Anteriormente...

Castle terminou de tirar a blusa e partiu pra cima de Kate, ambos estavam ansiando por aquilo. Sentir o gosto do outro, o calor do corpo, o cheiro, o toque.
Castle tirou a blusa de Beckett e jogou por ali mesmo; ela usava uma lingerie branca, ele adorava. Ele elogiou sua boa forma como sempre e ela tratou de terminar de despir o escritor.
Ele a levou para o quarto, sem cerimônias. Tirou a calça da detetive e beijou todo seu corpo; ela mantinha os olhos fechados; ele a fitou: “tão minha”.
Ela o puxou pra cima dela, estava ansiosa por ele.
– Como eu senti sua falta. – ela sussurrou enquanto ele beijava seu pescoço.
Ele explorava todo seu corpo com as mãos, ela retribuía com alguns gemidos, ele adorava saber que estava agradando e o corpo dela não negava. Levou sua mão até o tecido da lingerie de Kate, estava molhada, esperando por ele.
– Eu quero você, Castle! – ela enlaçou as pernas na cintura de Castle...
Tiveram um reencontro maravilhoso, não poderiam ter matado a saudade de forma melhor.
Era incrível o jeito que os dois se davam bem, se conectavam, se completavam, se transbordavam...

Cansados, os dois dormiram por horas.
– Hmmm, acho que dormimos por alguns minutos, detetive. – Castle riu, analisou o relógio e se ajeitou ao lado de Beckett.
Ela mantinha os olhos fechados, sorriu.
– Já estava me esquecendo o quanto era bom acordar assim, com você. – ela abriu os olhos e encarou os de Castle.
– Fico fora por duas semanas e você se esquece como é acordar ao meu lado? Fiquei verdadeiramente magoado.
Ela riu.
– É o meu jeito de dizer que senti sua falta.
Ele sorriu.
Ficaram alguns minutos ali, Beckett não iria trabalhar e Castle disse à família que só voltaria no outro dia. Apesar de estar com muita saudade de Alexis e Martha, decidiu passar aquele dia com Kate, os dois.
– Estou com fome. – Beckett reclamou.
– Também estou.
– Vou preparar algo pra gente.
Beckett fez menção em levantar, mas lembrou que estava completamente nua e se enrolou com o lençol. Castle protestou.
– Não precisa disso, acho que somos íntimos o bastante para nos vermos sem roupas.
Ele a encarou mas ela continuou com o lençol enrolado em seu corpo, segurando na altura dos seios.
Quando Beckett chegou perto das roupas de Castle, ela soltou o lençol, deixou seu corpo completamente à mostra, Castle quase babou no travesseiro ao ver a cena armada por Beckett, ela apenas sorria enquanto se abaixava para pegar uma blusa dele. Vestiu e sorriu.
– Tem razão, somos bem íntimos. – ela mordeu os lábios.
Castle adorou a provocação. Como uma mulher poderia ser tão sexy e delicada ao mesmo tempo? Ele realmente merecia uma mulher como Beckett?

Castle levantou, tomou banho e foi para cozinha ver o que Beckett preparava.
– Hmm, bacon?
Ela fez que sim com a cabeça.
– O que acha de irmos a delegacia? – ela enxugou as mãos no pano.
– Claro, seria ótimo, mas primeiro preciso passar em casa. Se eu for na delegacia antes de ver Alexis e minha mãe, acho que não entro mais e casa.
Beckett concordou...
– Castle...
– Sim? – ele tomava um copo de suco enquanto terminava se arrumar sua blusa.
– Eu estive pensando...
– No que?
Ela parecia preocupada e ele notou.
– Acho que está na hora.
– Na hora?
– De falarmos com Alexis, Martha e o pessoal... – ela desviou o olhar do dele.
Ele parou um instante mas logo sorriu.
– Acho ótimo. – ele foi para trás do balcão e abraçou Kate por trás. – Quis fazer isso desde primeiro dia em que te beijei. Quis contar pra todos o quanto você é incrível e o quanto eu amo você.
Kate estava sensível; sentiu seus olhos umedecerem.
– Quanto romantismo. – ela se virou para Castle e o beijou.
Castle tentou aprofundar o beijo mas ela o impediu.
– Castle, precisamos parar se não nós não vamos sair da cama hoje. – ela o olhou com segundas, terceiras e quartas intenções.
– Não seria uma má ideia, se você quiser...
Ela sorriu e se desvencilhou dos braços dele.
– Vou tomar um banho, coma, quando eu voltar, podemos ir.
– Ok.
Castle sentou-se no banco da bancada e comeu enquanto esperava Beckett.

