New York City - Merry Christmas! escrita por Raiane C Soares


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É um cap. especial, baseado na fic New York City. É meio que uma cena depois da morte da Britt na season 2 da fic. Pra quem não leu, pode ficar um pouco confuso com as pessoas, mas é muito complicado para eu explicar...



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Abri meus olhos e sorri, Rachel ainda estava deitada ao meu lado, olhando para o teto. Parecia não ter percebido ainda que eu havia acordado. Lentamente acariciei seu rosto, ela sorriu e olhou para mim.

- Bom dia, amor. – a ouvi dizer com a voz calma.

- Bom dia. – me virei de frente para ela e suspirei. – Todos já acordaram?

- Não sei. Ouvi Quinn sair do quarto, mas não sei se ela se deitou novamente.

- E no que você estava pensando, para ainda não ter se levantado?

- No natal em que a Britt esteve aqui.

- Nessa casa?

- Não, em NY. Depois do Halloween, lembra?

- Sim.

Ela sorriu, se virou de frente para mim e me beijou. Me aproximei mais, acariciei sua cintura e ouvi alguém parar na porta do quarto.

- Com licença. – ouvimos Quinn dizer. – Eu não quero atrapalhar o casalzinho do ano, mas Down está me perturbando, querendo que eu conte uma história à ela.

- E qual é o problema? – perguntei.

- Eu não conheço nenhuma história legal, só do Quebra Nozes, que ela já enjoou de ouvir.

Me sentei, Rachel fez o mesmo, olhei para ela e sorri.

- Venha Down, vamos contar uma história para você. – Rachel disse.

- Sobre o que, vovó? – Down perguntou, subindo na cama.

- Um natal feliz e engraçado, que tivemos com a vovó Britt.

- Sinto falta dela. – Quinn disse, se aproximando.

- Nós também, querida. – eu disse.

Quinn sentou na cama de frente para mim, Down sentou nas pernas da Rachel e sorriu.

- Vovó Britt tem os melhores brownies.

- Nós sabemos. – Rachel e eu respondemos ao mesmo tempo.

- Uma vez ela me contou a história do Halloween. – Quinn disse.

Rachel e eu rimos, Joseph apareceu na porta do quarto e sorriu.

- Achei vocês.

- Mamãe vai contar uma história. – Quinn disse.

- Oh! Sobre o que? – ele perguntou se aproximando.

- Um natal do passado. – eu respondi.

- Eu era nascido?

- Não.

Joseph sentou na cama, Sarah apareceu na porta com Jennypher ao seu lado, sorriu e elas se aproximaram.

- Mais uma história?

- Sim. – Down respondeu.

- Quero ouvir.

Nós sorrimos. Logo o quarto estava cheio, Quinn, Down, Jennypher, Jude e Susan estavam sentadas na cama de frente para nós duas, Sarah, Ashley, Joseph, Sidney, Megan, Emily e Nick estavam sentadas no chão, ao lado da cama. Rachel suspirou e olhou para mim, me fazendo começar.

16 anos antes...

Entrei na cozinha bocejando, estava cedo, estava frio, e a casa estava barulhenta demais. Nick estava fazendo panquecas, Sarah comia cereal, Julie tomava café o lado da Sam e da Amanda, Alice começava a preparar a ceia e Rachel brigava com a cafeteira, que parecia não querer funcionar. Me aproximei dela, lhe dei um leve beijo no ombro e sorri.

- Bom dia, estrelinha.

- Bom dia, amor.

- Seus cabelos estão crescendo rápido.

- Sim, e isso é bom. Ele fica bonito assim, caídos nos ombros, mas os prefiro grandes.

Liguei a cafeteira, ela sorriu e se virou de frente para mim, começando a me beijar. Lhe pressionei na bancada, coloquei minhas mãos em sua cintura e intensifiquei mais o beijo.

- Meninas... – Alice nos chamou. – Lembram-se das regras?

Rachel se separou de mim, revirei meus olhos e peguei uma caneca no armário em cima da Rachel.

- Me desculpe, Alice. – Rachel disse.

Lhe entreguei a caneca, me sentei ao lado da Sarah e peguei um pouco do cereal.

- Vocês não vão passar o natal com suas famílias? – Nick perguntou para Sam, Amanda e Julie.

- Nós vamos sim, não precisa nos expulsar. – Julie respondeu. – E você?

- Minha família mora longe, e eu não falo com eles.

- Quanta infantilidade... – resmunguei.

- Me acha infantil? Que tal falar sobre sua família?

- Não começa, Nick. – eu disse, me levantando. – Minha família é bem diferente da sua.

- Sim, mas você não tem o direito de me chamar de infantil por eu não querer falar com minha família.

- Eu tenho o direito sim, porque se eu pudesse escolher entre não querer falar com minha família, que me ama demais ou os ver sempre nas datas especiais, eu escolheria ver eles.

- Isso é um direito meu, Santana. A vida é minha, eu faço dela o que eu quiser!

- Então fique sozinha no natal, porque é isso o que vai acontecer com você, assim como aconteceu comigo durante esse anos! – eu gritei.

