Before I Die escrita por Angel Salvatore, Mrs Days


Capítulo 1
Capítulo Único




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Jack mexia na lente de sua câmera com as mãos trêmulas. Respirou fundo, vendo uma fumaça branca espacando de sua boca. Passou a língua pelos lábios, em uma esperança vaga de que isso evitasse que eles rachassem. Piscou algumas vezes, por conta do vidro embaçado e se esforçou para não perder nada do que aconteceria nos próximos segundos.

O grande portão de ferro se abriu em um rangido e um carro preto saiu lentamente de lá. O motorista tinha os olhos castanhos atentos, sempre procurando ao redor por alguém que poderia aparecer e pegá-lo naquela cena tão íntima. Jack sorriu e preparou a câmera, focando no rosto do Senador White.

"Olá, promoção.", disse e apertou o botão.

Senador White, sem saber o que estava acontecendo ao seu redor, também sorriu. Sua compainha se inclinou na sua direção e pôs um beijo íntimo no canto de sua boca. O Senador, confiante de que estava sozinho, segurou nos cabelos loiros da prostituta e a beijou com vêemencia.

"Isso, baby.", Jack tirou mais algumas fotos e assentiu consigo mesmo. "Bom trabalho por hoje.", coçou os olhos verdes e passou a mão pelos cabelos dourados. "Acho que isso já garante que eu seja o fotografo fixo."

Acelerou o carro pela noite, com um sorriso convencido, sabendo que tinha feito o trabalho que lhe garantiria a promoção. Ao chegar em casa - um apartamento sujo e precário, onde só um solteirão nos seus plenos 30 anos teria coragem de morar - se jogou no sofá e suspirou alegre, enquanto repassava as fotos na câmera.

Passou a mão pela barba por fazer e se levantou, indo até a geladeira e pegando uma das suas últimas seis cervejas. Antes de fechar a porta, fez uma careta para a comida chinesa que residia em uma das prateleiras a quase três dias. Balançou a cabeça, pensando em que tipo de pizza pediria aquela noite.

Sentou-se novamente no sofá e pegou o controle com a mão livre, voltando a rotina de toda a noite. Nenhum pensamento sensato passava-lhe a mente. Já passava da meia noite. Deu um meio sorriso ao imaginar que tipo de programas estariam passando. Mas esse pensamento foi cortado de sua mente quando escutou o barulho da campainha.

Bufou se levantando. Deveria ser algum vizinho querendo lhe pedir alguma coisa emprestada. Ou talvez fosse sua meia-irmã, Clary. De qualquer jeito, Jack não estava com nenhum humor para visitas noturnas.

Todos os seus pensamentos ficaram confusos quando encarou um par de olhos castanhos desconhecidos. Estreitou os seus, olhando sua visitante de cima a baixo. Tinha os cabelos longos e escuros que desciam como ondas por suas costas. O corpo erguido e cheio de curvas, tonando-o atrativo. Usava um vestido vermelho com alças final e saltos scarpin pretos, mesmo que lá fora o som do vento fosse predominante.

Ela também possuía um meio sorriso que fez com que partes do corpo de Jack se esquentasse. A mulher olhou-o de cima a baixo e mordeu os lábios. Jack ficou tenso. Sabia que tipo de mulher era aquela, mas não sabia que algumas delas vinham procurar clientes em casa. Franziu o cenho e engoliu em seco.

"Sim?", perguntou com a voz rouca.

"Jack Gabeel?", a mulher perguntou com a voz baixa e sensual.

A respiração de Jack ficou acelerada e ele teve que se recostar no batente da porta. O sorriso da mulher aumentou e seus olhos escuros brilharam. Jack coçou os cabelos loiros, nervoso e viu ela pressionando os carnudos lábios rosados juntos. Como se quisesse prender uma gargalhada. E de fato ela queria.

"Quem é você?", ele perguntou com a voz falhando. "Se for uma amiga de Connor, pode avisar para ele que não estou interessado e ..."

"Connor Miles não tem nada a ver com isso.", ela estreitou os olhos, ficando séria. "Eu vim por sua causa, Gabeel. Me chamo Joanne Clark.", ela estendeu sua mão na direção de Jack, que, hesitante, a apertou. "Mas, meus superiores e algumas pessoas me chamam de Angel Reaper."

"Angel Reaper?", Jack soltou uma breve gargalhada, dando um passo para trás. "Ok, seja qual for a piada, perdeu a graça. Boa noite."

Então fechou a porta. Suspirou, pressionando a testa na madeira fria e percebendo que estava suando. Realmente fazia um bom tempo que uma mulher bonita não aparecia em sua porta. Ligaria para Connor e o xingaria por aquela brincadeira sem graça. Se virou para alcançar seu celular e percebeu que não estava sozinho.

