Winter Wonderland escrita por laaichan


Capítulo 1
Walking in a winter wonderland


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas do meu coraçãaaaaaaaaaao!Desculpe, tive vários problemas pessoais e acabei ficando um tempão sem escrever e atualizar minhas fics. Realmente me desculpe. Então, enquanto eu não atualizo minhas fics e termino Remember em que está ja na reta final, eu trouxe essa one-shot só uma maneira de lembrar a vocês que eu estou de volta a ativa.E Desculpe se ficou "pequena", queria que fosse maior mas estou sofrendo de bloqueio criativo TuTBom é isso amores.P.S: FUI MALVADA NO FINAL MUWAHAHAHAHA!Boa leitura, aye!



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Caminhava sem dizer nenhuma palavra pelas ruas cobertas de neve. O cenário era sempre as mesmo, casas e arvores cobertas de cobertura branca e fofinha. Em todo local em que ela caminhava ela ouvia musicas natalinas tocar.

Ela sorriu.

Natal era a sua época do ano favorito. Não era só pelo espirito natalino, ou a entrega de presentes, ou até família e amigos reunidos. Era pela neve. Ela amava aquela cobertura branca e fofinha.

Sleigh bells ring, are you listening

Ela tinha lembranças. Lembranças boas e ruins do natal. Mas aquilo não a incomodava mais como antes. O Natal a fazia lembrar-se de sua mãe e nada mais importava.

Ela tornou a sorrir e uma lágrima solitária deslizou pelo seu rosto corado de frio.

A garota lembrou-se de todos os momentos em que viveu até agora e sorriu. Ela tinha ótimos amigos que fizera no inicio do ano escolar. Tinhas algumas pessoas que não gostavam dela, mas ela pouco se importava, ela tinha seus amigos que se preocupavam com ela, e era isso que importava.

Ela passou por uma corrente gelada a que fez seu cachecol branco preferido voar.

– Droga – chiou a menina.

Ela correu pelas ruas atrás do seu cachecol, tendo cuidado para não escorregar e cair de cara no chão. Quando ela passava por uma multidão de pessoas, eles apenas olhavam para ela estranhando e depois viravam o rosto.

– Volte aqui seu cachecol idiota – gritou ela para o cachecol que agora flutuava em direção a uma árvore alta.

Ela parou de correr e se viu na situação de ter que subir na árvore para poder pegar o cachecol.

– Por que diabos você foi parar ai em cima – gritou para o cachecol com o punho levantado. – Desça aqui agora seu idiota.

As pessoas que passavam por ali perto apenas riam da cena de uma garota querendo pegar seu cachecol. Alguns achavam que ela era louca por estar gritando com um cachecol.

O cachecol apenas se sacudia com o vento que fazia e não se mexia. Então ele havia ficado preso no alto daquela arvore.

– Está tudo bem, não esta Lucy? Afinal é apenas um cachecol – a garota disse pra si mesma.

A beautiful sight

Ela olhou para o alto e se viu suspirar. Ela não podia deixar esse cachecol pra lá. Afinal aquele cachecol era seu presente mais precioso de todas que ela já havia recebido. Bom ela não se lembrava direito quem o havia dado, mas a única pessoa quem ela lembrava era do seu pai. Ela podia ter recebido aquele cachecol de sua mãe antes de morrer. Ela era sozinha no mundo, sua mãe havia morrido de uma doença muito grave quando a pequena Lucy tinha 7 anos, e seu pai havia morrido no ano passado, e então por isso ela se mudou e veio para uma cidade diferente, com pessoas diferentes para fazer amigos diferentes.

– É isso, não tem outro jeito – ela disse.

Lucy começou a caminhar em direção a árvore e começou a escalar, com muita dificuldade, tentando não escorregar e nem cair. Chegou ao galho alto em que o cachecol estava preso e tentou alcançar.

– Vamos lá – ela murmurava – está quase!

Ela esticou tanto o braço que ela achou que ia deslocar o ombro. Seus dedos roçaram no cachecol e então ela puxou.

– Consegui! – ela gritou.

De repente ela sentiu o ar escapar de seus pulmões e ela se viu caindo da arvore da altura em que estava.