Saí da cozinha rapidamente e subi para o quarto, me sentei em minha cama e senti as lágrimas caindo.

- Você não está sozinha. – ouvi Rachel dizer da porta.

- Você me entendeu, Rachel.

- Não, eu não lhe entendi.

- Você passa o natal com seus pais todos os anos, e nesses anos eles vieram para cá, para passar o natal com você. Provavelmente eles chagarão daqui à algumas horas, vocês serão felizes como uma família feliz e comum, enquanto eu terei que ficar sentada naquele estúpido sofá e ver o quanto eu sou sortuda por ter você como namorada.

Comecei a chorar, Rachel se aproximou e sentou ao meu lado, me abraçando, afundei meu rosto em seu pescoço e senti-la afagar minhas costas.

- Você nunca está sozinha, amor... Você tem a mim, Sarah, Alice, Nick e as meninas... Britt é sua melhor amiga e sei que ela faria qualquer coisa para lhe ver feliz.

- E-eu só queria... ao menos um dia... que minha abuela falasse comigo... dissesse me ama...

- Ela te ama, Santana. Só não consegue lhe aceitar como você é, mas ela te ama.

Me afastei dela, respirei fundo e abri meus olhos.

- Eu te amo tanto, estrelinha...

- Eu também te amo, Santana.

Nos beijamos, Rachel acariciou meu rosto e sorriu.

- Vamos voltar para a cozinha e terminar o café da manhã que ainda não começamos.

Eu sorri, lhe dei um selinho e suspirei.

- Eu adoraria poder pular o café da manhã, o almoço, a ceia e ir direto para o presente.

- Santana!

- Espere! – Quinn disse, me interrompendo. – Tia Britt ainda não entrou na história.

- Deixe me contar a história, que ela já vai entrar. – eu disse. – Onde eu estava?

- Vocês se agarrando no quarto. – Nick resmungou.

- Oh, sim. Continuando...

Entramos na cozinha, vi Nick lendo o jornal, me aproximei dela e lhe dei um beijo na bochecha, assustando-a.

- Me desculpe, Nick. Minha família é meu pesadelo e eu descontei em você.

- Está tudo bem, mas quero que saiba que você não está sozinha.

- Eu sei.

Sam foi arrumar suas coisas, Amanda foi tomar banho e Julie ficou na cozinha conversando com Alice. Sarah e eu fomos para a sala e ficamos assistindo televisão, Rachel sentou ao meu lado e deitou sua cabeça em meu ombro.

- O que vai me dar de presente? – ela sussurrou em meu ouvido.

- Não posso dizer.

- Por que não?

- Se é presente, é surpresa.

- Você é má.

- E você é linda.

Ela sorriu, beijou minha bochecha e voltou a olhar para a televisão. Em segundos ouvimos o telefone tocar, percebi que nenhuma das duas fazia menção de se levantarem, então me levantei e peguei o telefone.

- Santana falando.

- Sant, sou eu, Britt. – a ouvi dizer.

- Oi Britt! Como você está?

- Estou bem. Sinto saudades... E você?

- Também estou bem. Também estou com saudades, mas nos vimos à dois meses atrás.

- Eu sei... Minha família vai passar o natal com a sua.

- O que? – me sentei ao lado da Rachel. – Está falando sério?

- Sim. Seus pais nos convidaram, por sermos melhores amigas, ou algo do tipo.

- Sorte a sua.

- Mas eu não vou.

- Por quê?

- Prefiro passar o natal com uma pessoa especial.

- E quem seria essa pessoa?

- Você.

Ouvi sua respiração ficar pesada, em seguida começar a se estabilizar, olhei para Sarah e sorri.

- Onde você está? – perguntei.

- Como assim, onde eu estou? Onde mais eu estaria?

- Sarah, abra a porta. – eu sussurrei. – Não sei, em Ohio?

- Talvez. Estou onde eu deveria estar.

Sarah abriu a porta, vimos Britt se aproximar da porta, logo sorrindo. Desliguei o telefone e me levantei, Sarah abraçou Britt e voltou a se sentar no sofá.

- Podia ter ligado antes, e eu te buscaria na estação.

- Queria fazer uma surpresa.

Nos abraçamos, Rachel se levantou e abraçou Britt.

- Agora estamos completas. – Rachel disse.

- Só faltou eu. – ouvimos Nick dizer da escada. – Oi Brittany.

- Oi Nickole.

Nick terminou de descer as escadas e se aproximou, abraçando Britt.

- Achei que teria que aturar Santana sozinha.

- Não mais.

- Eu estou aqui. – eu disse.

***

- Sarah, quer fazer um boneco de neve? – Britt perguntou, chamando a atenção de todos.

- Claro!

As duas saíram, Rachel foi até a porta e sorriu.

- Quer ir até lá? – perguntei.

- Sim.

Nós fomos até as meninas, Britt ajudava Sarah a juntar um pouco de neve, eu peguei um pouco em minha mão e joguei em Rachel, o que a fez jogar neve em mim.