"É muito deselegante fechar a porta na cara de uma dama.", Angel disse se aproximando de Jack que hiperventilava.

"Como você entrou?"

Angel sorriu.

"Isso não importa no momento.", ela sorriu e traçou o rosto másculo de Jack com a ponta das unhas, sentindo a barba por fazer. Ele respirava como se tivesse asma. "Querido, não tenha medo. Eu vim fazer uma coisa boa. Quero dizer, uma coisa boa primeiro. Depois fazer uma coisa bem ruim."

"Quem é você?"

Jack estava visivelmente nervoso.

"Sou seu maior desejo e seu pior pesadelo, querido.", ela respondeu aproximando seu rosto do dele. Seu jeito exalou e infiltrou no nariz de Jack, fazendo-o ficar atento a qualquer pequeno movimento que ela desse. Seus lábios ficaram a centímetros de distância. "Sou um anjo da morte, amor.", ela sussurrou, sedutora. "Vim realizar seu último pedido."

Suas pernas não conseguiram mais sustentá-lo. Jack caiu sentado com as costas ainda pressionadas na porta. Engoliu em seco e coçou os olhos, como se com isso, pudesse acordar daquele pesadelo. Afinal, estava de fato cara a cara com um anjo da morte. E ela estava lhe perguntando seu último pedido.

"Não pode ser.", ele fechou os olhos e respirou fundo. Mas era como se seus pulmões estivessem fechados. "Quero dizer... não pode ser."

"Meu amor.", ela se ajoelhou a sua frente e lhe tocou o rosto. "Eu já fui humana. Sei como é essa dor. Mas quando meus lábios pressionarem os seus.", levantou o queixo de Jack e o fez encará-la. "Tudo isso terminará."

"E o que dirão sobre a minha morte?", quis saber, ainda trêmulo.

"Ataque cardíaco.", ela respondeu fria e o observou fechar os olhos com força. "Não chore. Todos morremos um dia. Mas estou aqui para lhe perguntar o que quer antes que eu possa te levar."

"Quero tempo"

Angel gargalhou.

"Todos queremos, amor.", ela acariciou sua bochecha. Pendendo a cabeça para o lado, viu-o olhá-la desesperado. "Podemos conversar enquanto decidi o que quer, querido."

Jack assentiu, pensando que isso era tudo o que conseguiria por enquanto. Se levantou, seguindo Angel até o sofá e se sentaram lado a lado. Será possível que um anjo que fazia algo tão ruim, fosse tão linda. Observou as pernas tornadas, a cintura fina, os seios chamativos e o pescoço longo. Os lábios cheios e rosados, os olhos puxados e o nariz arrebitado.

"Como você morreu?", perguntou de súbito.

Angel encarou-o, séria.

"Atropelada.", disse apenas. Jack continuou encarando-a, esperando com que ela continuasse a história. Angel suspirou e olhou para frente. "Eu tinha um namorado possessivo e que me batia. Um dia tomei coragem e terminei. Ele não aceitou e começou a me perseguir. Até que um dia me viu com um homem, amigo meu, e me atropelou.", deu de ombros, como se não se importasse.

"Que horrível.", Jack disse.

"Já passou.", ela estreitou os olhos, mostrando seu descontatamento em tocar naquele assunto. "Além disso, ele morreu dois dias depois. Meu pai deu-lhe três tiros na cabeça enquanto dormia.", ela deu um meio sorriso.

"E o que você pediu?", Jack quis saber.

Ele deixou de ver aquela situação como assustadora e começou perceber a dor que rondava Angel/Joanne. Seus olhos escuros o encararam mais uma vez, mas sem sugestão nenhuma de humor. Sabia que aquele assunto era invasivo. Mas era isso o que faziam em seu trabalho. Invadiam a privacidade das pessoas.

"Pedi para me vingar.", Angel disse e voltou a olhar para frente. "E de fato o fiz. Quem arrastou a alma dele para o inferno fui eu."

Isso assustou Jack e o fez dar um pulo do sofá.

"Eu irei para o inferno?"

"Querido.", ela se levantou e caminhou lentamente até onde ele estava. "Não posso lhe dizer. Você verá logo.", ela encarou o relógio do microondas. "Você tem duas horas até eu ter que levá-lo.", voltou a olhá-lo. "Não quer ligar para alguém?"

Jack pensou. Então assentiu. Não poderia de fato dizer para seus pais e sua meia-irmã que iria morrer em duas horas. Todos o achariam louco. Então, quando alguém atendia do outro lado da linha, apenas dizia o que tinha que dizer e desligava, sempre se desculpando, agradecendo ou ambos. A única que estranhou sua ligação noturna, de fato, foi Clary.

"Está bêbado de novo, Jack?", ela perguntou em um tom desconfiado.

