Dear Moments escrita por Brioche


Capítulo 2
Devaneios


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo escrito com muito carinho, espero de coração que gostem!
Tenham uma boa leitura, lindezas!



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– Acorda, Brooks! – esbravejou Vilma – Você errou a coreografia pela centésima vez! Qual o seu problema hoje, garota?

Conhecidos diriam que essa não era a dócil treinadora de Righway College, entretanto, as regionais estavam chegando. O tempo diminuindo e consequentemente, a pressão aumentando. Ninguém estava livre dessa avalanche de emoções, nem mesmo a treinadora. Normalmente, o treino seria parado e a treinadora conversaria em particular com a sua aluna, mas quando você jura dar o seu sangue e a sua vida pela competição do ano, a delicadeza seria colocada de lado.

– D-desculpa gente! – pediu chorosa – Mas é que não está dando!

***

– Para com isso, Brooks! – Nathan ordenava ao mesmo tempo em que tentava tirar o amigo de cima de Daniel.

– Eu vou te partir em dois, desgraçado! – Louis ameaçava fora de si.

– Sai daqui, Louis! – Nathan continuava a mandar.

Daniel que estava no chão, apenas ria, apesar do soco que acabara de levar. Nathan deixou Louis sair, enquanto andava em direção ao Larkson caído. Ofereceu-lhe a mão ao outro, que aceitou sem hesitar.

– Valeu, mano. – agradeceu em sua frente.

– Que nada... – sorriu maroto – Isso é pela, Allyson! – o Cooper cuspiu furioso e sem que alguém conseguisse interferir antes, Daniel havia tomado outro soco.

Daniel permanecia ainda de pé, desnorteado devido ao golpe que acabara de sofrer.

– Isso é por fazer essa merda com o seu amigo! – outro soco foi dado.

O baque foi de sua mão com o nariz foi tão forte que jorrou sangue e, nenhuma gota vinha da mão. Novamente encontrava-se caído.

– Filho da puta! – Larkson gritou com as mãos tampando o nariz.

Dois dos jogadores seguraram Nathan, antes que esse causasse mais algum estrago.

– Mas que porcaria está acontecendo aqui? – o treinador Wood apareceu.

***

– Eu quero ir pra casa! Já estamos a mais de três horas treinando! – Hannah Olsen reclamou – Podemos ir treinadora?

– Ninguém sai sem a minha autorização! – a mulher elevou o tom – Vocês só saem daqui quando completarem o número!

Um muxoxo de reclamações se iniciou.- Nada de reclamações! Quando vocês entraram para a minha equipe, aceitaram estar submetidas a qualquer situação, até quebrar uma parte do corpo. Então chegar um pouco mais tarde em casa não vai doer, garotas! Todas em suas posições! Quanto a você, Brooks, está liberada. Espero que no próximo treino esteja mais estável.

Allyson assentiu com os olhos lacrimejando. Juliana ameaçou a lhe acompanhar, mas Vilma impediu.

– Flint, volta aqui já!

Juliana revirou os olhos.

– Você fica bem? – sussurrou, obtendo apenas um aceno – Ótimo, te encontro daqui a pouco. Até.

As coisas estavam difíceis. Sua concentração fora mandada para o espaço desde que descobrira que estava sendo traída, pelo seu namorado Daniel Larkson com Hannah Olsen, sua “amiga” e companheira de time. Pior foi a forma na qual a história toda foi revelada. Há dois dias, Righway inteira soube do casal traíra e da chifruda traída, através dos autofalantes. Daria um belo título para uma peça de comédia, se as circunstâncias não fossem tão ruins e dramáticas.

Hayley Smith, a garota que comanda o rádio da escola, foi quem espalhou a notícia. A mesma diz que não foi mais que o dever. Não se importava com as pessoas envolvidas e muito menos com as consequências, não fazia diferença. Ainda assim, alegou que a fofoca havia chegado a suas mãos por um bilhete anônimo. Pronto! A bomba estava lançada. A Brooks lembrava-se bem da loucura que foi. Burburinhos para lá e para cá, todos de deboche.

Nesta hora as lágrimas desceram com mais rapidez. Sentou-se no meio do corredor, há essa hora, vazio, encostando suas costas nos armários. Permitiu-se, finalmente, cair aos prantos. Enterrou seu rosto entre os joelhos e deixou as lágrimas deslizarem pela pele com louvor.

Por estar tão entretida em extravasar todas as suas emoções, não percebeu que alguém se aproximava. Só levantou sua cabeça quando sentiu o calor que um corpo estava emanando ao seu lado. Quando pensou em finalmente dizer algo, dois braços fortes lhe envolveram. O choro aumentou. Os soluços desesperados ecoavam pelo longo corredor, quebrando o silêncio.

