Não havia certeza maior. Não havia alegria igual aquela. O garoto veio ao mundo. Os homens levaram seus camelos até o centro da cidade. A partir dali não dava para passar com camelos. Uma torre imensa de corpos infantis ocupava o lugar. Mães chorando. Pais desesperados. O mais velho dos reis magos deu um passo a frente. Chegou o mais perto que pode da montanha morta. Rostos inocentes. Cabeças decapitadas. Bracinhos frágeis estendidos uns sobre os outros. “A morte precede a vida” falou o rei mago do meio. O último sinal foi confirmado como fato. Um beco a direita chamava o trio. Eles olharam pela última vez o morro e partiram em direção a viela. O horror estampava a feição dos homens... por instantes a imagem de um bebê forte, guerreiro e salvador escapou da mente deles, mas era só olhar para cima. A única estrela ali lembrava a qualquer um que algo mudará. Somente os inimigos que não percebiam isso. Eles nunca percebem a força que os desafiados apresentam.

– Onde essa estrela está... – falou o mais alto dos três ao achar a localização certa. Ao ver que o homem dos homens nascera em um estábulo.