True Love Knows No Race. escrita por HWYMISTAHWHITE


Capítulo 2
O primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo da minha primeira fanfic, espero que gostem.



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Kili se afogou nos grandes olhos verdes da elfa e sentiu o coração acelerar. O corado no seu rosto era totalmente perceptível. Mas logo Kili acordou do devaneio e viu que em cima dele havia uma Elfa com longos cabelos ruivos... Tateou o chão em busca no seu arco mas logo percebera que estava longe. - Ela foi rápida o bastante para me desarmar e me imobilizar... - Pensou Kili olhando de volta para o rosto da ruiva com um ar de admiração.

A linda elfa da floresta se encontrava em cima do seu corpo, a diferença do tamanho para os dois era extremamente constrangedora para Kili. Ela se levantou e o revistou, para a má sorte de Kili ele não carregava nada, ele não era como seu irmão que levava várias e várias armas. Kili ainda não consegue entender como seu irmão conseguia carregar tantas facas. Ela o revistava ainda no chão, procurando pelas camadas de roupa do anão. O toque suave das mãos da elfa o deixava mais corado que um tomate maduro.

Ela estava de joelhos o revistando mas logo se levantou e parou por um momento e olhou Kili de uma maneira suspeita e até certo ponto curiosa, ele não tinha tanta barba como a maioria dos anões, e tinha que admitir que ele era bastante alto para um anão. - Está sozinho anão? - Disse a elfa com um pequeno sorriso no rosto.

– Eu não acho que isso seja da sua conta.

Disse Kili ainda no chão que já estava começando a ficar com raiva e humilhado por estar tão indefeso no chão. Kili sabia que não deveria contar sobre a missão de retomar Erebor, principalmente para uma elfa.

A elfa olhou o "estranho" anão de cima abaixo e pediu para que levantasse. Guardou o arco verde nas costas e pegou uma espécie de corda que usou para prender as mãos do anão. Enquanto ela amarrava as mãos dele, Kili não conseguia de parar de pensar o quão bonito seu cabelo era, seus olhos verdes, sua boca...

Kili então mexeu a cabeça bruscamente na tentativa de tirar os pensamentos da cabeça, afinal ele estava sendo raptado por uma elfa da floresta e ainda por cima não sabia onde estava seu irmão, e isso foi o bastante para esquecer a beleza da elfa por alguns instantes.

Quando a elfa terminou de apertar a corda nas mãos de Kili, disse que iria leva-lo aos salões do rei Thranduil.

Thranduil!? O nome se repetia como um eco na cabeça do jovem anão foi daí que se lembrou o por que esse nome soava como uma espécie de maldição. Thranduil era o nome da única pessoa que podia ter salvado seu tio e seu povo quando o dragão Smaug atacara a montanha solitária. Mas ele se recusou a oferecer ajuda na última hora.

Depois disso os dois caminharam floresta a dentro a caminho dos salões do rei Thranduil. Para a surpresa do anão a elfa o olhava pelos cantos dos olhos enquanto caminhava, a curiosidade da elfa era óbvia. E é claro que Kili percebeu isso.

– Posso saber seu nome? - disse Kili olhando para as costas da elfa, mas não podia parar de notar o quão longo o cabelo da elfa era.

Tauriel parou bruscamente, e hesitou por uns instante. Deu a volta e ficou frente a frente com o anão e disse:

– É Tauriel, sou capitã da guarda do rei.

–É...é...um lin- lindo nome. Disse o anão com o rosto corado e desviando o olhar para os lados. Era óbvio que ele estava sentimento algo por ela e isso o deixava muito confuso. Kili não tinha sorte com mulheres por ter pouca barba é claro, em questão de mulheres seu irmão era bem melhor que ele, na verdade Kili nunca tinha conseguido uma namorada na vida, e ainda era virgem. Se apaixonar por uma elfa da floresta fazia sua cabeça girar.

– Meu nome é Kili, eu acho que você pegou algo que é meu enquanto me revistava.