Jack estava sentado em sua mesa de computador em seu quarto. Angel estava bem ao seu lado em sua cama, observando tudo com fascinação. Jack também a observava fascinado. Hora ou outra Angel passava a mão pelos fios castanhos e então sorria. Jack passou a mão pelos olhos verdes ciente que sua meia-irmã esperava a resposta.

"Estou bem, Clary.", ele respondeu mal humorado. "Não posso mais ligar para minha irmã?"

"Está devendo dinheiro, é isso?", ela tentou mais uma vez, mas pareceu se arrepender quando Jack rosnou do outro lado da linha. "Ok, desculpe. É que não estou acostumada com ligações noturnas. Ainda mais suas. Muito menos dizendo tantas coisas. E que me ama."

"Mas eu amo, Clary.", Jack balançou a cabeça, dando um meio sorriso. "Mesmo você sendo cabeça dura. Você é minha irmãzinha."

"Ok, definitivamente você está bêbado.", ela riu.

Jack fechou os olhos e por um segundo pôde visualizar sua irmã. Clary sempre tinha sido seu porto seguro desde sempre. Mesmo tendo apenas vinte anos, sempre pareceu ser a irmã mais velha. Os cabelos escuros herdados da mãe dela e os olhos verde herdado do pai de ambos.

Abriu os olhos e encarou Angel, tentado a perguntar quando seria a vez de Clary e se ela iria para um lugar bom. Mas apenas resolveu seguir sua irmã na risada e dizer mais algumas coisas breves antes de desligar. Jogou o celular em um canto qualquer do quarto e se levantou, sentando-se ao lado de sua ceifadora.

"Se quiser chorar, ok.", ela disse e deu um meio sorriso. Jack encarou-a com raiva. "Não me olhe desse jeito.", ela disse em um tom frio. "Não gosto de fazer isso, mas é o meu trabalho.", ela abaixou os olhos. "Foi o que eu pedi."

"Então você se arrepende?", Jack ficou curioso.

"Ás vezes sim.", ela deu de ombros e pegou a mão de Jack, ainda mantendo os olhos abaixados. "Quando estava morrendo, ali na calçada fria e o ceifador apareceu, eu só sentia dor e raiva. Só isso. Se eu pudesse voltar no tempo, teria pedido outra coisa. Talvez que meu irmão mais novo, de 9 anos se curasse do cancêr.", ela balançou a cabeça. "Ou que meu pai parasse de bater em minha mãe toda vez que ficasse bêbado."

"Nossa.", os olhos de Jack se arregalaram. "Sua vida não era nenhuma maravilha."

Angel deu um meio sorriso amargo.

"Se eu ainda tivesse uma alma, poderia trocá-la para poder voltar a essa vida.", passou a língua pelos lábios lentamente. "Passei minha vida inteira fugindo de tudo e de todos. Por isso que fui morar com o primeiro que apareceu e tudo virou uma catástrofe. Deveria ter enfrentado."

Jack ficou em silêncio, sem saber de fato que dizer. Olhou para o relógio em cima de sua cômoda e percebeu que ainda tinha uma hora e vinte minutos. Sem saber ao certo o que estava fazendo, passou um braço em torno dos ombros de Angel e a abraçou. Ao contrário do que qualquer pessoa faria, ela não começou a chorar.

Mexeu sua cabeça até que seu nariz encontrasse o pescoço de Jack e sentiu o seu cheiro másculo. Ele ficou estático, apenas esperando o próximo movimento dela. Angel virou seu corpo totalmente, se aconchegando no de Jack e passou sua mão pela perna dele. Beijo sua mandíbula.

"Angel, isso é uma coisa de anjo?", Jack perguntou com a voz rouca.

"Não.", ela riu, fazendo-o ficar arrepiado. "Eu estou com vontade de fazer isso desde que você abriu a porta.", ela continuou acariciando-o por cima da calça jeans. "Eu venho estado lhe observando á algum tempo, Jack. Sei como é bom. E seu emprego é desgastante. Por que não aproveita? Afinal, vai morrer mesmo."

Ela deu de ombros como se não se importasse com isso.

"Você é uma vadia por dizer isso, sabia?"

Angel deu um meio sorriso e Jack a jogou na cama atrás deles. Angel riu enquanto Jack pousava seu corpo cima do dela e lhe tocava os cabelos castanhos. Quando ele aproximou seu rosto poder beijá-la, ela se sentou, alarmada. Jack encarou-a, confuso. Afinal, não era isso que ela queria?

"Não me beije.", ela o alertou focando no belo rosto do fotógrafo. "Sou uma ceifadora, um anjo da morte. Um beijo e você será levado antes da hora."

"Ok.", ele se aproximou de Angel e tocou-lhe o rosto. "Antes que eu morra, fique comigo."

"Esse é o seu desejo?", ela perguntou arregalando os olhos.