“É isso, é o fim, eu vou morrer por ter tentado pegar aquele cachecol idiota” ela pensou.

Ela gritou.

Alguém gritou seu nome.

Houve um baque.

Dois corpos se chocam.

E então sua cara foi parar na terra molhada e coberta de gelo.

Ela levantou a cabeça meio tonta, sentiu sua boca cheio de terra e cuspiu tudo.

– Ugh – ela gemeu.

– Será que você podia sair de cima de mim? – alguém pediu com a voz abafada.

Lucy olhou ao redor e então notou que estava em cima de alguém.

– Ah, desculpe – ela pediu envergonhada.

Ela se levantou e começou a limpar a roupa que estava um pouco suja.

– Nossa, eu sabia que você era louca, mas não a ponto de subir em uma árvore desta altura e coberta de neve – disse a pessoa que a servira de travesseiro.

– Desculpe – ela pediu.

– Por que diabos você está me pedindo desculpas? – o garoto falou.

Lucy olhou direito para ele. O garoto tinha cabelos bagunçados e rosados. Pareciam naturais ou ele havia pintado daquela cor por que queria, ela não sabia. Ele usava um casaco aberto e camisa social por baixo, uma calça preta, e tênis branco.

– Você por acaso me conhece? – ela perguntou balançando o cabelo cheio de neve.

We're happy tonight, walking in a winter wonderland

– E você, por acaso me conhece? – ele retrucou olhando curioso para ela e a garota retribuiu o olhar.

– Eu deveria?

– Não sei, quem sabe – o garoto respondeu dando um sorriso sarcástico.

Lucy revirou os olhos e começou a checar se ela não havia machucado nada ou rasgado a roupa.

– Por que você estava no alto daquela árvore? – ele perguntou novamente curioso para ela.

Ela respirou fundo e voltou seu olhar para ele. Por algum acaso aquele garoto te trazia algum tipo de nostalgia profunda. Um tipo de nostalgia boa, que fazia seu estomago se encher de borboletas.

Lucy sentiu seu rosto esquentar e balançou a cabeça para poder clarear seus pensamentos.

– Bom é que esse meu cachecol idiota decidiu que deveria entrar em uma aventura e então saiu voando por ai e fui correndo atrás dele e dai ele foi parar no alto daquela árvore então eu decidir ir pegar ele.

O garoto soltou uma risada.

– Mas por quê? Você correu esse risco de cair de uma árvore alta e se machucar por causa de um simples cachecol? – ele olhou profundamente para ela, e ela tentou interpretar sua expressão.

Ela suspirou.

– Não é tão simples assim – disse – ele é muito precioso para mim, não me lembro direito quem o havia me dado, acho que foi minha mãe... Mas sei que eu não deveria deixar essa única lembrança boa que eu tinha da minha infância passar assim desse jeito.

Lucy olhou para ele. Impressão sua ou ela o viu corar?

Ela riu.

– Olha só eu mal te conheço e eu estou aqui contando a minha historia e desse estupido cachecol – ela olhou para o cachecol branco e sorriu.

Gone away is the bluebird, here to stay is a new bird

Lucy olhou para o garoto, ele parecia muito familiar para ela, mas ela não sabia o porque.

– Você por acaso estuda em algum colégio por aqui em Magnólia? – ela perguntou curiosa para ele.

O garoto olhou para ela e apenas balançou a cabeça.

– É novo por aqui? – tornou a perguntar.

– Sim, eu vim aqui de longe em um único objetivo.

Ela olhou curiosa para ele e mordeu os lábios. Ela queria muito perguntar para ele e ele percebeu e deu um sorriso para ela.

– Pode perguntar se quiser – ele falou rindo da expressão que ela fez.

Lucy olhou para ele e fez a pergunta silenciosa, o que o fez rir mais ainda.

– Bom, é que havia uma garota que eu conheci quando pequeno. Nós éramos melhores amigos, e eu meio que gostava dela – Ele coçou a nuca e corou um pouco fazendo Lucy sorrir – Então teve um dia em que eu queria contar para ela que eu gostava dela, mas...

