Entre o céu e o inferno escrita por Karollin


Capítulo 2
Capítulo 1 - Garoto irritante


Notas iniciais do capítulo

♥19 comentários só com o prólogo? Nunca imaginei toda essa receptividade com a minha fic, mas fico MUITO feliz que estejam gostando ♥

♥ Super novidade: Agora tenho uma beta para apontar todos os errinhos que passam despercebidos por mim. O nome dela é Letícia Padilha (muito obrigada mesmo, flor) ♥

♥ Para quem queria saber qual era o desenho feito com o sangue de Layla, aqui está o link dele: http://3.bp.blogspot.com/_nCDroCiQQ94/TCxzg1TiBaI/AAAAAAAAA9s/mcinP8CUFr0/s1600/Sigilo+espiritual+de+betano.JPG

♥ Muito obrigada mesmo por todos que favoritaram e comentaram ♥

♥ Boa leitura, nos vemos nas notas finais



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Lucy Heartphilia – Colégio Fairy Tail, New York – 7:03

Eu não acreditava no que meus olhos estavam vendo. Antes que eu me desse conta, minhas pernas caminhavam em direção ao estranho e invasor de apartamentos. À medida que fui aproximando-me dele, notei-o voltar a fechar os olhos e percebi o quão alto a música estava. Sério, como ele não ficava surdo? Eu conseguia ouvir a melodia mesmo sem estar usando os fones!

– Nós já não nos vimos antes? – perguntei alto para que ele ouvisse.

– Por que está gritando? Por acaso acha que eu sou surdo, loirinha? – perguntou-me irônico.

Senti meu rosto ruborizar de vergonha. Olhei ao redor, mas a menina de cabelo azul nem havia se dado ao trabalho de nos observar.

– Desculpe. – murmurei acanhada.

– Não. – respondeu sem abrir os olhos.

– O quê? – perguntei.

Ele estava negando meu pedido de desculpas ou o fato de já nos termos visto antes? Encarei-o ficando cada vez mais irritada com o fato de ele manter-se em silêncio. Fiquei dois minutos parada encarando-o a espera de sua resposta. Quando percebi que ele não abriria a boca, bufei nervosa.

Rumei para o início da sala muito incomodada com aquele aluno. Ainda com a mochila nos ombros, fui ao banheiro a fim de tentar estabilizar meu humor. Assim que entrei, coloquei meu material escolar sobre a pia e lavei meu rosto com a gélida água que saiu da torneira. Levantei os olhos e fiquei encarando meu reflexo.

Quando finalmente me acalmei, parei para apreciar o local. Apesar de ser um banheiro escolar, a pia era de mármore branco, o que realçava as pias douradas. Além disso, a tintura azul clara das paredes parecia acalmar todos que entrassem ali. As lajotas no chão eram pretas limpíssimas e as cabines brancas tornavam ali um ambiente assustadoramente refinado. Aquele era o lavatório de um colégio particular.

Sorri. Se fosse em minha antiga escola pública, o vidro estaria repleto de marcas de dedos e as cabines, pichadas com o nome de garotos bonitos. Não que os alunos do meu atual ensino fossem superiores, provavelmente não eram, mas ali deveria haver uma faxineira limpando casa aposento no intervalo dos horários para assegurar que tudo estivesse impecável a qualquer hora do dia. A única diferença entre eles era que o pago tinha mais verba para gastar em coisas supérfluas, aumentando a falsa impressão de superioridade.

Olhei o relógio de meu simples celular e notei com espanto que estava prestes a tocar o sinal. Sendo assim apressei-me para chegar no horário. Entretanto, quando entrei em minha sala, percebi assustada que todos os lugares estavam ocupados, só dois estavam vagos: o do lado da estudiosa menina de cabelo azul e o próximo ao estranho e irritante garoto de fios róseos. A decisão era óbvia, optei por sentar ao lado da garota.

– Olá, posso me sentar aqui? – perguntei sorrindo cordialmente.

A mulher levantou os olhos e sorriu animada.

– Sim, claro! – exclamou.

Soltei um pequeno suspiro de alívio. Se ela não deixasse eu iria ter que ficar perto do garoto que me dava arrepios. Coloquei minha mochila em cima da mesa e sentei-me na cadeira de plástico cinza.