– Calma, Ally. Já passou. – consolava-a, enquanto passava a mão em seus sedosos cabelos.

– P-por quê co-comigo, Lou? Por quê? – respirou fundo, ainda fungando.

– Ele é um filho da puta, Ally. Não te merecia. – encostou a cabeça de sua irmã em seu peito.

– Está difícil! – fechou os olhos com força, dando adeus às duas últimas pesadas gotas.

– Você tem que seguir em frente, maninha. Não vale a pena ficar aqui chorando pelo Dan. Ele não vale a pena.

– Estou tentando, mas parece que as pessoas não querem deixar... Não querem se esquecer. É divertido para elas rirem da minha cara e falarem de mim pelas costas.

– Esquece o que as outras pessoas vão dizer! O importante é você! – irritou-se, logo se arrependendo. Louis não queria ser grosso, muito menos agora, nessa situação onde a irmã mais nova estava precisando.

Amaldiçoou-se por não ter tido a capacidade de ter feito algo para impedir que Ally fosse submetida a uma situação dessas. Sentia raiva, principalmente, por ter permitido que um garoto desses se aproximasse. Nunca se passou em sua cabeça que o vilão estava todo esse tempo ao seu lado, disfarçado de amigo e parceiro de futebol.

O silêncio reinou durante longos e aparentemente, intermináveis minutos. Louis não disse mais nada, decidiu deixar tudo quieto. Sua prioridade no momento era sua irmã, que estava se recompondo.

– O que faz aqui? Você devia estar no treino.

– Eu estava até o momento em que não aguentei mais e parti para cima do Larkson.

– Louis! – mirou-o repreendedora – Você não tem nada haver com isso!

– Eu sei... – cerrou os punhos – Mas aquele filho da mãe... Eu só... Queria te defender. – suspirou. - Eu sei. Obrigada, amorzinho.

– Só me arrependo de não ter batido mais em nele.

– Você bateu em nele? – a caçula mantinha uma expressão surpresa.

– Com certeza! – gabou-se – Com um gancho de esquerda!

– Mas você briga que nem uma gazela, Lou! – debochou.

O mais velho fingiu se ofender, fazendo caras e bocas, causando um breve riso vindo de Allyson. Não era muito, mas já era um começo.

– É verdade. – riu também – Se não fosse o Nate... – arrependeu-se no instante seguinte de ter iniciado essa frase.

– O que o Cooper fez? – cerrou os olhos.

***

O clima na sala da diretoria era pesado. Ambos os garotos se encaravam com olhares fulminantes.

– Daniel, você pode voltar para o treino. Quanto a você, senhor Cooper, ficará uma semana de detenção. Apareça aqui amanhã, antes das aulas e te direi o que terá que fazer.

Nathan bufou irritado, principalmente por ver um sorriso vencedor nos lábios daquele que julga ser um merda. A semana ia ser longa.

***

Allyson permanecia boquiaberta. Um calor confortável crescia dentro de si. Um sentimento indescritível que lhe dava a vontade de sair sorrindo e rindo loucamente, mas seu orgulho não lhe permitiria. Nathan havia se vingado por ela. O pior: ela havia gostado.

– O que você fez Lou? Essa aí está toda dura! – Juliana dizia com dificuldade, por estar empurrando a amiga em direção ao carro.
O garoto apenas deu os ombros. Adiantou-se em alguns passos e abriu a porta para que as garotas entrassem.

***

O vento fraco se chocando com o seu rosto era bom. Delicioso. Andava a oitenta quilômetros por hora. Gostava da adrenalina, da sensação de perigo. Isso lhe fazia sentir vivo. Suas mãos ardiam um pouco devido aos golpes proferidos de momentos atrás, mas valeu a pena. Sua semana seria um saco, mas valera a pena também. As consequências boas conseguiam sobrepor as ruins. A satisfação... Ó doce satisfação! Ela permaneceria consigo, para sempre. Nunca imaginou que fazer a justiça com a própria mão seria tão gratificante. Claro que nada fora planejado. Dar uma surra em Daniel Larkson sempre fora um desejo, entretanto nunca passara de uma vontade, até hoje. Fora automático, as palavras pularam de sua boca e quando deu por si, estava com um treinador furioso em sua cola. Não se arrependia... Nem agora e nem nunca.


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Notas finais do capítulo

Bah! Esqueci como postar aqui era difícil haha'
O capítulo saiu errado, então tive que arrumar tudo desde o começo.
Sejam boazinhas(os) com a Ale e comentem para validar o meu esforço!
Obrigada por tudo lindezas e tenham um feliz natal repleto de muitos sorrisos!
Até logo!



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