- Quem diria que Santana Lopez brincaria como uma criancinha no natal. – ouvi Nick dizer da porta.

- Também sei me divertir, Nick.

- Estou vendo.

Peguei mais um pouco de neve e joguei em Nick, que olhou para mim seriamente, em seguida fazendo o mesmo. Aquilo tinha deixado de ser um momento de fazer um boneco de neve para um momento de guerra de bola de neve. Em alguns minutos vi Rachel se sentar no chão, me aproximei dela e me ajoelhei à sua frente.

- Você está bem?

- Estou sim... só me senti um pouco tonta.

- Acha que...

- Não, amor... foi apenas uma tonteira.

- Se você sentir mais alguma coisa, me diga.

- Está bem.

Lhe beijei, olhei para Sarah e sorri, me levantei e peguei um pouco de neve, em seguida jogando na cabeça da Sarah.

- Sant! No cabelo não...

- É apenas neve, Sarah. Deixe de drama.

Britt se aproximou de Rachel e sentou ao seu lado, peguei a toca da Nick, joguei um pouco de neve em seus cabelos e ela me deu um pequeno empurrãozinho.

- Concordo com a Sarah. Nada de neve no cabelo.

- Esse foi apenas para apagar esse fogo que você tem na cabeça.

- Isso é inveja.

- Oh! Inveja?

- Sim, porque sou ruiva e você não.

- Não tenho inveja de você.

Ela riu, pegou um pouco de neve e jogou em mim.

- Podemos entrar? – Sarah choramingou. – Está frio, e eu não quero pegar um resfriado.

- Tem razão. – Nick disse.

- Meninas, estamos entrando. – eu avisei.

Rachel e Britt se levantaram e nós entramos. Depois da ceia, os pais da Rachel foram para o hotel onde estavam hospedados, Britt ia fazer o mesmo, mas não deixamos, Sarah queria que Britt passasse a noite lá. Alice e Julie foram dormir, Sarah enrolou um pouco, mas acabou cedendo ao sono e foi se deitar. Nós quatro ficamos na cozinha bebendo gemada, Britt sentou ao lado da Nick à mesa, Rachel me deu um beijo na bochecha e sorriu.

- Acho que Nick precisa de uma pessoa especial, assim como a Britt. – ela sussurrou em meu ouvido.

- Nick disse que é hetero.

- Eu também era, antes de começarmos a namorar.

- Mas Sarah havia dito que você era apaixonada por mim, na adolescência.

- Isso não me torna lésbica.

Eu sorri, nós olhamos para as duas e concordamos com a cabeça ao mesmo tempo.

- Então, Brittany... – Nick começou. – Vai ficar apenas até amanhã?

- Nickole, eu fiz algo de ruim à você? – Britt perguntou.

- Não, por quê?

- Então não me chame de Brittany, me sinto culpada por algo.

- Hum... Está bem...

- Me chame por Britt.

- Então me chame por Nick.

- Perfeito! E sim, ficarei apenas até amanhã.

Rachel se apoiou em meu ombro, beijou minha bochecha e sorriu.

- Britt vai dormir no nosso quarto, certo?

- Não sei. – respondi. – O que acha, Nick?

- Eu não sei... Você quer, Britt?

- Adoraria! Será divertido.

Fomos nos deitar, Britt deitou na minha cama e eu me deitei com Rachel em sua cama.

***

- Então nós acordamos e fomos abrir os presentes, Britt voltou para Ohio e nos visitou algumas vezes. – finalizei.

- E tia Nick e tia Britt se beijaram naquela noite? – Quinn perguntou.

- Não, mas porque Nick era teimosa e dizia que era hetero. – Rachel respondeu.

- Mas eu era hetero.

- Sim, até se apaixonar por aqueles olhos azuis. – eu disse.

- Verdade...

Nós rimos, Nick se levantou e suspirou.

- Você está bem? – perguntei.

- Estou sim. Apenas apreciando as lembranças da minha loirinha.

- Nossa loirinha. – eu a concertei.

- Loirinha de todos nós. – Rachel disse.

Eu sorri, todos começaram a sair do quarto, Quinn olhou para mim e sorriu.

- Você devia contar mais histórias assim...

- Você acha?

- Sim. É bom lembrar dela, e saber coisas do passado de vocês.

- Se eu fosse você, preferiria não querer saber de tudo. – ouvimos Sarah dizer da porta.

Eu ri, me levantei e abracei Quinn.

- O que você quiser saber, apenas pergunte.

- Está bem.

Saímos do quarto, fomos até a cozinha e tomamos mais um café da manhã, como todos os outros, mas sem a Britt.

FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deve estar com erros, mas estou com preguiça de revisar, qualquer coisa, me avisem que eu concerto. Vou explicar apenas uma pequena coisinha, nesse cap./fic Quinn é filha da Rachel e da Santana, é adotiva, então.. Ah! E na história que Santana conta, Sarah tem apenas 13 anos. Sem mais delongas.. Merry Christmas everyone! Happy New Year! :3



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