Ele fez uma pausa e olhou para a garota. Ela retribuiu o olhar, interrogativa.

– Mas? – incentivou.

– Ela veio até mim correndo dizendo que teria que ir embora naquele momento. Dissera que só teve tempo de vir se despedir de mim. Eu não tive tempo para nada, então a única coisa que pude fazer foi me despedir dela e dar um pequeno presente. – suspirou – Então eu fiz uma promessa a mim mesmo, que eu iria atrás dela e que eu a encontraria e iria dizer tudo o que deveria ter dito a ela naquela noite.

Ele concluiu e olhou para Lucy.

Ela sentiu um sentimento estranho dentro dela. Algo como se aquela historia dele a lembrava de alguma coisa.

Lucy abriu a boca para responder, mas seu celular começou a tocar e ela se afastou do garoto, o lançando um olhar de desculpas.

– Alô? – perguntou.

– Lucy! – gritou uma voz no seu ouvido.

– Levy! – ela falou – não deveria gritar assim no telefone.

– Desculpe – pediu – olha, você vem ou não?

– E-Eu já estou indo para ai, só tive um pequeno contratempo.

– Blá blá blá, deixe de falação e venha logo – disse outra voz.

– Já estou indo Erza – ela suspirou.

– E traga presentes! – gritou a voz de Levy.

– E meu bolo de morango – dessa vez foi Erza.

– Sim, sim agora vocês que estão me atrasando – Lucy se conteu de gritar.

A garota desligou o celular e se virou para o garoto.

– Desculpe eu preciso ir – ela disse para ele.

– Tudo bem – ele disse um pouco decepcionado.

Ela balançou os braços um pouco constrangida com aquele silencio que se formará.

– Ah, eu ainda não sei o seu nome – ela disse.

Ele se aproximou dela e sorriu.

– É Natsu – disse bagunçando os cabelos louros dela.

Lucy corou um pouco.

– Deveria colocar o cachecol, está fazendo frio – ele murmurou e então puxou o cachecol das mãos dela e o colocou em volta do pescoço da garota.

He sings a love song

– Até mais Luce – Natsu falou.

E então ele foi embora deixando a garota ali parada um pouco constrangida. Lucy olhou na direção em que ele foi embora, mas Natsu já havia sumido de vista.

Ela suspirou e começou a caminhar em direção a seu pequeno apartamento. Adentrou ele e foi a procura dos presentes e do bolo de Erza. Depois disso, foi a caminho da casa da Levy, no qual foi recebida de vários abraços e alguns desejos de “Feliz Natal”. Levy foi logo pegando os presentes e colocando em baixo da imensa árvore de natal que ela, Lucy, Erza e mais algumas meninas haviam montado a algumas semanas atrás.

– Então Lucy – Levy chamou a atenção dela – O que aconteceu para demorar tanto? Encontrou alguém interessante pelo caminho? – disse maliciosa.

– O-Oque? N-Não porque diabos você pe-pensou isso? – gaguejou a garota.

Levy soltou um gritinho.

– Então quer dizer que tem SIM um garoto na parada – Levy gritou.

– Levy, shiiiiiiiu, as pessoas estão olhando para gente – Lucy pediu constrangida.

– AHAHAHA, Lucy finalmente encontrou alguém – cantarolou Levy enquanto pulava.

Lucy revirou os olhos e saiu de perto da garota. Se encostou a um canto e sem que ela quisesse seus pensamentos vagaram para Natsu. Ela com certeza havia se emocionado com a historia dele. Havia poucos garotos do jeito dele por ai. Alguém que sairia atrás da garota que ele havia gostado desde pequeno.

Mas algo a incomodava.

Talvez seja por causa daquele sentimento estranho que a tomara desde que viu ele. E se aumentara depois de que ouviu a historia dele.

Por quê?

E de repente um pequeno flashback passou na cabeça da loura.

“A garota correu pelos corredores daquela casa enorme. Correu até não poder mais. Ela já estava achando que não iria encontrar em lugar nenhum. Até que avistou a sua cabeleira rosada em um quarto.

– Naaaat! – gritou ela.

O garoto se virou para ela de repente ficando nervoso e vermelho.

