A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 17
XVII - Screw you, your dog and your life, Ian Kabra


Notas iniciais do capítulo

{ "Meu coração não se emenda... Tudo é tão lindo no início" E ao som de Hércules, mais um capítulo revisado para vocês. "Mas a razão diz: "Se contenha... Se não quiser ir pro sacrifício"}



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~Mundo da Amy~

Pov: Amy

O campeonato passou voando. Todas as sextas tinha jogo, e essa não seria diferente. As coisas tem estado bem confusas, e eu tenho me irritado cada vez mais. Dan não voltou a falar com a Natalie, tão pouco com Regan. E tudo tem estado infernal em qualquer lugar que vou.

Você deve estar pensando no por que, não é?

Bem simples: Celeste entrou na escola!

Em qualquer lugar que nós estamos, ela está junto. Ela grudou nos meus amigos como chiclete, e por mais que o Jonah tem sido incrível com o ciúmes, ela e Ian me fazem querer morrer!

Aquela...

— Amy! — Ouvi Dan berrar lá de baixo. — Nós vamos nos atrasar se você continuar com essa lerdeza!

— Pouco importa Daniel! — Berrei de volta e terminei de passar o rímel. Estava pra lá de cansada com todos esses jogos, mas como líder de torcida tinha que ir. Ainda mais com o urubu da Celeste querendo o meu lugar.

Desci as escadas pegando uma jaqueta preta na porta e fui até Dan. Meu aniversário era só dali a três meses, mas mesmo assim já sabia dirigir. Porém não, não sou eu que vou dirigir, é o sortudo do Hammer que fez 16 ontem! Argh!

— Até que um dia, hein queen? Demorou para arrumar algo para vestir? — Perguntou irônico, pois sabia que eu vestia sempre o mesmo uniforme. Hammer estava no banco do motorista, enquanto eu sentava-me no banco de trás e Dan no da frente. Aquele maltido foi mais rápido!

— Não enche, Hammer, não hoje! — Suspirei exasperada. — Cadê a Sinead?

— Temos que pegar ela ainda.

— Que droga!

— Mas tu tá de mau humor, não?

— E você não está ajudando! — Bufo.

— Não falo mais nada. — Ouvi ele dizer e desliguei do mundo.

Coloquei meu fones de ouvido e comecei a ouvir qualquer música, sinceramente,não lembro de qual música estava ouvindo quando a Sinead entrou no carro.

— Mau humor? — Perguntou ela ao me olhar.

Simplesmente assenti e voltei a olhar pela janela.

Quando chegamos no estádio, graças aos deuses, adiantados, eu acabei por fazer tudo no automático, sem falar nada, mas fazendo a minha parte. Sinead sabe que quando eu estou assim ela tem que assumir, e fui isso que fez.

Estava no meio do jogo quando eu finalmente olhei para o campo, Ian estava com a bola, correndo muito e Dan estava logo atrás. Ian se movimentava de um jeito lindo. Parecia um tigre ou um leão. Ele corria com vontade, e ele conseguia desviar de quase tudo. Bem... quase.

Alguns jogadores do outro time fizeram uma espécie de barreira e ele acabou jogando a bola para o lado, onde Dan estava. Dan pulou para pegar a bola, e por um momento achei que estava tudo bem. Foi então que um cara de 15 metros bateu contra Dan o jogando no chão de cara. Não sei como ouvi, mas eu juro que consegui ouvir os ossos de Dan de encontro ao chão.

— Dan! — Fui a primeira a gritar, sendo seguida por Natalie.

Nós duas não esperamos o juiz falar nada, simplesmente invadimos o campo. Dan estava deitado no chão, ele parecia se contorcer o que me preocupou, mas mesmo assim o jogo parecia continuar, com alguns dos nossos jogadores com a bola, sei lá como recuperada.

Me ajoelhei ao lado de Dan, com medo de tocar nele.

— Dan... Dan... — Natalie sussurrava ao meu lado e Dan olhou para ela. Assim que fez isso seu corpo relaxou e ela tocou no cabelos dele. — Nunca mais faça isso comigo, Daniel! — Ela disse, e lágrimas escaparam pela face dela. Senti que o momento era intimo, e após conferir que Dan estava em condições de não gemer de dor, levantei e berrei:

— Alguém quer chamar o médico! — Ao ouvir minhas palavras, o jogo parou, e as pessoas finalmente notaram o que havia acontecido, houve gritos e outras coisas que eu não ouvi, pois estava encarando o cara de 15 metros que machucou meu irmão.

Estava quase partindo para cima dele quando ouvi a voz de Ian atrás de mim:

— Você vai acabar fazendo a gente levar uma expulsão, e vai ficar vários dias em um hospital se tentar fazer algo.

— Acho que você não tem nada a ver com isso, Ian.

— Ou tenho? Meu time será expulso se você fizer isso. — Odiava saber que ele estava com razão.