– Sou Levy e esse é meu primeiro dia neste palácio. – notei a ironia em sua voz - Você não imagina o quão horrível foi ver todos entrarem tagarelando com algum amigo e ficando em um lugar perto deles enquanto a cadeira ao meu lado só foi ocupada aos quarenta e cinco do segundo tempo. – desabafou.

Sorri aliviada. Era bom saber disso, até porque eu odiaria sentar ao lado de uma patricinha cuja vida exigia pouco e mimava muito. Apesar de agora morar com minha prima que praticamente nadava no dinheiro, eu não o usava e não precisava dele para tentar sufocar a falta que minha mãe fazia em minha vida, o que era a mais pura verdade. Sentia a dor de ser quase órfã quase todos os dias, mas sempre enfrentei meus problemas de frente, não iria ser agora que me esconderia atrás de riquezas.

– Sou Lucy, prazer. Estou há pouco tempo na cidade e também é o meu primeiro dia. Fico feliz em saber que não serei colega de uma menina que só de respirar o mesmo ar que ela, reclama. – falei sorrindo.

– Pelo menos não fui a única a não ter um parceiro até pouco tempo. – afirmou olhando discretamente para trás – Ah! Graças aos céus não precisarei sentar-me com aquele garoto lá atrás, ele me dá calafrios. Tenho dó daquele moreno que teve que ficar ao seu lado. Se bem que o mau humor dos dois é visível até daqui, eles se entenderão. – falou batucando a mesa com seu lápis.

Virei lentamente a cabeça para visualizar a quem Levy se referia, além, claro, daquele garoto irritante. O homem próximo a ele era alto e musculoso. Seus cabelos iam até o ombro e eram repicados, dando-o um aspecto rebelde. Percebi que ele tinha um piercing em cima da sobrancelha esquerda, outro no nariz e um pequeno alargador na orelha direita, o que contribuía para a primeira impressão de valentão que tive. Para completar seu estilo bad boy, usava uma blusa de alguma banda, jeans pretos e tênis da mesma cor. Entretanto, o que me assustou foi sua luva com tachinhas de metal afiadas. Algo me dizia que ele a usava com o intuito de estar sempre estar pronto para uma briga.

O sinal, que mais parecia uma sirene de bombeiros, soou pelos corredores indicando que a primeira aula do dia começaria em breve. Cinco minutos depois, o professor de química entrou na sala sorridente e carregando uma pilha de pastas. Supus que ele tivesse mais de trinta anos. Seu cabelo era ruivo, a barba rala realçava suas feições fortes e seus olhos eram negros, entretanto possuíam um aspecto leve e descontraído. Usava uma blusa escura de gola alta, calças pretas e sapatos de cor clara.

– Bom dia alunos. Vejo que temos alguns rostos novos na turma este ano. –falou com o rosto sério.

– Admita que você só sabe que há novatos porque leu a ficha escolar de todo mundo antes da aula começar! – acusou uma menina de cabelo platinado.

– Touché. – brincou e sua expressão amenizou-se – Já sabem o que teremos, não é mesmo? – questionou sorrindo.

– Quantos anos ele pensa que temos para fazermos essas entrevistas toscas? – ouvi a menina atrás de mim falar baixinho para sua amiga.

Entrevista? Que entrevista?

– Não reclame, estamos perdendo uma aula. – retrucou a colega.

– Novatas, por favor, venham aqui na frente. – pediu.

Levantei-me a contragosto junto com Levy. Ambas ficamos de frente para a sala trocando olhares de pânico. Só havia nós de pé, o que me deixava completamente constrangida, pois odiava ser o centro das atenções.

– Olá Lucy e Levy, sou o professor de química Gildarts. – apresentou-se.

Sorri de modo tenso em sua direção. Fechei as mãos atrás de meu corpo para fazê-las parar de tremer. Fixei meu olhar na parede do fundo da sala para evitar ver os alunos encarando-me.

– Que comecem as perguntas! – exclamou divertindo-se com a situação.