– L-Luce – ele começou a falar, mas de repente sua visão se encheu da cor louro-dourado. – O que houve Luce?

A garota não aguentou mais e começou a chorar.

– E-Ei, está tudo bem.

– N-Não está Nat, não esta!

O garoto se afastou dela e olhou dentro dos seus olhos.

– E-Eu vou embora – ela chorou.

Os olhos dele se arregalaram de surpresa. Será que ele estava ouvindo direito?

– Embora? Como assim embora? O que você quer dizer? – ele disse um pouco desesperado.

– Quer dizer que papai e eu vamos nos mudar e eu nunca mais vou poder te ver ou brincar com você.

Lucy tornou a chorar.

– Eu só soube agorinha de manhã quando eu acordei. Papai já havia empacotado minhas coisas e ele disse que tinha recebido uma ligação e que era pra gente se mudar o máximo possível.

O garoto olhou nervoso para ela.

– E que horas você vai embora? – perguntou.

Lucy começou a chorar mais e ele percebeu que já havia resposta.

– Agora – ela chorou – e-eu só tenho tempo de me despedir de você.

– Luce...

A garota novamente se jogou nos braços do garoto e o abraçou forte. Ele inspirou um pouco o cheiro dos cabelos dela e a segurou nos seus braços uma ultima vez.

Uma voz chamou a garota no final do corredor.

Lucy se afastou.

– Eu tenho que ir – murmurou olhando para ele.

– Luce, eu quero que fique com isso – ele disse a entregando o cachecol branco que usava.

– M-mas, ele não é o valioso presente que você havia recebido de seu pai antes dele desaparecer em uma viajem de trabalho?

Ele concordou balançando a cabeça.

– Quero que você fique com isso para se lembrar sempre de mim – pediu colocando o cachecol nela.

Ela olhou para o cachecol e depois para ele.

– Obrigada – sorriu.

A voz novamente a chamou e ela suspirou.

– Eu... – ele começou.

Ela olhou interrogativamente para ele.

Ele olhou para ela e sorriu.

– Até mais Luce, nos veremos de novo, eu prometo – disse.

Ela abriu um sorriso encantador para ele.

– Adeus, Natsu.

Virou-se e correu pelo corredor para encontrar seu pai.”

Lucy arregalou os olhos voltando ao presente. Não era possível, não era.

Todas aquelas coisas que ele falou para ela, todas aquelas pequenas pistas. Tudo. Tudo aquilo indicava que ele, depois de todos esses 10 anos ele não havia esquecido dela. E ela, ela mal conseguira se lembrar dele.

Algumas lágrimas caíram do seu rosto.

“Nossa, eu sabia que você era louca, mas não a ponto de subir em uma arvore desta altura e coberta de neve”

Aquilo mostrara que ele conhecia ela.

“E você, por acaso me conhece?”

Ele queria saber se ela lembrava-se dele, mas como ela era tola. Por que ela havia esquecido ele?

Então eu fiz uma promessa a mim mesmo, que eu iria atrás dela e que eu a encontraria e iria dizer tudo o que deveria ter dito a ela naquela noite.”

Não podia ser, aquilo era irreal. Ele havia vindo atrás dela. Ele havia a encontrado. Mas ele não havia dito a ela.

Por que será que ele não havia dito a ela?

Não, ela tinha que encontrar ele. Tinha que procurar Natsu e dizer a ele... Dizer que havia se lembrado dele.

– Lucy? – chamou Levy – está tudo bem?

Lucy olhou para ela.

– É-É ele Levy! É ele! – ela disse para Levy.

– O quê? – perguntou não intendendo.

– O N-Nat! O Natsu! – ela sacudiu Levy.

Lucy olhou ao redor, se perguntando por que ainda estava ali.

– Eu tenho que ir! Eu finalmente o reencontrei! – gritou Lucy para Levy.

E dizendo isso, saiu correndo porta a fora deixando Levy confusa sem entender nada.

As we go along walking in a winter wonderland


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Notas finais do capítulo

Iai? Gostaram? Comentem! Não gostaram? Comentem também u-uSem os comentários eu não vou para frente com minhas historias.



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