— E daí? Meu irmão é que está machucado.

— Nós dois sabemos que ele vai ficar bem, se não, você estaria do lado dele.

Merda de menino!

— Você não precisa ficar aqui cuidando de mim Ian, como eu disse, esse assunto não é seu!

Antes que Ian possa responder, escuto a voz de Celeste. Vejo pelo canto do olho o Ian sumir da minha vista.

— Deixa o Ian em paz, garota. — Quem deixa esse bicho entrar no estágio?!

— Oi? Eu escutei direito? — Questiono, sendo tomada pela raiva, sempre acontece isso quando ela está por perto.

— Ouviu sim! — Ela falou, com ar de songa-monga, chegando perto de mim, e pisando no meu pé. — Eu sei que você só está aqui para ferrar com a vida do Ian, só porque ele não quer você! — Dei uma gargalhada

— De novo: Oi? Você está brincando comigo, né?

— Faz um favor pro mundo e desaparece, Amy. — Ela disse e me empurrou, fazendo eu bater a cabeça em um dos equipamentos de socorro, que os médicos haviam trazido para o campo.

— O quê? — Brado, segurando seu pulso com força. — Volta aqui e me diz quem é que tem que desaparecer!

— Me solta menina. — Ela gritou, como se eu estivesse a marcando com ferro quente. Bem coisa de vaca mesmo. — Você está me machucando! — Eu não consegui pensar direito, tomada pela raiva. Ela berrou e Ian veio para o nosso lado.

— Amy, solta ela.

— Não! Ela me insultou.

— Amy! — Reg exclamou, apavorada, chegando perto de nós. — Solta a Celeste.

— O quê? — Perguntei confusa, sem acreditar que estavam todos do lado da vaca. — Vocês estão brincando, né?

— Ai! — Celeste gemeu. — Ela está me machucando muito!

— Cara, eu já te soltei!

— Ian! — Ela disse se abraçando nele e eu senti meu rosto ficar vermelho.

— Amy, você está maluca! — Ele me olhou irritado, como se eu fosse um ser do outro planeta de uma hora para outra.

— OI? — Eu não to acreditando.

— O que aconteceu? — Questionou Maddie e Jonah chegando perto.

— A Amy me machucou! — Celeste forçou choro, abraçando-se ainda mais em Ian.

— Não! Tá sim! Mas foi porque você...

— Amy! – disse Maddie, parecia horrorizada.

— O quê?

— Você não fez isso, o que a menina te fez?

— Bem ela me... — E antes que eu pudesse terminar de falar Celeste berrou.

— Ai tá doendo!

— E a minha cabeça também! — Desabafei, mas acho que ninguém entendeu.

— Amy! Que coisa idiota de se fazer – Reg disse – Esse seu ciúmes está passando dos limites.

— Que ciúmes? Vocês estão malucas?

— Amy, para ok? Você tá parecendo maluca!

— Vocês que estão! Não me deixam terminar de falar e já ficam defendendo essa... Sem nem saber o que aconteceu, ela me... — e Celeste berrou de novo. — Para menina! Que merda!

— Amy! – Maddie disse.

— Quer saber? Vou embora! Jonah por favor, se você ainda tem cabeça, cuida do Dan para mim. — Me virei e corri para longe daquilo tudo, eu devo estar maluca.

A vida de outra garota...

O que fiz de errado? Ela me bateu primeiro mas ninguém parece notar isso... Ninguém me escuta, ninguém me ouve... O que eu fiz? Não entendo...

Entro em casa e faço uma mochila com roupas, e coloco alguns livros. Desço as escadas correndo, mamãe e papai devem estar no jogo e Nellie com algum namorado - penso, abro o armário da sala e tiro minha barraca lá de dentro. Entro na cozinha e jogo algumas frutas e barras de cereais, além, é claro de água.

Saiu pela porta da frente, decidida a não voltar.

A vida de outra garota...

Corro por horas até chegar no limite da cidade, lá há um parque que vira floresta em algum momento, respiro fundo e corro naquela direção.

Não havia motivos para eles brigarem comigo, não havia.

Não sei o que fiz de errado.

Ando por mais muito tempo, iluminando tudo com a lanterna que achei na mochila, a floresta está um breu, mas nada me assusta, estou com muita raiva, cansaço, sono... Ando por muito tempo, mas finalmente caiu no sono perto de uma árvore grande.

Sem me importar com nada e nem com ninguém.

O mais longe possível.

E bem de boa, eu não ligo mais para eles...


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Notas finais do capítulo

{A minha explicação sobre o que aconteceu aqui estava muito boa, então eu vou dar uma resumida nela:
A Amy teve um pesadelo dentro do seu sonho. Quem nunca sonhou com as pessoas bravas com ela do nada? Talvez-somente-eu-mas-vamos-fingir-que-é- TUDO MUNDO! Isso aí! }
[corrigido e revisado]