Jack deu um meio sorriso.

"Joanne, você conseguiu me entender em menos de meia hora.", ele passou o polegar na bochecha dela. "Você não sabia o que teria dali para frente depois que fez o pedido. Quase não teve a chance de ser amada. Eu quero lhe dar essa chance.", se aproximou o suficiente para que seu hálito doce batesse no rosto de sua ceifadora. "Me deixe amar você, antes de morrer."

Os olhos de Joanne Clark se iluminaram e encheram-se de água. Abraçou Jack com força e beijou seu pescoço novamente, sentando-se no colo dele. Jack pôs as mãos na cintura de Joanne e apertou-a. Quando olhou novamente para o rosto dela, percebeu que ela não deveria nem ter mais de 25 anos.

Foi incrível a conectividade que surgiu entre os dois. Não foram apenas dois estranhos que contaram as histórias de suas vidas um para o outro. Eram dois seres que estavam vendo a chance de serem amados. Mesmo que fosse por pouco tempo, eles fariam com que valesse a pena.

Joanne tirou seu vestido rapidamente e Jack admirou seu corpo totalmente nu. Ela sorriu movendo sua mão para a camisa preta que impedia o contato direto de suas peles. Sem nenhuma gentileza, ela rasgou o pano. Jack sorriu, não ligando. Afinal, dali a pouco tempo não precisaria mais de roupas.

Quando seus corpo se juntaram e se encaixaram, foi como se uma explosão de ecstase se espalhasse pelo quarto. Joanne gemia e gritava sem medo ou vergonha. Jack a acompanhava, sempre presando o seu prazer. Percebeu que logo estaria no pico de seu prazer e resolveu dar atenção a sua parceira. Joanne cravou suas unhas nas costas de Jack e deu mais um grito, antes que começasse a tremer e respirar com força.

Jack sorriu e chegou ao seu próprio prazer, mordendo os lábios com tanto força que chegou a tirar sangue. Os dois se olharam e sorriram. Joanne pôs sua cabeça no peito de Jack, escutando o coração que em poucos minutos pararia de bater. Sentiu a mão de Jack acariciar seus cabelos e fechou os olhos.

"Obrigada por me amar.", ela sussurrou e engoliu em seco, sentindo a tristeza abatê-la. "Queria não ter que levá-lo tão cedo."

"Eu já não tinha vida, Joanne.", ele suspirou. "Deixei de viver quando meu pai morreu, há dois anos. Ele era meu melhor amigo. Morreu com uma bala perdida quando ia me buscar de uma noite de bebedeira. Me meti em uma briga e o cara quis vingança. Só que a bala acabou não me acertando."

"Michael Gabeel", ela disse o nome lentamente. "Conheci seu pai. Bom homem. Seu último pedido antes de morrer, foi que sua morte não fosse tão repentina quanto a dele.", ela levantou o corpo o suficiente para encará-lo. "Ele me fez prometer que o avisaria para poder ligar para todos que amava. Fazer o que ele não pode."

Os olhos de Jack se arregalaram. Nunca poderia imaginar que em meio a toda dor que ele via que o pai sentia, ele estava pedindo algo pelo filho. Sentiu sua garganta se fechando e olhou para o relógio. Tinha apenas cinco minutos. Joanne acompanhou seu olhar e suspirou, fechando os olhos por alguns segundos.

"Vou ver meu pai?"

Joanne abriu os olhos de súbito e sorriu.

"Ele estava contando os dias para encontrá-lo, Jack."

Ele puxou o rosto dela de encontro ao seu.

"Então me beije."

Joanne hesitou por alguns segundos. Então seu olhar caiu no relógio no segundo em que os ponteiros anunciaram que a hora mais esperada havia chego. Ela tocou a bochecha de Jack com a ponta dos dedos e pressionou os lábios nos dele.

Um dia depois....

Os bombeiros se apressavam para tirar o corpo do apartamento. Clary chorava copiosamente na porta, sendo amparada por sua mãe. Sabia que havia acontecido alguma coisa com Jack, desde que lhe ligara na noite passada e tinha dito todas aquelas coisas. Mas, ataque cardíaco? Por que ele não foi ao hospital se estava se sentindo mal?

Escutou o barulho de saltos se aproximando e levantou o olhar até um mulher muito bonita, de cabelos e olhos castanhos profundos. Franziu o cenho. Nunca a tinha visto na roda de amigos de Jack. Se aproximou dela, ainda fungando.

"Com licença, mas quem é você?"

Joanne encarou a garota a sua frente e lhe deu um sorriso fraco. Era incrível como tinha os mesmos olhos dele.

"Sou uma amiga de seu irmão, Clary.", ela olhou para o apartamento e suspirou. "Ele me amou quando eu pensava que nunca saberia o que era isso."


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