A menina Detetive espalhava alegria naquele dia, sorrisos por toda casa, tão radiante quanto o menino escritor.
Beckett foi para o banho, o prolongou o máximo possível e depois saiu.
Achou uma roupa não muito formal, bem casual por sinal; uma calça jeans e uma blusa cinsa. Decidiu deixar os cabelos molhados e soltos.

– Estou pronta, podemos ir? – ela apareceu e Castle a olhou dos pés à cabeça.
– Uau!
Kate corou.
– Vamos? – ela já estava em direção a porta.
– Vai sair assim? Não vai levar nem uma jaqueta? Um casaco?
Kate já estava perto do elevador.
– Você tem razão. Pode pegar uma jaqueta pra mim lá no quarto? Tá no meu guarda-roupas.
– Eu pego, só um minuto.

Castle foi, abriu o guarda roupa e lá estava, a jaqueta preferida de Kate. Castle pegou e quase correu para chegar até ela, no caminho entre o quarto e a saída ele notou que havia caído algo de algum dos bolsos.
Ele voltou, pegou o papel e viu o que era.
De primeira, Castle nem se mexeu. Ficou sem reação e por que não dizer: sem ar?

– Beckett... – ele falou para si mesmo.
Beckett notou a demora do escritor e foi atrás, quando chegou no corredor, viu que ele estava lá, parado, parecia hipnotizado.
– Castle... o que aconteceu? Por que demorou tanto?
– Kate, o que é isso?
– Isso? Isso o que?
Beckett não tinha notado o pequeno papel nas mãos de Castle.
Castle estendeu as mãos e mostrou a ela.
– Você comprou um teste de gravidez e não me disse nada?
– Hã? Teste de gravidez?
Ela pegou o papel e confirmou, uma espécie de recibo pela compra de um teste de gravidez.
Castle a encarava esperando uma resposta. Ele não estava bravo, apenas espantado.
– Eu não comp...
– Você achou ou acha que está grávida e não me contou nada? Por quê? Não acha que eu merecia saber?
Ele não parava de falar, e ficava cada vez mais eufórico.
Um sorriso brotou no rosto de Beckett.
– Calma, Castle, me deixa explicar.
Ele respirou.
–Explique-se, detetive.
– Quando você viajou, Lanie e Jenny vieram pra cá, passar a noite aqui, sabe?
Castle fez que sim.
– Pois então, Jenny começou a passar mal, sintomas suspeitos. Então decidi ir lá embaixo e comprar um teste. E... deu positivo. Aliás, ela e Ryan estão muito felizes.
Castle mudou um pouco de expressão. Não parecia tão animado quanto antes.
– Fico feliz pelo Ryan. Ser pai é muito especial. Bom, apesar de não ser um pai padrão e exemplar, acho que minha filha me ama.
Beckett sorriu.
– Com certeza.
Ficaram em silêncio por um tempo.
– Eu te contaria. Mas não se preocupe, não quero um filho agora.
Castle a encarou.
– Não estava preocupado, estava feliz.
Beckett se calou.
– Castle...
– Pensei que por você estaria tudo bem ter uma filho meu. Nosso.
– Castle, estaria tudo bem, mas não agora. Ainda é cedo, tenho muitos planos, tenho objetivos no meu trabalho, uma criança agora me...
– Atrapalharia?
– Não, eu não disse isso.
– Mas quis dizer.
– Castle...
– Tudo bem, Kate. É uma escolha sua. Você já havia me dito que não gostava de crianças, não vou insistir nesse assunto. Está tudo bem.
– Você está me interpretando mal! Eu disse que não agora, no momento! Mas eu quero sim ter um filho, acha que não quero ter um laço eterno com você? Eu vou amar o nosso filho, mas quero que ele venha na hora certa. Quero que seja planejado, por nós dois... – Ela alisou o peitoral de Castle delicadamente. – Eu amo você, quero ter uma vida ao seu lado, uma família linda. – Beckett não poderia ter dado um mais bonito sorriso.
Castle segurou a mãe dela, se ajoelhou em frente a sua musa e a olhou no fundo dos olhos, aqueles olhos verdes nos quais ele se perdia cada dia mais.
– Quer se casar comigo?
Beckett ficou séria.

to be continued...