Ousei abaixar meu olhar. Queria dizer a todos: Não sou nada interessante, vamos voltar à aula. Contudo, as palavras ficaram presas em minha garganta ao ver que pelo menos noventa por cento da turma estava com os braços levantados. Senti um frio no estômago e passei as mãos na calça para secar o suor que elas produziram.

– Lisanna, você primeiro. – apontou o professor para a garota que havia feito o comentário sobre as pastas.

– Você tem silicone, Lucy? – questionou maldosamente fazendo uma onda de gargalhadas tomar a sala.

– Não. – murmurei sentindo meu rosto esquentar de vergonha.

– Sua vez Natsu. Sei que apesar de não ter levantado a mão, você está morrendo de vontade de participar da aula. Tire os fones de ouvido e faça a pergunta. – Gildarts apontou para o garoto de cabelos róseos no fundo da sala fazendo-o abrir os olhos.

Seus olhos cor de ônix fixaram-se em mim e, mesmo naquela distância, pude notar o quão escuros eram. Senti um arrepio de medo percorrer meu corpo e uma sensação sombria tomou conta de mim por alguns milésimos de segundo. Entretanto, apesar do pouco tempo, foi suficiente para notar que ele era perigoso. Tão perigoso quanto misterioso.

– Você dorme nua? – perguntou abrindo um sorriso malicioso.

– Sem perguntas que faças as novatas se sentirem constrangidas. – avisou o professor um pouco tarde, pois meu rosto já estava em brasa.

~♥~

Cheguei ao apartamento completamente exausta. Após aquele terrível interrogatório, o diretor, Makarov, convocou todos os alunos para o auditório a fim de explicar completamente todas as regras e ressaltar o quão difícil era ser expulso do colégio. Segundo ele, para os que estavam ali contra vontade verem que não seria tão fácil livrarem-se da escola – o que acabou levando mais tempo do que o previsto, já que o aviso findou com o sinal de término do dia letivo.

O céu estava límpido e azul, o sol brilhava expondo toda sua grandeza. Apesar disso, dentro do apartamento estava escuro e o ar condicionado ligado contrastava com o grande calor que fazia na rua. Olhei para o relógio e vi que era quase meio dia. Deixei minha mochila no sofá, como costume, e rumei para a cozinha com o estômago roncando de fome. Hoje havia aprendido que só uma maçã não saciava minha fome no lanche.

No caminho até meu destino, fui acendendo as luzes por onde eu passava. Agora mais do que nunca, queria ter tudo iluminado para não acontecer como ontem. Sei que era um sonho, mas pareceu-me real demais para ser isso. Ao chegar onde queria, levei um susto ao ver Michelle cozinhando uma refeição para nós, pois havia me esquecido de que ela tinha chegado.

Minha prima possuía o cabelo preso em um coque alto, seus olhos estavam concentrados no fogão para evitar queimar o arroz – como sempre fazia. Ela usava short branco, uma regata cinza larga e estava descalça. Sorri ao vê-la tentando preparar nosso almoço.

Mich, que é o apelido carinhoso que eu a dei, não sabia cozinhar direito. Por ser muito distraída, havia perdido as contas de quantas vezes a vi queimar a comida. Após muitas tentativas falhas de acertar a mão em um prato, ela sempre desistia e pedia uma pizza para nós.

– Tente não fazer o arroz virar carvão. – brinquei fazendo-a dar um pulo ao ouvir minha voz.

– Que susto, Lucy! Você chega com seus passinhos de fantasma, qualquer dia irá me matar do coração! – exclamou rindo.

– Quer que eu ligo para a pizzaria agora ou você prefere que eu ligue para os bombeiros? – questionei sorrindo.

– Acho melhor ligar para aquele programa de melhores chefs porque hoje fiz um almoço para nós digno daquele programa! – afirmou desligando o fogo.

Ajudei a colocar a comida na mesa de vidro e inalei o delicioso aroma dos alimentos. Nossa refeição era composta por arroz branco, lasanha a bolonhesa e feijão. Apesar de não saber muito, minha prima adorava cozinhar e, por isso, nunca contratava alguém para fazer isso em seu lugar. Servi um pouco de cada coisa e devo admitir que dessa vez tudo estava muito saboroso.