– Bom, esse é o propósito de revistar alguém, não? - Disse Tauriel continuando a andar sem olhar pra trás dessa vez.

– A não ser que seja uma uma runa do meu povo que amaldiçoa qualquer elfo que toca-la. - Disse Kili olhando nos olhos de Tauriel, ele estava sério. Logo a elfa em um estado mesclado com medo do desconhecido tirou uma pedra de cor azulada do bolso e jogou no chão. A reação da elfa foi tão rápida e até certo ponto boba que fez Kili deixar sair uma risada. A pedra caíra perto dos seus pés, então Kili se abaixou e a conseguiu segurar a pedra mesmo com as mãos atadas.

– É apenas uma runa, uma lembrança da minha mãe. Ela me deu quando saí de casa. Disse que serve para me proteger, de alguma forma ela acha que eu sou meio desastrado. - Disse Kili segurando a runa entre os dedos.

Tauriel nunca tinha ouvido falar de runas que protegem pessoas, ela nunca tinha se aventurado a conhecer outros lugares, um dos motivos era seu rei que apenas se importava com o próprio reino e nunca deixava seus guardas ir até o limite do reino. Ela sabia apenas coisas ruins sobre os anões, e ver aquele anão falando sobre sua mãe e sobre a runa que ela deixara pra ele, de alguma forma despertava a curiosidade da elfa.

– Desculpe ter pegado sua runa. - Tauriel se aproximou do anão e colocou as mãos dela sobre a runa que Kili estava segurando e a fechou e disse.

– Guarde-a, é uma lembrança. - Disse ela quase sussurrando no ouvido do anão.

Aquele sussurro fez Kili estremecer.

–Temos que continuar a caminhada, ainda estamos muito longe dos salões.

Logo depois dos dois terem começado a caminhar de novo, começou a chover, não uma chuva normal mas sim aquelas tão pesadas que nem mesmo elfos eram capazes de ver o caminho a sua frente. Tauriel sabia que quando chovia na Floresta das Trevas não tinha muito o que fazer a não ser esperar a chuva parar. Tauriel segurou a mão do anão com força e correu até uma espécie de caverna feita de raízes de arvores.

– Vamos ter que esperar a chuva passar aqui, se é difícil andar com essa chuva imagina com um refém.

Os dois ficaram sentados esperando a chuva passar e ficaram calados por um bom tempo, até Kili começar a contar a historias sobre seu povo, sobre sua família e até sobre o dragão Smaug que arruinou seu povo. Os olhos da elfa se arregalavam com cada palavra que saía da boca do anão, e ela começou a chegar perto e mais perto do anão porque queria ouvir mais e mais historias sobre os anões. Kili parou de falar e logo Tauriel disse:

– Por favor, não pare. Eu nunca tinha ouvido tais historias sobre seu povo. Elas são lindas, eu realmente gostaria de saber mais sobre seu povo.

Kili sentiu que essa era sua chance:

– Eu posso continuar, mas por um beijo...

A elfa ficou com o rosto vermelho e ficou sem saber o que dizer. Nem Kili acreditara no que tinha acabado de dizer! Ele queria enfiar sua cabeça em algum buraco o mais rápido possível.

O silencio estava matando os dois, mas logo Tauriel se sentou mais perto de Kili, ainda corada. Kili apenas conseguia olhar para o chão,mas quando decidiu quebrar o silencio olhando para a sua direita para falar com Tauriel:

– Olha esquece, descul-

De repente sentiu seus lábios juntos ao dela, o toque suave dos lábios da elfa fez o coração do anão começar a bater tão forte que achou que talvez iria desmaiar alí mesmo. Sentia um gosto doce e molhado e fechou os olhos. Se viu nas estrelas onde jamais esteve.

Kili não conseguia acreditar que seu primeiro beijo, foi com uma elfa.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? E não, a história não acabou. Provavelmente ela vai ter 4 capítulos. Eu não sei ainda. Sugestões, criticas são sempre bem vindas.