce, foi apenas pra implicar com ela.
– Ok Castle, já entendi que você é um gênio! – Ela brincou com ele, foi irônica.
O clima tenso que se formava no início já não existia mais, eles conversavam normalmente, brincavam um com o outro e implicavam, claro.
– Não estou nos meus melhores dias e estava com uma certa raiva de uma situação, mas uma coisa muito boba. Espero que entenda.
– Claro que eu te desculpo detetive, você deveria estar nervosa, todos nós temos nossos dias ruins.
– Nunca te vi em um dia ruim e mesmo se estivesse eu tenho certeza que não me trataria da forma que te tratei, prometo que não vai mais acontecer.
Ele sorriu e a puxou com carinho pra um abraço. Ela encostou a cabeça em seu peitoral, subiu um pouco e aproveitou pra sentir o perfume dele, encostou o nariz rapidamente em seu pescoço e saiu dos braços dele um pouco tonta. Ele percebeu que ela tinha se aproveitado da situação e deu um sorriso.
– Então eu deixo o seu dia melhor? – ele provocou
– Não disse isso, disse que “torna as coisas mais fáceis” já não tá bom pro seu ego?
– Ainda não. – ele sorriu, bem moleque.
– Daqui a pouco vai querer que eu diga que você é o homem da minha vida. – Ela parou, as palavras saíram num impulso.
– Pode ser, já se sente a vontade?
Eles se olharam, Castle falou de um jeito que nem parecia ser brincadeira, Kate simplesmente congelou e o encarou, ela não sabia o que falar, o que ele acabou de dizer? Tinha ouvido direito?
– Castle... eu estava brincando – ela corou, queria sumir dali de tanta vergonha.
– Eu também, detetive, relaxa.
Beckett sorriu mas não conseguiu esconder o nervosismo.
– Está tarde, preciso ir embora.
– Mas já? Quer que eu te leve?
– Não precisa, eu ando armada. – Ela piscou pra ele e ele riu
– Tudo bem, mas eu te levo até a porta.
Os dois se levantaram e foram até porta.
– Obrigado pela visita, fiquei muito feliz, venha mais vezes, quando quiser.
– Virei – ela sorriu e o abraçou novamente sem pensar.
– Quantos abraços detetive. – Ele brincou e retribuiu.
– Não gosta de me abraçar, Castle?
Castle abaixou um pouco, aproveitou pra sentir o cheiro dos cabelos e sussurrou no ouvido de Beckett.
– Você pode me abraçar, fazer o que quiser, basta você querer, detetive.
Kate ouviu aquilo e corou, ficou parada ainda nos braços de Castle até que se afastou e o olhou nos olhos.
to be continued...