– Como foi a viagem ao Japão? –perguntei enquanto secava e guardava a louça que Michelle lavava.

– Um tédio total, aqueles japoneses sabem ser bem petulantes quando o assunto é empresas estrangeiras no seu país. Mas chega de falar de mim. Como foi seu primeiro dia na escola? Achou algum gatinho lá? – perguntou-me ansiosa.

Por algum motivo, a imagem de Natsu e seu sorriso malicioso me vieram à mente. Senti que começaria a corar então abaixei um pouco minha cabeça, deixando minha franja tampar meus olhos. Michelle nesses três meses estava fazendo o papel de mãe bem até demais.

– Foi normal. Não tem nenhum... Gatinho lá. – murmurei.

– Aposto que tem sim, prima. Você ainda vai ver aquele garoto que vai prender seu olhar e quando você o ver anjos começarão a cantar e corações voarão ao redor de vocês! – exclamou de modo apaixonado.

– Olhe só a hora! Se não me apressar chegarei atrasada para o trabalho. –respondi sorrindo.

Peguei minha mochila e retirei meus materiais escolares de dentro dela, substituindo-os pelo meu uniforme de garçonete. Ele consistia em uma calça preta um pouco justa, uma blusa rosa e um colete de risca branca da mesma cor da calça e com o logo do restaurante costurado nas costas.

Fui até a sala onde Michelle assistia preguiçosamente a algum filme e ela beijou minha bochecha. Se não fosse por ela, a perda de minha mãe seria ainda mais difícil de suportar. A loira me abraçou carinhosamente e eu fui a primeira a soltar de seus braços.

– Te vejo à noite, Mich. – despedi-me.

– Bom trabalho e tome cuidado na rua. – falou enquanto eu fechava a porta atrás de mim.

~♥~

Magia era o restaurante de nome peculiar que eu trabalhava todas as tardes. Segundo o dono, ele havia escolhido chamar o local assim porque a comida era tão boa que parecia ter sido feita com magia – coisa que eu não podia negar.

Por ter se tornado tão popular, ele havia passado por reformas recentemente para embelezar mais o local. A fachada era branca e possuía grandes janelas que permitiam as pessoas da rua verem o lugar por dentro. Já do lado de dentro elas proporcionavam uma ótima iluminação nos dias claros e uma belíssima vista do Battery Park. Seu interior era de madeira, o que dava um ar rústico e antigo ao local.

As mesas de quatro lugares feitas de carvalho estavam dispostas a poucos metros umas das outras e um forro xadrez vermelho cobria cada um dos vinte móveis. Além disso, as paredes cor de chá com quadros antigos da cidade completavam o visual do interior. Esse conjunto de fatores garantia ao Magia muitos clientes a qualquer hora do dia.

Entrei no vestiário e coloquei meu uniforme de trabalho, pronta para mais um dia ralando. Notei hoje que a tarde seria corrida, pois havia muitas pessoas no local. Pelo menos, isso distrairá minha mente daquele irritante garoto de cabelo rosa.

Minhas suspeitas confirmaram-se, nenhuma mesa ficava mais de vinte minutos desocupada, o que mantinha eu e as outras três garçonetes muito ocupadas. Às 18:30, minhas pernas e meus pés estavam doloridos e eu só não estava suando feito uma porca devido ao divino ar condicionado que estava ligada quase ao máximo.

Faltava menos de meia hora para meu turno acabar e eu ser liberada. Entretanto desta vez não estava ansiosa para chegar ao apartamento, pois sabia que assim que pusesse os pés para fora daqui, um irritante e intrigante rosado invadiria meus pensamentos.

Vi a porta se abrir. Um homem entrou e se sentou em uma das mesas que ficava em minha área. Olhei para o cliente sentindo o chão fugir de meus pés. Pelo visto, Natsu não poderia esperar para ter meus pensamentos voltados para ele. O garoto usava uma blusa branca, calça jeans preta e tênis da mesma cor, seu cabelo de coloração incomum estava bagunçado, o que o deixava com um ar sexy.

Recuperei-me do susto inicial e segurei com mais força que o necessário o bloquinho em que eu anotava os pedidos. Aproximei-me calmamente dele não demonstrando a enorme irritação que invadiu meu ser.

– O que vai querer comer? – perguntei pressionando com força a ponta da caneta no papel.

Os olhos penetrantes e repletos de segredos encararam-me demoradamente fazendo com que eu me sentisse incomodada e forçada a olhar para eles. Uma sensação gélida passou por minha coluna e eu desviei minhas orbes das suas, contemplando o sorriso malicioso que se abria em seus lábios.

– Você. – respondeu com malícia.

– Eu não estou no cardápio, terá que escolher outra coisa ou sair daqui. – afirmei com irritação.

– Já que o que eu quero por enquanto não está disponível, vou embora. – falou levantando-se.

Notei que ele ressaltou o ‘‘por enquanto’’ e bufei indignada. Ele por acaso acha que eu em algum momento cairia em sua lábia? Ele era completamente irritante e o ar de perigo e mistério que ele exalava não me atraía nem um pouco. Até porque eu não era nem um pouco curiosa. Pena que não era verdade. Por mais que eu não quisesse admitir, uma coisa eu tinha certeza: nunca a cor rosa me pareceu tão atrativa.

– Até amanha, loirinha. – sussurrou roucamente em meu ouvido fazendo-me arrepiar.

Fiquei estática somente observando-o passar pela porta de vidro e caminhar despreocupadamente pela rua com as mãos nos bolsos. Vi, com o canto dos olhos, Tiffany, uma das garçonetes, aproximar-se de mim com a mão no coração.

– Uau, quem era aquele gato? – perguntou-me interessada.

– Um garoto irritante. E ele não é gato. – falei nervosa com a atenção que ele despertou nela.

– Ah, Lucy, vai dizer que aquele cabelo exótico não é um charme? E aqueles ombros largos e músculos definidos, céus! – disse suspirando.

Afastei-me dela incomodada sem saber o que era aquele sentimento que se assemelhava a raiva e possessão que havia passado por minha mente. Olhei o relógio e percebi que meu turno havia acabado. Fui ao vestiário tirar meu uniforme e coloquei uma calça jeans, tênis branco com rosa claro e uma camisa da mesma cor do calçado, ou seja, a mesma roupa que havia usado na escola de manhã.

Saí do restaurante grata pelo fato de o calor ter amenizado. Senti a brisa noturna em meu rosto levar os pensamentos sobre Natsu para longe. Aquele horário de fim de expediente era um dos mais movimentados da cidade, as pessoas estavam desesperadas para finalmente chegar a suas casas e relaxarem.

– Ei loirinha, você sabe pra qual lado fica esse endereço? Sou novo aqui e não sei falar o nome dessa rua e muito menos tenho consciência de onde ela se localiza. – falou um homem louro balançando o mapa que levava em sua mão direita.

Analisei-o rapidamente. Ele usava uma regata branca que realçava os ombros largos e os definidos músculos do tórax e dos braços. Graças ao calor, vestia uma bermuda cinza que ia até um pouco abaixo de seus joelhos e deixava a vista as fortes panturrilhas. Para completar o visual, usava um all star preto. Olhei para seu rosto e vi que ele possuía uma fina cicatriz cortando sua sobrancelha direita. Em sua orelha esquerda havia um brinco com o formato de um cristal branco. Os olhos profundos e azuis transmitiam calma, mas algo nele fazia com que todos os meus instintos alertassem-me para sair de perto dele.

O loiro estava parado em uma esquina não muito movimentada e a poucos metros dele havia somente um carro prata parado no acostamento enquanto os outros automóveis passavam rapidamente por nós. Dei um passo hesitante em sua direção agarrando com mais foça a alça de minha mochila. Seu sorriso alargou-se me incentivando a ajuda-lo.

Corra para longe dele.

Aquele não era meu instinto... Era... Aquilo era a voz do Natsu dentro da minha cabeça?


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Notas finais do capítulo

♥ Natsu irritando a Lucy e fazendo perguntas inconvenientes, pode isso? ASUHSAUAHS

♥ Gostaram? Odiaram? Mereço comentários e/ou recomendações? Deixem um comentário ou uma recomendação e façam uma autora feliz ♥